Stole my heart.

Stole My heart.
Personagens Principais: Justin Drew Bieber & Isabella Lisa Mallette.
Gênero: Drama, romance, comédia e ação.
Classificação: + 15 anos (ps. tenho 14-risos-) cenas fortes, alcool, violência, sexo e nudez.

Isabela Mallete.
17 anos, é a garota mais dramatica e teimosa do mundo, mas tem suas qualidades. Na noite passada recebeu a noticia da morte de seus pais, eles voltavam de uma viagem de negocios, mas o avião que estavam acabou caindo. Seu mundo definitivamente havia acabado naquele telefonema. Abrindo mão de tudo, vai ter que morar com sua tia em Los Angeles, lá vai conhecer seu primo Justin, onde vai construir sua nova vida. Mesmo destruida por dentro, sem forças, sem seus pais, ela vai ter objetivos a cumprir.

Justin Drew Bieber.

18 anos, o queridinho na familia Bieber. Ontem recebeu a noticia que seus tios haviam sofrido um acidente de avião, agora sua prima virá morar com ele e sua mãe, gostava muito dos tios, mas nunca tinha visto sua prima, e sabe que ela não está passando por coisas fáceis, perder os pais, ele nunca imaginara como ser isso.
Seu namoro com a garota mais popular da faculdade vem tendo umas crises, mas será que ele vai estar pronto para ter seu coração roubado por sua... prima?


Digo e repito, nunca deixe de sonhar.

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Capitulo 1.

I'll miss you.


Coloquei minha ultima mala no táxi e fechei o mesmo, virando-me de frente para a casa, a minha casa, seria a ultima vez que eu a olharia assim, o lugar onde eu praticamente nasci, onde passei boa parte da minha infância. E agora, aqui estou eu, com malas prontas, destino á Los Angeles, á um lugar que nunca imaginei que moraria um dia.

- Tem certeza que não quer que eu vá com você até o aeroporto? - Selena perguntou tirando-me do meu pequeno transe.
- Obrigado Sel, mas eu prefiro assim, se você for será mais dificil de dar tchau.. - disse agora olhando para ela.
- Tudo bem. - ela disse visivelmente triste - Sua bolsa. - Disse me entregando minha pequena bolsa de ombro, peguei a mesma com certa dificuldade, pois estava bem pesada, por conta dos livros e cds que levaria comigo. - Promete me ligar todos os dias? - ela perguntou com lagrimas nos olhos.
- Por favor, não chora. - disse já chorando, envolvendo-a em um abraço.



- Eu vou sentir saudades. - ela disse com voz de choro, fazendo meu coração se partir mais do que já estava partido.
- Eu já estou com saudedes. - nos afastei, limpando meu rosto com as pontas dos dedos.
- Promete me ligar todos os dias? - ela repetiu a pergunta de segundos atrás.
- Sim, se possivel todas as horas. - disse fazendo com que ela risse fraco.
- Eu amo você. - ela disse liberando um soluço.
- Eu também amo você. - a abracei fortemente, Selena é minha melhor amiga, minha irmã, somos quase as mesmas. Eu definitivamente não sei oque eu seria sem ela, principalmente na noite passada, onde passou o tempo todo acordada, me consolando, dando-me forças para que eu não fizesse algo de errado, até mesmo um suicido.

Ontem havia sido o velório dos meus pais, eles morreram em um acidente de avião, maldito avião, no qual daqui a pouco eu estaria pegando um rumo á uma nova vida, novas pessoas. Um lugar completamente diferente de onde estou agora, Los Angeles nunca foi uma cidade na qual escolheria morar, mas minha tia, Pattie pra ser mais exata, foi a unica da família que escolheu, que abriu as portas de sua casa, para que a órfã  é triste falar assim mas é a verdade, enfim ela com o coração mole, grande e bondoso abriu mão de certas coisas pela minha guarda, por mim. Eu á vi poucas vezes, mas sei a boa pessoa que é... ela é como a mamãe, tão generosa, carinhosa, impossível você estar perto e não sentir-se bem.

- Para onde? - o taxista perguntou assim que adentrei no carro.
- Aeroporto, por favor. - disse brevemente antes de voltar meu olhar para a Selena ao lado de fora, que estava aos prantos, me partia vê-la assim, era a ultima coisa que eu queria no momento, deixar alguém triste, odeio ver as pessoas tristes. Ela acenou para mim com certa dificuldade, forcei meu melhor sorriso e acenei assim que senti o carro começar a andar.
Aproveitei no caminho para olhar pela ultima vez aquela cidade, aquela pequena cidade, mas linda, de todas as formas Hamilton, á 89 km de Stratford, de todas as formas é bonita, mesmo com sua pequena quantidade de habitantes, nunca irei me esquecer de como fui feliz aqui.
O carro foi parando de frente ao também pequeno aeroporto, peguei minha bolsa já colocando-a nos ombros e saindo do carro, o taxista me ajudou com as poucas malas que eu havia arrumado, ele tirou a maior e em seguida a menor, coloquei as duas em um carrinho que estava próximo de nós, paguei o taxista, em seguida sai andando pelo aeroporto. Já com passagens em mãos, segui para a fila do check in.
Não conseguia parar de pensar como deve ser a casa da dia Pattie, eu a vi poucas vezes na casa da vovó em Stratford, e posso afirmar que isso já tem um bom tempo, tipo alguns anos. Mamãe e papai sempre foram ocupas com o trabalho, por isso não viajavam muito comigo, oque me deixou pior.
Já estava na sala de embarque, abri preguiçosamente a garrafa de aguá que havia acabado de comprar, levei a mesma até a boca, deixando que aquele liquido sem gosto algum passasse rapidamente por meus lábios, em seguida já sentindo ele chegar em meu estômago, dei mais alguns goles, e rodei a tampinha rapidamente, fechando a garrafa.

Chamada para o voo 327, embarque no portão 6.

Aquela seria minha deixa, joguei a garrafa d'água na bolsa a fechando-a em seguida, joguei a mesma no ombro, levantando-me um pouco meu corpo peguei meu celular no bolso, mandei uma breve mensagem á tia Pattie, avisando que sairia em alguns minutos, desliguei o celular e o joguei na bolsa. Andei com calma até o avião, não tinha pressa afinal aquela foi a primeira chamada. Mostrei a passagem para a aeromoça, ela sorriu para mim, e apenas sorri fraco, sem mostrar os dentes, não estava afim de ser gentil no momento. Caminhei até minha poltrona um pouco nos fundos do avião, pisquei duas vezes tendo certeza de que era ali mesmo.

- Sua poltrona? - o garoto que sentava ali perguntou sorrindo, deixando mostrar suas covinhas incrivelmente sexy, junto com um belo sorriso colgate.
- Sim. - disse brevemente tímida  mas com um sorriso no canto dos lábios. Ele sorriu afastando um pouco as pernas para que eu pudesse passar, sorri torto passando por ele, em seguida sentando-me calmamente na poltrona aveludada, causando uma sensação gostosa sobre a pele.

Ajeitei meu corpo sobre a poltrona, me esticando melhor, fazendo com que alguns ossos do meu corpo soltasse um pequeno estralo.

- Sou James. - o garoto ao meu lado disse chamando minha atenção á ele, levantei meu olhar agora encontrando seu belo par de olhos azuis, ele tinha a mão esticada, esperando que eu apertasse em cumprimento. Forcei meu melhor sorriso naquele momento e apertei sua mão.
- Sou Isabella. - sorri amarelo.
- Lindo nome. - disse soltando nossas mãos.
- Obrigado - sorri tímida  E ficamos em silêncio, dei minha última olhada nele, podendo reparar melhor em sua aparecia, cabelos loiros claros e bagunçados, pele branca como as minhas, olhos azuis, da cor do oceano  Ele vestia uma camisa simples branca, junto com uma bermuda jeans claro e um all star de cano longo preto. Me pergunto como ele não está morrendo de frio, digo, estamos no inverno, Hamilton é sempre muito frio nessa época, mais frio do que qualquer outra cidade.

- Está indo para onde? - puxou assunto, fazendo com que eu risse - Está rindo de que? - ele riu analizando-me.
- Já notou que estamos no mesmo avião para Los Angeles? - disse dando meio riso, encontrando seus olhos. Ele olhou para mim rapidamente em seguida soltou uma risada contagiante, que me fez rir.
- Desculpa, é que eu sou meio lerdo. - ele disse rindo.
- Bem vindo ao time. - disse sorrindo.
- Também é lerda?
- Oi? - brinquei, fazendo ele rir.
- Você é engraçada. - comentou parando de rir.
- Você é fofo. - sorri vendo que fiz ele sorrir novamente, pra te dizer a verdade eu faria qualquer coisa pra ver aquele sozinho que vem acompanhado por belas covinhas, é estranho.


Duas horas de voo.

- Já estamos chegando. - disse avistando a bela cidade grande do lado de fora, pela pequena janela.
- Nossa, passou rápido. - comentou James ajeitando-se na poltrona, arrumando suas coisas em sua mochila.
- Me passa seu telefone? - não sei de onde criei forças e coragem para perguntar isso á James. Ele sorriu de canto pegando o celular da minha mão, fazendo com que eu o encarasse de cara feia, ele riu de minha cara e devolveu-me o celular. Levantei-me da poltrona sorrindo por sentir a sensação otima de estar de pé depois de horas, joguei minha bolsa sobre meu ombro a caminhei até a porta, onde James ia na minha frente. Ele parou do nada, me assustando levemente.
- Te vejo qualquer dia?! - ele perguntou sorrindo.
- Sim. - sorri tímida.
- Então até mais, Isa. - ele aproximou-se, dando em seguida um beijo estalado no meu rosto, me arrancando um sorriso tímido.

Depois de pegar minhas malas, passei meu olhar rapidamente pelo aeroporto enorme comparado ao de Hamilton, muitas pessoas correndo até filas, apressadas pelo primeiro voo que tivesse, outras correndo para ver seus familiares chegando, pessoas até mesmo dormindo nas cadeiras visivelmente descofortaveis. Era tudo meio aterrorizante, pelo menos para mim que sempre fui acostumada com lugares calmos, eu definitivamente não sirvo para cidade grande. Liguei meu celular, e assim que ele iniciou uma mensagem surgiu, no mesmo instante pensei. Tia Pattie. Na mensagem dizia que eu deveria pegar um táxi até o endereço que ela colocou, pois estava ocupada e não teria como me buscar, apenas suspirei saindo para fora do aeroporto, muitos táxis parados, e não pensei muito em escolher, fui no primeiro que eu vi desocupado. Dei a morada para o taxista e o mesmo deu partida no carro.

Pelo pouco que eu pude ver, Los Angeles era mesmo a tal cidade luz, muita luz mesmo, eu não vejo graça alguma mas é uma cidade bonita, de pessoas luxuosas, coisa que eu nunca fui, nunca precisei ser. Olhava tudo meio abobada, como essas pessoas podem colocar tantas coisas em um lugar só, digo, tantos anuncios misturados nas ruas, tantos carros andando, talvez eu não goste de carros, pelo simples fato de sempre estar andando de bicicleta pela cidade.

Suspirei alto percebendo como seria minha vida ali.

O táxi foi parando de frente á uma casa incrivelmente linda e digamos... grande, bem diferente da pequena casa onde eu morava. Sai do carro ajeitando minha bolsa no ombro, admirando a casa. Logo tia Pattie saiu com seu melhor sorriso, seu fiel companheiro sorriso contagiante no rosto, foi impossível não sorrir ao vê-la.

- Isabella querida, achei que nunca mais chegaria. - ela me envolveu em um abraço apertado. - Está bem? - ela se afastou.
- Sim, e a senhora? - perguntei sem jeito.
- Ah por favor, tia... ou Pattie, mas sem o senhora, não sou tão velha assim, sou? - ela perguntou de forma engraçada que me fizesse rir fraco.
- Não tia, está linda.
- Obrigado. - ela sorriu - Deve estar cansada. - ela disse me ajudando com as malas.
- Ah, um pouquinho. - mentira, estou morrendo de sono, e principalmente fome.
- Vamos entrar, você chegou na hora certa, a janta está pronta. Só mandei Justin ir ao mercado comprar suco. - ela abriu a porta.
- Justin? - disse confusa.
- Uhum, meu filho. - ela sorriu brevemente - Acho que não se lembra dele, á ultima vez que se viram, eram pequenos demais. - Não disse nada, apenas sorri fraco, agora tendo algumas lembranças de Justin pequeno correndo pela casa na noite de natal. - Deixe as malas aqui, vou pedir para ele levar para você depois.
- Ah não precisa tia, eu levo.
- Não, estão pesadas, vai acabar se matando toda nessas escadas. - ela disse antes que eu pegasse as malas. - Agora venha comer, deve estar faminta. - você lê mentes tia? Ela adentrou na cozinha, e eu meio sem jeito á segui - Sente-se. - ela disse gentil apontando para as banquetas. Me sentei nas mesmas observando ela tirar uma forma do forno, liberando aquele cheirinho bom de lasanha pela cozinha, fazendo com que meu estomago se agitasse e roncasse alto.

Ela pegou três pratos e colocou sobre o balcão, partiu a lasanha com uma grande colher, distribuiu os pedaços no prato, me entregando um deles, em seguida deu-me os talheres.

- Gosta de lasanha? - perguntou puxando assunto.
- Eu amo. - sorri largo encarando o grande pedaço a minha frente, dei uma primeira garfada, liberando a sensação ótima que é ao comer.
- Como foi de viagem? - ela perguntou puxando assunto novamente.
- Uh, foi legal. - sorri.
- Sério? Viagens são sempre cansativas. - comentou levando em seguida um pedaço de lasanha até a boca.
- Pra falar a verdade, eu achei ela meio rápida. - disse assoprando o pequeno pedaço de queijo.
- Hum, é? - disse desconfiada.
- É. - ela riu
-Conheceu quem na viagem? - ela disse como se fosse obvio, mas era o obvio.
- Ah tia, ninguém. - olhei para ela, e ambas rimos. - James, ele é legal.
- Eu sabia, ele é bonito?! - disse sorrindo, é estranho falar de garotos com outra pessoa á não ser a Selena.
- Tia! - a repreendi tímida, fazendo ela soltar um risada que foi impossível não rir.
- Você já terminou á escola certo? - disse puxando assunto novamente, apenas acenti com a cabeça por estar de boca cheia - Sabe oque quer fazer, digo... Justin está na faculdade, mas se você não quis...
- Não,  eu quero sim. - sorri sem mostrar os dentes.
- Ótimo  não vai ser difícil conseguir uma bolsa pra você, suas notas são impecáveis  - ela sorriu mostrando certo orgulho - Justin também tem notas perfeitas, mas eu me arrisco a dizer que ele tem preguiça em matemática. - ela riu.
- Sério?! Eu amo matemática. - comentei.
- Eu percebi. Sua média bimestral na escola em matemática só tem 10. Quer fazer faculdade de que?
- Hum... - fingi pensar um pouco - Papai sempre quis ver me fazer faculdade de medicina...
- Então vai fazer medicina? - ela perguntou mostrando um pouco de animação.
- Não sei... eu não quero. - rimos - Pra falar a verdade, eu sempre gostei de música.
- Faculdade de música, certo... me lembre isso. - ela pensou alto. - Ouvi dizer que você canta muito bem.
- Justin faz faculdade do que? - perguntei ignorando oque ela havia falado.
- Direito, mas pra te dizer a verdade, não consigo ver o Justin sendo um advogado. - ela riu fraco. - Eu queria que ele fizesse faculdade de música, mas ele diz ''Ah mãe, e se ninguem gostar de mim?'' - Ela tentou fazer uma voz grossa, fazendo-me rir - Mas eu sempre digo para ele tentar...

Ouvi uma movimentação do lado de fora, junto com uma voz rouca que cantarola algum tipo de música, se eu não me engano era alguma música do Usher, U got it bad.
Pattie sorriu para mim, e largou o garfo.
- É o Justin. - ela levantou-se da cadeira.

Capitulo 2.

Justin P.O.V

Depois de tanto minha mãe insistir, fui ao mercado comprar oque ela havia pedido, minha prima estaria chegando agora e acho que estou meio animado, talvez bem animado, faz tempo que eu não a vejo, tipo acho que eu nem me lembro da ultima vez eu á vi.

Parei meu carro de frente a minha casa, por preguiça de colocar agora na garagem. Desliguei e rádio, peguei as sacolas das compras que estavam no bando do passageiro, e sai cantarolando a música que ouvia segundos atrás, U got it bad, do Usher. Olhei rapidamente a janela da cozinha, vendo uma movimentação na mesma.
You got it you got it bad, when you're on the phone, hang up and you call right back... - cantarolei em direção a porta, rodando a maçaneta lentamente, abrindo a porta em seguida. - You got it you got it bad, when you miss a day without your friend your whole life's offtrack. - cantarolei mais alto, entrando em casa, caminhando até a cozinha. - Woooo, you got it you got it bad,  when you're on... th.. the...ph...  - me embaralhei na música, quando vi uma garota sentada na banqueta, de frente ao balcão. Então, aquela é minha prima? Seus cabelos eram grandes, no meio das costas, enrolados nas pontas, com uma pequena franja cobrindo na testa. Curiosa, ela desviou seu olhar de seu prato de lasanha, agora olhando para mim, encontrando meu olhar, e eu podia jurar que senti minhas bochechas queimarem, e um arrepio passando sobre meu corpo.

- Justin, ainda bem que chegou. - minha mãe disse aproximando-se, pegando as sacolas da minha mão. - Bom, acho que vocês não lembram um do outro, certo? Bem, Justin, sua prima Isabella. Isabella, seu primo Justin. - disse animada, indo até a pia.
- Oi. - Isabella disse sorrindo, ainda meio tímida.
- Oi. - respondi com o mesmo sorriso, sentando-me em uma banqueta do outro lado do balcão, de frente para ela. Agora mais perto pude reparar mais em seu rosto, seus cabelos lembravam um pouco os de minha mãe antes dela pintar de preto, seus olhos eram da cor dos meus, só que um pouquinho, pouca coisa mais claro, e eram profundos, tristes, ela pode até sorrir, mas seus olhos lhe entrega, mostra o quanto ela sofreu, e suas pequenas olheiras, denunciam os longos dias que ela chorou. Seus lábios eram rosados, mas um rosa bem clarinho, e brilhavam acho que estavam com gloss. Ela desviou o olhar, percebendo meu olhar sobre ela.

- Aqui seu prato Justin. - disse minha mãe colocando um prato, com um pedaço de lasanha na minha frente.
- Obrigado rainha. - a olhei rapidamente, vendo ela sorrir.
Comecei a comer sem olhar para ninguém  estávamos em silêncio, e isso era meio estranho. Isabella levantou-se, levando seu prato até a pia.
- Tia, se não se importa eu vou dormir. Estou cansada. - ela sorriu torto.
- Tudo bem querida. - disse minha mãe doce - Uh, Justin ajude Isa a levar as malas dela ao quarto, aquele que eu arrumei. - fui dizer algo mas Isabella disse primeiro:
- Não, não precisa, você nem terminou de comer. - olhei para meu prato, onde havia apenas um pedaço, rapidamente espetei o mesmo e levei rapidamente até a boca.
- Pronto. - disse de boca cheia, fazendo ambas rirem. Levei meu prato até a pia, e coloquei lá mesmo, terminando de mastigar rapidamente. Bebi rapidamente um gole de suco para empurrar a comida.
- Uh, então boa noite tia. - ela disse indo até minha mãe, dando-lhe um beijo no rosto.
- Boa noite Isa. - andamos em silêncio até a escada, onde vi duas malas grandes e uma pequena. Isabella foi até a sala e pegou uma pequena bolsa, colocando-a no ombro. Ela parou do meu lado, analizando-me enquanto eu pegava uma das malas, alias tentava, oque tem ali dentro? Pedras?
- Está pesada? - perguntou dando meio riso.
- Uh, só um pouquinho. - ela riu fraco.

Depois de 15 degraus, um pequeno infarte, eu quase morri na escada com aquela mala enorme e pesada, apontei para uma porta e Isabella abriu a mesma, entrando em seguida, passei pela porta com dificuldade, levando a mala até um canto perto da cama.

- Bem... - comecei a dizer ofegante. - Minha mãe tentou arrumar o quarto de um jeito, mas ela não sabia dos seus gostos, então...
- É perfeito. - sorriu parando de olhar o quarto, agora olhando para mim.
- Vou buscar a outra mala. - disse saindo dali meio sem graça. Desci as escadas rapidamente, pegando a outra mala e subindo devagar, essa estava mais leve, então não sofreria tanto.
Parei no ultimo degrau para respirar fundo, arrastei a mala até o quarto. Isabela estava sentada na cama, com um celular na mão, uma carinha triste mas que foi mudada assim que entrei no quarto.
- Obrigado. - ela sorriu fraco.
- Ér.. se precisar eu estou no quarto do lado. - disse meio sem jeito.
- Ah sim. - ela sorriu, sorri de volta, fechando o quarto. Em seguida passando pela porta do meu quarto, fechando a mesma.
- Coisa feia Justin, ficar mexido com sua prima. - disse rindo, indo até o banheiro.

Isabella P.O.V

Passei meu dedo sobre a coberta macia que cobria a cama, já sentindo o sono me invadir. Meus olhos ardiam, e as lagrimas invadiam meu rosto. Selena havia me mandado uma mensagem, dizendo o quanto estava mal, que já sentia minha falta.

Olhei rapidamente por aquele quarto, que Justin havia dito que tia Pattie havia arrumado com muito carinho. A, Justin, meu primo loiro bonitão, dos olhos mel.  Ele mudou bastante, cresceu muito desde a ultima vez que nos vimos, pelo menos a vez que eu lembro, ele era pequeno e nem era tão bonito como está agora. E pudia jurar que ele ficou me secando no jantar.

Levantei-me da cama, enxugando as poucas lagrimas que deixei cair, comecei a abrir as malas para pegar meu pijama, avistei o guarda roupa e não pensei duas vezes em já arrumar minhas roupas lá.

Tirei uma por uma, dobrei e guardei, todas no guarda roupa, que ocupou uma boa quantidade. Depois de guardar tudo, separei meu pijama e entrei no banheiro, sim meu quarto é uma suite e eu estou bem animada com isso. Tomei um banho rápido, apenas para tirar o cansaço, sai e vesti meu pijama, passei um hidratante que me deixava mais relaxada. Voltei para o quarto e me sentei na cama, olhei o relógio que agora marcava quase meia noite. Digitei uma pequena mensagem de boa noite á Selena e tirei o cobertor, levantei-me e apaguei as luzes deixando apenas a do abajur, em seguida deitei-me na cama, relaxando meu corpo sobre ela, e sentindo o colchão extremamente macio, diferente do meu que era meio duro e velho, mas por opção, porque eu amava.

Deixei meu celular sobre o criado-mudo, virei para o lado, encarando o lado de fora da janela que estava fechada apenas a parte do vidro, que dava uma vista para o céu, que agora mostrava um céu nublado, tipico do que eu ouvi dizer que é Los Angeles. Mas eu sou acostumada e frio não será problema para mim.
Suspirei alto, deixando poucas lagrimas caírem  o fato é que eu não queria estar ali, não que eu não goste de tia Pattie e morar com ela, mas eu sinto falta dos meus pais, de Selena, e me acostumar com essa cidade grande vai ser difícil  Eu não sei dizer ao certo, mas talvez seja medo de sofrer tudo outra vez, e eu já tenho problemas demais para isso. Estiquei as mangas das blusas fazendo meus pulsos doerem um pouco, em seguida levantando mais o cobertor sobre meu pescoço, me aconchegando nele.
E entre lagrimas nos olhos, acabei pegando no sono.

Justin P.O.V

Depois de um longo banho para relaxar, sequei meu cabelo e desci pra assistir um pouco de televisão, já que amanhã é sábado mesmo e posso acordar tarde. Estava passando algum filme de terror, mas eu nem prestava atenção direito.

Decidi ir dormir, desliguei a tv e apaguei todas as luzes, subi as escadas devagar pela pouca iluminação nelas, tropeçando no ultimo degrau fazendo um quase dar de cara na parede. Ri daquela quase tombo ridículo  e pude perceber a porta do quarto da minha mãe entre-aberta, a luz estava ligada e eu podia ver ela sentada na cama, olhando para a janela. Não pensei duas vezes em entrar, afinal não havia dado boa noite á ela.

- Mãe?! - disse me aproximando da cama para sentar do seu lado. Ela virou assustada e só ai eu percebi que ela chorava. - Oque aconteceu?? - perguntei preocupado abraçando ela de lado.
- Isabella. - disse num fio de voz, me apertando.
- Oque tem ela mãe?! - perguntei passando as mãos nos cabelos dela.
- Ela lembra muito minha irmã, sua tia. Até o jeito de falar, a voz, a risada meio falhada e alta. - ela soltou dos meu braços e limpou o rosto - Eu olho para Isabella, eu vejo a Susy. - ela respirou fundo, tentando controlar as lagrimas.
- Oh mãe, não fica assim, você sabe que eu não gosto. - disse abraçando-a novamente.
- Eu só sinto falta da minha irmã. - ela fungou.
- Eu sei que não á vi muitas vezes, mas eu sei o quanto ela é importante pra você, e pra mim também. Mas sabe... se Deus quis assim, foi o melhor, bem talvez não, mas Ele sabe oque faz. E agora ela está em um lugar melhor. - tentei conforta-la, mas me atrapalhei um pouco.
- E Justin... - ela afastou-se limpando as lagrimas - Só Deus sabe o quanto eu estou sofrendo, isso porque ela era minha irmã, minha melhor amiga, só que eu não via ela, alias á um bom tempo, até anos. Mas Isabella está sofrendo mais do que nós, ela á via todos os dias, era mimada e amada, e ela parece ser forte com aquela mega sorriso no rosto, mas Susy sempre me dizia o quanto ela é fraca, o quanto ela é sensível  e como ela esconde a tristeza. Isa já sofreu muito, e agora perder os pais, ninguém sabe oque ela tá sentindo... agente diz que sente muito, mas ... - ela fungou - Ela precisa de nós agora, precisa do nosso carinho, e do nosso amor, somos a unica família dela agora. Me promete uma coisa...
- Sim, oque?
- Me promete que vai tratar Isa, como se ela fosse sua irmã, vai protege-la, e ama-la? - ela pediu olhando nos meus olhos.
- Eu prometo. - disse sincero, arrancando um sorriso de minha mãe, fazendo com que eu sorrise de volta.

Talvez não seja uma má ideia ficar do lado de Isabella agora, ela está frágil e só Deus sabe oque se passa naquela cabeça, e ela é minha prima, minha família  meu sangue. Eu não sei oque ela está sentindo, mas imagino, eu nunca imaginei como deve ser perder os pais assim de uma vez, mas agora parando pra pensar, deve ser uma das piores dores do mundo.

Se você parar bem pra pensar agora, imagina perder seus pais, ficar sem todos aqueles mimos, sem aquele carinho que eles, apenas eles conseguem te dar. Imagina chegar da escola e não ter sua mãe na cozinha preparando o almoço, ou te esperando de braços abertos com um sorriso no rosto, recebendo você com carinho, beijos e abraços. Ou não ter seu pai pra te ajudar nas lições de casa, assistir televisão com você, ver filmes, ou quando tem especial de dia dos Pais, não ter uma para levar a escola, para homenagear ele... Pare e pense sobre isso, e depois reflita. Dê valor no seu pai e na sua mãe, eles são únicos e infelizmente não são eternos. E vai ser nesse dia, nesse dia que você vai sentir falta até de quando eles te davam lição de moral, brigavam com você por ficar horas no computador, ou por ter tirado alguma nota vermelha na escola, até mesmo porque deixou de fazer algo. Só ai que você percebe que devia ter aproveitado mais, devia ter obedecido, mas vai perceber que é tarde de mais, e tudo vai acabar em saudades, dor e arrependimento, então reflita.

- Agora para de chorar, porque temos que ser fortes por Isabella, esqueceu? - disse abrindo um sorriso para minha mãe.
- É verdade, temos que ser forte. - ela concordou limpando as lagrimas e abrindo um sorriso. - E amanhã, você vai leva-la pra conhecer a cidade, ok? Alias, nós vamos.
- Tudo bem. - concordei levantando-me. - Então acho que temos que dormir... Boa noite rainha. - beijei sua testa.
- Boa noite bebê. - ela riu.
- Mãe, não corta o clima. - disse fazendo cara feia.
- Bobinho, vai dormir vai... - ela disse me empurrando para fora do quarto rindo, em seguida bateu a porta.
Ri fraco e fui direto para meu quarto, fechei a porta e me taquei na cama, na esperança de sentir o sono chegar.

Capitulo 3.
- Eai, oque cê tá assistindo? - perguntei me jogando na cama, ao lado de Selena.
- Hannah Montana - ela respondeu sem tirar os olhos da tela.
- Legal - respondi sorrindo fraco -  Sel... 
- Oi? - ela perguntou me olhando em seguida.
- Você não acha que já era para meus pais ter chegado?! - perguntei deixando meu medo visivel, minha voz saiu tremula, e eu sentia meu estomago revirar.
- É bem estranho, porque eles deviam ter chegado a algumas horas, mas olha... tá tudo bem, deve que só foi um atraso no aeroporto. - disse na tentativa de me acalmar.
- Eu espero. - suspirei alto. 

Depois de dois episódios da Hannah Montana, Selena pegou o controle entediada e ficou mudando de canal.
- Perai, volta naquele...  - disse sentando-me na cama. Ela voltou e também fitou a televisão. 
- Avião com destino a Hamilton, no Canadá...C...aiu sobre o ocea..no - ela leu pasma, me olhando rapidamente, preocupada. O ar já não passava pelos meus pulmões, imediatamente as lagrimas dominaram meu rosto, eu não queria acreditar, nem por um segundo, queria que não fosse o avião que meus pais estavam, mas os horários batiam, a empresa, tudo batia. Selena em um ato rápido me abraçou, tentando me acalmar numa tentativa falha, já que meu coração só aumentava os batimentos. 

Acordei com a respiração ofegante, sentando-me rapidamente na cama, passei a mão sobre meu rosto que estava molhado pelas lagrimas, eu havia sonhado, como uma lembrança do dia que meu pais morreram. Meu coração estava acelerado, e eu já podia imaginar que eu estava pálida  O quarto estava escuro, apenas com uma pequena brecha da cortina aberta, por onde passava a luz da lua. Senti um arrepio na espinha que me fez ter um calafrio, me atormentando, deixando-me atordoada, e por um impulso levantei-me apressada, liguei a luz e não havia nada no quarto, não pensei duas vezes em abrir a porta do quarto e sair em direção a cozinha, desci as escadas devagar - apesar de estar descalço, não queria fazer barulho - Parei de frente ao armario, pegando um copo em seguida, enchi ele de aguá da torneira mesmo e bebi, agora podendo ver o quanto eu estava assustada, minhas mãos tremiam, e assim que coloquei meu copo na pia, as lagrimas voltaram. Apoiei minhas mãos sobre a pia, enquanto eu chorava baixinho.

Apaguei a luz da cozinha, e não pensei duas vezes em subir correndo. Novamente no quarto me joguei na cama, apenas com a luz do abajur ligado, tentei dormir durante muito tempo, mas não conseguia, as lembranças daquele dia estavam me atormentando, me deixando amedrontada  desesperada. Levantei-me da cama e sai do quarto de fininho, em direção ao quarto de tia Pattie, lentamente rodei a maçaneta, mas foi em vão. - Droga! - sussurrei derrotada, a porta estava trancada.

- Isabella? - uma voz masculina e rouca, chamou-me atrás de mim. Virei-me assustada dando de cara com Justin. Ele tinha o cabelo bagunçado, e uma cara um tanto fofa por estar inchada de sono, vestia uma blusa simples branca e uma bermuda de dormir preta. Ele parou de coçar os olhos assim que me virei, agora me olhando preocupado - Aconteceu alguma coisa? Porque tá chorando? - ele perguntou dando um passo a frente.
Ér.. nada. - menti limpando as lagrimas que já estavam secando no meu rosto.
- Pode confiar em mim... - ele disse assim que pousou uma mão sobre meu ombro direito.
- É... bem... - comecei atrapalhada, agora olhando em seus olhos, enquanto ele me olhava atento - É que eu não conseguia dormir.
- Tá estranhando o quarto? - perguntou fazendo careta.
- Não, não é isso. É que eu tive um pesadelo. - abaixei a cabeça lembrando, tentando engolir o choro.
- E você tá com medo de dormir sozinha, por isso tentou entrar no quarto da dona Pattie? - perguntei rindo fraco no final.
- Sim. - respondi dando meio riso.
- Uh, ela só dorme com o quarto trancado. Só não pergunte porque... - disse com cara de lerdo, que me fez rir fraco - Você se sentiria melhor se eu ficasse no quarto com você, até dormir?
- Se não for incomodar. - disse sem jeito. Ele deu meio riso e esticou o braço e disse:
- Não vai incomodar, mas olha... - ele passou o braço sobre meu ombro, e andamos até o quarto - Pensa assim... foi só um pesadelo, nada daquilo foi real. - ele tentou-me confortar, mesmo não sabendo do que eu sonhei.
- Mas não foi exatamente um pesadelo. - disse quase baixo assim que passamos pela porta.
Oras, então foi oque? - perguntou ele com carinha de lerdo.
- Foi mais uma lembrança. - respondi me soltando dele, sentando-me na cama. Justin me olhou confuso, e sentou-se do meu lado.
- Quer dividir? - perguntou receoso.
- Não gosto de lembrar. - abaixei a cabeça.
- Tudo bem, mas quando quiser... quando precisar de alguém pra conversar eu sou todo ouvidos, ok? - ele perguntou olhando para mim, sorri fraco acentindo.
- Obrigado. - disse quase em um sussurro.
- Não precisa agradecer. - ele disse sorrindo fraco. - Hãn... do que realmente está com medo? - ele perguntou olhando pelo quarto.
- Não sei exatamente. Só estou com medo, senti uns calafrios... mas... ah slá. - disse toda confusa, fazendo ele rir fraco.
- É estranho. Mas acho que não tem nada aqui.
- Verdade. - concordei agora olhando para o nada.

Ele levantou-se fechando a porta do quarto, apagou a luz e caminhou até a cama novamente, sentando do meu lado, encostado na cabeceira da cama.

- Oque está fazendo? - perguntei o olhando.
- Esperando você dormir  - ele sorriu fraco.
- Sério que vai... ? - perguntei surpresa.
- Eu disse que ia esperar você dormir. Então acho melhor você fazer isso... sabe, dona Pattie esta empolgada com sua presença, ela quer te levar pra conhecer a cidade amanhã.
- Sua mãe é incrível. - disse sorrindo para o nada.
- É, ela é. - concordou com o mesmo sorriso.

Ficamos em silêncio, me ajeitei na cama, deitando-me, meu sono havia ido embora. Oque fazer?

- Está sem sono? - ele perguntou vendo-me parada olhando o teto.
- É, parece que perdi. - disse e virei minha cabeça encontrando seu olhar.
- Eu também. Oque faremos?
- Não sei. Agente não se vê á tanto tempo... então me conta sobre você. - sugeri mesmo não sabendo se queria aquilo.
- Não é uma má idéia. Me faça perguntas, é melhor...
- Tá... - parei para pensar um pouco - Uma cor?
- Roxo - ele respondeu rapidamente, como se tivesse já na ponta da linguá.
- Cantor favorito?
- Michael Jackson. - ele sorriu fraco.
- Cantora favorita? - o olhei
- Beyoncé. - ele sorriu de orelha a orelha.
- Sério? Acho ela incrível.
- Ela é mesmo incrível, e tem um belo corpo. - disse sorrindo, fazendo-me rir.
- Já sei, ela é a mulher dos seus sonhos, muito talentosa, sexy e gostosa? - perguntei rindo, Justin me olhou e concordou rindo.
- Continuando... - me ajeitei na cama, sentando encostada na cabeceira da cama - Qual foi a coisa mais ruim que você já fez?
- Eu disse não a Dora, quando ela pediu minha ajuda. - ele respondeu com cara de lerdo, que eu não me segurei, acabei rindo muito.
- Ah meu Deus. - ele riu comigo. - Eu também já disse não á ela... e ainda mandei ela para aquele lugar. - ele riu - Tipo, ela fala assim ''Onde está o oceano? Eu não consigo ver'' ai você pensa ''Mano, tá em baixo de você...'' É muita burrice pra mim.

Ele riu.

- As vezes a coisa tá na cara dela, mas ela diz ''Não consigo ver, onde está?'' - ele disse fazendo gestos com as mãos. - É chato. - rimos.
- Dia ou noite?
- Noite. - ele sorriu sapeca.
- Por quem você lutaria, mesmo sem forças, mesmo sem poder?
- Pela minha mãe. - ele sorriu, fazendo-me sorrir - E você?
- Pelos meus pais. - disse meio cabisbaixa.
- Eu sinto muito por eles. - ele disse sincero.
- Tudo bem. - forcei um sorriso.
- Eu sei que não está bem...
- Porque acha isso? - olhei em seus olhos.
- Porque está em seus olhos o quanto dói ai... - ele apontou para meu peito, ou seja meu coração.
- Tão na cara assim? - perguntei meio lerda.
- Na cara não, nos olhos. - disse com cara de lerdo, que me fez rir fraco.

Ficamos em silêncio.

- Vou te contar uma coisa. Eu peguei minha mãe chorando hoje, e quando eu perguntei oque havia, bem ela disse que era você...
- Eu? - o interrompi confusa.
- Sim, você se parece muito com sua mãe, e ela sente falta. Mas sabe... eu vou dizer a mesma coisa á você, oque disse á ela. Ficar triste não vai adiantar nada, seus pais não gostariam, certo? - acenti - Eu sei que ainda é muito cedo, mas você tem que orar e pedir á Deus que ele acalme seu coração, porque seus pais estão em um lugar melhor, eles te amam e ... não querem ver a filha triste.
- Tem razão. - forcei um sorriso. - Obrigado. E obrigado por ficar aqui comigo, a medrosa.
Ele riu fraco pelo nariz.
- Já disse que você não precisa agradecer, eu faria isso por qualquer pessoa... mas você não é qualquer pessoa, é minha prima, minha família. - ele me abraçou de lado, confortando-me em um abraço aconchegante.
E só do que eu preciso, abraços.

- Acho melhor eu dormir. - disse assim que ele me soltou.
- Também acho.- concordou rindo leve.
- Vai ficar ai mesmo?
- Sim, até você dormir.
- Então ob...- ele levantou a mão antes que eu terminasse. - Boa noite Justin. - me virei para o lado.
- Boa noite.

[...]

Acordei sentindo algo me balançar fraquinho. Fui me virando preguiçosamente, abrindo os olhos da mesma forma, dando de cara com olhos perfeitos.
- Ei, minha mãe pediu que eu te acordasse. - Justin disse baixinho.
- Uh, é... que horas são? - cocei os olhos tentando tirar um pouco do sono.
- Hora de moça levantar. - ele sorriu sapeca saindo do quarto.

Sentei-me na cama, esticando meus braços, fazendo meus ossos darem um pequeno estralho. Levantei-me da cama em direção ao banheiro, onde lavei o rosto e escovei os dentes, peguei uma toalha no armario e fui tomar um banho. Escolhi uma roupa e vesti. Prendi meu cabelo e coloquei o meu chapéu favorito que Selena me deu no aniversario do ano passado.
Passei uma leve maquiagem para disfarçar minhas olheiras que estavam meio visíveis. Coloquei meu celular no bolso e desci. Tia Pattie estava sentada em uma banqueta enquanto Justin fazia algo no fogão.
- Bom dia Isa. - disse tia Pattie me dando um abraço.
- Bom dia tia. - sorri.
- Está linda. - ela olhou-me de cima á baixo.
- Ah, não é nada demais. Mas obrigado. - sentei-me em uma banqueta ao seu lado.
- Justin está fazendo ovos mexidos.
- Já que ela não sabe cozinhar. - ele disse rindo, virando para nós.
- Então quem fez aquela lasanha? - perguntei confusa.
- Fui eu. - Pattie respondeu meio receiosa.
- Mentira, ela comprou pronta e colocou no forno. Simples. - disse Justin prendendo o riso.
- Ok, não vamos falar dessa parte que eu sou fracassada e vamos focar nos ovos mexidos....Porque to com fome. - disse fazendo-nos rir.
- Quer bacon? - perguntou Justin aproximando a panela no prato.
- Hum, parecem bons. - disse lambendo os lábios, apreciando aquelas pequenas tiras de bacon frito, que exalavam um ótimo cheiro.
- Toma.... - Justin sorriu colocando os mesmo no meu prato, em seguida os ovos, sussurei um breve ''obrigado'' e comecei a comer, assim como todos.
- Justin disse que ontem você teve um pesadelo... - disse tirando-me a atençao dos ovos. 
- É, sim. - respondi meio rapido, por estar de boca cheia.
- Está melhor? 
- Uhum. - respondi brevemente. 
- Sabe, eu gosto de queijo, acho que vou comer queijo hoje... Queijo é bom. MUITO BOM - Justin gritou fazendo-nos rir.

Capitulo 4.
Eu estava me sentindo melhor que na noite passada, conseguia sorrir graças ao Justin e a tia Pattie. Ela dizia coisas positivas, e Justin não parava de fazer palhaçadas e contar piadas sem graças, mas elas eram tão sem graças e idiotas, que eu acabava rindo.

- Onde vamos agora? - perguntei assim que saímos de casa.
- Vamos te levar pra conhecer Los Angeles. - disse Justin dando partida no carro.
- Acho que isso eu já sei, mas para onde?
- Primeiro vamos almoçar, depois vamos ao centro comprar algumas coisas, e dar um volta pela cidade. - disse Tia Pattie olhando rapidamente para trás.
- Legal. - disse empolgada levando meu olhar á cidade do lado de fora, Justin passava por vários lugares, ele não corria mas também não estava dirigindo devagar.
- Oque está achando? - perguntou Pattie, tirando-me de meus pensamentos.
- Oque? - perguntei confusa.
- Da cidade, oque está achando? - ela virou-se um pouco para poder me olhar.
- Ah, ela é bonita... tem muitos prédios. - respondi entortando os lábios.
- Onde você morava não tinha prédios? - Justin perguntou olhando pelo retrovisor do carro.
- Sim, quer dizer mais ou menos. - disse rindo fraco vendo a cara de confuso do Justin.
- Como mais ou menos?
- Mais ou menos oras... digamos que tinha prédios, mas não como estes.
- Como assim? - ele perguntou confuso.
- Vamos ver, se colocar os prédios que existem lá perto desses bem, vão parecer casas, mas não qualquer casa, casinha de cachorro. - eles riram.
- Onde você morava mesmo? - Justin questionou ainda rindo.
- Hamilton, é uma cidade pequena perto de Stratford. E quando eu falo que é pequena eu não to brincando. Los Angeles é enorme... Gosh, dá até medo. - comentei fazendo eles rirem novamente.
- Relaxa, nem é tão assustador assim. - ele disse sorrindo.
- É verdade, até porque você não precisa sair sozinha por aqui, eu não deixaria é claro... mas, você sempre terá a mim, e a Justin. - Pattie disse olhando para trás.
- É, somos a sua família  - concordou Justin olhando rapidamente pelo retrovisor, e parando o carro. Involuntariamente eu sorri, sentindo-me agradecida por aquilo, eles são perfeitos e é meio difícil acreditar que são minha família.
- Ah... obrigado gente. - agradeci sorrindo. - Sério, eu mal cheguei e to me sentindo tão bem com vocês.

Eles sorriram juntos.

- Já disse que não precisa agradecer né. - Justin disse olhando para trás. Ia dizer alguma coisa mas algum celular começou a tocar, olhei para o meu e não era. Era o do Justin, ele sorriu torto e atendeu. - Alô? ... Ah oi Julia... desculpa eu não vi... Ju... para com isso, eu ... - Pattie e eu nos entreolhamos e ela deu de ombros. - Relaxa Julia, que coisa, eu tava com a minha mãe... - Justin olhou para Pattie sorrindo torto e saindo do carro, como nós duas fizemos também - Coisa de família .. - ele continuou no telefone atrás de nós, enquanto eu apenas escutava, sim sou curiosa, problema? - Ju para, eu tava ocupado... minha mãe precisava de mim, desculpa não ter ligado de volta, mas são coisas de familia.... Tudo bem... Agora? ... Ju, não dá.... porque? - ele parecia nervoso, Pattie parou fazendo-me parar também, enquanto esperávamos ele desligar - Ju não dá desculpa, eu te ligo depois tá? Beijo se cuida amor. - ele desligou colocando o celular no bolso em seguida. - Era a Julia. - ele disse sem jeito olhando para mim e para mãe dele.
- Tudo bem, vamos almoçar. - Pattie respondeu gentil, e entramos no restaurante.

[...]

Depois do almoço fomos andando mesmo até o centro, segundo Pattie era pertinho e assim eu poderia ficar olhando a cidade. Pattie estava tão empolgada que fazia eu e Justin rirem dela, ela parecia uma criança, mostrando todos os cantos da cidade, as lojas, as pessoas, tudo mesmo. O céu estava se fechando e o humor dela mudou radicalmente rápido.

- Droga, eu queria levar você á um parque lindo que tem aqui. - ela disse nervosa.
- Tudo bem, podemos ir outro dia tia. - disse tentando acalma-la.
- Não, eu queria hoje. - disse nervosa, parecendo uma criança. Olhei rapidamente para Justin que me olhou com a mesma cara, ele riu e eu o acompanhei. Pattie nos olhou de cara feia, que me fez quase engasgar.
- Mãe, melhor nos irmos embora, está vindo um temporal. - Justin disse pousando suas mãos nos ombros dela.
- Tudo bem né, fazer oque. - ela concordou correndo até o carro, assim como nós, Justin rapidamente destravou e entramos afobados. A chuva já começava a cair, e ele logo deu partida saindo dali rapidamente, o céu estava quase escuro, e ventava muito.

Minutos depois de conversas alheias,  Justin parou o carro em frente de casa, contamos até três antes de sair:
- Um... - disse em suspense.
- Dois... - disse Pattie.
- Três, correndo. - Justin abriu a porta e saiu correndo, em seguida eu e Pattie fizemos o mesmo, mas ela acabou ficando por ultimo se molhando mais. Entramos em casa, e ela veio logo resmungando.
- Droga, me molhei. - resmungou batendo o pé no chão - Vou tomar um banho. - ela subiu as escadas resmungando.
- Acho que também vou tomar um banho. - disse tirando meus sapatos, que estava enxarcados
- É eu também. - ele concordou e acabamos subindo juntos, cada um entrou no seu quarto e eu fui direto para o banheiro, me despi e joguei a roupa em um canto, ela estava meio molhada mas nada demais. Liguei o chuveiro e tomei um banho quente, lavei meu cabelo e sai em seguida, colocando uma toalha na cabeça e peguei uma para me secar.

Depois de me secar vesti um calça de moletom cinza e larga, uma blusa de frio meio coladinha branca, coloquei uma meia e meus chinelos, ficaria em casa mesmo. Fui até meu guarda-roupa e peguei o secador de cabelo, fui até o banheiro e liguei o mesmo, sequei apenas a raiz e a minha franja, deixando as pontas onduladas mesmo. Passei meu desodorante, e fui até o quarto passar os cremes. Borrifei uma vez o perfumo sobre minha blusa, sentindo o cheiro doce do chocolate e baunilha invadir minhas narinas.
Passei pela porta e olhei rapidamente pelo corredor, as portas como sempre estavam fechadas. Desci as escadas tranquilamente, a tv estava ligada e Justin estava todo relaxado no sofá, passei por ele fazendo o mesmo se ajeitar no sofá, e sentei no outro. Ele vestia também um moletom amarelo, e uma blusa de mangas curtas preta. Ele abriu a boca pra falar comigo, mas foi interrompido com o som do meu celular tocando na minha mão, sorri torto e atendi.

- Alô?
- Isa sua feia, porque não me ligou? Eu estou com saudades. - Selena praticamente gritou do outro lado, o que me fez rir.
- Desculpa Selly, eu cheguei tarde e fui dormir. - disse rindo, Selena odeia ser chamada de Selly.
- Não me chama de Selly. - ela riu assim como eu. -Isa, como é ai?
- É legal. - disse simplesmente, olhei rapidamente para o Justin que estava vidrado na tv, onde passava um reality show de modelos, elas estavam de biquinis e eu podia jurar que estavam focando bem na bunda delas. Peguei a primeira almofada e taquei nele, rindo em seguida por sua expressão assustada.
- Está rindo do que? Quem está ai? - ela perguntou curiosa.
- Ah, meu primo.
- Seu primo? - ela questionou confusa.
- Sim, o Justin, filho da minha tia..  - disse e o mesmo me olhou, apenas sorri fraco
- Ah sim. Isa, como que você tá? 
- Eu to bem, na medida do possivel Sel... - respondi quase baixo.
- Não fez mais aquilo né? - ela perguntou também baixo.
- Selena, não vamos mais falar disso, tá? - respondi levantando-me na mesma hora, andando lentamente até a cozinha, meio sem jeito. - Eu não faço aquilo á muito tempo...
- Mentira. - ela afirmou.
- Está me chamando de mentirosa na cara dura? - perguntei indignada encostando-me na pia.
- Sim, estou. Você acha mesmo que eu não vi as marcas no dia em que você foi embora? - ela perguntou brava, apenas suspirei alto e ela continuou - Eu só espero que isso não passe mais pela sua cabeça, ninguem ai sabe do que você faz, ou já fez... sua tia, nem seu primo, e isso é até melhor porque ninguem vai ficar preocupado se você está fazendo denovo, ou te vigiando... Mas Isabella, se de algum modo eu souber que você fez denovo, eu juro... pego o primeiro voo prai. - ela disse firme.
- Eu não vou fazer denovo. - disse num fio de voz.
- Promete? - questionou com a voz firme.
- Sel...
- Isabella, promete ou não? 
- Tá, prometo. - disse rapido.
- Otimo, eu só liguei porque estou com muitas saudades, e estava preocupada.
- Também estou com saudades. - disse com a voz tremula, denunciando as lagrimas engasgadas.
- Eu tenho que desligar, minha mãe quer ajuda na cozinha. Beijos, e eu amo você.
- Também amo muito você. - senti ela sorrir e em seguida desligar o telefone. Senti uma lagrima percorrer todo meu rosto, parando devagar sobre a linha do meu queixo. Limpei a mesma devagar e respirei fundo.

Caminhei lentamente até a sala voltando a me sentar, Justin agora estava jogando video-game. Tombei minha cabeça sobre o braço da poltrona, assistindo ele jogar.
- Quer jogar? - Justin perguntou parando o jogo. Levantei minha cabeça para olha-lo - Prometo deixar você ganhar. - ele riu fraco, fazendo-me estreitar os olhos.
- Não precisa deixar eu ganhar. - disse convencida, levantando-me e indo sentar no mesmo sofá que ele. Justin me entregou o outro controle e arrumou o jogo para duas pessoas. Ele deu play do jogo de luta, sim de luta... e começamos a jogar seriamente.

[...]

Tia Pattie estava sentada na poltrona observando nos jogando, ela havia pedido pizza para o jantar. Eu e Justin já estávamos na 4° partida do jogo, ele ganhou duas vezes, e eu também ganhei duas vezes. Ele estava ganhando agora na quinta partida, e então não pensei duas vezes, tirei uma das mãos do meu controle e rapidamente coloquei em seus olhos tapando sua visão, ele se atrapalhou e eu aproveitei pra terminar com aquilo, apertando qualquer botão e matando Justin.
- Ganhei! - gritei levantando os braços, fazendo tia Pattie rir.
- Não vale, você me trapaceou. - Justin resmungou
- Isso se chama, ser esperta! - disse me gabando.
- Não concordo. - ele resmungou cruzando os braços, fazendo-nos rir. Ia dizer algo mas o som da campainha ecoou me assustando levemente.
- A PIZZA! - gritou Justin abrindo um sorriso enorme e correndo até a porta. Ri fraco e levantei-me assim como tia Pattie, ela foi direto para a cozinha, enquanto eu desligava o video-game, em seguida Pattie voltou com os pratos e talheres.
- Isa, pega os copos pra mim? - Pattie pediu gentilmente.
- Claro. - disse assim que coloquei os controles sobre a mesa de centro. Corri até a cozinha, peguei três copos no armário e voltei para a sala, onde Justin colocava a pizza sobre a mesa de centro, junto com a Sprite. Entreguei os copos a tia Pattie que distribuia as pizzas.
- Obrigado querida. - agradeceu pegando os copos, em seguida me entregou um prato com um pedaço grande de pizza. Sentei-me no sofá e Justin sentou-se em seguida, ligando a tv colocando em algum filme, no qual eu não prestei atenção em ver o nome.
Dei uma mordida na pizza, e curvei meu corpo para pegar o copo de sprite sobre a mesinha, dando dois goles seguidos, coloquei o mesmo novamente no lugar e voltei a prestar atenção no filme.

No dia seguinte...

Levantei-me da cama indo em direção ao banheiro parecendo um zumbi, preguiçosamente escovei os dentes e fiz minhas higienes, entrei no box e tomei um pequeno banho para despertar-me daquele sono. Sai do banheiro ainda meio groge. Vesti lentamente a calça de moletom azul bebê, em seguida uma blusa de mangas curtas branca, e pra finalizar a blusa de frio do moletom, também azul bebê.
Borrifei meu perfume duas vezes no pescoço, uma de cada lado, deixei meu cabelo solto mesmo e desci.
- Bom dia. - disse á tia Pattie que tomava café sozinha.
- Bom dia querida, acordou cedo.
- Que horas são? - perguntei curiosa, sentando-me em uma banqueta, ela olhou no relogio rapidamente e disse:
- 8h23. Não está com sono? É domingo, pode dormir até tarde. - ela disse levantando-se e colocando o prato que sujou na pia.
- Ah, sério? Então vou dormir denovo, tá chovendo, dá soninho. - ela riu.
- Então durma querida, descanse... eu vou ao mercado. - ela beijou-me na testa e saiu. Tomei um achocolatado e subi para meu quarto, fechei as cortinas e deitei-me, virei para o lado aconchegando-me no edredom que ainda estava gostosinho.

Capitulo 5.

- Isabella, acorde... - ouvi uma voz doce me chamar.
- Perai deixa eu dormir mais ti... Mãe?! - perguntei paralisada, assustada, minha mãe ali na minha frente, tá brincando?
- Nunca me viu menina? - ela riu, mas continuei em choque. - Acorde logo, é um dia chuvoso porém longo. - ela parou de falar e ficou me olhando, enquanto eu só sabia respirar alto, assustada- . Sabe.. sua tia é uma otima pessoa, ela cuidará bem de você... - ela andou até a janela do quarto, parando na mesma e abservando o lado de fora da casa - E seu primo, bem... você vão se dar bem, vão ficar bem proximos, proximos até demais... mais no final tudo vai ficar bem...você só precisa ser forte em primeiro lugar...
- Do que está falando? - e antes que ela pudesse me responder, a vi sumir. - Mãe? - levantei-me da cama - Mãe? - gritei.
- Isa? Isabella acorda... - ouvi a voz de Justin me chamar. - Isa...

Abri meus olhos assustada dando de cara com Justin me olhando confuso e ao mesmo tempo preocupado. Meu rosto estava suado e eu tremia um pouco, meu coração estava disparado e minha respiração descompensada.

- Pesadelos com a sua mãe de novo? - ele perguntou sentando na cama.
- É, como sabe? - perguntei levando minha mão ao rosto.
- Você estava chamando por ela. - disse cauteloso.
- Estava? - perguntei e ele acentiu. - Foi estranho. - disse quase a mim mesma, mas ele ouviu.
- O que sonhou? - perguntou ele curioso.
- Ela me acordava como você acordou, e começou a dizer coisas estranhas, digo... ah seilá. - levei as mãos até o rosto, passando sobre meus olhos.
- Oque ela disse?
- ''sua tia é uma ótima pessoa, ela cuidará bem de você... E seu primo, bem... você vão se dar bem, vão ficar bem próximos  próximos até demais... mais no final tudo vai ficar bem...você só precisa ser forte em primeiro lugar.''  Ela disse isso. - disse lembrando exatamente de tudo, sem deixar nenhuma palavra.
- Oque ela quis dizer? - ele perguntou confuso.
- Não sei. Doideira. - rimos.
- Sabe cadê minha mãe?
- Foi ao mercado. - levantei-me até o banheiro para lavar o rosto, voltei para o quarto e Justin continuava lá.
- Isa... assim, você já namorou? - perguntou Justin.
- Hã... sim. - respondi meio sem jeito, não entendendo muito oque ele quis dizer com aquela pergunta.
- É, será que você é... pode me ajudar? - ele perguntou sem jeito.
- Tá. Mas com oque eu posso te ajudar? - caminhei até a cama, sentando ao seu lado, um pouco distante.
- Bom, é que eu tenho uma namorada. A Julia... e bem, agente anda meio que se estranhando....
- Estão brigando demais? - o interrompi.
- Sim. - ele riu fraco.
- Porque?
- Ela reclama que eu não dou mais atenção á ela. - ele disse suspirando - Mas eu expliquei que meus tios... - ele parou de falar e engoliu seco, me olhando em seguida - E falei que tinha coisas para resolver na família...
- Conversa com ela, diz que recompensa tudo depois. - disse como se fosse obvio.
- Será? - ele fez careta.
- Sim, ela é uma garota Justin... bom eu não á conheço, mas garotas são assim e ela está carente. - disse e em seguida peguei meu celular, encarando a tela, onde estava o papel de parede com a minha foto e da Selena.
- Quem é? - Justin perguntou vendo de relance a foto, no mesmo instante o olhei.
- Minha melhor amiga. - disse sorrindo de lado, travando o celular.
- É a mesma que naquele porta-retrato?! - ele apontou para o mesmo em cima da criado-mudo, onde havia mais uma foto minha com Selena.
- Sim. - sorri ao responder. Ele levantou-se e curvou o corpo para pegar o porta-retrato, depois voltou a sentar-se.
- Ela é bonita. - comentou me olhando em seguida.
- Ela não é bonita. - disse incrédula, fazendo ele me olhar confuso.
- Você não acha? - perguntou meio assustado.
- Não, porque ela é perfeita. - disse e soltei uma risada baixa., fazendo Justin rir leve.
- Crianças? - Pattie gritou do andar de baixo, fazendo-nos rir.
- Sério que ela tá chamando agente de criança? - Justin disse rindo.
- Vamos superar. - ele riu. - Vem, vamos ver oque ela quer. -disse levantando-me. Justin veio atrás.
- Ah, obrigado pela ajudinha Bella. - Justin agradeceu atrás de mim, me tirando um mega sorriso, ninguém nunca me chama de Bella... digo, só meu pai me chamava assim.
- Você me chamou de Bella. - me virei sorrindo, fazendo ele se assustar por eu ter parado.
- Ah, é... tem problema? - perguntou sem jeito.
- Não, é que... meu pai me chamava de Bella. E todo mundo me chama de Isa, mas Bella... Bella é legal, eu gosto, mas ninguem sabe. - sorri.
- Eu acho Bella bonito... posse então te chamar assim? - ele sorriu.
- Sim, claro... obvio. - rimos e voltamos a descer as escadas.

[...]

Terminamos de almoçar e estávamos vendo televisão. Pattie estava quase dormindo no sofá, enquanto eu e Justin assistíamos tv com a maior cara de tédio. Justin suspirou cansado levantando-se da poltrona, fazendo com que eu preguiçosamente virasse um pouco para olha-lo.

- Cansei, preciso sair. - ele disse assim que levantou-se, e no mesmo instante Pattie acordou do sue cochilo.
- Onde você pensa que vai? - ela perguntou ainda meio sonolenta.
- Ah seilá. Eu só preciso sair, porque aqui tá um tédio. - ele disse sentando-se no braço da poltrona.
- Então leve sua prima. - ela disse autoritária. Justin me olhou por um tempo.
- É, ela parece entediada também. - ele disse dando meio riso. - Você quer ir? - perguntou me olhando, mas antes que eu pudesse responder Pattie me interrompeu.
- Vai Isa, vai ser bom pra você. - ela sorriu.
- Tá eu vou. - disse por vencida levantando-me. Coloquei meu celular no bolso e parei ao lado de Justin, que me olhou com uma cara engraçada.
- Vai assim? - ele apontou para minha roupa.
- Algum problema? - perguntei confusa.
- Não, nenhum, mas é que... qualquer garota não gosta de sair de moletom. - ele sorriu de canto.
- Não sou qualquer garota. Nem ligo pra isso... - disse dando meio riso, passando por ele.
- Eu gosto disso! - Justin afirmou sorrindo. Fazendo-me sorrir junto, tia Pattie riu e voltou a ver tv. - Então vamos? - ele perguntou parando na porta, apenas acenti com a cabeça.
- Cuidado, e não voltem tarde. - Pattie gritou da sala.
Eu e Justin rimos e saímos em direção ao carro dele.
- Onde vamos? - perguntei assim que me acomodei no banco no passageiro.
- Ainda não sei. - ele respondeu rindo fraco.

Justin parou o carro de frente á uma casa, oque me deixou curiosa para saber onde estavamos. Ele saiu do carro e antes que eu pudesse abrir a porta, ele mesmo fez isso pra mim, sorri agradecida, ainda com um ponto de interrogação.

- Onde estamos? - perguntei curiosa.
- Casa do Ryan. Um amigo meu. - ele respondeu simplesmente. - Vem, vou te apresentar á eles...
- Eles?  - perguntei confusa, não era só um?
- Sim, Chris também está ai. Vamos, prometo não deixar eles te bullynarem. - ele riu leve, passando um braço sobre meu ombro.
- Porque eles iriam me bullynar? - perguntei rindo fraco, enquanto caminhavamos até a entrada.
- Bem, digamos que eu conheço muito bem aqueles dois. Garota bonita...- ele disse apontando de lado para mim, fazendo-me corar levemente -
- Eu não sou bonita. - disse interrompendo ele, e Justin parou no mesmo instante.
- Tá brincando né? - ele perguntou incrédulo. Apenas acenti negativamente - Tá, então me diz porque não se acha bonita? - ele perguntou cruzando os braços.
- Porque eu não me acho oras. - disse sem olha-lo.
- Mas porque? - ele insistiu.
- Porque não cara... olha pra mim, sou tão branca, pálida... meu cabelo tão sem graç...
- Tá bom. Para. Por favor... Bella, você é linda. - ele disse olhando nos meus olhos, e eu podia jurar que estava ficando vermelha. Ele riu fraco quando percebeu, e voltou para meu lado, voltando a caminhar até a porta. - Você fica envergonhada muito rapido. - comentou rindo.
- Sou extremamente timida, queria oque? - disse sem jeito, e ele riu.
- Então acho bom se preparar... - ele olhou-me assim que tocou a campainha.
- Preparar para oque? - peguntei na duvida.

 Mas antes que ele me respondesse, um garoto de olhos claros, com cabelos bagunçados e loiro atendeu a porta. Ele vestia uma bermuda jeans, e uma blusa de moletom azul escura da adidas. Ele abriu um sorriso ao nos ver
- Eai dude. - Justin cumprimentou ele com a outra mão que estava livre.
- Que surpresa cara.. - o garoto disse ao cumprimentar Justin.
- Chris, essa é a minha prima Isabella, Isabella esse é Christian.
- É um prazer..  - disse dando meu melhor sorriso. Estiquei minha mão para que ele apertasse, por educação.
- O prazer é todo meu. - ele apertou minha mão com um sorriso de canto, que me fez corar levemente.

Senti uma mão nas minhas costas e virei meu rosto levemente, vendo Justin do meu lado.
- Bem, vamos entrar né... - Justin disse me empurrando devagar para dentro, Chris deu passagem e passei rapidamente até ficar do lado de dentro, esperando Justin que logo apareceu atrás de mim. - Cadê o Ryan? - ele perguntou dando um passo á frente, mas voltou vendo que eu não me movi.
- Ele está lá em cima. - Chris disse indo em direção as escadas.
- Vem. - Justin sussurrou perto de mim, eu meio sem jeito segui eles. Subimos as escadas e Chris entrou em uma das portas, suponho que o quarto do tal Ryan.
- Acho que ele está no banho. - Chris disse assim que entramos no quarto e não havia ninguem, eu estava meio sem jeito. Qual é? Sou uma garota timida, e estou com dois meninos em um quarto, digo... três, já que um está no banho. Tudo bem que um deles é meu primo, mas vai saber né. Mas cá entre nós, não ligaria se eles quisessem me bullynar, são lindos, perf... ok, esse lado meu é inexistente.
- Ryan! - Justin gritou me assustando, fazendo-me levantar o olhar até a porta do banheiro, onde suponho que Ryan saia sem nada do banheiro, isso pelado. Em um ato rápido Justin levou sua mão até meu rosto, tapando meus olhos imediatamente, oque me fez rir. Rir muito, e sabe... minha risada é alta. Ouvi outras risadas e só reconheci a do Justin, que era rouca e digamos que um tanto sexy.
- Ryan, veste uma roupa pelo amor de Deus. - Chris disse rindo.
- Desculpa gente. - ele disse rindo.
- Vem Bella, vamos esperar lá em baixo. - Justin disse me guiando para fora do quarto. Ele soltou a mão de meu rosto, fazendo-me levar minhas mãos até os olhos, e coçar os mesmos. - Desculpa por isso. - ele riu descendo as escadas.
- Tudo bem, alias... você não tem culpa. - disse rindo. Voltamos para sala e ele sentou-se no sofá, sentei-me do seu lado.

Justin P.O.V

Isabella estava meio sem jeito ali com três garotos. Ryan não parava de dar em cima dela, e Chris também. Acho que se eu não cortasse eles agora, a coisa ia ficar pior. É, vou fazer isso...

Estavamos jogando video-game, e Ryan levantou-se de seu lugar, sentando-se ao lado de Bella, passou seu braço sobre o ombro dela e começou a falar. Ela estava cada vez mais vermelha, olhava para baixo sem jeito, até que encontrou meu olhar. Ela me olhou como se implorasse por ajuda, ri daquilo e levantei-me indo até eles.

- Então né, vamos embora Bella? - disse rindo tirando os braços do Ryan de cima de Bella.
- Ah qual é?! - Ryan resmungou.
- Vamos? - ignorei Ryan e olhei para Bella. Ela concordou e levantou-se com a minha ajuda.
- Já vão? - Chris perguntou.
- Sim, antes que minha prima fique seca de tanto que vocês secam ela. - disse rindo leve, fazendo eles rirem, até mesmo Bella riu. - Tchau.
- Tchau garotos. - Bella disse sem jeito acenando para eles.
- Me liga. - Chris gritou rindo.
- Aparece aqui de noite. - Ryan disse fazendo-me virar um soco em seu braço. - Que foi? - ele resmungou.
- Minha prima não é essas vadias que você pega não. - disse sério saindo dali. Pude ouvir eles resmungarem algo, mas ignorei.
- Obrigado, não sabia que eles eram tão... pervertidos. - ela disse e riu em seguida.
- Já disse que não precisa agradecer em nada. - disse sorrindo em seguida entrei no carro.

Isabella P.O.V
3 Dias depois. Quarta-feira.

Borrifei meu perfume duas vezes sobre a area do pescoço, uma vez sobre meu pulso e borrifei no ar, passando correndo em seguida para misturar com a minha roupa. Ri daquilo e peguei meu celular sobre o criado-mudo, hoje estava um dia quente mas eu precisava usar uma blusa longa... enfim. Desci as escadas e tia Pattie já me esperava no andar debaixo, junto com Justin. Iriamos na faculdade, eu iria fazer uma inscrição para começar ano que vem, já que o ano letivo aqui já estava no fim. Nós estamos em novembro e seu entrasse na faculdade agora iria me perder toda. Pattie disse que não vai ser dificil ganhar uma bolsa, já que minhas notas são perfeitas e sou uma aluna exemplar.

- Não está com calor Isa? - Pattie perguntou por me ver de blusa de frio.
- Ah tia, é fininha. - disse passando a mão pelo tecido.
- Tudo bem, então vamos. - ela disse pegando sua bolsa e colocando a mesma no ombro.

Justin saiu na frente e entrou no carro primeiramente. Em seguida Pattie insistiu para que eu fosse na frente, então assim fiz. Estava muito quente e eu estava ficando agoniada, mas Justin logo foi fechando os vidros e ligando o ar, oque me deixou aliviada.

Justin parou o carro de frente á um enorme prédio, digo enorme mesmo. Pattie foi a primeira a descer, e assim todos desceram. Passamos pela grande porta andando naqueles enormes corredores. Ela parou derrepente oque me assustou um pouco, mas percebi que estavamos de frente á sala do diretor.

Meia hora depois.

- Eu acho que eles vão te aceitar. - Pattie disse assim que saimos da sala.
- Eu também acho, ele falou tão bem de você. - Justin concordou parando do meu lado.
- Que bom, não é? - ele riram. Eu estava meio zonza, meio lerda... sei que sou lerda, mas tudo bem. O calor estava grande, ouvi dizer que estava uns 30° graus hoje. Pattie entrou no carro primeiro, esperando Justin que tinha ido até o carrinho de sorvete comprar garrafas de aguá.
- Você tá bem? - ele perguntou me assustando, sua mão estava pousada sobre meu ombro.
- Sim. - sorri tentando mostrar que eu estava bem. - É só o calor.
- Toma, isso vai te refrescar. - ele me entregou uma garrafinha de aguá, que estava brilhando de tão gelada, entramos no carro e eu apoiei a garrafa sobre minhas pernas, não consegui evitar. Levantei as mangas da minha blusa, deixando elas na altura do meu cotovelos.
- Nossa, hoje tá muito quente. - disse Pattie bebendo aguá.
- Concordo, não como você tá aguentando com essa blusa. - Justin disse me olhando.
- Já disse que ela é fininha. Mas vou prender meu cabelo... tá quente mesmo. - ri fraco, pegando o elástico do meu bolso e juntando meu cabelo, Justin mantinha seu olhar em, oque me deixava incomodada. Prendi um rabo alto e meio torto. Em seguida peguei a garrafa e rodei a tampinha, bebi dois goles e percebi que ainda não haviamos saido do lugar. Justin tinha seu olhar sobre mim, encontrei o mesmo e só ai percebi que ele olhava para meu pulso, oque me fez gelar. Pronto, estou lascada. Ele viu as marcas. Em um ato rapido e meio desconcertado, levei meu braço para o lado do meu corpo, desviando meu olhar para a janela do carro. Droga....

Capitulo 6.

O caminho todo estávamos em silêncio, Justin não disse nada depois do que viu. Pattie estava concentrada em algo no celular. E eu? Estava tão nervosa que havia secado aquela garrafinha de aguá em dois segundos,e agora estava roendo as poucas unhas que restavam. Mal conseguia pensar, então peguei meu celular e digitei uma mensagem para Selena.

Selena, acho que meu primo viu as marcas no meu pulso. Acho não, tenho certeza... e agora ele tá calado e estranho, oque eu faço?

Apertei send e esperei. Olhei rapidamente para Justin que estava pensativo e prestava atenção no transito, percebi que já estávamos quase chegando em casa, oque me deixou mais nervosa ainda. Se ele contar para tia Pattie? Ah Deus. Maldito dia quente...odeio.
Justin parou o carro de frente a casa, e no mesmo instante senti meu celular vibrar, peguei o mesmo apressadamente e abri a sms da Selena.

Eu sabia que isso aconteceria logo... apenas fique calma. O máximo que ele vai fazer é perguntar o porque... respira fundo e conta tudo. Ele é seu primo, sua familia, tem que confiar.

Ok, talvez ela tenha razão. Digitei uma mensagem agradecendo e sai do carro depois deles. Pattie passou pela porta e logo se jogou no sofá. Fui até ela decidida a puxar assunto.

- Tia, onde você trabalha? - perguntei puxando assunto.
- Em uma agência bancaria. - ela disse ligando a televisão. Isso explica essa casa enorme.
- Você se importa se eu arrumasse um trabalho? - perguntei e no mesmo instante ela me olhou. Mas meu olhar foi desviado assim que Justin entrou na sala, sentando-se ao meu lado, um pouco distante.
- Porque quer trabalhar? - Pattie perguntou curiosa.
- Ah tia, não gosto de ficar parada. E também me sentiria incomodada ficando o dia todo aqui de barriga pra cima, enquanto você trabalha.
- Eu não me incomodo, não precisa trabalhar. Se você não quiser ficar parada em casa, eu posso te colocar em algum curso. - ela sugeriu fazendo-me sorrir, pela ideia que tive.
- Sério? - perguntei sorrindo - Pode ser aulas de piano?!
- Eu sei tocar piano. - Justin finalmente se pronunciou, fazendo-me olha-lo.
- Isso, Justin pode te ensinar. Ele tem um piano lá em cima, no meu quarto... ele pode te ensinar. - Pattie disse sorrindo.
- É... é, eu posso. - Justin concordou sorrindo.
- Ok, então podem começar amanhã. Pela noite Justin tem faculdade, então vocês podem fazer as aulas de manhã, ou á tarde enquanto eu não estou aqui. Pode ser?
- Sim. - bati palmas empolgada.
- Tudo bem. - ela levantou-se - Vou descansar porque amanhã, eu trabalho.

A tia, justo agora? Tem mesmo que me deixar sozinha com o Justin? Ela deu um beijo na minha testa e na bochecha de Justin, em seguida foi para seu quarto. Ficamos em silêncio e pude perceber Justin me olhar, decide tomar um banho, fazer qualquer coisa. Levantei-me disposta a subir para meu quarto, mas Justin segurou meu braço, pra ser mais exata, ele segurou meu pulso, bem onde os cortes estavam. Oque me fez morder os lábios segurando um grito de dor. Ele fez de proposito, não é possível.

- Posso falar com você? - ele perguntou sério.
- Pode ser depois do meu banho? - sorri torto.

Ele suspirou.

- Tudo bem, depois do banho. - ele disse soltando meu braço e eu podia jurar que ele sentiu as marcas.

Assim que coloquei meus pés na escada levei uma das mãos ao meu pulso. Os cortes estavam doloridos, e agora estavam avermelhados. Entrei no meu quarto e tranquei a porta, me joguei na cama e desabei. Sim, eu estava chorando, por ser uma idiota e fraca.

Eu me sinto fraca fazendo isso, mas oque eu posso fazer? Já se tornou um vicio, eu faço isso pra aliviar a dor que eu sinto. Desde os meus 14 anos, venho fazendo isso. E agora ficou pior, depois que meus pais morreram, eu me tornei alguém mais fraca ainda, e passo a fazer frequentemente. Na noite em que eles morreram, Selena pegou eu me cortando no banheiro, ela disse tantas coisas, mas ficou a noite toda comigo, impedindo-me de fazer, me lembro que naquele dia foi o pior, porque eu me cortei demais... foi além do meu pulso. Depois de alguns dias, eu fiz de novo... mas Selena não viu, quer dizer, ela viu no dia em que eu fui embora, só que preferiu não dizer nada. Agora você tá se perguntando, não era pra ter cicatrizado desde aquele dia? Sim, mas eu fiz de novo, por pura fraqueza. Ontem durante a madrugada para ser mais exata, não adivinhei que hoje faria um calor do cão.

Ouvi movimentação no corredor e fiquei com medo que alguém batesse na porta, e me encontrasse assim. Então corri para o banheiro e me despi. Parei de frente ao espelho e meu cabelo estava molhado na raiz, por conta do suor. Eu não sei porque, mas eu me olho no espelho e não consigo ver uma garota bonita, eu não me acho bonita, nunca me achei. Decidi tomar um banho logo. Lavei meus cabelos novamente, e me lavei.
Sai do banheiro em direção ao guarda-roupa, peguei uma roupa simples mesmo, um shorts jeans e uma blusa do bob esponja. Penteei meus cabelos e deixei eles molhados mesmo.
Respirei fundo e sai do quarto, eu estava com fome, muita fome. Não como desde ontem mas tia Pattie não sabe, eu disse que comi mas na verdade não. Desci as escadas devagar na esperança de quem estivesse na sala não me notasse. Passei lentamente pela sala sem olhar para os lados. Abri a geladeira e peguei uma garrafinha de 500ml de suco de laranja. Fui até o armário e peguei um pacote de biscoito de chocolate. Passei dessa vez correndo pela sala direto para meu quarto, fechei a porta e deixei as coisas na cama, abri a porta da sacada no meu quarto e voltei para a cama, liguei a tv e comecei a comer a bolacha.

Horas depois. Quarta-feira. 20h23.

Acordei assustada depois de pegar no sono comendo bolacha. Me assustei mais ainda quando vi Justin sentado do meu lado, ela estava me olhando oque me deixou mais assustada ainda.

- Tá doido? Quer me matar? - perguntei me sentando na cama, ajeitando os cabelos no lugar.
- Desculpa. - ele riu. - Vim te chamar pra jantar.
- Ok, então vamos - disse levantando-me da cama, mas ele segurou meu braço, fazendo-me sentar novamente.
- Primeiro eu quero falar com você... - ele levantou-se e encostou a porta. Senti um friozinho na barriga, um calafrio que me fez mexer na cama.
- É, sobre oque? - me fiz de desentendida. Ele sorriu fraco e sentou-se do meu lado.
- A quanto tempo você faz isso? - ele perguntou virando-se para mim.
- Isso oque? - perguntei fingindo não saber de nada.
- Você sabe muito bem do que eu estou falando. Bella, eu vi. - ele pegou minha mão virando meu pulso para cima, deixando a mostra os cortes que ainda estavam vermelhos.

 Nós dois olhamos para o mesmo lugar, mas em um ato rápido puxei minha mão para mim, agora abraçando minhas pernas. Senti seu olhar pesado sobre mim, enquanto eu tentava não encara-lo, abaixando meu olhar.

- Bella, olha pra mim... - ele pediu baixo. - Por favor, olha pra mim... - ele insistiu firme, fazendo-me levantar o olhar lentamente, encarando seu olhar sério e preocupado. - Porque faz isso? - perguntou baixo.
- Você não entenderia. - disse quase num sussurro desviando o olhar.
- Você nem me contou, como sabe que não entendo? - ficamos em silêncio - Por favor, eu sei que tem algo que você esconde, divide comigo... confie em mim. - ele insistiu pegando uma das minhas mãos.
- Promete não contar pra sua mão? - olhei para meu pulso, já sentia as lagrimas chegarem - Eu não quero que ela ache que eu sou problemática. - disse com voz de choro.
- Tudo bem, eu não vou contar... mas não faça de novo. - ele apertou minha mão. - Agora me conte... porque faz isso?
- Porque eu sou fraca... é incontrolável  E um jeito de eu disfarçar a dor que eu sinto aqui dentro. - coloquei a mão que estava desocupada sobre meu peito.
- E a quanto tempo faz isso? - ele perguntou baixo, alias estávamos falando meio baixo.
- Desde os meus 14 anos. - ele arregalou os olhos - Calma, vou te contar tudo, posso confiar em você?
- Sempre. - ele disse sorrindo.
- Quando eu era menor, era gordinha, lembra? - ele olhou para o nada parecendo pensar, em seguida me olhou e acentiu - Depois que eu me mudei para Hamilton as coisas mudaram pra mim. Eu comecei a frequentar a escola, e você sabe como as pessoas são cruéis, sem coração. Na terceira série, eles começaram a me zoar, me davam apelidos ofensivos, faziam brincadeiras de mal gosto... - eu já começava a chorar - Eu ainda me lembro de cada dia que eu chegava na escola, uma garota, sabe... aquelas metidas, populares? A Britty, ela era cruel, ela era metida...e cara, ela só tinha 12 anos. Eu nem quero imaginar oque ela se tornou. - limpei meu rosto - Quando eu chegava na escola, ela sempre dava um jeito de me humilhar, jogava meus livros no chão, colocava o pé na frente quando eu ia passar. Mas isso eu superei, o problema é que eu nunca fui forte, entende? Eu nunca fui uma garota que protestou quando alguém me humilhava. Eu nunca fui assim... Quando eu completei 13 anos, eu comecei um regime, mas ficou severo.. eu emagreci, fiquei linda... digo eu nunca fui linda, mas eu estava magra, pelo menos na aparência  porque eu me sentia gorda. Minha mãe começou a ficar preocupada com minha perda de peso, foi quando ela descobriu que toda vez que eu comia, eu vomitava em seguida... - Justin escutava tudo atento, de vez em quando fazia uma caras de surpreso - Eu fiquei com bulimia, mas eu não me sentia bem ainda, as pessoas ainda me julgavam, foi quando eu comecei a me cortar. - suspirei em meio as lagrimas - Isso se tornou frequente, e até hoje eu faço. Eu nunca fui segura de mim, nunca me achei bonita, sabe... e pra piorar nunca fui boa com os garotos, namorei duas vezes, mas nenhuma das vezes deu certo. Eu me sentia pior, até que meus pais... - engoli seco, deixando as lagrimas caírem - Você sabe. Eu fiquei mais fraca do que eu já sou... meu mundo desabou e eu fiquei sem chão. Na mesma noite, eu me cortei feio, mas Selena chegou antes que eu fizesse pior...e ontem de madrugada, eu fiz de novo. Eu não consigo parar, eu me sinto inútil por não ser forte, por essa vontade, essa necessidade ser mais forte do que eu... Eu só ... queria ser confiante. - disse entre soluços.

Justin em um ato rápido veio até mim, passou seus braços por meu corpo, me apertando em um abraço simplesmente forte, e aconchegando-me ali. Ele passava as mãos sobre minhas costas, na tentativa de me acalmar, mas meu choro não parava, e eu já estava soluçando. Acho que em muito tempo, não me senti tão segura com alguém. Justin nos afastou e segurou meu rosto, enxugou minhas lagrimas, mas foi em vão, já que elas não paravam.

-Ei, ei... se acalme. - ele disse passando a mão sobre meu rosto. Respirei fundo duas vezes, amenizando aquele choro.
- Desculpa, molhei sua camisa. - disse manhosa passando a mão sobre o peitoral dele, ele apenas riu fraco.
- Isso é o de menos. - ele me abraçou novamente - Bella, eu achava que te conhecia. Você sempre tá com esse sorriso lindo no rosto, sempre de bem com as pessoas. Mas hoje quando eu vi seu pulso vermelho, eu ... eu não sabia oque pensar. Olha pra mim. - ele afastou-se segurando meu rosto - Eu sei que dói muito lembrar de tudo isso, ter passado por tudo isso, eu imagino o quanto você sofreu. E eu quero que saiba que eu vou estar sempre aqui pra você, ok? - acenti - E tem mais, essa coisa de achar que você não é bonita. Para, para por favor... Bella, você é linda, muito linda, entende? Sua pele é linda, parece de bebê e seu cabelo não é ressecado, ele é simplesmente perfeito, desse jeito liso e meio ondulado... Eu sinto muito por tudo, mas fique sabendo que eu vou estar aqui pra te ajudar. Não quero ver você fazendo isso de novo entendeu? Você é linda, do jeitinho que você é. E eu acredito que debaixo dessa pessoinha fraca, você é uma pessoa forte, que vai dar a volta por cima de tudo e de todos.

Eu não sabia muito oque dizer, apenas avancei dando um abraço nele, um abraço apertado e de gratidão. Uma coisa que eu não contei, é que quando eu abraço ele, bem... uma corrente elétrica percorre meu corpo, me causando arrepios. Isso é estranho, muito, mas deixo passar. Ele fez o mesmo carinho nas minhas costas.
- Eu nem posso agradecer, porque você nunca deixa. - rimos. Levei minhas mãos até o rosto e limpei o mesmo. - Acredita mesmo que eu posso deixar tudo isso pra trás, e dar a volta por cima?
- Claro. - ele disse sorrindo. - Você é forte, e eu acredito em você. Promete que cada vez que pensar em se cortar, vai me chamar primeiro? - perguntou olhando-me nos olhos.
- Tá. Eu prometo. - disse e ele sorriu.
- Isso assim... você tem um sorriso lindo, e esconder não pode não. - disse meio atrapalhado, olhando fixamente para minha boca, oque me deixou sem graça.

Ele ficou alguns segundos assim, mas assim que percebeu levantou-se.

- Vamos comer? -
- É, deixa eu só lavar o rosto. - levantei-me secando o rosto com as mãos.
- E não se esqueça. Pensa assim... ''eu não sou fraca, eu sou forte e vou vencer tudo isso, acreditando em mim''. Seja forte, e acredite em você. - ele deu um beijo na minha bochecha que me fez corar um pouco.

Capitulo 7.

Sexta-feira. 15h32.
Tédio definia o momento. Me joguei na cama suspirando profundamente, ter me abrido com o Justin me deixou melhor, fazia um bom tempo que eu nao me confessava, e ele foi tão compreensivo e fofo comigo. Ele prometeu me ajudar, e nao contar nada para Pattie, oque foi bom, ja que eu nao quero que ela ache que eu sou problematica, e acabe me internando em uma clinica de reabilitacão. O problema é o que eu disse, não consigo me controlar mais, eu havia parado umas semanaa atras, mas no dia em que meus pais morreram, foi inevitavel, eu nao pensei, so fiz.
Sentei-me na cama e suspirei novamente. Fitei todo o meu quarto, encontrando meu violao. Sim, eu tenho um violao. Quer dizer, eu tive que comprar um novo, ja que o antigo eu tive o prazer de quebrar, mas e uma longa historia.
Caminhei lentamente ate o violao que estava encostado no canto do quarto. Peguei o mesmo voltando para a cama, sentei cruzando uma das pernas sobre a cama e a outra deixei para fora, apoiei meu violao sobre mim e posicionei os dedos formando uma nota. Dedilhei meus dedos sobre as cordas, fazendo com que o som saisse logo em seguida, ecoando levemente pelo quarto. O som, a melodia que o violao faz, é tao... Boa.
- Bella, eu vou ... - Justin entrou no quarto sem bater, assustando-me. Ele parou de falar assim que me viu dedilhando as cordas do violao - Atrapalhei? - Ele perguntou sorrindo torto. Apenas movimentei minha cabeca negativamente. Ele adentrou no quarto e sentou-se na cama.
- Sabe tocar? - perguntei levantando meu olhar sobre ele.
- Sim. - ele levantou-se saindo do quarto, pude ver ele entrar no quarto dele e voltar em seguida para o meu com um violao na mao. - Mas eu sou canhoto, adaptei o meu.
- Entao toca alguma coisa... - sugeri sorrindo. Ele sorriu fraco e comecou a tocar uma melodia.
So when you're lost and you're tired, when you're broken in two, let my love take you higher, caise I, stil turn to you ... - ele cantarolou de olhos, em seguia sorriu e voltou a me olhar, sua voz era incrivel, rouca de um jeito sexy, e doce.
- Voce que compos? - perguntei ainda adimirada.
- Estou escrevendo para minha mae. - ele deixou o violao de lado, em seguida levantou seu olhar encontrando o meu.
- Sua voz é linda! - eu disse e nao consegui segurar o sorriso.
- Obrigado. - ele sorriu corando levemente - Mas e a sua, sera que posso ouvir ?
- Um dia quem sabe...
- Ah, por favor. Me contaram que voce tem voz linda - ele insistiu manhoso.
- Eu so vou cantar, porque gosto muito de voce. - disse por impulso e senti minhas bochechas corarem, porque Justin sorriu sorriu tao largo. A verdade e que eu venho me aproximando dele, desde quarta-feita agente ficou bastante juntos... Digo, conversando bastante e ja comecamos as aulas de piano que ele me prometeu me dar - Diferente de voce, vou cantar uma musica inteira.
Ele riu.
Dedilhei as cordas do violao, duas vezes antes de comecar a tocar uma musica que compus no ano passado. Uma outra longa historia. Justin parecia hipnotozado, mas ignorei concetrando-me na musica.
....
Assim terminei Justin tinha um sorriso no canto dos labios, e novamente ele parecia encarar meus labios. E antes que eu pudesse falar algo, vi um ser loiro parado na porta, oque me fez arregalar os olhos assustada, ela tambem sorria. Justin virou-se saindo do pequeno transe, agora olhando para tras.
- Pelo visto e de familia cantar bem. - a garota dos olhos azuis entrou no quarto sorrindo, oque fez Justin levantar indo ate ela, a mesma beijou a bochecha dele e disse algo baixo a ele - Sou Julia, voce deve ser a Bella. - ela sentou-se ao meu lado e esticou a mao.
- Sim, sou eu. - respondi sorrindo, apertando sua mao.
- Justin me falou muito de voce. Eu ate ficaria com ciumes se voces nao fossem primos. - ela riu
- Espero que ele tenha falado bem
- Eu falei muito bem, ok? - Justin se pronunciou rindo fraco.
- É verdade. - Julia sorriu - Voce vai vir com agente?
- Eu ainda nao falei pra ela... - Justin disse a Julia.
- Ir onde ? - perguntei confusa olhando para os dois.
- Vamos a praia, dar uma volta. Ralaxar sabe... Que ir? - Julia perguntou animada, sorrindo. Ela era incrivelmente linda, a primeira camada de seu cabelo dourado batia sobre o ombro e logo abaixo a segunda camada um pouco mais, e eram lisos, incrivelmente lisos. Ela tem uma pele quase feito a minha, mas acontece que eu tenho algumas sardas e ela nao, seus olhos azuis lhe davam um charme, junto com seus labios cobridos por um batom rosa bebe.
- Ah, nao sei...
- Vem, vai ser legal. - Julia insistiu
- Tudo bem. Eu vou. - sorri por vencida, colocando meu violao sobre a cama. - Acho que nao preciso trocar de roupa ne?! - me levantei para que eles pudessem ver minha roupa.
- Esta linda. - Justin disse com um sorriso torto.
- Esta otimo. Nao esta frio mesmo, so vamos andar. - Julia concordou levantando-se e parando ao lado de Justin. Eu estava vestida com um shorts jeans que ficava no meio das minhas coxas, uma regata branca e uma blusa de frio azul bebe fina e larga. Os cortes ainda estavam aparecendo, e eu nao queria que ninguem visse.
- Entao, vamos? - perguntei assim que coloquei o celular no bolso da frente.
- Vamos. - Julia saiu na frente. Justin parou antes de sair do quarto e virou-se para mim.
- Deixa eu ver uma coisa... - ele virou, pegando minha mao e virando elas para ver meus pulsos - Porque estao vermelhos? - perguntou estreitando os olhos.
- Porque sao recentes e eu deixei cair shampoo hoje de manha. - disse tranquila. Ele continuou com os olhos apertados - Justin, eu juro que nao me cortei depois de terca, voce ficou o tempo todo comigo nos ultimos dias, era impossivel... - resmunguei vendo seu olhar desconfiado sobre mim.
Ele sorriu fraco, deslizou sua mao sobre meu pulso ate pegar minha mao, onde levou as mesmas dando a volta em seu corpo, me abracando em seguida.
- Desculpa, e que eu vi vermelho e achei que voce tinha feito denovo. - ele disse entre o abraco.
- Tudo bem, agora vamos... Quero sair - ele riu e me soltou. Descemos as escadas e Julia esperava impaciente.
[...]
Los Angeles, praia de malibu. 16h06.
- Porque a praia ta meio vazia? - perguntei assim que coloquei os pes sobre a areia.
- Porque esta frio. - Justin respondeu rapido.
- Eu gosto do frio. - dei de ombros. Agora abracando meu corpo, por conta do vendo frio que batia sobre meu rosto, fazendo meu corpo se arrepiar.
Caminhavamos ate o meio da praia, Julia agarrou o braco de Justin tentando esconder do frio que vazia, no mesmo instante ele passou o braco sobre seu ombro. Era engracado, Julia era baixinha perto dele. Tudo bem, eu nao posso falar nada, ja que ela e alguns centimetros mais alta que eu.
Paramos do nada e ficamos olhando a vista, havia algumas pessoas caminhando, outras pessoas curtindo o tempo, assim como nos. Me sentei na areia mesmo, afinal nao tenho problema com isso. Justin sentou ao meu lado, e Julia sentou ao lado dele. A mesma pegou o celular e comecou a digitar algo.
- Esqueci de dizer que sua voz tambem e linda. - Justin susurrou proximo ao meu ouvido, oque me fez ficar meio arrepiada. Tudo bem, vou deixar aquela sensacao que ele causou em mim. Apenas levantei meu olhar para ele e sorri, fazendo o mesmo sorrir de volta. Mas fomos interrompidos:
- Acredita que minha irma se perdeu? - Julia disse indignada - Cara, como eu odeio ela. Parece que ela faz de proposito sabe. Eu disse "Jenny, vou sair com o Justin" na mesm hora ela inventou que tava com dor, eu deixei o remedio e sai e agora... Agora ela disse que se sentiu sozinha e foi dar uma volta do shopping, mas nao consegue voltar pra casa, errou o caminho - ele disse irritada - Desculpem por isso, eu queria ficar aqui com voces. Serio, queria muito. - epa argumentou triste, levantando-se, fazendo com que eu e Justin levantasemos.
- Que que eu va com voce? - Justin perguntou.
- Nao, nao precisa Jus. Eu me viro com ela - ela suspirou.
- Tem certeza? - perguntei por impulso.
- Tenho. Bella, foi um prazer te conhecer, qualquer dia desses aparece la em casa com o Justin. Eu ia adorar - ela me deu um breve abraco que me fez sorrir. Ela deu um selinho demorado no Justin, mas que logo acabou virando um beijo. Vela universal mode on. Me virei fitando o mar, incomodada com aquilo, so nao me pergunte o porque.
Eles pararam o beijo e ela saiu, acenou pra mim e eu por educacao acenei de volta sorrindo. Eu amo sorrir, mas acontece que esses momentos estao se tornando raros e muitas vezes meus sorrisos sao forcados.
- Perai, ela vai de apé? - perguntei ao Justin
- Ela mora aqui perto. Pra ser mais exato, naquele predio ali. - ele apontou para um dos predios grandes, azul e enorme. Meio distante, aparentava ter uns 22 andares.
- Atá. - sorri me virando de frente ao mar. - E oque vamos fazer agora ?
- Não sei. Temos até seis horas pra ficar aqui, porque depois tenho faculdade. - ele puxou minha mao e puxou-me ate o mar, mas me esquivei assim que estavamos cobertos pelos meus tenis, entao andamos onde a areia era mais seca mesmo.
Abracei meu corpo sentindo o vento bater sobre o mesmo, me deixando arrepiada. Justin tinha suas maos enterradas sobre o bolso da bermuda jeans e podia reparar-se que ele tambem se arrepiava.
- Bella...
- Oi? - o olhei rapidamente.
- Pra quem voce escreveu aquela musica? - suspirei por ele ter tocado nesse assunto.
- É uma longa historia. - disse entre um suspiro.
- Acho que temos muito tempo. - ele sorriu vitorioso.
- Ta. Vou contar porqur confio em voce. Nao sou muito de falar sobre isso - ele sorriu
- Entao pra quem foi?
- Pro meu ex namorado. - disse direta - Lembra que eu te contei que so namorei duas vezes? - ele acentiu - Bem, entao... Esse foi o ultimo. O primeiro namoro nao foi tao serio como esse, durou cinco meses e eu nem gostava dele tanto assim, nem sabia oque era amor, eu tinha 14 anos.
Justin P.O.V
Aquele refrao nao saia da minha cabeca... But somewhere we went wrong. We were once so strong, our love is like a song. You can't forget ... A musica, a melodia, tudo era perfeito. E a voz da Bella, era linda, era tão doce, firme. Era algo inspirador, ela tem uma afinacao incrivelmente incrivel. Entao eu nao pensei duas vezes em perguntar pra quem foi. Ela pareceu nao querer falar mas acabou sedendo.
- Entai com 1 ano depois, eu ja havia completado 15 anos, foi o primeiro dia de aula da oitava serie, eu conheci o Niall. Ele era o garoto novo, a carne nova no pedaco, as garotas do colegial o adoravam, cara era coisa de louco - adoro quando Bella fala com esse jeito meio moleque - Mas acontece que ele nao gostava disso, ele nao gostava de ser o garotao novo. No primeiro dia ele veio falar comigo, ele sentou atras de mim, obvio que ele ia falar comigo - ela riu fraco - Eu gostei dele logo de cara, mas eu nao queria, eu odeio me apaixonar. - ela suspirou olhando para o nada - Agente se aproximou bastante, ate no dia do baile... Ele me convidou e tudo, e naquela noite ele me pediu em namoro. Sim, eu aceitei, era completamente apaixonada por ele, aquele garoto se tornou tudo na minha vida. Nos namoramos cerca de dois anos, ou quase isso. Mas no comeco do ano passado eu ... Eu recebi um telefonema do pai dele, na conversa ele me disse tantas coisas, mas tudo oque ele queria me dizer era que eles iriam se mudae. Niall nao teve coragem de chegar em mim e dizer , ele sofreu, ele chorou, eu nao acreditei mas ele chorou por mim. Eu estava tao mal, que fiz tudo oque eu faco denovo...
- Fazia. - completei fazendo ela sorrir.
, Ok, fazia. Mas naquela noite eu compus don't forget. Eu nao queria esquecer dele, eu nao queria que ele esquecesse de mim, de nós. Eu amava aquele gatoro e ele se foi. - ela deu um sorriso forcado, partido.
- Voce ainda ama ele?
- Eu nao sei te dizer. Eu nao sei... Eu sofri durante meses, mas Selena fazia de tudo pra me distrair, entao eu passei a pensar menos nele. Mas ainda quando me falm dele, eu tendo desviar do assunto, evito ao maximo pensar nele. Porque eu nao quero ter uma recaida, eu nao sei pra onde ele foi, perdemos contato, tem quase dois anos que eu nao o vejo.
- Ele nem se quer se despediu de voce? - perguntei incredulo.
- Ele odiava despedidas - ela sorriu fraco.
- Mesmo assim. Ele te amava?
- Ele dizia que sim. Cara, eu ama ele mais que chocolate. - disse fazendo-me rir - Ele me dizia que me amava mais que comida. - ela sorriu
- Quanto mais voce me conta de voce, mais eu me surpriendo. Tem algo mais que eu nao sei?
Ela riu.
- Tem tantas coisas sobre mim que voce nao sabe. - ela riu - E eu me pergunto, tipo... Voce e meu primo, so que parece mais um desconhecido que eu conheci a uma semana atras. - rimos

Capitulo 8.

- Bella, eu estou saindo! - Justin gritou de seu quarto, segundos depois ele passou na porta e veio direto a mim - Minha mae chega em 20 minutos. Tem problema ficar sozinha aqui durante esse tempo? - ele perguntou afobado, sim ele estava atrasado.
- Voce e sua mae acham que eu sou uma crianca de dois anos, ne? - ele riu.
- Só nos preocupamos com voce. - ele beijou minha testa - Olha, tem comida na geladeira, sorvete, chocolate, oque voce quiser. Apesar que minha mae esta chegando. Nao saia de casa, e nao abra a porta para estranhos. - ta, aquilo ja estava ficando ridiculo. - Se cuida, eu volto no horario de sempre.
Eu estava parada olhando para ele, com cara de tédio.
- Que foi? - ele perguntou rindo.
- Quantos anos voce acha que eu tenho?
- Bom, eu diria que uns 15.
- Entao porque ta me tratando como se eu fosse uma crianca? - perguntei rindo.
- Porque você é um neném! - ele riu e beijou minha testa novamente. Continuei com a mesma cara. - Você fica muito mordivel com essa cara. - ele riu. Mas se aproximou assim que viu que eu não iria fazer nada, ou desfazer minha cara de tédio. Por um instante achei que ele iria me abraçar, mas ele me derrubou na cama e me mordeu. Sim, ele mordeu minha bochecha, o que me fez dar um grito.
- Seu idiota. - gritei me debatendo - Sai de cima de mim, minha buchecha deve estar sangrando. - gritei tentando tirar aquele ser de cima de mim.
- Nossa, voce é dramatica. - ele disse rindo, lutando contra minha força. Ele estava grudado demais, perto demais, eu podia sentir todo seu corpo, toda a extensao, os musculos, ate mesmo os ossos de suas costelas, se chocando com as minhas. E não safadinha, eu não senti lá, ou era a calça ou talvez... Pera. Ele nao ria mais, tinha seu olhar fixo no meu rosto, oque me fez corar violentamente. Eu ainda estava me debatendo, tentando tirar ele de cima de mim. Frustrada parei de me debater e bufei estressada, Justin estava muito próximo, sua respiração quente bateu contra minha pele fria, fazendo-me sentir um arrepio percorrer todo meu corpo. Seus lábios estamvam, eu diria que as uns 4 centímetros dos meus, ele fixava o olhar entre eles, e meus olhos. Antes que seus lábios tocassem os meus, apoei minhas mãos em seu peitoral e juntei forças do além para empurra-lo. Ele se ajeitou sem jeito.
- É  to bem atrasado. - ele disse sem graça - Tenho que ir, não esqueça do que eu disse. Beijo. - ele beijou minha bochecha e saiu do quarto apressado.
Foi uma ilusão ou ele ia me beijar?
Balancei minha cabeça, tirando aqueles pensamentos da minha mente. Eu tinha vinte minutos sozinha. Oque posso fazer?
Levantei-me da cama e desci as escadas, minha barriga estava roncando e eu precisava comer aquilo. Abri a porta da geladeira procurando, procurando até parar meu olhar nela, na lata de leite condensado. Peguei a mesma com um sorriso nos lábios e em seguida a barra de chocolate que justin havia falado, fui até o armário e peguei uma panela. Abri a lata de leite condensado com dificuldade, por estar meio fraca, despejei tudo na panela que estava sobre o balcao. Peguei o achocolatado no armario e joguei um pouco na panela. Mordi um pedaco da barra de chocolate e em seguida levei a panela ate o fogao, liguei o mesmo e voltei ao armario para pegar uma choler, mexi o leite condensado ate ele se misturar totalmente com o achocolatado. Deixei no fogo ate o chocolate desgrudar da panela, desliguei o fogo e coloquei o chocolate em um prato que eu havia pegado. Deixei o prato sobre a pia e peguei a panela, levando a colher ate a boca pra comer a rapinha. Quebrei um pedaco da barra de chocolate e guardei o resto, peguei um pacote de cookies que estavam no armario e o prato com o brigadeiro, em seguida subi para meu quarto e liguei a televisao. Passei um pouco do brigadeiro no cookie e mordi com vontade.
[...]
Já havia comigo tanto chocolate que eu me sentia um pequeno ser achocolatado. Meia hora se passou e tia Pattie nao chegou, provavelmente se atrasou com o trânsito. Levei minha mão até a barriga sentindo a mesma dura, a séculos eu nao me sentia assim, tao cheia, tao... Obesa. Fitei duas vezes a porta do banheiro, mas nao pensei nem uma vez em me levantar e ir ate lá, tranquei a porta do quarto e aumentei a televisao em uma canal de musica, onde passava Love on top da Beyonce
Levei minha mao ate a barriga novamente e senti a mesma borbulhar, corri ate o banheiro e me debrucei sobre o vaso. Nao me odeie, mas eu precisava, eu estava fazendo aquilo depois de anos. Levei meu dedo ate onde eu encontraria meu ponto fraco, sentindo logo em seguida o brigadeiro e cookies voltarem. Rapidamente segurei meu cabelo e fiz asia para o vomito sair logo. Era uma sensacao horrivel, mas eu me senti mais leve. Dei descarga e fui ate a pia, lavando a boca rapidamente, escovei os dentes umas tres vezes e voltei para o quarto. Eu me sentia mais leve e por mais que fosse errado, pra mim foi bom. Abaixei a televisao mesmo sem vontade, ja que passava Stronger da Kelly. Me joguei na cama, cantarolando.
1 mês depois. 23 de Dezembro de 2012. Stratford, Canada. 08h56
Era tão bom estar em casa, digo, no lugar onde nasci, no país onde vi a luz do mundo pela primeira vez. Estamos aqui para a noite de natal, sempre faziamos isso nos finais de anos, nos reuniamos na casa da vovó. Todo natal, pelo menos como nos anos atras, nos reunimos de frente a fogueira para trocar presentes de natal, não fazíamos isso a um tempo, mas esse ano a familia decidiu fazer para relembrar a coisa que mamae mais gostava de fazer.
Eu estava exausta, a viagem tinha sido um tanto cansativa. Justin estava esparramado no banco do carro, bem ao meu lado. Tia Pattie estava no banco da frente guiando o taxista ate a casa da vovó. Justin deitou sua cabeça sobre meu ombro fazendo-me assustar leve. Ele nao so parecia cansado, como estava. Ate mais que eu.
A cidade estava como sempre, nessa época costuma fazer bastante frio por aqui, e quando eu falo frio  eu falo de neve. Pra você ter uma noção, eu estava vestindo duas calças, uma leggin, e uma calça jeans preta por cima, mais três blusas, uma simples branca, outra mais grossa de lã  e um casaco, um quase sobre-tudo preto. Junto com meus inseparaveis vans pretos.
- Chegamos. - Pattiu anunciou sorriente.
Em ato rapido, muito rapido mesmo, abri a porta do carro e Justin veio logo me ampurrando, ouvia ele dizendo "Vai logo sua lerda, vai logo". Antes que eu pudesse pisar em solo firme, Justin me deu um empurrao tao grande que eu cai toda esparramada no chao, eu estava difinitivamente de cara com o chao. Senti um impacto atras de mim, logo apos eu cair. Sim, Justin se desiquilibrou e caiu em cima de mim, ouvia a risada da tia Pattie contagiante, ela ria alto e foi impossivel nao rir junto. Aquela cena foi engracada.
- Sai de cima, seu gordo! - resmunguei tentando sair debaixo do Justin.
- Calma ai fia! - ele apoiou suas duas maos sobre o chao e senti seu corpo sair de cima de mim lentamente. Em seguida esticou sua mao para me ajudar e rapidamente segurei a mesma, dei um impulso para levantar-me, deixando todo meu peso no Justin, que resmungou. No mesmo instante vovó apareceu na porta com um sorriso, eu estava morrendo de saudade dela, e aposto que Justin também, ja que nos entreolhamos e saimos correndo. Estavamos quase chegando na vovó, entao eu usei meu truque de ser esperta. Empurrei ele pro lado, mas nao deu muito certo, entao gritei:
- Oh meu Deus, ali é a Beyonce? - gritei e depois ri muito.
- Oque? Onde? - Justin parou de correr e ficou que nem um otario olhando para os lados, oque me fez rir muito.
- Ele é muito lerdo! - disse rindo assim que abracei vovo - Que saudade senhorita Diana. - ela riu.
- Tambem estava morrendo de saudades. E obrigado pelo senhorita. Voce cresceu muito! - ela segurou minha mao e fez-me rodar, para me ver melhor. - Esta tão linda!
- Concordo! - Justin surgiu do nosso lado.
- Obrigado voces. - sorri timida. Justin deu um sorriso torto e passou por mim, para comprimentar vovó.
- Onde esta o vovô? - perguntei enquanto eles se abracavam.
- Esta la dentro. - sorri e entrei dentro de casa, passei pela entrada e fui direto para a sala, sei que ele esta lá. E acertei, ele estava sentado com o controle na mao, vidrado em algum programa que eu nao tive o trabalho de ver qual era.
- Isabella? - ele assustou-se um pouco, oque me fez rir fraco.
- Sim vovo, sou eu. - sentei-me ao seu lado, dando-lhe um abraco de lado.
- Como voce ta? - ele perguntou afagando meu cabelo.
- Eu to bem na medida do possivel. Eu sinto falta deles, mas... Eu sei que eles estao em um lugar melhor e tia Pattie é como se fosse uma mae, vô. - vi ele sorrir - E o Justin tambem, me recebeu tao bem...
- É porque eu sou um principe. - Justin surgiu na sala, com minhas malas na mao - E cinderela, suas malas.
- Pode colocar la em cima por favor? - fiz voz de nojenta.
- Ta brincando com a minha cara né? - ele parecia indignado.
- É, eu to bocó. Mas sera que pode me ajudar? - me levantei indo ate ele.
- Ta, eu posso, mas deixa eu so dar um abraco no vovo. - ele soltou uma das malas e foi ate o sofa, e conversou algo com Bruce.
- Querida, voce e Justin vao ficar no mesmo quarto, ta? - vovo disse passando pela sala ate a cozinha.
- Ta. Mas qual?
- No quarto do Justin, colocamos um bi-cama lá.
- Ta. E voce tia? - perguntei a Pattie que entrava com sua mala em casa.
- Vou ficar no quarto de hospedes.
- Ah sim. Justin, pode me ajudar agora? - ele parou de falar com vovô e veio ate mim, me olhando com cara de tedio. - Ta me olhando assim porque? - ele mostrou lingua e pegou uma das malas, eram tres, duas minhas e uma dele. Subimos as escadas, que nem eram tao altas assim, virei o corredor abrindo o quarto que era do Justin, continuava do mesmo jeito, com as medalhas, trofeis que ele ganhou jogando hoquei. O quarto era pequeno, mas so iriamos dormir mesmo. Coloquei minha mala no canto e Justin colocou as outras duas do lado.
- Continua do mesmo jeito. - ele tacou-se na cama.
- Se quiserem descacar um pouco, podem. - Pattie disse na porta e saiu.
- Ok, eu durmo na de cima. - fechei a porta para dormir um pouco e tirei meu casaco e meus sapatos.
- Na na na nao, eu durmo na de cima. - ele resmungou virando para o lado.
- Ué, cade o principe? - debochei.fazendo ele virar me fuzilando. Cruzei os bracos esperando ele sair da cama. Ele resmungou alguma coisa e abriu a cama de baixo, se jogando nela em seguida. Tirei minha calca jeans que incomodava um pouco e fiquri apenas com a leggin. Me taquei na cama puxando o edredon.
- Bella...
- Oi Justin. - me virei para encara-lo.
- Voce me acha bonito? - ele perguntou com cara de lerdo.
- Porque ta me perguntando isso? - perguntei rindo.
- So responde. - ele virou-se para em olhar.
- Nao vou responder.
- Responde vai... - insistiu.
- Ta, eu nao sei oque te deu.pra perguntar isso, mas voce e anormal mesmo..- ele riu.
- Nao vai responder? Eu sou feio ne? Sou ridiculo. - fez drama.
- Sem drama, please. - ele fechou a cara, me encarando - Justin, pelo amor de Deus. Voce é lindo. - ele continuou serio - Oque? Eu disse oque eu acho. Voce quer que eu fale mais oque? - ele continuou com aquela cara, que ja estava me irritando - Voce quer que eu fale oque e bonito em voce? Quer detalhes? Ta brincando? - um sorriso sapeca brotou em seus labios.
- Nao, eu nao queria. Mas agora eu quero. - ele apoiou a a cabeca em uma das maos.
- Ah nao. Eu nao to afim, vou dormir. - me virei de barriga pra cima.
- Por favor... - ele pediu manhoso
- Nao, eu nao quero falar nada.
- Porque?
- Porque eu nao quero. Eu nao quero ficar falando do seu cabelo dourado, de como ele fica baguncado todas as manhas, mas que depois que voce toma banho ele fica perfeito, mesmo sendo arrepiado, ou baguncado fica perfeito e ele combina com seus olhos, que sao perfeitamente lindos, que ficam mais lindo ainda quando ta no por-do-sol, eles quase ficam verdes, é sao hipnotizantes e que eles tem um brilho a mais quando voce sorri. E droga, e isso que te deixa lindo. - assim que termine de falar me arrependi, Justin me olhava com seu maior sorriso no rosto. Oque me fez corar violentamente.
- Voce me ama. - ele disse sorrindo. Peguei um travesseiro e taquei nele.
- Calaboca. - me virei para o canto.

Capitulo 9.

Abri lentamente os olhos por conta da preguiça, encontrando um par de olhos caramelados me encarando.

- Você é doido? - perguntei com a voz falha ao ver Justin sentado na beirada da cama, ao meu lado me observando. - Porque tá me olhando assim?
- Você parece um anjo dormindo. - ele sorriu
- De anjo eu não tenho nada.
- Ui, tem alguém se revelando. - rimos.
- Calaboca idiota. Vamos, eu to morrendo de fome. - disse ao ouvir minha barriga roncar.
- Bella... - ele segurou meu pulso, oque me fez estremecer com seu toque. - Depois que agente comer, você pode ir comigo ali?
- Onde?
- Na casa do meu pai?!
- Tá bom. - sorri.
- E depois na casa do Ryan?!
- Justin, eu vou em qualquer lugar com você. - ele sorriu - Isso se eu estiver alimentada. - ele riu levantando-se. Fui até o banheiro e Justin me esperou do lado de fora, não me pergunte o porque, ele apenas esperou.

Sai e ele ainda estava lá, encostado na parede esperando por mim, brisando com algo no teto. Assim que ele sentiu minha presença abaixou seu olhar encontrando o meu confuso.
- Porque tá me esperando?
- Eu não te disse, mas o tio Jonah chegou. - ele entortou os lábios.
- Sério?! Ah meu Deus, vamos falar com el..- disse animada a ponto de descer as escadas, mas Justin puxou meu braço. - Que foi?
- Outra coisa que eu não te disse, é que a Maria, nossa prima... ela veio, e ela trouxe uma amiga, mas aconteceu que essa amiga dela é louca por mim.
- Nem um pouco convencido você. - ri
- É sério, a menina é louca. - ele disse sério.
- Porque?
- Ela gosta de mim desde o ano passado, a ultima vez que eu á vi. Ela é obcecada  manda inúmeros recados no facebook pra mim. Já briguei com a Julia por causa dela. É irritante.
- Nossa garanhão. - debochei - Tá bom Justin. Não dá bola, seilá... vem, você tem á mim. - o puxei pela mão.
 Descemos normalmente a pequena escada indo em direção á sala, e lá estavam sentandos no sofá, Tia Pattie conversando com a vovó, enquanto tio Jonah conversava com o vovô, e na poltrona Maria estava sentada mexendo no celular, e uma garota ruiva sentada do braço do sofá, a observava. Mas ela logo foi a primeira a nos olhar, ela sorriu ao ver o Justin e fechou a cara ao encarar nossas mãos, oque me fez solta-las rapidamente.
- Isa! - Maria soltou um berro levantando correndo até mim, me envolvendo em um grande e apertado abraço. - Ah meu Deus, acho que vou chorar, quanto tempo!
- Aw, você não muda mesmo né. É uma loirinha linda. Que saudade. - a apertei. Maria é uma garota de sorte, digo, erdou a beleza da familia Mallette, loira dos olhos claros e pele também clara, ela tem 16 anos e consegue ser mais alta que eu, apenas alguns centímetros  Ela me soltou e foi abraçar ao Justin, enquanto ia comprimentar tio Jonah.
- Como essa baixinha tá? - ele disse assim que soltou-me.
- Eu estou bem. - sorri
- Isa, essa é minha amiga Ashelley. - Maria tirou minha atenção, puxando meu pulso até perto dela, ou seja perto da poltrona, onde a tal Ashelley que me olhava feio estava sentada.
- Olá. - sorri sendo educada.
- Oi. - respondeu ela indiferente. Apenas dei de ombros e fui me sentar ao lado do Justin no sofá pequeno.
- Vocês estão com fome? - Pattie perguntou referindo-se á mim e a Justin. Nos entreaolhamos e ela riu. - Eu sei que isso foi um sim. Tem comida pronta, só esquentar se quiserem.

Eu e Justin nos levantamos ao mesmo tempo e seguimos até a cozinha. No mesmo instante avistei as panelas sobre o fogão, e o cheirinho de comida entrando pelas minhas narinas, fazendo minha barriga roncar. Justin sentou-se na mesa, enquanto fui até as panelas ver oque era.

- Não acredito. - disse sorridente ao abrir a panela.
- Oque? - ele levantou-se curioso e veio até mim.
- Vovó fez espaguete com almondegas. - fui até o armario pegar dois pratos.
- Ai meu Deus que delicia. - ele disse lambendo os lábios, euforico pegando um prato da minha mão. Pegou a colher grande que estava sobre um prato na pia e encheu a mesma com espaguete, colocando em seu prato em seguida. Ele fez isso duas vezes, oque foi suficiente para encher o prato.
- Nossa, deixa pra mim. - resmunguei. Ele riu e entregou-me a colher, coloquei a mesma quantidade de macarrão, quase acabando com oque tinha na panela. Sentei-me na mesa de frente para o Justin, e ambos não conseguiam falar, já que a fome falava mais alto e queriamos comer. Alguns minutos depois, ele puxou assunto.
- Hum, você lembra do meu pai?
- Claro que eu lembro do tio Jeremy.
- E sabia que agora eu tenho irmãos? - ele sorriu de canto.
- Sério? - o olhei suspresa.
- Sim, dois. A Jazzy e o Jaxon.
- Aw, vou conhece-los?
- Sim. - ele sorriu. No mesmo instante Maria entrou na cozinha com a amiga dela.
- Do que estão falando? - Maria perguntou sentando-se na mesa conosco. E Asheley deu a volta sentando de frente para Maria.
- Dos meus irmãos. - Justin respondeu brevemente, antes de voltar a comer.
- Aw, eles são lindos. Eu vi as fotos no seu facebook. - Justin sorriu sem mostrar os dentes, ele estava incomodado com a presença de Asheley, notei isso.
- Oi Justin. - a voz aguda daquela garota ecoou entre nós, fazendo todos levantarem seus olhares á ela.

Justin terminou de mastigar e sorriu sem mostrar os dentes.
- Oi Asheley. - ele disse quase baixo, e me encarou por um tempo. Vai sobrar pra mim, eu sinto.
- Porque não respondeu meus recados? - ouvi ela dizer, enquanto eu apenas terminava de comer.
- E-Eu não ... eu nem vi. - ele voltou a comer.
- Poxa Juju. - ela resmungou com uma voz, que me deu ansia.
- Tá afim de sair hoje? - Asheley perguntou á Justin.
- Desculpa, já tenho compromisso. - ele tentou ser aducado.
- Poxa. - ela me olhou rapidamente - Vai sair para onde?
- Vou levar Bella pra conhecer meus irmãos. - legal, ele tinha que me colocar no meio.
- Ah. - ela sorriu torto - E amanhã?
- Amanhã é dia 24 Ash. - Maria alertou.
- Agente podia sair depois do natal né? - ela levou sua mão até o braço do Justin. Levantei-me da mesa, deixando o prato sobre a pia.
- É, Justin... você ligou pra Julia? Ela deve estar preocupada. - ele sorriu entendendo o recado.
- Vou ligar. - ele levantou-se da mesa e colocou seu prato na pia, em seguida pegando o celular e começando a discar o numero. Asheley ficou com cara de tacho, enquanto Maria deu uma pequena risada.
- Você é muito atirada sabia? - Maria disse rindo.
- Quem é Julia? - Asheley ignorou. Maria me olhou, ela também não sabia.
- Namorada do Justin. - sorri saindo em seguida de lá. Indo para os fundos encontrei Justin sentado sobre as cadeiras de madeira.
- Eai. - sentei-me ao seu lado.
- Avisei. - ele guardou o celular. - Eu disse que ela era chata, aquilo é só o começo. - ele riu.
- Eu te ajudo. - sorri assim que ele pousou seu braço sobre meu ombro.
- Como se sente? - ele perguntou baixo.
- Com frio. - rimos
- Também estou, digo... acha que eu não vi ontem? - Justin perguntou fazendo um leve carinho com os dedos sobre meu braço.
- Oque? - fitei o nada.
- Eu vi você chorando no quarto. - engoli seco, tentando não mostrar nevorsismo.
- Jus... - murmurei olhando para baixo.
- Bella, oque foi?
- Nada. - respondi baixo, quase um susurro.
- Sempre que você fala nada, é porque tem alguma coisa. - suspirei me encolhendo em seus braços.
- É o meu primeiro natal sem eles. - disse baixo novamente, cabisbaixa.
- Ei. Parte do que disse não é verdade, porque eles estão aqui com você. - ele apontou para o peito, onde fica o coração - E é o seu primeiro natal comigo. - ele sorriu.
- Grande coisa, meu priminho bonitão que é retardado feat idiota. - ele riu alto.
- Me ame menos por favor. - disse rindo.
- E ainda por cima é iludido. - ele riu novamente, eu poderia passar minha vida ouvindo sua risada. Alias, vem acontecendo coisas que eu ... eu não posso estar sentindo, não posso.
- Você fica bonita de preto. - ele comentou parando de rir.
- Querido, eu sou linda e maravilhosa, e as vezes eu minto feio. Tipo... agora.
- Você é perfeita Bella. - ele me abraçou de lado. Estamos flertando, ou eu estou tendo a impressão errada?

Levantei um pouco meu rosto, para poder ver melhor o de Justin. Ele tinha um sorriso no canto dos lábios, e olhava para o nada. Ok, eu não posso estar sentindo isso, não posso... ele é meu primo e namora, é errado, mas acontece que nas ultimas semanas, além do fato de eu só conseguir sorrir ao lado dele, eu ... eu ando me sentindo estranha em relação á nós. Justin me trata tão bem, como uma princessa, mas acontece que nos vemos como irmãos, e eu ... eu ando sentindo aquelas coisas famosas quando se gosta de alguém, sabe as borboletas no estomago quando a pessoa te olha, ou te toca? Aquela sensação de que só aquela pessoa te faz bem? Eu não quero, eu realmente não quero.

- No que está pensando? - Justin perguntou tirando-me dos meus pensamentos.
- Em nada. - respondi fraco.
- Quer ir no meu pai agora?
- Pode ser. - sorri fraco.
- Que foi? - ele perguntou antes de levantar
- Nada Jus. - sorri amarelo. Ele entortou os lábios e levantou-se. Passamos pela porta em direção a sala.
- Mãe, vou no meu pai, tá? - Pattie apenas acentiu, ela estava vidrada em algo que via mais a vovó, no Ipad dela. - Bella vai comigo.
- Cuidado. - ela disse sem nos olhar.

Justin P.O.V
Stratford, Canadá. Casa do Jeremy. 14h23.

Bella estava estranha, ela costuma conversar bastante comigo, conversa tanto que as vezes eu preciso pedir para ela parar de falar, mas ela esta calada... até demais. Foi algo que fiz?

Capitulo 10.

Bella subiu para o quarto, enquanto eu fui até a sala onde estavam todos assistindo televisão. Ela estava mais animada por ter conhecido meus irmãos, eles se adoraram, e quando me lembro da cena deles se conhecendo, juro... tenho uma norme vontade de sorrir.

Estacionei o carro de frente a casa do meu pai, e desci do carro, corri até o outro lado e abri a porta para Bella, que se mantinha calada a muito tempo, ela parecia triste, emburrada... não sei.
- Está quieta! - comentei enquanto andávamos até a entrada. Ela apenas me olhou rápido, um olhar triste e disse:
- Não se preocu...Ai Meu Deus, aqueles dois anjinhos, são seus irmãos? - ela disse totalmente empolgada, com um enorme sorriso no rosto, apontando para Jazzy e Jaxon que estavam sentados na porta de casa... pera.
Eu não me controlei e comecei a rir.


Foi uma mudança tão repentina de humor, que eu tive crise de riso com a expressão engraçada de seu rosto. E aquele sorriso lindo dela deve ser mostrado, por isso não gosto de vê-la triste... Já viram o sorriso dela? É perfeito, e sabe qual eu mais gosto? Quando ela realmente está feliz, aquele sorriso verdadeiro ... pera, porque eu ... esquece.

Justin ... Justin, tá no mundo dá lua?  

Balancei minha cabeça olhando ao meu redor, vendo que todos presentes na sala estavam me olhando.
- Oque foi gente? - perguntei franzindo o cenho.
- Sua mãe ta te chamando á horas e você moscando. - Maria disse rindo.
- Filho, como foi lá? - minha mãe disse ao meu lado. Pera, ela ta ali desde quando?!
- Ah, é... foi legal. - sorri lembrando.
- E cade a Bella?
- Subiu, ela ta... cansada!
- Não deixa ela sozinha, vai lá com ela. - minha mãe pediu voltando seu olhar para a tv.
- Quer que eu vá? - Maria perguntou.
- Não, eu vou. - ela riu fraco. Levantei-me do sofá com preguiça e cambalhei até a escada, eu ainda estava cansado da viagem, ou era apenas preguiça, muita preguiça. Subi as escadas devagar e eu podia jurar que demorei uns dez minutos para isso, tá exagerei. Abri a porta do quarto e Bella estava deitada na cama, com uma das mãos da cabeça, ela tinha os olhos fechados e estava de barriga para cima. Entrei sem fazer muito barulho e abri uma brechinha da janela, para que não ficasse tão escuro, apenas com um fio de luz.
Assim que ela sentiu minha presença, abriu os olhos e sorriu fraco.
- Oque foi? - perguntei me sentando ao seu lado na cama.
- Só uma dor de cabeça. - ela respondeu baixo.
- Meus irmãos gritam muito, né? - ela riu fraco.
- Só um pouco. - suas mãos desceram e apoiaram-se na cama, dando um impulso para sentar-se. - Pode pedir pra sua mãe me dar um remédio ! - ela pediu baixo, com uma carinha de dar dó. Eu não sei porque, mas... assim sem mais nem menos, eu tive uma vontade grande de beija-la, mas então apenas me levantei, ou não poderia responder pelo meu ato. Apenas acenti e sai do quarto pensando...
- Mãe, mãe... - gritei da ponta da escada.
- Se fosse pra gritar, eu mesma fazia! - Bella surgiu atrás de mim.
- Oi Justin? - Minha mãe apareceu na ponta da escada
- Bella precisa de remédios.
- Hã?
- Tia, tem remédios para dor de cabeça?
- Tenho sim querida, vou pegar. - ela saiu.
Segundos depois minha mãe apareceu na escada e subiu alguns degraus, ela tinha um copo de aguá na mão e um comprimido na outra, e eu me pergunto como ela foi tão rapida.
Bella pegou o comprimido e colocou na boca, em seguida deu dois goles na aguá e devolveu para minha mãe.
- Obrigado tia - Bella sorriu fraco.
- Agora vão descansar, amanhã é natal. - ela sorriu.

03h34 da manhã.


Acordei ouvindo sussurros vindos de algum lugar. O quarto estava escuro, apenas com uma brecha de luz saindo da pequena janela. Esfreguei meus olhos com as mãos e os abri lentamente. Bella estava sentada na cama, e eu podia jurar ouvi-la fungar.
- Bella? - minha voz saiu mais rouca que o normal, fazendo Bella se assustar e virar rapidamente, pude perceber seu rosto molhado pelo reflexo da luz que bateu quando ela virou. - Está chorando? Oque foi? - levantei meu corpo apoiando-me nos cotovelos.
- Justin... - sua voz saiu tremula em seguida de um soluço, ela saiu debaixo de suas cobertas e pulou para minha cama.
- Oque foi? - perguntei assustado sentando-me.
- Eu posso dormir com você?! - ela perguntou ainda soluçando.
- Claro, mas oque houve? - ela se ajeitou do meu lado, entrado debaixo da minha coberta e abraçando meu corpo em seguida.
- Eu só tive um pesadelo. - ela fungou e enterrou seu rosto sobre minha blusa.
- É, ta tudo bem... vem aqui. - a aconcheguei em meus braços, ela deitou sobre meu peitoral enquanto eu afagava seu cabelo, na tentativa de acalma-la. - Tá tudo bem, eu estou aqui. - sussurrei conforme ela ia se acalmando. Ela soltou um suspiro longo e acho que ela havia dormido. Não conseguiria dormir tão cedo, então apenas fiquei fazendo carinho nela, enquanto ouvia sua respiração.

Acordei pela pouca claridade que entrava no quarto, apesar de pouca me fez despertar. Abri meus olhos lentamente para que eles acostumassem com a luz. Tatei todo o quarto até parar meus olhos nela, que dormia profundamente, um sono tão pesado. Passei minha mãe por seus cabelos e me apertei contra seu corpo, estava um dia frio, e era de se notar pela luz do dia, onde não havia sol, e nas beradas da janela era notavel os flocos de neve que se formavam. Estavamos com uma coberta e dois edredons, mais nossas roupas de moletom. Bella estava do jeito que adormeceu, com seus braços em volta de mim, e uma das pernas estavam entre as minhas, estranho... mas me causava arrepios.

Pensei em me levantar, mas isso iria acorda-la, então fiquei apenas ali curtindo o momento, e pensando na vida.
Minutos depois um barulho estridente, vindo da cama de cima fez com que Bella se assustasse e acordasse. Ela me olhou rapidamente, com seus olhos avermelhados e pulou na cama de cima, encarou o celular e franziu o cenho.
- Que foi? - perguntei rapidamente.
- Numero desconhecido. - ela relaxou o corpo na cama em seguida atendeu. - Alô? - ficamos em silêncio. E do nada aquela garota me preocupou, ela estava pálida, e tinha uma expressão de espanto no rosto. O celular escorregou de suas mãos caindo sobre a cama.
- Bella? - me sentei na cama. - Bella, oque foi? - ela não disse nada, apenas cobriu a mão com o rosto e desabou.
Ela estava chorando, em segundos já soluçava. Sim, eu entrei em desespero, mas eu em um ato rapido, como fiz todas as vezes que á vi chorando, levantei da cama debaixo e fui ao seu encontro, a envolvendo em meus braços para um abraço apertado. - Bella, porque cê tá chorando? Me fala...
Ela apenas tirou suas mãos do rosto e me abraçou, soluçando alto.
- Bella, eu to desesperado. - ri fraco pelo nariz - Me diz oque houve, quem era no telefone? - ela não disse nada - Ei, ei... se acalma. - desfiz o abraço e segurei seu rosto com as duas mãos.
- Era ele... eu tenho certeza que era ele. - ele disse em desespero.
- Ele quem? - perguntei confuso.
- Niall - ela disse num fio de voz. - Eu reconheci sua voz grossa... eu sei, era ele. - ela soluçou. Depois e a olhar por segundos espantado, a abracei. Era a unica coisa que eu pensei fazer, abraça-la.

[...]

Bella estava mais calma, mas eu ainda queria entender o porque desse tal de Niall ter ligado pra ela, depois de séculos. Sim, eu estou odiando ele, pelo simples fato de ele ter deixado ela daquele jeito. Quem ele pensa que é pra deixar minha Bella daquele jeito... pera.

Depois de um longo tempo que Bella estava no banho, depois que pedi, ela desceu com a cara melhor pra tomar café. Ela estava linda.
A primeira pessoa que ela olhou, foi diretamente pra mim, com aquele olhar que implorava por silêncio.
Apesar de tudo, eu queria entender que madrugada foi aquela
- Bom dia! - Bella disse sorridente, aproximando-se da mesa.
- Bom dia! - Todos responderam em coro, menos eu. Ela rodeou a mesa e sentou-se ao meu lado, onde me lançou aquele sorriso, tentando mostrar que está bem.
- Dormiu bem Bella? - minha mãe perguntou, fazendo Bella engolir seco. Mas aquela garota seria uma otima atriz, a como seria. Ela deu aquele enorme sorriso e acentiu, e se eu não estivesse com ela a noite toda, eu acreditaria que era verdade.

Depois que todos tomaram café, ficamos conversando na mesa.
- Já compraram os presentes? - minha mãe entrou na cozinha com um saquinho de pano vermelho na mão - Porque, como ontem todos estavam cansados, acabei me esquecendo de sortear as pessoas para o amigo secreto. - ela parou de frente a mesa. - Quem vai ser o primeiro?
- Eu! - Maria gritou empolgada.

Minha mãe caminhou com seu belo sorriso no rosto até onde Maria estava sentada, a mesma bateu palmas animada e colocou a mão dentro do saquinho, em seguida tirou uma papelzinho, leu e sorriu largo.

- Não conte a ninguem! - minha mãe disse rindo.
- Minha vez. - vovó disse, a mesma tirou um papel e sorriu também. Minha mãe passou por Asheley, Jonah, vovô e parou em mim. Sorri largo e cruzei os dedos antes de pegar o papelzinho dentro do saquinho.
Primeira tentativa, sim... tinha meu nome.
- Ah, vou trocar.
- Não pode! - minha mãe reprendeu-me brava.
- Mas como eu irei me dar presentes?! - ela riu. Dobrei novamente o papel e pegou o outro, haviam apenas três papeis.

Diana...

Eu sorri. Eu queria ter tirado a Bella, mas pelo menos foi a vovó, imagina se fosse a doida da Asheley? credeuspai. Minha mãe pegou um papel para ela, e depois entregou o ultimo para Bella, ambas sorriram, a unica coisa que eu sei é que uma delas tirou o meu nome, disse eu tenho certeza.
Agora, quem?
- Quem você tirou? - sussurei no ouvido dela.
- Nem vem, que eu não vou falar! - ela sorriu sapeca.
- Chata. - mostrei linguá.
- Bobo. - ela fez o mesmo.
- Bem, quem ainda não comprou os presentes tem que correr, as lojas se Stratford vão fechar depois do almoço! - minha mãe disse e no mesmo instante todos levantaram apressados da mesa, oque fez minha mãe sair rindo muito dali.
- Vamos? - perguntei á Bella.
- Quer fazer compras comigo? - ela perguntou com a sobrancelha arqueada.
- Vamos logo. - ri puxando ela para fora de casa.

Abri a porta do carro para ela, e em seguida entrei. Stratford não é tão grande, então não demoramos para chegar no pequeno centro da cidade, as lojas estavam todas abertas, bem... só por mais algumas horas.
Parei o carro em algum lugar bom que eu não tivesse problemas. Bella desceu do carro e veio ao meu encontro.
- Por onde começamos? - a olhei.
- Você eu não sei, mas eu já sei oque comprar. - ela sorriu - Te encontro aqui nesse mesmo lugar em uma hora, pode ser?
- Porque não podemos ir juntos?
- Não. - ela sorriu sarcastica. - Uma hora, ok?
- Tá bom né. - dei um beijo estalado em sua bochecha.
Ela colocou as mãos no bolso da calça e saiu andando pelas ruas, balancei minha cabeça e fiz o mesmo. Oque eu vou dar pra minha avó?
Passei por umas quinhentas lojas, mas quando eu estava passando em frente á uma loja de música, lembrei que vovó adorava os Beatles, então não pensei duas vezes em entrar.
- Olá, posso ajuda-lo? - uma garota de olhos claros perguntou-me gentil.
- É pode. - sorri - Você tem a coleção de cds dos Beatles? Tipo, todos mesmo.
Ela sorriu.
- Sim, venha comigo. - ela virou-se e caminho até uma pequena prateleira, onde ela se esticou pegando uma caixa preta e me entregou. - Aqui estão todos, todos mesmo, desde o primeiro... e acho que até tem uns do Paul.
- É, vou levar. - sorri.
 Passei no caixa, custou um pouquinho caro, mas era pra minha avó. Sai satisfeito daquela loja e voltei para onde o carro estava, Bella estava escorada no mesmo com um pequeno embrulho na mão.
- Pronto? - ela perguntou.
- Sim. - sorri - Pra quem é?
- De noite você descobre. - ela sorriu largamente, me deixando com cara de tacho. Apertei o alarme do carro e ela entrou primeiro.

Estavamos em silêncio dentro do carro, e eu estava indo devagar de proposito. Segundos depois parei o carro em frente a casa da vovó e antes que ela pudesse sair, eu a chamei.
- Bella... - ela me olhou. - Sobre hoje de manhã...
- Justin, é natal... amanhã agente fala sobre isso, tá? - ela disse calma, pousando uma mão sobre meu joelho.
- Tudo bem, mas eu... - ela me interrompeu.
- Ficou preocupado? - ela sorriu quando acenti - Olha, enquanto você estiver ao meu lado, me fazendo sorrir, eu estarei bem. - ela sorriu mas em seguida corou violentamente, acho que foi por culpa do meu sorriso idiota, e largo.

Capitulo 11.


24 de dezembro de 2012. 22h34.

Depois que todos chegaram das compras, mamãe nos obrigou a ajuda-la com o resto da decoração da sala, ela conseguiu me deixar cansado, mas é noite de natal, não podemos desanimar. Como na casa havia apenas dois banheiros, as pessoas foram aos poucos tomar banho, eu já estava pronto, quer dizer quase pronto, faltava calçar meus supras, mas Bella estava trocando de roupa no quarto, enquanto eu esperava do lado de fora. Porque mulheres demoram tanto pra se arrumar?
Minutos impacientes, batendo o pé sem parar, Asheley apareceu no corredor pra atormentar minha vida.
- Wow, como você está lindo. - ela sorriu encostando na parede de frente pra mim. Seja educado Justin, pensei.
- Obrigado. - sorri, em seguida desviei o olhar pra qualquer lugar.
- Nossa Juju, e eu? Não estou bonita? - a olhei de cima a baixo.
- Sabe, Juju é tão irritante! - Bella disse ao abrir a porta.
- Ele nunca reclamou! - Asheley disse indiferente.
- Talvez porque ele tenha pena de dizer a verdade pra você. Asheley, conselho de amiga... desiste!
- Quem é você pra falar oque eu devo fazer?
- A garota que passa 24horas ao lado dele!
- E? - Asheley já estava irritada.
- E que bem... Ele me conta tudo, e se você tivesse tantas chances assim, acha mesmo que eu não teria lhe contato? E aliás, ele tem namorada. E só uma dica, não seja atirada, porque ele não gosta. - ela ficou calada, depois olhou para mim. Oque eu poderia fazer? Apenas sorri torto, totalmente sem jeito e Asheley saiu bufando.
- Ela é extremamente irritante! - Bella revirou os olhos entrando novamente ao quarto, dei meio riso e a segui. Só dai pude reparar o quanto ela estava linda. Com aquele jeitinho meio RockStar que ela tem... cara... anda pensando demais nisso.
- V..v..voc.. - droga Justin, você tem que gaguejar? Ela parou de mexer no celular e me olhou - Você tá ... muito bonita! - me sentei na cama, pegando meus supras, pude ouvir uma risada baixa e abafada.
- Obrigado. Você támbém está. - ela disse envergonhada - E... - ela se aproximou, parando perto do meu pescoço, aspirando meu cheiro, oque me fez sorrir - Está, muito... cheiroso! - ela riu. Eu poderia falar alguma coisa mas ela levantou e disse: - Não, é sério... tá muito cheiro! Ai meu Deus, eu vou sair daqui, isso tá me deixando... - ela não completou a frase e saiu do quarto.

Isabella P.O.V

Eu estava pronta, mas eu sentia medo de eu sentir frio, apesar de que a lareira estava ligada. E eu sai daquele quarto, porque o cheiro dele estava tão forte... tão cheiroso... apaixonan... ok, eu ia dizer apaixonante? Não, não... eu ia?
Droga. Pensei comigo mesma.
Desci as escadas já podendo ouvir as risadas das pessoas. Passei direto pra cozinha, de onde vinha um cheirinho gostoso de piru assado. Vovó estava na cozinha, terminando de preparar a ceia de natal.
- Hey querida, que susto. - ela sorriu.
- Olá. - sorri e depositei um beijo em sua bochecha. - Já estão todos aqui? - perguntei pegando uma uva que estava na bandeja sobre a mesa.
- Sim, vai lá comprimentar sua tia.
- Tia Rose está aqui? - perguntei sorrindo.
- Sim. Cadê o Justin?
- Está terminando de se arrumar. - sai da cozinha em direção á sala. - Tia! - abri meus braços sorrindo, e tia Rose levantou-se ao meu encontro.
- Pequena Isa! - ela me abraçou fortemente. - Como você está crescida!
- Eu sou uma anã! - ela riu
- Digo na aparencia, está ficando madura! - ela me soltou.
- É a vida! - sorri. - Boa noite gente! - acenei para eles.
- Boa noite! - eles responderam em coro.
- Querida, tenho um presente pra você, chegando em 20 minutos! - tia Pattie disse com seu maior sorriso
- Sério? Oque é?
- Já já, você vai saber! - sai da sala resmungando, e quando eu pensei em subir as escadas, meu corpo se chocou com o de alguém, e aquele perfume entrou violentamente nas minhas narinas, me causando calafrios... mas calafrios bons.
- Eh Justin! - resmungou arrumando meu vestido.
- Desculpa. - ele riu - Você que anda distraida demais.
- Tá, tá. Vai comprimentar as pessoas e depois volta aqui.
- Porque?
- Não faz pergunta garoto! - ele riu e saiu. Subi rapidamente as escadas e procurei por algum casaco quente o suficiente, mas não encontrava nada... então foi quando eu avistei uma jaqueta de couro, perfeita! Era do Justin, mas combinaria tão bem comigo, e sim eu peguei e vesti.
Desci as escadas novamente e Justin já estava na ponta da mesma.
- Ei, essa jaqueta é minha! - ele disse contendo o sorriso.
- Vem comigo? - o ignorei.
- Onde? - ele franziu o cenho.
- Seilá, dar uma volta. Por favor. - insisti manhosa.
- Tá bom. - ele sorriu e esticou a mão, peguei a mesma com receio, mas com razão, já que um arrepio percorreu meu corpo, mas eu disfarcei bem.

[...]

- Essa jaqueta de merda, não esquenta porra nenhuma! - resmunguei estressada fechando o ziper da mesma. Os olhos de Justin saltaram em seguida uma gargalhada ecoou pela rua vazia.
- Calma Bella! Nunca vi você falando palavrão.
- Só falo quando estou nervosa! - resmunguei.  Senti seus braços passarem pelo meu ombro, já me sentindo mais aquecida.
- Assim está melhor?! - ele disse proximo ao meu ouvido, e droga... espero que ele não tenha visto que fiquei arrepiada.
- Sim. - respondi baixo depois de passar o braço por sua cintura, o abraçando de lado.
- Minha mãe vai matar agente!
- Porque?
- Saimos sem avisar. No frio... alias, estava nevando. - rimos.
- Minhas pernas estão congelando. - ele riu. - E seu perfume está me deixando tonta!
- É tão ruim assim? - ele perguntou, e eu pude sentir tristeza no seu tom de voz.
- Não... eu quis dizer tonta, de um jeito bom. Tipo... hipnotizada... é.. quer dizer... É que o cheiro é ... apaixonante! - ele riu pelo meu jeito atrapalhado de tentar me explicar. Eu podia jurar que eu estava vermelha agora.
Será que ele sente o mesmo que estou sentindo? Oque eu estou pensando? Droga!

- Eu sou apaixonante! - ego? Magina.
- É. - concordei comigo mesma, mas eu não deveria, já que ele escutou! Me deixando completamente sem graça. Porque diabos eu tenho que me sentir assim?

Ele parou de andar, e por um momento eu me perguntei porque, ele virou-se para mim, com um sorriso no canto dos lábios e segurou minhas mãos.
- Acredita em amor a primeira vista? - ele perguntou olhando-me nos olhos.
- É, sim... talvez, p.. porque? - você tem que gaguejar né?
- Eu também acredito. - ele segurou meu rosto, e olhou nos meus olhos. Ok, porque o ar não está passando pelos meus pulmões? Porque eu estou suando se esta nevando? E porque diabos o Justin está me encarando, e se... se aproximando. Tá, não sou tão ingênua assim.
Seus lábios estavam tão pertos, eu sentia sua respiração quente bater sobre minha pele, deixando-me desnorteada.
E por dois segundos, eu senti seus lábios tocando os meus... mas minha consciência falou mais alto. Eu o empurrei levemente, não queria assusta-lo.
- É, acho.. que.. é melhor..a-agente ir. Vão começar o amigo secreto sem nós! - ele apenas concordou com a cabeça. Ele ficou... triste?

Já estavamos quase chegando em casa, então ele parou e puxou meu pulso com delicadeza.
- Bella, me desculpa. Eu ... eu não sei oque houve!
- Tudo bem! - tentei sair, mas ele me segurou.
- Por favor, não fica estranha comigo! - sua voz saiu manhosa.
- Eu não estou.
- Está sim, nem se quer me olha. - é, eu estava evitando seu olhar. Dei um longo suspiro, e o olhei nos olhos.
- Vamos esquecer isso, ok? - sorri. Ele retribuiu do mesmo jeito, e eu não me controlei para abraça-lo.

- Eu poderia ficar apenas observando esse momento lindo, mas eu também quero um abraço desses! - ouvi uma voz atrás de mim... eu conheço essa voz doce! Me separei do Justin, que me olhou um tanto confuso e depois olhou atrás de mim.
- Selena? - me virei encontrando a mesma - Ai meu Deus, Selena! - eu gritei correndo até ela. Eu acho que apertei tanto ela, que nem conseguia falar.
- Surpresa! - ela sorriu
- Ai meu Deus, calma... eu .. eu.. ai vem aqui! - eu a apertei novamente.

Vai ser o melhor natal de todos.

Capitulo 12.


- Pera. Oque você tá fazendo aqui? - perguntei desfazendo o abraço. Selena riu.
- Sua tia me ligou e pediu que eu visse passar o natal com você. Não pude dizer que não. - ela sorriu.
- Minha tia fez isso? - gritei fazendo ela rir.
- Sim, foi ela.
- Ai meu Deus. Justin você tem a melhor mãe do mundo. - corri para abraçar Justin, que riu.
- Então você devia abraçar ela. Porque está me abraçando?! - ele disse risonho.
- Porque seu abraço é bom caralho! - acho que estou tão feliz, que não penso antes de falar. - Ah, nossa como sou indelicada! Justin, essa é a Selena. Selena esse é meu primo Justin!
- Já ouvi falar muito de você! - disse disse esticando a mão para cumprimenta-la. Selena me olhou e eu sorri.
- É, também já me falaram de você. - ela sorriu, e ambos me olharam.
- Que foi gente? Vish. - sai rindo de perto deles, mas puxei Selena pela mão. Eu até entraria em casa, mas não percebi a presença de Justin, oque me deixou intrigada. Então me virei para trás, e ele estava parado, ainda me olhando. - Você não vem? - perguntei e Selena também o olhou.
- Daqui a pouco. - ele sorriu sem mostrar os dentes.
Eu não pude conter um suspiro.
- Vamos... vem. - insisti.
- Já vou.

Soltei a mão de Selena e andei até ele, e quando já podia sentir seu corpo, levei minhas mãos até seu pescoço, para um abraço. Ele meio confuso retribuiu.
- Por favor, vem. - sussurrei. Ele não disse nada, apenas me apertou. - Eu não vou ficar estranha com você, mas não quero que fique estranho comigo. - me afastei. - Agora, vamos?!

Ele soltou um suspiro longo seguido por um sorriso, que me fez suspirar discretamente.
- Tudo bem! - ele sorriu e segurou minha mãe, eu achei estranho para nós, mas eu segurei também.
Selena sorriu diferente pra mim, e entramos em casa. Eu ainda processava tudo na minha cabeça, do que aconteceu nos últimos vinte minutos. Meu Deus!

- Onde vocês estavam? - a voz de Pattie foi a primeira coisa que ouvi. Ela parecia... brava!
- Dando uma volta tia!
- Porque não me avisaram?
- Desculpa mãe, fui eu que chamei Bella pra dar uma voltinha. - Justin disse antes que eu pudesse falar algo.
- Da proxima vez me avise, ok? Agora venham... - ela sentou-se no sofá, e eu caminhei até ela, sentando-me ao seu lado.
- Obrigado tia. - sorri.
- Por...?
- Por isso. - apontei para Selena que sentou-se proxima a mim, no braço do sofá.
- Só queria te ver sorrindo. - ela sorriu. Eu dizer algo, mas a voz da vovó me impediu.
- Quem quer ser o primeiro a começar o amigo secreto?
- Eu! - como sempre Maria foi a primeira. Ela levantou-se e pegou uma embalagem que estava no chão, debaixo da arvore de natal e parou no meio da sala e começou a dizer.
- Bem, eu nem sei como começar... mas a pessoa que eu tirei, tipo... ela é a melhor. Af, eu sou horrivel pra discurso. - ela resmungou fazendo alguns rirem. - Mas oque eu quero dizer, é que essa pessoa é muito importante pra mim, todos vocês são. Mas com ela é impossivel não sentir-se bem, ela exalava alegria, ela é simplesmente perfeita. E ela tem olhos lindos, e sabe fazer um pudim de chocolate incrivel...
- Ah, eu já sei quem é... - Justin disse risonho. - É minha mãe!
- Isso! - Maria concordou.
- Aw, meu Deus! - Pattie levantou-se sorrindo, em seguida dando aquele abraço de urso em Maria

[...]

Já estava impaciente de tanto esperar, porque diabos ninguem me tira logo? Apesar disso, era legal ver eles sorrindo quando ouviam seus nomes, e abriam os presentes. E a ordem foi legal, Maria tirou a tia Pattie, tia Pattie tirou a tia Rose, que tirou o vovô. Bruce tirou Maria, então tivemos que escolher outra pessoa pra recomeçar, então escolhemos a vovó Diana, que tirou Rose, mas Rose tirou Bruce, então Asheley quis entregar o dela que tirou o tio Jonah que agora levantou-se para pegar seu presente em debaixo da arvore.
- Eu nunca fui de falar muito das pessoas que eu tiro, mas essa pessoa... bem, ela é como uma segunda filha pra mim..
- Pai você é tão direto, tá na cara que é a Isa! - acho que eu estava tão distraida que até me assustei ao ouvir meu nome.
- Obrigado pela ajudinha filha! - tio Jonah ironico agradeceu á Maria.
- É, sou eu? - sorri levantando-me do sofá, para um abraço nele.
- Abre, você vai gostar. - peguei o embrulho preto com estrelinhas brancas e não tive dó de rasgar o papel, onde havia um caixa preta, destravei a tranca da mesma e abri a caixa rapidamente, não sou de suspense. Meus olhos brilharam ao ver a coleção de Cd's do Michael Jackson.
- AHMEUDEUS! - gritei pulando no colo dele. - Para tudo... ah, uma coleção dos cds do Michael.
- Ai que inveja! - ouvi a voz rouca do Justin.
- Lesado, agente mora junto! - alguns riram.
- Tem mais uma coisinha ai dentro! - me sentei no sofá apoiando a caixa sobre as pernas e tirando uma pequena caixinha preta, abri rapidamente tirando um colar lindo de dentro.
- Era da sua mãe! - Jonah disse baixo, e só ai percebi que todos me olhavam. - Ela me deu isso quando Maria nasceu, você sabe toda historia.

Sim, eu sei a historia. Quando tio Jonah era mais novo, tipo uns 18 anos ele se envolveu com uma garota mais nova, ela tinha 16 anos. Eles começaram a namorar, me lembro de que Maria me dizia que eles eram apaixonados, tipo... daqueles que dão o corpo e a alma, mas depois de um ano ela descobriu que estava gravida. Me contaram também que ela tentou de vários jeitos se matar, mas não conseguiu, ela pensou em abortar, mas foi impedida, e quando Maria nasceu, ela entrou em depressão, e acabou que tio Jonah criou Maria praticamente sozinho. Quando Maria tinha 3 anos de idade, a mãe dela simplesmente desapareceu, sim ela fugiu e deixou toda responsabilidade para o tio. Só dai depois de alguns anos descobriram que ela havia se matado dentro de casa, ela foi encontrada no banheiro com os pulsos cortados. E desde esse dia, tio Jonah cuida de Maria sozinho.
Mas oque aquele colar, da minha mãe tem haver?

- Quando Maria completou 5 anos, eu estava desempregado... e a unica pessoa que me ajudou foi sua mãe, ela dizia pra eu ter fé, pra não desistir. Então ela me entregou esse colar, era como um amuleto, sabe... um colar da sorte. Ela me entregou e disse pra eu não desistir de nada, porque as coisas iriam ficar bem. Sua mãe era um anjo, ela sempre foi um anjo na minha vida! - ele sorriu ao ver que uma lagrima havia caido. - E agora eu estou te dando, porque acho... você precisa mais que eu, aliás, era da sua mãe e algum dia ela iria te entregar isso! E com ele... - ele pegou o colar da minha mão, com delicadeza e fez um gesto para que eu me levantasse - E com ele, eu te peço oque ela pedia para todo nós. Nada é impossivel, apenas acredite e tenha fé! - ele colocou o colar no meu pescoço, e foi impossivel não abraça-lo.
- Obrigado tio! - minha voz saiu melosa e trêmula. - Obrigado mesmo!
- Não precisa agradecer querida!
- Porque todos dessa familia sempre que eu agradeço me falam ''Não precisa agradecer''? - fiz uma voz fina no final arrancando risada de alguns.
- Indireta? - Justin perguntou rindo.
- Não. Direta mesmo. - rimos.
- Sua vez Isa! - Maria gritou.
- Primeiro, obrigado tio, e nem venha com essa coisa de não precisa. - ele riu - Ah gente... eu sou horrivel pra fazer isso, ainda mais com anos que eu não faço. Enfim... - respirei fundo - Eu acho que tá meio obvio quem eu tirei, porque ainda faltam a vovó, Justin e a tia Rose. E-eu estava em dias ruins, eu sempre tenho dias ruins. Eu sempre morei em uma cidade pequena onde todas as pessoas se conheciam, e em um dia normal, digo, meus pais sempre viajaram, mas eu estava na casa da Selena. - apontei para a mesma que sorriu torto - E então eu soube ... vocês sabem, do avião e tals. - suspirei - E naquele mesmo dia eu recebi a noticia de que eu moraria com uma tia, uma pessoa que não via muito, que eu mal conhecia, mas eu sabia que ela me receberia bem, ela é como mamãe, ela é uma segunda mãe pra mim. Eu... eu não sabia como seria minha vida, mas dae me apareceu uma pessoa, que eu também não conhecia. Que... que hoje, eu ...han, é uma das unicas pessoas que consegue me fazer sorrir, ele é carinhoso, atencioso, inteligente.... eu já disse que ele é engraçado? Poisé, ele é um idiota que bate a cabeça em portas de vidro.
- Ah, é o Justin! - Pattie gritou fazendo-me rir.

Justin fuzilou a mãe dele de brincadeira e levantou-se vindo até mim. Seus braços quentes me envolveram em um abraço apertado, já disse que ele tem o melhor abraço do mundo? Acredite, é otimo. Ele me apertou forte, e só ai pude sentir meus pés saindo do chão, ele me rodou no ar, fazendo-me sorrir tão largo que eu tenho até medo de meu rosto explodir.
Assim que ele me colocou no chão, fui até a arvore de natal e peguei o presente que eu havia comprado. Voltei com meu melhor sorriso e mais sincero e entreguei a ele.
- Não é muita coisa, mas foi com carinho. - ele sorriu abrindo o pequeno pacotinho, onde tirou aqueles dois colares que eu havia comprado. - Eu lembrei daquele dia que você cantou, eu não... resisti, Justin você nasceu pra música. - ele sorriu.
- Toma! - ele pegou uma das correntes e me entregou
- Mas por..
- Eu também acho que você nasceu pra música! - sorrimos.

Sala de jantar. 00h12.

Estavam todos conversando na sala, enquanto eu batia um papo com a Selena na cozinha.
- Ele é lindo. - disse ela referindo-se a Justin. Lancei aquele olhar matador - Mas vocês se amam!

Meus olhos saltaram para fora do meu rosto, em seguida a gargalhada da Selena foi tão alta que eu ri junto.
- Mas eu não estou brincando. Acha que eu não percebi um climinha entre vocês...
- Somos primos Sel, você tá doida.
- E qual o problema nisso?!
- Que somos primos, da mesma familia?
- Mas vocês se gostam!
- Ele tem namorada.
- Qual o problema? Velho, dá pra ver no olhar dele - suspirei alto - Ele pode gostar da garota, mas ele também gosta de você.
- Que confuso.
- O amor é confuso.
- Eu sei.
- Admite vai... - ela me conhece tão bem. Me sentei na cadeira do lado dela e deitei minha cabeça sobre seu ombro.
- Acho que gosto dele. - ela riu fraco, enquanto eu suspirava.
- Eu disse.
- Eu não tenho certeza. Sel, eu to confusa. O jeito que ele me trata, o olhar dele sobre mim, o sorriso, até mesmo um simples bom dia vindo dele me deixa sem... folêgo. É estranho.
- Você está amando. - ela sorriu. - Awn meu Deus, minha neném está apaixonada! - ela fez voz de bebê e me abraçou apertado.
- Ai calaboca, eu não estou...
- Feliz natal garotas! - Justin surgiu na cozinha, oque me fez levantar assustada. - Bella... - ele me abraçou, me rodando no ar - Nosso primeiro natal juntos, está feliz?
- Sim. - eu ri - Feliz Natal! - depositei um beijo demorado em sua bochecha. Ele me soltou e abraçou Selena rapidamente, saindo em seguida.
- Viu? - ela sorriu.
- Ai garota, vem. Vamos comprimentar as pessoas. - a puxei para a sala.
- Hey familia. - eles pararam de falar e me olharam. - Feliz natal poxa! - riram de mim, enquanto fui abraça-los.

[...]

Depois da ceia de natal, todos ficaram conversado. Meus tios estavam bebendo vinho, enquanto eu tinha que tomar suco de laranja, acredita? Bem, eu não sou de beber, mas enfim...
Coloquei novamente a jaqueta do Justin e me sentei nos fundos da casa e Selena me acompanhou.
- Sel.
- Oi? - ela disse limpando a boca, pela espuminha do suco.
- Tem uma coisa que você não sabe. - ela me olhou já com aquele olhar de ''conta''.
- Oque?
- Sabe a hora em que eu cheguei? - ela acentiu - Bem, eu estava com o Justin. - ela sorriu maliciosa. - Tira esse sorriso idiota da cara. - resmunguei
- Tá, continua. - ela riu.
- Ele, ele... Foi um selinho, é.. é, uma junção de lábios. - ela arregalou os olhos - Foram dois segundos, mas ... eu, eu não podia.
- Porque? - ela praticamente gritou.
- Porque seria pior.
- E porque seria pior garota?
- Porque eu não quero.
- Não gosta dele?
- Não é isso... eu não...
- Fala logo.
- Eu só não quero me apaixonar, você sabe muito bem que eu odeio me apaixonar.
- Por causa, do ... Niall? - engoli seco.
- Não fala nele por favor.
- Esquece isso... tenta de novo.
- Para Selena, para... eu não quero, não quero sofrer mais, não quero pagar o papel da garota com o coração partido novamente. Eu só não quero me apaixonar, só isso. E se aquele beijo acontecesse, seria mil vezes pior. Só que droga, aquela pequena junção de lábios, por mínimos segundos que foram, não... não sai da minha cabeça. - suspirei levando as mãos até o rosto.
- Sério?! - droga, droga, droga.

Capitulo 13.

Justin P.O.V

Minha cabeça diz que não, mas meu coração fica insistindo nisso, e voltando para aquele selinho. Mas porque? Droga, odeio me sentir assim, confuso sem saber oque fazer. Foi apenas um misero selinho, dois ou três segundos, e eu não consigo tirar aquele momento da minha cabeça, e se ela correspondesse o beijo? Como seria? Eu só queria provar.
Será que ela sente isso, que eu estou sentindo?
Por mais que eu diga que não ficaremos estranhos depois daquele selinho, aquele quase beijo, é pura mentira, eu não vou conseguir olha-la sem querer beija-la, sem querer sentir seus lábios aveludados, macios... Talvez eu esteja gostando dela... droga Justin, você tá se ouvindo? Ela é sua prima. Porque estou brigando comigo mesmo? Ah, eu estou ficando louco, e isso tá me pirando.

Ouvi estralos perto de mim, só dai percebi que Maria estralava os dedos de frente ao meu rosto.
- Ei, tá viajando em que mundo? - ela riu sentando-me ao meu lado.
- Ér, só estou pensando. - me ajeitei no sofá.
- E esse pensamento se chama Bella? - ela sussurrou. No mesmo instante meu coração acelerou, e eu podia jurar que eu estava pálido, como ela sabia?
- Como você...
- Eu ouvi ela conversando com a Selena. Mas... - ela riu sapeca - Eu não vou te falar.
- Ah Maria! - resmunguei - Porque?
- Porque Bella pediu. - ela cruzou os braços. - Vem aqui comigo. - ela levantou-se e eu fiz o mesmo rapidamente. Ela andou até a cozinha e apoiou-se na pia. - Você não tem vergonha não? Seu sedutor. - rimos.
- Oque? - perguntei rindo e cruzei os braços.
- Seduzir minha prima, aliás que é sua também.
- Mas eu não fiz nada.
- Justin, só de vocês respirar seduz uma garota. - ela corou um pouco e acabamos rindo.
- Maria, eu to ferrado. - ela me olhou confusa - Eu to confuso, e ... se eu tiver gostando dela?! - sussurrei a ultima parte. - Oque eu vou fazer com a Julia, oque nossa vai familia vai achar disso?!
- Justin... - ela se aproximou colocando as duas mãos no meu ombro, e sorriu - Se fudeo. - ela gargalhou afastando-se.
- Muita engraçada você, nossa to me agachando no chão de rir. - Ironia? Magina gata.
- Falando sério, não faça nada antes de não ter certeza sobre esse sentimento, ok? Vocês são jovens e ainda tem muito pela frente, e apesar de eu achar errado... serei a segunda a apoiar.
- Porque não a primeira?
- Porque Selena apoiou primeiro. - ela saiu rindo.

 E foi quando eu me toquei de que Bella estava lá fora com a Selena, e que falavam de mim, já que estavam sussurrando.
- Sério, eu não dou uma semana pra isso acontecer! - ouvi Selena dizer.
- Você é doida, completamente doida! - Bella respondeu rindo.
- Pensa assim... - vi Selena levantar-se -  Foda-se o mundo porra, é minha felicidade! - ambas riram.
- Ai Sel, senta ai e para de falar palavrão, ridícula! - Bella sorria.
- Eai garotas, falando de mim?! - entrei brincando com elas, mas não sabia que Bella iria engasgar com o suco que tomava. - Bella, tá bem?! - dei tapinhas leve em suas costas, enquanto ela se acalmava devagar.
- Só me engasguei. - ela respirou fundo e começou a rir. - Tava ai á muito tempo? - sua voz saiu alta, mas seu tom era de preocupação.
- Não. - sorri sentando-me entre elas. - Meninas, topam ir ali comigo?
- Onde? - as duas falaram juntas, oque me fez rir.
- Na casa do meu pai. É rapido. - elas se entreolharam.
- Por mim tudo bem. - Selena sorriu.
- Vou ver aqueles anjinhos de novo? - Bella perguntou sorrindo.
- Se eles estiverem acordados, sim. - ela deu um grito e bateu palmas empolgada. - Deixa eu só trocar de roupa?!
- Mas você tá linda assim. - respondi a olhando.
- Mas eu estou com frio. - sua voz saiu manhosa. E antes que eu pudesse dizer algo, ela saiu correndo em direção a entrada.
- Você gosta dela, né? - Selena chamou minha atenção. Corei. - Não precisa responder. - ela riu.
- É que..
- Você tá confuso?
- É. - ri nervoso.
- Isso é normal. Mas aquela garota... sua prima. - ela riu - Ela é teimosa, e acha que vai ter o coração partido.
- Eu jamais faria isso!
- Eu sei, mas sabe como ela é.
- Teimosa e dramática! - rimos.
- Quer saber, eu quero ver minha amiga feliz.
- Oque você quer dizer?!
- Que vou dar um empurrãozinho. - ela sorriu travesseiro.
- Ela não vai concordar.
- Só me diz uma coisa... Eu sei que você tem namorada, mas só me diz uma coisa... Você gosta dela? da Bella?
- S...sim. - gaguejei.
- Eu sei que talvez seja pior, porque oque eu to pensando em fazer poder trazer consequencias, mas só assim vocês vão descobrir oque sentem.
- Continuo sem entender.
- Eu vou dar um jeito, vou dar um jeito de vocês se beijarem... - não contive meu sorriso.
- Como?
- Confia em mim?
- Confio.
- Então vai saber quando eu tiver com meu plano em ação. - no mesmo instante Bella chegou nos encarando.
- Vamos?

Bella P.O.V

Justin e Selena ficavam cochichando pelos cantos e aquilo já estava me deixando incomodada, será que ela não percebe que eu to afim de... pera, para. Ai Isabella, quando vai admitir que tem uma queda enorme pelo seu primo, aliás um abismo todo, uma paixão... Que ele te deixa balançada, que ele mexe com seus sentimentos, mas que droga, porque justo ele? Justo meu primo, que namora?

- Bella, oque foi? - Jazzy perguntou enquanto eu estava distraida.
- Nada bebê. - sorri largo.
- Vem aqui, vou te mostrar minha barbie nova. - ela me puxou pela mão, me arrastando até a sala. Jazzy pegou uma caixa rosa que estava jogada no chão perto da arvore, e a boneca que estava dentro, me entregando em seguida.
- Ai que linda. - disse tentando parecer admirada, porque na verdade não gosto de Barbies.
- Bella, vamos embora, já está ficando tarde! - Justin gritou do lado de fora.
- Ah! Já vai? - Jazzy resmungou.
- Vou sim bebê, mas eu volto, tá?
- Pode ser amanhã?
- Tá bom! - sorri - Me dá um abraço? - ela acentiu sorrindo, esticou seus bracinhos e eu dei um longo abraço nela, sem seguida me levantando.
Andamos até a porta, onde Jeremy e Justin conversavam, Selena estava com Jaxon no colo e ele riam de algo.
- Pai eu volto amanhã pra despedir de vocês.
- Vocês vão embora quando? - Jeremy perguntou.
- Amanhã de noite.
- Não vão ficar pra festa de final de ano?!
- Não, vamos para casa, passar na praia.
- Hum. tudo bem, voltem pra despedir das crianças. - ele sorriu me abraçando de lado. - Foi bom te rever Isa!
- Foi bom também te ver, tio! - abracei ele direito.
- Até amanhã. - ele abraçou todos e nós voltamos a andar, nem era tão longe! - Feliz Natal! - Jeremy, jaxon e Jazzy gritaram.
- Feliz Natal! - gritamos de volta.
- Aw, Xon Xon é tão lindinho! - Selena disse com voz de bebê.
- Xon Xon? - eu e Justin falamos ao mesmo tempo.
- Sim, ele disse que eu podia chama-lo assim. - nós rimos. - Ele também me pediu um beijo, mas dai ele me deu um selinho. - ela gargalhou.
- Deve ser de familia! - eu disse sem pensar, só dai parei pra raciocinar que o irmão tinha feito quase o mesmo comigo, então ficamos em silêncio, um silêncio chato, horrivel.
- Então... nós vamos embora amanhã? - Selena quebrou o silêncio.
- Você vai? - quase gritei.
- Sua tia deixou eu passar umas duas semanas na sua casa! - ela sorriu.
- Ah! - dei um gritou fazendo eles se assustarem, em seguida abracei ela de lado.
- Vão ter que me aturar. - ela brincou. - Vão ser longos dias. - ela riu e eu não entendi.

25 de dezembro, 10h34.

- Vamos levantar, vamos vamos! - a voz de tia Pattie entrando no quarto me despertou.
- Bom dia pra você também mãe. - Justin respondeu mal humorado com a voz rouca mais do que o normal.
- Bom dia bebê. - ela retrucou sorrindo pra ele. Oque me fez rir - Bom dia princesinha! - parei de rir e olhei pra ela com cara de tédio, e agora quem ria era Justin.
- Vamos, levantem os dois. É dia de natal, e sua vó já esta preparando o almoço.
- Já vamos! - respondi colocando o edredom sobre meu rosto, ouvi a porta ser fechada e respirei aliviada.
Me virei para o lado, na esperança de cochilar mais um pouco, mas um ser tirou o edredom do meu rosto.

- Ah Justin! - resmunguei.
- Bom dia. - ele sorriu.
- Bom... dia! - sorri do mesmo jeito. Ele ficou assim me encarando por longos segundos, até eu ficar sem graça o suficiente pra desviar o olhar. Vi uma sombra se aproximar, em seguida o peso do seu corpo em cima do meu. - AhDeus, sai de cima seu gordo. Nossa que peso... Você é magro, mas é pesado. - resmunguei abafado.
- Tá pesado Bella? - ele riu soltando mais o corpo sobre o meu.
- Aaahhhh! - gritei - Sai caralho. - ele riu.
- Ah, Bell... oque vocês estão fazendo? - Selena abriu a porta do quarto com a cara mais confusa do mundo e começou a rir.
- Salva! - Justin sorriu e depositou um beijinho no meu nariz, que fez cocegas levemente. Em seguida levantou-se de cima de mim, oque fez eu respirar aliviada.
Olhei Selena de cima a baixo e ela estava bonita ( a penultima roupa ).
- Bella, vai tomar banho filha! - ela disse como se fosse minha mãe, me puxando pela mão.
- Ai sai você também. - resmunguei.
- Vai logo, ele como você tá horrivel, essa cara amaçada, com esse cabelo grudado na testa. - ela riu.
- Nossa obrigado por melhorar a alto estima da sua amiga. - rimos.
- Quem fica lindo pela manhã né? - ela perguntou.
- Ele. - apontei pro Justin, e no mesmo instante corei.

Droga, eu tenho que parar de falar as coisas sem pensar!

Capitulo 14.

Bella P.O.V

Sabe quando sua melhor amiga te coloca em uma situação tão embaraçosa, que você tem vontade de cavar um buraco no chão pra esconder a cara? Pois bem, Selena é uma vadia filha de uma... não, a mãe dela não tem culpa, mas enfim. Eu tive a vontade de estrangula-la, mas não fiz...

Justin estava sorriu com meu elogio, dizendo que ele fica lindo pela manhã, mas dai... a vadia da Selena tem que abrir a boca.
- Nossa, que clima! - ela riu. Justin me olhou e o bobão só soube rir. - Ah pelo amor de Deus, será que não percebem o clima que tem aqui?
- Sel...
- É sério, vocês deviam se pegar. - ela disse como se aquilo fosse normal.
Meus olhos saltaram para fora de órbita, e minha boca se formou um perfeito 'O'.
- Aw, ficou vermelhinha. - ela riu - Ai que lindo, minha amiga tá apaixonada!
- SELENA! - gritei cobrindo o rosto com o travesseiro, enquanto escutava a risada de Justin e Selena. - Ai meu Deus, vou tomar banho! 
Sai correndo dali, eu estava tão vermelha quanto um pimentão.

Minha vontade de voar no pescoço da Selena naquela hora foi de 0% á 39578439538745 %. Ainda matarei aquela vadia, ai que odio.
Sai do banheiro em direção ao quarto, eu acabei esquecendo de pegar minha roupa para me trocar no banheiro, droga!

Entrei no quarto silenciosamente, mas quando me virei, meu coração quase saiu pela boca. Justin estava deitado na cama, mexendo no celular, mas assim que me viu largou o mesmo e me deu uma secada, que ... acho que emagreci.
- Para. - disse com vergonha.
- Oque? - ele sentou-se.
- Para de me secar, tá me medindo. - ele riu e levantou-se. - Pode dar licença?
- Claro. - ele me olhou de novo, dessa vez olhando minhas pernas.
- Tá fazendo de novo.
- Oque?
- Tá me medindo, para... - ele riu e abriu a porta do quarto.
- Você é bonita Bella, muito... bonita! - ele saiu do quarto mordendo os lábios, enquanto eu só soube rir.
Como ele consegue ser fofo, e sexy ao mesmo tempo?

Fui até minha mochila, e escolhi uma roupa. Tranquei a porta do quarto e fui trocar, tirei a toalha e me enxuguei, em seguida vesti minha roupa, já que não aguentava mais de frio. Penteei os cabelos e deixei eles molhados mesmo. Arrumei minhas roupas no lugar, deixei tudo pronto para quando agente for embora. Desci as escadas e já ouvia as pessoas conversando.
- Bom dia! - Selena me surpreendeu pulando na minha frente.
- Sua vadia! - dei um tapa em seu braço.
- Calma anjo. - ela riu. - Desculpa por aquilo, não me controlei.
- Eu sei, te conheço.
- Então. - ela riu - Mas foi engraçado, sua cara.... foi a melhor
- Não teve nada de engraçado. - rimos.
- Venham comer meninas! - alguem gritou da cozinha.
- Vamos! - disse rindo

Justin P.O.V


É isso mesmo que eu ouvi? Ela está ... apaixonada?
Talvez não seja verdade, ela não confirmou nada, quem disse foi a amiga dela, mas cara... porque eu estou tão feliz por ouvir aquilo? Eu não consigo parar de sorrir, não é certo, mas eu gostei.
Droga de sentimentos confusos, porque tem que ser assim?!
Eu me sinto tão mal pela Julia, ela não merecia isso, mas... mas... seilá.

- Justin, Justin meu filho, tá viajando? - minha mãe praticamente gritou, chamando minha atenção.
- É, não... só estou pensando. - só olhando a minha volta, percebi que todos a minha volta me olhavam curiosos.
Olhei para minha frente, para ela... Que tinha um sorriso no canto dos lábios, mas olhava para seu prato de comida, enquanto revirava o mesmo sem vontade nenhuma de comer.
- Oque vocês dois tem? - minha mãe perguntou olhando para mim e para Bella.
- Hã? Como assim? - perguntou confuso.
- Vocês não tocaram na comida. - nos entreolhamos.
- Ah, eu ... ah. - gaguejei fazendo minha mãe estreitar os olhos.
- Comem.

Não pensei duas vezes em voltar a comer e esquecer os pensamentos de lado.


Aeroporto de Los Angeles. 19h23.


- Ai, pelo visto aqui também tá frio. - Bella resmungou assim que saímos do aeroporto.
- Estamos no inverno, é obvio que iria estar frio. - ela me olhou de cara feia, e eu apenas sorri largo para ela.

Bella encarou meu sorriso e corou, não entendi porque, mas ela fica tão linda coradinha, tão meiga, tão perfeita... tão minha Bella. Eu disse minha ? É, é ... ela é minha. Aposto que estou sorrindo que nem bobo agora.
- Seja discreto. - Selena me cutucou.
- Hã? Porque?
- Se você não parar de olhar para Bella e sorrir feito um idiota, sua mãe vai perceber logo, logo. - ela riu pela minha expressão. Minha mãe fez sinal para que um táxi parasse para nós, o mesmo estacionou perto da calçada e nos ajudou com as malas, minha mãe como sempre foi na frente guiando o taxista. E atrás estava eu, Bella e Selena na outra ponta.

Aquele silêncio estava me matando, então resolvi puxar assunto.
- Vocês viram quem está na cidade? - elas me olharam.
- Quem? - Selena perguntou.
- Aquela banda nova que ganhou o x factor.
- X factor?! - Bella questionou fazendo careta.
- Você não assisti tv?
- Não. - ela riu.
- Bom, é um programa que descobre talentos. Você se inscreve e canta para quatro jurados, tem varias fases e tals. - resumi bastante, tenho preguiça de falar tudo que se passa no programa para aquelas duas lerdas.
- Ah sim, e que banda é essa? - Bella parecia interessada.
- Eu também não sei muito sobre eles, mas sei que eles ganharam recentemente o programa, e agora estão na cidade.
- Ah que maneiro. - Bella sorriu.
- Você já viu musicas deles? - Selena perguntou.
- Ah eu vi só uma, é legal.
- Depois nos mostra?
- Claro. - sorri para elas, que voltaram a fazer oque faziam. Bella não parava de mexer no celular e Selena estava escutando música no Ipod.

O carro foi parando aos poucos de frente a nossa casa. Desci do carro e peguei minha mochila mas algumas bolsas que eu conseguia, fui caminhando na frente e abri a porta de casa, jogando em seguida tudo pelo chão e sai tropeçando pelas coisas da casa, até cair no sofá.
- Nada disso, vai tomar um banho e desfazer sua mala. - a obrigado dona Pattie por atrapalhar meu aconchego.
- Poxa mãe! - resmunguei me levantando.
- Poxa nada, ande logo. Depois desça para comer algo e vá dormir. Bella riu da minha cara e apenas dei linguá pra ela.
- E você também mocinha. - ela parou de rir, e foi minha vez de rir.
- Ande os três! - minha mãe gritou e foi a cena mais engraçada do dia, Bella e Selena pegaram suas bolsas e subiram correndo as escadas, e eu? Fiz o mesmo. No final da escada, já no topo onde dava para o corredor dos quartos, Bella jogou suas bolsas no chão e acabou tropeçando e caindo em cima delas, mas isso não foi a parte mais engraçada. A parte engraçada pra vocês, e nada legal para mim, foi quando eu tropecei nos pés dela e acabei caindo por cima de seu corpo... ou seria legal pra mim... pera, esses pensamentos não.

Selena olhou aquela cena e começou a rir muito, ela se contorcia de rir.
- Porque você sempre faz isso? - Bella riu.
- Não tenho culpa se você é desastrada demais e fica tropeçando por ai.
- E você mais desastrado e lerdo ainda não me vê no chão e cai por cima de mim. Legal. - ela se mexeu por baixo de mim, e cara... não posso contar o pensamento que tive. - Dá pra sair de cima? - perguntou rindo.
- Ah sim... - disse meio desnorteado por ela ficar se mexendo em baixo de mim. Levantei-me e Selena no mesmo instante me olhou assustada.
- Que foi?
- Justin se controla por favor. - ela gargalhou alto e apontou para as minhas calças. Foi dai que eu percebi que meu amiguinho tinha se animado um pouco, só um pouquinho. Ai meu Deus que vergonha!
Bella olhou para mim, curiosa por saber oque Selena estava falando e seus olhos se arregalaram de uma forma tão engraçada que se eu não estivesse envergonhado talvez eu iria rir muito.
- Justin! - ela gritou e caiu na gargalhada. - Ai meu Deus! - ela disse já sem folego.
- Parem de rir. A...ac...acontece isso, s..sabia? - a claro, gaguejando desse jeito elas vão acreditar muito.
- A claro, ficar excitado depois de cair em cima da prima gostosa, é super normal! - Selena disse rindo, Bella não riu, ela estava tão vermelha quanto eu.
- Já foram tomar banho? - minha mãe gritou.
- Puta que pariu! - Bella levantou-se correndo pegando as bolsas do lugar e cada um correu para seu quarto! Salvo pela dona Mallette.

Bella P.O.V


- Ai meu Deus, eu estou me sentindo... estranha! - me taquei na cama rindo muito ainda.
- Só porque deixou seu primo animadinho?! - ela gargalhou.
- Para! - gritei rindo. - Mas porque ele ficou daquele jeito?
- Hellou gata, porque ele se sente atraído por você e tipo, ele caiu em cima de tu, e você com essa bundona enorme não parava quieta debaixo dele, é obvio que ele ia ficar animadinho. - ela riu
- Eu não tenho a bunda enorme. - resmunguei levantando-me até o espelho para olhar meu bumbum.
- Tem sim. - ela começou a tirar a roupa.

Me virei de costas para o espelho, subindo um pouco minha blusa para poder enxergar minha bunda.
- Caraca. - disse surpresa. - Desde quando eu tenho esse bundão?

Nós rimos.
- Desde sempre. - Selena respondeu trancando a porta.
- Por isso sempre que eu passava pelo corredor da escola, onde os meninos ficavam, eles..
- Ele te comiam com os olhos. - ela completou.
- Nossa! - gargalhei. - Niall morria de ciumes...
- Eu sei. - ela riu, mas nossas risadas foram cessadas por um clima estranho.
- Sel ... - me sentei na cama novamente.
- Sim? - ela escolhia uma roupa.
- Tem uma coisa que eu preciso te contar. - respirei fundo varias vezes.
- Oque? - ela parou de fazer oque fazia e sentou-se ao meu lado.
- Niall me ligou. - disse rapido, sem enrolar muito.
- Como assim? - ela perguntou perplexa.
- Ele me ligou, mas eu não disse nada, eu... eu, eu não consegui falar nada, eu apenas...
- Você chorou? - acenti - Sabia! Eu te conheço. - ela me abraçou de lado. - Tem alguma ideia do que ele queria?
- Não. Ele não disse muito.
- Tem certeza que era ele?
- Sim. Quem mais nesse mundo, que eu conheço tem a voz grossa?
- Justin.
- A dele não é tão grossa, é rouca... e sexy. - nós rimos.
- Eu sei. - ela riu - Mas... oque ele disse?
- Ele não disse muito. Ele só dizia ''Alô? Isabella? Por favor me responde...'' Dai eu desliguei e ele não insistiu.
- Será que era importante?
- Eu não sei, mas estou um tanto quanto curiosa.
- Não fica pensando nele.

Suspirei.

-Eu não penso, só quero saber porque ele me procurou e como ele conseguiu meu numero. - ficamos em silêncio. - Ahn, pode me soltar, você tá de sutiã e me abraçando...

Ela riu.

- Vou tomar banho, depois você vai. - ela saiu.

[...]

Tia Pattie acabou indo dormir e aproveitamos pra ficar vendo televisão na sala, enquanto passava um filme qualquer eu me distraia na internet.
- Justin... - Selena chamou-o.
- Oi?
- Sobre aquela banda lá, mostra pra gente...
- Ah claro, me empresta o computador?! - ele me olhou. Fechei minhas coisas que estavam abertas e entreguei o mesmo á ele.
- Qual o nome? - perguntei.
- Nome de quem? - Justin, lerdo como sempre.
- Da banda oras...
- Ah, pera... - ele digitou algumas coisas e me olhou - One Direction.
- Legal. - Selena disse.
- Olha, essa é a música que ta fazendo sucesso... - ele deu play em uma música, e paramos para ouvir.
- É legal. - disse eu.
- Da vontade de dançar. - rimos.
- A letra da música também. - disse me ajeitando no sofá - Até que são bons.
- O clipe também legal. - Justin olhou para a tela do computador.
- Ah, mostra ae, deixa eu ver a cara deles...

Justin riu e virou a tela do computador para que eu e Selena visse o video. A música era contagiante e eu tinha vontade de pular do sofá pra começar a dançar feito louca, mas me controlei. Assim que Justin virou a tela do computador, Selena no mesmo instante abriu a boca, perplexa, assim como eu, ela virou-se para mim, com aquele seu tipico olhar de preocupação.
Eu não sei se eu chorava, ou se... eu não sei mesmo. Niall é um dos integrantes daquela banda, e ele parecia tão feliz naquele lugar, com aqueles outros garotos.
Meu coração já não batia em ritmo normal, era fácil ouvi-lo se chegasse proximo á mim, o ar passava lentamente pelos meus pulmões, deixando-me zonza.
Sentia meus olhos lacrimejarem, mas não deixaria uma gota se quer, cair.
Foi só dai que eu me toquei porque Niall tinha me ligado, porque ele queria dividir comigo que um dos seus sonhos havia se realizado, ou pela menos estava se realizando, é perfeito... simplesmente perfeito saber que ele está bem, que se deu bem na vida, que... ah. Eu... eu não acredito que ele tá na cidade, eu, ai meu Deus, eu não consigo nem pensar!
Lembro-me de quando ele pegava o violão e sentava comigo na varanda de casa e cantava para mim, ou até mesmo cantávamos juntos, tipo um dueto. E agora ele realizou seu sonho, está ... feliz.
Eu não sei oque pensar.
Não sei oque fazer.
Eu preciso ficar sozinha, ou não.

- Justin tira isso. - Selena disse vindo para meu lado. Enterrei meu rosto sobre minhas mãos, que estavam apoiadas no joelho.
- Porque? - Justin perguntou.

Respirei fundo, bem fundo segurando o choro.
- Niall... - comecei dizendo.
- Oque tem ele? - Justin estava confuso.
- Ele, ele... é esse loiro ai. - apontei pro video que ainda tocava.


Ele parou para pensar e virou o notebook, encarou o video por alguns segundos e parou a música, em seguida fechando o note.
- Sinto muito. - disse ele fechando a cara.
- Tudo bem, eu só não esperava por essa. - suspirei.
- Você está bem? - Justin e Selena perguntaram ao mesmo tempo.
- Sim gente. - ri fraco - Como eu disse, eu só não esperava... logo, logo ele sai de cidade e pronto, viveremos felizes para sempre! - ironizei a ultima parte.
Justin e Selena se olharam preocupados, sim... qualquer um perceberia que eu fiquei abalada, mas que droga!

Capitulo 15.

31 de Dezembro de 2012. 22h57

O fato é que desde que descobri que Niall está na cidade, eu não consigo mais viver normalmente, tenho medo de sair na rua e acabar esbarrando com ele, ou sei lá, eu sei que é bobagem, mas eu sou assim, medrosa mesmo.
Sai do banho dando de cara com Selena que já estava pronta me esperando. Fui até o guarda-roupa pegar a roupa que havia escolhido para passar a virada de ano.
Eu contei que pintei meu cabelo? Então, ontem eu e Selena fomos com a tia Pattie no salão. Selena fez californianas e eu fiz luzes. Eu gostei, pela primeira vez me sinto bonita, também... Justin ficou me elogiando tanto, mas tanto que foi impossível descordar.
Me sequei e passei meus cremes, vesti minha roupa e soltei a toalha do cabelo, em seguida fui até o armário do banheiro e peguei o secador, ligando o mesmo. Deixei que os fios ficassem lisos, e coloquei o babyliss para esquentar, fui até o quarto e calcei minha rasteirinha, passei meu perfume e voltei para o banheiro, fiz algumas pequenas ondas no cabelo, algo natural, passei o spray fixador e guardei as coisas no lugar.

Selena levantou-se da cama e olhou-me de cima a baixo.
- Porque estamos de rosa? - ela franziu o cenho.
- Eu realmente não sei. - rimos.
- Você está linda. - ela comentou andando até a porta.
- Você também está. - sorrimos.
- Vamos que sua tia deve estar louca já. - ela riu passando pela porta, e passei em seguida fechando-a. Desci as escadas normalmente, mas perdi o ar assim que vi Justin.
Porque tão lindo?
Porque tão sexy?
Mas pra minha decepção Julia estava ao seu lado, eu gosto dela sabe, mas eu me sinto mal por ter que engana-la, imagina que louco se eu chegasse ''Oi Julia, tudo bem? Ah, eu quase beijei seu namorado, tem problema?'' Só que não, jamais faria isso.

- Então gente, vamos? - dei meu melhor sorriso, até parece que eles vão estragar meu dia.
- Aleluia, vamos. - Tia Pattie levantou-se eufórica.
- Oi Isa. - Julia disse ao meu lado, com um sorriso enorme, droga, não seja legal comigo.
- Oi Julia. - sorri para ela. Em seguida peguei na mão de Selena e fomos andando até a praia. Apresentei Selena a Julia e vice e versa.
- Tem bastante gente. - comentei assim que pisamos na praia.
- Olha, parece que vai ter algum show aqui. - Selena apontou para um palco montado na ponta da praia.
- Ouvi dizer que vários artistas vão cantar. - disse Julia.
- Tipo quem? - perguntei.
- Ouvi dizer que David Guetta, Nicki Minaj, Flo rida.... ah, varios.
- Que legal, eu amo a Nicki. - sorri empolgada.

Andamos para uma area da praia onde haviam menos pessoas, mas mesmo assim ainda tinha umas a nosso redor.
- Acho que aqui tá bom, vai dar pra ver a queima de fogos de artificio. - Justin disse escorando em uma pedra.
- Olha gente. - Pattie apontou para o palco - Acho que os shows vão começar.
- Como agente veio parar tão perto do palco? - Selena perguntou perplexa.
- Não tenho noção. - respondi - Mas nem tá tão perto.
- Quem é? - Julia perguntou apontando para palco.
- Ai.Meu.Deus. - disse pausadamente - Aquela é a Taylor Swift? - praticamente gritei.
- Acredite, é ela. - Justin sorriu.

Taylor entrou no palco cantando We Are Never Getting Back together, agitando um pouco as pessoas.
Ela era linda, aliás ela é linda, muito linda, parece uma princesa de perto e cara... surreal. Depois de umas cinco músicas ela deixou o palco e foi a vez do David guetta, que se apresentou com a Nicki, e Florida.
Selena parecia um pequeno projeto de retardada, ela simplesmente não parava de dançar, e quando tia Pattie saiu pra comprar bebidas para nós, ela aproveitou e ficou com um garoto. O mais engraçado foi que ela não queria, mas era uma aposta, Justin desafiou, se ela ficasse com o primeiro garoto que passasse e ela gostasse ele iria fazer oque eles tinham combinado ontem. Agora me conte uma coisa, oque eles combinaram que eu não sei? Sorte que Julia saiu para acompanhar Pattie.
Mas eu estou curiosa.

- Ah, acho que vou vomitar. - Selena voltou para nosso lado.
- Porque, ele beija mal? - ri alto.
- Não, ele até que beija bem, mas... a boca dele tava com gosto de cerveja. Odeio cerveja. - eu e Justin rimos. - Não deem risada, porque não foi vocês que beijou um garoto que tinha bebido cerveja, e provavelmente beijado pelo menos 30 garotas que estão nessa praia.
- Eca. - gargalhei.
- E agora Justin tem que cumprir com oque ele disse. - Selena sorriu sapeca.
- Mas não agora. - ele respondeu.
- Eu sei, eu sei. - eles riram.
- Ok, to boiando.
- Logo, logo você vai saber pequena Isabella. - Selena disse rindo.
- Ai vocês me estressam com essa coisa de logo logo. - eles riram. - Você bebeu Selena?
- Não, só estou animada poxa.
- Bella, relaxa vai. - Justin passou o braço por meu ombro. - Hoje é dia de festa.

Ele sorriu. Ah, aquele sorriso.

Eu até poderia dizer algo, se não fosse uma gritaria enorme vinda das pessoas que corriam mais para perto do palco. Aquilo virou um caos, e uma histeria tomou conta de boa parte das adolescentes ali.
Nós três levamos o olhar até o palco, como todos fizeram, e aquele som familiar começou a tocar.
Não.
Não.
Não.
Não, não pode ser.
Eles começaram a cantar e eu estava paralisada, meu coração estava a mil e eu podia jurar que ele queria sair do lugar e saltar para fora do meu corpo. Levei minha mão até a boca, não acreditando.
Baby you light up my world like nobody else, the way that you flip your hair gets me overwhelmed, but when you smile at the ground it ain't hard to tell, you don't know oh oh... you don't know you're beautiful .... Aquele refrão que gruda na sua mente e não sai, isso é irritante.
Selena segurou meu braço, provavelmente percebendo meu desequilíbrio. Justin parou na minha frente e segurou meu rosto, fazendo meu olhar encontrar o seu.
- Você está bem?
- S...sim.
- Quer ir embora? - ele perguntou preocupado.
- Não! - quase gritei - Ninguém vai estragar minha noite, nós vamos ficar. - minha voz saiu mais trêmula do que imaginei.

Eu não acredito que Niall estava ali, a poucos metros de mim, depois de tanto tempo. Ele parecia tão feliz, e estava tão... bonito. Seu cabelo loiro que antes era maior, agora estava sexy de um jeito menor, e chamativo. Ele estava todo de branco, e com um all star preto.
Não pense que eu estou tendo uma recaída por ele, mas é que foi tanto tempo, eu não sei oque pensar.
Eu amo Niall, amo muito, ele foi meu primeiro amor de verdade, e eu nunca irei esqueço-lo. Mas agora é tarde, ele me deixou, me perdeu, e nós seguimos em frente. Mas antes de sermos namorados, nós fomos amigos, eu confiava meus segredos neles, eu confiava nele por completo, ele já me ajudou tanto, mas nos apaixonamos e o resto já imaginam. E talvez por ele já ter sido meu amigo, eu o quero por perto, ele fez parte da minha vida e ainda faz. E afinal eu ainda tenho curiosidade em saber porque ele não se despediu de mim, porque não me telefonou ou me mandou cartas, só queria saber porque se afastou, só isso.

Selena voltou a dançar que nem uma louca e se ela não estivesse o tempo todo comigo, diria que estava bebada, mas não a vi bebendo.
Tia Pattie voltou com algumas latinhas de energético e nos entregou.

Show da One Direction. 23h50.

- Vocês estão prontos para um ano novo? - um dos integrantes gritou, se eu não me engano aquele cabeludinho era o Harry.
Sim, eu pesquisei sobre eles, e dai?
- Porque Julia foi embora? - Pattie perguntou.
- Porque a mãe dela a queria por perto na virada do ano. - Justin respondeu.
- Ah.

Me grudei com Selena que não parava, sério oque deram para essa garota?
Ela segurou um dos meus braços e começou a pular, tentando fazer com que eu pulasse junto, senti um impacto sobre meu quadril, e olhei para baixo, Selena mexia o quadril dela de um lado para o outro, fazendo entrar em choque com o meu.
- Ai sua magrela ossuda! - reclamei, fazendo ela rir.
- Olha quem fala.
- Olha quem fala nada, você é só pele e osso, eu não... eu não curvas e ondinhas. - rimos.
- Tá bom Isa, tá bom. - ela riu - Agora dança comigo. - ela agarrou meu corpo e tentou dançar, mas foi em vão, então apenas pegou minha mão e ficou tentando pular, na moral, alguém me empresta uma arma?
Olhei para o palco, e oque eu temia aconteceu.
Niall cantava, mas seus olhos eram fixos em mim. Droga, droga, droga. Porque tinhamos que ficar coladas no palco?
Ele parou de me olhar quando percebeu que eu o encarava também, mas não deixou de me dar umas olhadas.

18 segundos para, 1 de janeiro de 2013.

Eu, Justin, Selena e tia Pattie nos arrumamos um do lado do outro, abraçados de lado esperando para a queima de fogos. Enquanto a banda ainda estava no palco, e sim eu estava ignorando eles.
Faltando dez segundos para meia noite, todos começaram a gritar, assim como nós.
- Nove - gritei.
- Oito - Justin gritou.
- Sete - Selena.
- Seis - Pattie tentou gritar.
- Cinco - deixamos que alguém no palco gritasse.
- Quatro - ouvi a voz de Niall e engoli seco.
- Três - gritei.
- Dois - Selena gritou já pulando.
- Um. - Justin gritou e um estouro vindo do mar nos assustou, fogos e mais fogos começaram a estourar. Olhei rapidamente para o palco e Niall estava me olhando, que droga me ama demais. Tá parei.
Desviei o olhar para quem realmente eu precisava abraçar, Justin me olhou e eu não resisti, assim que ele sorriu pulei em seu pescoço para um abraço apertado.
Senti suas mãos pela minha cintura, em seguida ele me levantou do chão, me rodando no ar.

- Feliz ano novo! - disse alto perto do seu ouvido. Sorri vendo que ele se arrepiou.
- Feliz ano novo Bella! - ele deu um beijo estalado na minha bochecha e me soltou, ele parou para me olhar mas nossos olhares se encontram.
Sabe aquelas famosas borboletas no estomago?

- Feliz ano novo querida. - fui surpreendida por tia Pattie me abraçando. Preciso me controlar em relação ao Justin pelo menos quando ela estiver por perto.
- Feliz ano novo tia.

1 de Janeiro de 2013, 01h56.

Tirei minhas sandálias dos pés para sentir a areia.
Tia Pattie havia ido embora para casa, por reclamações de dores no pé, coisa de gente velha. Parei.
Selena segurava uma das minhas mãos enquanto andavamos na beira do mar, apenas curtindo o vento.
As pessoas já estavam indo embora, mas ainda sobraram muitas.
- Código 1, da operação kiss. - Justin disse para o nada, oque me fez o olhar rindo.
- Entendido. - Selena respondeu séria.
- Hã... que diabos vocês estão falando? Beberam vodka?

Eles riram.

- Relaxa Bella. - Justin disse.
- Relaxa o caralho, vocês estão de cochicho já tem um tempo e isso tá me irritando. - cruzei o braço parando de andar.
- Hey, vamos manerar nos ciumes. - Selena disse vindo para meu lado.
- Ah, vá se ferrar. - ela riu.
- Olha, você tá muito estressada para o primeiro dia do ano, vou ali buscar um suco pra você.
- Não! - gritei - Traz uma vodka.
- Não, não. - Justin se entrometeu. - Tá doida?
- Não. - respondi
- Você não vai beber. - ele disse sério.
- Você não manda em mim.
- Não importa caralho. - ele disse nervoso, decidi não insistir, nunca vi ele assim, pelo menos comigo não.

Selena saiu para buscar algo e me deixou sozinha com Justin, que não dizia nada, apenas respirava e chutava a aguá. Ele segurou minha mão e eu não disse nada, apenas continuamos andar.
- Está calmo? - perguntou tentando não rir.
- Sim.- ele sorriu.
- Otimo, você estressado não é legal. - rimos.
- Noite bonita né. - concordei com a cabeça. - Me lembro de 2012 como se fosse ontem. - ele riu, eu ri junto, mas não pela piada tosca dele, e sim pela sua risada contagiante.
- Idiota.
- Boba
- Bobo.
- Retardada.
- Estamos kits meu bem. - rimos.
- Bella, eu... eu quero provar uma coisa. - ele parou segurando meu rosto.- Posso?

Eu não disse nada, não consegui dizer nada, meu coração estava muito acelerado para isso. Apenas acenti fraco. Em segundos senti seus lábios aveludados colando nos meus.

Capitulo 16.


Sabe quando você deixa toda a razão, todo o lado certo de lado e se deixa levar pelo seu coração? Não estou dizendo que acho errado oque estou fazendo, mas é apenas a verdade, é errado, é super errado. Mas eu já não me aguentava, eu precisa sentir, experimentar, saber do gosto.

Eu apenas deixei meu coração falar mais alto.

Justin passou suas mãos pela minha cintura, segurando firme, oque me fez arrepiar. Passei meus braços por seu pescoço, mexendo em seu cabelo levemente, ele passou a linguá sobre meus lábios e rapidamente, mas com receio cedi aquele beijo. E como eu esperava, como eu imaginei que fosse, todos aqueles sentimentos escondidos vieram com as borboletas no estomago, meus pelos se ouriçaram com o toque de Justin sobre minha pele quente. Senti um arrepio no corpo, quando nossas linguás se tocaram, oque me fez sorrir de lado entre o beijo, assim como Justin. Ele apertou minha cintura, aprofundando mais o beijo, ele não estava nem se importante com quem passava, eu podia sentir as pessoas passando, mas era como se você apenas eu e ele ali, apenas nós.

Ele parou o beijo lentamente, com direito a um selinho no final, mas ambos estavam envergonhados pelo momento, sem saber oque falar, então não pensei duas vezes em beijar seus lábios novamente. Assim que pedi passagem, ele sorriu.
Sorriso entre o beijo é tão... romântico.
Ele levou uma de suas mãos até meu rosto e deslizou entre meus cabelos, puxando levemente, intensificando o beijo. Era um beijo tão calmo, com tanto amor e carinho. Não sabia que ele gostava tanto de mim assim. Ou talvez não. Fui parando o beijo, com direito a mordida nos lábios, não me julgue, a boca dele é uma delicia... tá, parei.
- Me desculpe, eu... - Justin começou a falar, mas eu o interrompi, colocando meu dedo sobre seus lábios.
- Não precisa de desculpar. - sorri - Tá tudo bem.

Ele sorriu.

- Eu só precisava. - ele disse baixo, e eu sorri abaixando a cabeça.
- Até que enfim terminaram. - a voz da Selena me assustou. Ela estava sentada um pouco distante.
- Você tá ai a quanto tempo? - perguntei.
- O tempo todo. - ela nos olhou rindo.
- Você não... pera, cadê meu suco?!
- Isa, tão inocente. - ela riu novamente. - Aquilo foi só uma desculpa rápida pra...
- Pera... Vocês estavam combinando isso?!
- Não querida. - ela levantou-se - Eu planejei tudo, eu encorajei esse cagão pra te beijar. - ela sorriu. Eu não consegui dizer nada, eu não estava brava, eu... gostei. - Eu sei que você quer me agradecer. - ela riu acompanhada de Justin.
- Idiota. - resmunguei.
- Mas olhem pra mim. - ela disse séria - Eu sei que fiz isso sem pensar muito, sem saber oque vai acontecer depois, porque assim como eu, você sabem que um simples beijo trás grandes conseqüências  você são primos e isso é errado, muito mais errado porque você tem namorada! - até tinha me esquecido de Julia, droga. Me senti mal agora - Mas eu não teria feito, não teria te encorajado se não tivesse percebido o clima que tem entre vocês, eu não to brincando, existe algo entre vocês, é forte e ...lindo, que precisa ser descoberto aos poucos. Vocês precisam conversar, dizer um ao outro oque sentem, precisam se resolver, não quero ver nenhum dos dois saindo machucados dessa historia. Aliás, ninguém precisa se machucar. - ela me olhou e em seguida encarou Justin - Bella já tem o coração quebrado demais, por favor não acabe com o pequeno pedaço que ainda sobra! - Justin acentiu - E se resolva com Julia, mas não faça nada precipitado, tenha certeza dos seus sentimentos, entendeu? - Justin acentiu novamente, sem pensar uma vez.
- E você Bella, pare de dizer que não gosta de se apaixonar, o amor é a coisa mais linda que existe nesse mundo. - ela me abraçou - Eu estou torcendo por você. - sussurrou no meu ouvido. - Mas como hoje é dia de festa, deixem essa conversa ai que você precisam, pra amanhã.

Tentei dizer algo mas ouvi uma correria para onde o palco estava, já estavamos bem longe, mas todas as pessoas correram até lá.
- Ai meu Deus, aquele são Niall e Louis?! - uma garota gritou apontando para uma barraca que estava montada logo atrás de Selena, meio distante mas era possivel ver as pessoas.
Justin, Selena e eu desviamos nosso olhar até a barraca, onde Niall e outro garoto saiam, no mesmo instante meu coração gelou e Niall me avistou, ele pareceu surpreso e tentava caminhar até mim, mas foi impedido por três garotas.
- Va...vamos, vamos embora. - praticamente gritei segurando na mão de Justin - Por favor, vamos?! - pedi á ele, olhando em seus olhos. Niall tentava se desgrudar das garotas, e meu desespero só aumentava.
- Ok. - Justin respondeu começando a andar, Selena veio logo atrás.
- Isa... - ouvi a voz dele, fazendo aumentar meus passos.
- Por favor, não para! - supliquei á Justin.
Acelerei meus passos até chegar na calçada e olhei rapidamente para trás.
- Droga Isa, deixa eu falar com você! - - Niall gritou de longe, ele não me seguiu, oque foi melhor. Mordi meu lábio segurando um possivel choro.
- Onde vamos agora? - Selena perguntou.
- Não quero ir pra casa ainda... - respondi.
- Querem ver o pôr-do-sol?! - Justin perguntou sorrindo.
- Mas ainda falta muito tempo. - disse manhosa.
- Vamos dar umas voltas antes ué. - ele sorriu.
- Prometem então que não ficarei de vela? - Selena perguntou, arrancando uma risada minha.
- Vamos. - disse rindo.

Ponta da praia de Malibu. 4h45.

- Daqui a pouco o sol nasce. - disse Justin sentando ao meu lado.
- Otimo. Vai ser lindo! - exclamei sorrindo. Selena estava pescando do meu lado, acho que se eu não a acordasse, teria caido da pedra que estamos sentados. Ela se jogou da pedra e deitou na areia, na boa essa garota é hilaria.
- Ela é doida! - disse rindo.
- É, ela é meio doidinha! - ele riu.
- Meio? - ri - Isso não é nem a metade! - rimos.

Ficamos em silêncio.

- Bella... - o olhei.
- Oi?
- Ahn, nada. - ele suspirou.
- Começou, agora termina de falar. - me virei de frente pra ele.
- Eu só não quero que...
- Fiquei um clima estranho entre nós? - completei sua pergunta.
- Isso.
- Eu já disse que tá tudo bem. Mas eu me sinto mal..
- Você não gostou? - ele parecia frustrado.
- Eu não disse isso. - ri leve - Só não gosto de enganar as pessoas.
- Não estamos enganando ninguém. - ele disse confuso.
- Certeza?!
- Está falando de Julia? - acenti e ele suspirou. - Eu também não gosto.
- Você... vai, fazer oque agora? - perguntei com receio.
- Eu vou pensar.
- Porque? - insisti.
- Duvidas.
- Como assim?!
- É que Bella. - ele suspirou - Eu gosto de você, entende? Eu ... é, eu gosto muito!
- É claro que você gosta de mim, somos primos.
Ele suspirou pesado e deu um riso leve.
- Não desse jeito sua lerdinha! - ele riu - Do outro jeito, entende? - acenti.
Justin mexeu seu corpo, virando um pouco para mim.
- Você mexeu tanto comigo! - ele disse levando umas de suas mãos até meu rosto, acariciando o mesmo com o polegar.
- Sabe que isso é errado. - minha voz saiu mais trêmula que imaginar que sairia.
- Porque somos primos?!
- Sim. - ele se aproximou e selou nossos lábios lentamente.
- Eu estou arriscado a sofrer as conseqüências.
- Você é doido! - exclamei sorrindo.
- Por você eu diria que sim.

Sorrimos.

- Como vai ser agora?
- Você gosta de mim?!

Meu corpo congelou, eu diria que sim, ou devo mentir?

- Mais do que... imagina! - gaguejei levemente.
- Otimo! - ele sorriu e me beijou. - É otimo ouvir isso! - ele afastou um mecha que caia sobre meus olhos.
- Eu não deveria, ou
- Eu não vou te magoar, eu prometo! - ele colou nossas testas.
- Não promete oque você não pode cumprir.
- Mas eu posso.
- Mas do mesmo jeito, não me faça promessas. - disse séria. Ele apenas riu fraco e selou-me
- Não faço promessas que não posso cumprir.
- Mas....
- Acredite em mim.
- Eu acredito.
- E confia? - ele abriu os olhos.
- Sim, confio. - sorri leve.
- Então vamos descobrir isso aos poucos, ok?
- Ér, ok.

Ele sorriu
- Bella, você é uma pilantra. - ele riu.
- Porque? Oque eu fiz?
- Porque você roubou meu coração, apenas com um olhar! 
Ele sorriu olhando-me nos olhos, fazendo com que automaticamente eu sorrisse.

Capitulo 17.

1 de Janeiro de 2013. 15h45 da tarde.

- Isa, acorda! - um ser do mal me sacudia, na tentativa de me acordar.
- Tá bom, já entendi. Agora para de me sacudir. - resmunguei abrindo os olhos e vendo Selena.
- Você dormiu demais. - ela sentou-se ao meu lado.
- Eu dormi as oito horas da manhã, você queria oque?! - me sentei estressada, prendendo o cabelo.
- E pelo visto acordou de mau humor!
- Eu não to de mau humor! - respondi nervosa.
- Ok, já entendi. - ela riu e levantou-se.
- Isabella, Isa... levante-se e tome um banho, tem uma pessoa querendo falar com você. - tia Pattie gritou do lado de fora da porta, saindo em seguida.
- Quem será? - me levantei.
- Não tenho a minima idéia.
- Tá. Eu vou tomar um banho rapido. - entrei no banheiro já tirando a roupa e entrando no box do banheiro.

Justin P.O.V

Acordei sentindo minha cabeça rodar, me levantei da cama em direção ao banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Vesti uma camiseta e desci pra comer algo, já que minha barriga não parava de roncar. Passei pela sala ainda meio sonolento, mas vi minha mãe conversando com uma pessoa, e eu sou curioso demais pra deixar de lado, então caminhei até a sala e não acreditei quando vi.

- Oque você tá fazendo aqui? - perguntei perplexo.
- Você me conhece?! - Niall perguntou confuso.
- Sim, é obvio.
- Eu vim falar...
- Com a Isabella?! - franzi o cenho.
- Sim. - ele disse baixo.
- Mas como achou nossa casa?
- Eu vi vocês ontem a noite entrando aqui.
- Nos seguiu? - perguntei perplexo.- Não, eu... quer dizer, mais ou menos. - ele riu nervoso.
- Ela não vai querer falar com você. - cerrei os punhos, porque eu estava com... raiva?
- Eu sei que não, mas eu ... precisava tentar! - ele parecia triste.
- Precisava ser hoje?! - perguntei seco.
- Justin! - minha mãe levantou-se vindo até mim. - Vai tomar seu café, vai. Relaxa essa cabeça. - ela sussurrou.
- Bella já sofreu demais, ele tinha que vir aqui quando ela finalmente está feliz?! - murmurei para ela.
- Ele praticamente se ajoelhou implorando pra falar com ela.
- Mãe, mãe... sempre de coração mole! - ri fraco beijando sua testa.
- Tá, mas esfria a cabeça. - ela riu me empurrando.

Porque eu estou com raiva? Eu não posso estar com ciumes, posso? Droga!
Me sentei sobre a bancada da cozinha, tentando parar pra pensar melhor, respirar e esfriar a cabeça. Se Bella tiver uma recaida?! Para.
Minha mãe entrou na cozinha sorrindo, mas desmanchou o sorriso e me fuzilou com os olhos.

- Sai da minha bancada menino! - ela me deu tapinhas pelo corpo, oque me fez rir. - Bella está no banho. Será que fiz a coisa certa?
- Não sei mãe. Não sei.

Dei um longo suspiro antes de abrir a geladeira.

Bella P.O.V

Sai do banho rapidamente procurando por uma roupa de ficar em casa, vesti um shorts jeans claro, e uma blusa preta de mangas curtas que ficava colada no corpo. Penteei os cabelos e passei um hidratante. Calcei meus chinelos e desci.

- Tia, cadê voc... - Pera, eu estou acordada, ou isto é um sonho? Porque Niall está sentado no sofá da minha casa. Eu podia jurar que minhas mãos estavam começando a suar, assim como o resto do meu corpo. - Oque... você, tá...tá fazendo aqui? - minha voz saiu esgarçada.
- Isa. - ele levantou-se, seus olhos brilhavam ao me ver.
- Eu perguntei oque faz aqui?! - falei mais alto dando um passo para trás.
- Desculpa querida, ele insistiu. - Tia Pattie surgiu atrás de mim, junto com Justin ao seu lado.
- Tudo bem tia. - sorri forçado.
- Vamos deixar vocês conversarem. - ela disse puxando Justin.
- Vamos? - ele riu fraco.
- Pera... - quase gritei e pattie se assustou - Posso falar com ele primeiro?! - sorri nervoso. Tia Pattie franziu o cenho, me deixando tensa mas logo relaxou e sorriu. Fiz sinal com a cabeça, indicando até a cozinha e Justin me seguiu até lá.
- Como ele... - comecei dizendo, mas ele me interrompeu.
- Nos seguiu. - olhei pra ele perplexa.
- Ele é doido?! - disse quase gritando, mas exitei.
- Pelo visto... doido por você. - ele disse baixo, quase um sussurro, mas o suficiente para eu escutar. Sorri fraco por aquilo e olhei para os lados, certificando-me de que ninguem nos olhava, dei dois passos até chegar proximo á ele, que levantou o olhar confuso, sobre mim, seu olhar confuso analizou meus traços do rosto, parando  rapidamente pela minha boca. Encostei nossos lábios por alguns segundos, porém satisfatórios  já que quando nos separei, Justin me lançou aquele sorriso, que só ele tem.
- Lembra do que eu disse ontem? - sussurrei.
- Você disse tantas coisas.
- Eu falo tanto assim?! - ri
- As vezes tenho vontade de mandar você calar a boca. - ele riu.
- Vou ignorar isso. - rimos
- Eu lembro. - ele sorriu e me deu um selinho breve.
- Depois agente conversa. - sorri.
- Se ele te quiser de volta?! - sua voz saiu tremula.
- Ele não vai querer.
- E se?!
- Se ele quiser, eu digo que meu coração já tá em outra.

Jardim dos fundos. 16h15

- Podia ter escrito uma carta, não sei. - Niall estava sentado em uma das cadeiras de piscina de frente pra mim, cabisbaixo, enquanto eu falava.
- Eu errei. - ele disse baixo. - Me desculpa.
- Me desculpa?! - perguntei perplexa, me levantando - Me desculpa?! Niall, você deve tá pirando, você tem noção do que aconteceu comigo durante esse tempo todo? Tem noção do quanto eu precisei de você, do quanto eu sofri? Você foi embora sem deixar um recado... Niall, eu era perdidamente apaixonada por você, eu te amei tanto...
- Não ama mais? - ele perguntou triste, me interrompendo.
- Não disse isso. - me sentei novamente pegando sua mão - Eu sempre te amei, lembra que apesar de tudo nós somos amigos? Mas acontece que você nem me ligou, nem como amigos. Você sumiu, nem se despediu, simplesmente me riscou da sua vida.
- Não é verdade, eu lembrava de você todos os dias.
- Sério? E porque não me procurou? Porque não me mandou a merda de um bilhete pelo menos?! - já estava nervosa, soltei suas mãos e o encarei.

Ele ficou em silêncio, também me encarando.

- Porque veio aqui? - respirei fundo.
- Queria conversar, saber como está...
- Agora você quer saber como eu estou? - molhei os lábios antes de continuar. - Quer saber como eu estou? Quer mesmo? - ele acentiu - Bom, eu passei meses tentando procurar um sinal de você, liguei para várias pessoas que poderiam saber de você ou seilá, eu fiz tanta coisa, mas chegou um dia em que eu desisti, eu simplesmente deixei tudo na mão de Deus. Eu sofri durante meses, mas eu tenho sorte, sorte em ter uma grande amiga ao meu lado, que teve o trabalho de me aguentar chorar todas as noites. E sabe como tá meu coração? - ele não disse nada - Quebrado. Você deve estar achando que eu to aqui de férias, to feliz de boa, mas você não sabe de nada... aliás, você não estava presente. - lagrimas começaram a cair descontroladamente - Eu te amava, e você se foi. - enterrei meu rosto sobre as mãos.

Segundos depois senti braços sobre meus ombros e levantei o olhar para ver melhor, Niall passou seus braços por minha volta e eu não evitar em abraço-lo, eu sentia falta daquele abraço, só isso.
Ele afagava meu cabelo, enquanto eu respirava fundo regularmente tentando cesar aquele choro.

- Eu precisei tanto de você. - disse abafado.
- Me desculpa, me perdoa, você não tem noção do quanto eu me odeio por isso. - sua voz saiu tremula, e chorosa.
- Meus pais morreram Niall. - nos separei e pude ver tristeza e desespero no seu olhar.
- Co...como assim?!
- O avião que eles estavam caiu. - disse baixo.
- AhmeuDeus Isa. - ele me abraçou - Eu sinto muito. Me desculpa, droga... eu sou um idiota!
- Você não é idiota. - me separei dele, limpando as lagrimas.
- Sou sim... ah droga, eu deveria ter te procurado. - lamentou-se olhando para baixo.
- Você só estava focado no seu sonho! Por falar nisso, parabéns, vocês são otimos. - sorri fraco.
- Que se foda meu sonho Isa, você precisava de mim e eu não estava, eu sou a pior pessoa do mundo. Fui o pior melhor amigo e namorado do mundo. - ele lavantou-se andando de um lado para o outro.

Aquela sena era engraçada, se eu não estivesse tão mal. Me levantei parando na frente dele e o abracei.
- Para, para por favor. Vamos esquecer tudo isso?
- Eu...
- Shiu. Por favor.
- Me perdoa?
- Sim, claro. - o abracei rapidamente. - Amigos? - estendi minha mão.
- Tudo bem. - ele suspirou e apertou a mesma.
- Niall seu merda! - Selena gritou com um sorriso nos lábios e veio correndo até Niall, onde pulou no mesmo em um abraço apertado.
- Estou sentindo seu amor Sel. - ele riu depois de cambalear para trás.
- Calaboca seu bosta. Como é sumir por uma decada?! - ela riu dando um tapa nele. - Então, o trio está de volta? - ela sorriu largo.
- Por mim sim. - sorri.
- Nós nunca nos separamos aqui dentro. - Niall disse colocando a mão no coração, soltando um sorriso alegre.

Enquanto Selena dava outro ataque pulando em cima do Niall, meu olhar sobre aquela cena era de felicidade. Eu resolvi uma boa parte incompleta da minha vida, se eu disser que não amo Niall, seria mentira, ele foi meu primeiro amor de verdade, nunca irei esquece-lo. Ele me amou, me deu carinho, me fez com que eu me sentisse amada, e ele foi um otimo amigo, sempre me ajudou a enfrentar meus problemas, me apoiou e esteve lá pra me dar conselhos. Eu sei que algumas pessoas vão pensar '' Nossa você desculpou ele tão rapido'', mas é claro que sim, porque guardar resentimentos? Ele pediu perdão, praticamente de joelhos, e ele é uma otima pessoa que eu preciso na minha vida. Tenho orgulho dele.
Passei meu olher pelo jardim, até a porta da sala que dava para cá, Justin estava parado, encostado no patende da porta me olhando com um olhar distante. Caminhei lentamente até lá, fazendo ele sair de seus pensamentos e me olhar com um sorriso torto. Segurei sua mão puxando ele até onde Selena e Niall estava.

- Niall. - o chamei tirando sua atenção - Esse é Justin, meu primo. - sorri torto. - Justin, Niall.
- É um prazer cara. - Niall disse esticando a mão.
- O prazer é meu, eu acho! - ele riu fraco.
- Então... - comecei - Eu posso comer agora? To morrendo de fome.
- Isa, continua comendo pouco? - Niall perguntou sério.
- É, não. - sai andando.
- Isa... - olhei pra trás e Niall me olhava com aquele olhar pidão - Vem então Nini, eu sei que você tá com fome. Aliás, venham todos.

[...]

- Onde vai? - tia Pattie perguntou vendo Justin descer todo arrumado. Agradeci mentalmente por ela perguntar, se não morreria na curiosidade.
- Julia quer me ver. - ele andou até nós, parando no centro da sala, pegou as chaves do carro e sua carteira. - Eu não demoro. - ele sorriu para nós, acho que mais para mim do que para Pattie.
- Tome cuidado. - Pattie alertou. Justin sorriu fraco e andou até ela, depositou um beijo em sua testa, fazendo-a sorrir.
- Eu sempre tomo cuidado. Se cuidem. - ele beijou minha bochecha, deixando o mesmo local quente, arrepiando meu corpo.

Segundos depois ele já saia de casa. Niall já tinha ido embora, disse que tinha uma entrevista e os meninos o mataria se ele se atrasse, prometeu passar aqui antes de viajar para Londres, e anotou seu telefone novo.  Selena estava lá em cima fazendo algo que eu não sei, melhor eu ir checar. Passei pela cozinha para tomar um aguá, o fato de Justin estar indo ver Julia me incomoda, mas eu não deveria me incomodar tanto. Droga!
Subi as escadas em seguida correndo até meu quarto, abri a porta e Selena se assustou, não que ele estivesse fazendo coisa errada, mas ela estava conversando com alguém na webcam, e eu sou curiosa demais para ignorar, andei até a cama e me sentei ao seu lado.

- Conversando com quem? - perguntei.
- Pelo menos estava conversando com a minha mãe, mas você me assustou e eu fechei. - ela riu. Ficamos navegando na internet por um bom tempo, vendo videos no youtube, entrei no meu twitter que estava abandonado, no facebook, essas redes socias. Pedi á Selena que abrisse um video da One Direction, é talvez eu vire fã, eai? Abri o ultimo video que eles gravaram, ou pelo menos eu acho que foi o ultimo. Little things era perfeita. I'm in love with you ...
Eu até conseguiria abrir outro video, se não fosse uma chamada de video de uma tal de BlondAsh. Selena me olhou confusa e aceitou.
- Não acredito! - ela disse perplexa.
- Asheley? - me perguntei olhando aquela ruiva azeda.
- Oi Bellinha. - ela sorriu do outro lado. Nojenta!
- Oi. - respondi seco.
- Como vocês estão? Espero que bem. Ah Bella... como vai com o Justin? - engoli seco, como ela sabe? - Ele beija bem?
- Garota... - Selena começou.
- Nem se dê ao trabalho. Eu sei de tudo, sei do casinho de priminhos na familia Bieber. - ela estava séria - Como será que a Pattie ficaria se soubesse? - ela dizia olhando para suas mãos.
- Você não seria capaz. - respondi entre dentes.
- Você não me conhece, não sabe do que sou capaz para conseguir oque quero.
- Isso é uma ameaça?
- Entenda como quiser. - ela deu de ombros - Só quero te dizer que Justin será meu. Entendeu? - ela sorriu.
- Veremos. - fechei aquele notebook de forma brusca que fez Selena se assustar.
- Não se importe com oque ela diz. - Selena levantou-se.
- Eu não me importo.
- Não é o que parece. - sentou-se novamente.
- Essa garota é louca. Devo contar á Justin?
- Não. Ele não precisa saber.
- Não basta o fato de aguentar ele com outra garota, agora vou ter que lutar contra duas. - suspirei - Droga, olha oque eu to falando.
- Normal. Você está apaixonada.
- Selena! - a olhei.
- Não negue Isa.
Suspirei alto e pesado.

Capitulo 18.

1 de Janeiro de 2013. 20h09.

- Cadê sua tia? - Selena perguntou ao chegar na sala.
- Foi ao mercado comprar algo pra gente jantar! - respondi sem tirar os olhos da televisão.

Selena não disse mais nada, apenas se juntou á mim. Mudei de canal deixando em qualquer filme, peguei meu celular e chequei as horas, Justin ainda não tinha voltado e eu já estava agoniada. Tentei não pensar muito nele, mas era quase impossivel, sabe aquela sensação de que algo esta acontecendo?
Dito e feito, Justin entrou em casa com os olhos vermelhos, me fazendo levantar meu corpo para poder vê-lo melhor. Ele bateu a porta, não muito forte, só para fecha-la, analizou a casa com os olhos e mordeu os lábios, lançou-me um sorriso torto e subiu as escadas. Encarei Selena curiosa, ela estava tão confusa quanto eu.

- Oque ele tem? - ela perguntou baixo.
- Não sei, e não vou ficar aqui pra descobrir. - me levantei em direção as escadas e Selena não me seguiu, obvio que não viria junto. Subi com calma até seu quarto, a porta estava apenas encostada. Exitei duas vezes em bater, respirei fundo e bati uma vez, ouvi um breve ''entra'' e empurrei a porta, deixando apenas um espaço para que meu corpo pudesse passar. Justin estava já de bermuda e deitado na cama de barriga para cima, ignorei o fato dele estar sem camisa e encostei a porta, andei até a cama e me sentei ao seu lado de perninhas de indio. Por segundos que encarei seu abdomem, esqueci totalmente do que falaria, até ele soltar um riso fraco.

- Não seja timida. - ele disse abafado.
- Oque aconteceu? - ignorei seu sorriso fraco e besta. Ele suspirou pesado. - Se não quiser falar, vou entender.
- Julia terminou comigo. - pera.... eu não sei se fico feliz, ou
- C-como assim? Porque? - perguntei perplexa.
- Ela descobriu tudo.
- Tudo oque? - perguntei confusa. Ele me olhou com um olhar pesado, que juro, senti medo.

Justin levantou seu corpo e sentou-se escorado na cabiceira da cama.

- Alguém contou á ela sobre nós, ela não acreditou, mas queria conversar comigo e perguntou se era verdade. - suspirou - Eu não consegui mentir olhando nos olhos dela!
Levei minha mão até a boca, em uma ato de surpresa. Pera, se alguém contou á Julia, só pode ter sido a Ashley.
- Justin. Eu ... sei quem foi. - me levantei andando de um lado pro outro.
- Oque? Quem? - seu olhar me seguia.
- Ashley, foi ela. - ele franziu o cenho - Olha, hoje depois que você saiu, eu e Selena estavamos no meu skype, uma tal de BlondAsh pediu uma conversa de video, era a Ashley, ela é louca Justin, ela é pirada.
- Oque ela disse?
- Ela disse que sabe sobre o caso de primos da familia Bieber. - ele ficou sério.
- Oque mais ela disse? - ele se ajeitou na cama.
- Que não seria legal se Pattie soubesse. - no mesmo instante Justin levantou - E me avisou... - fiz cara de nojo - Justin será meu... - fiz a voz mais nojenta que consegui, Ashley me dá ansia. - Garota estupida. - me sentei na cama.

Ouvi uma risada e encarei aquele ser sorridente.

- Isso tudo é ciumes? - ele sentou ao meu lado.
- Ciumes? Tá louco? - evitei olha-lo.
- Sim, você está até vermelha. - ele sorriu.
- Quer saber? Talvez eu esteja mesmo. Cansei de perder. - me levantei colocando a mão na cintura.
- Perder? - ele franziu o cenho.
- Todos que eu amo, vão embora. - disse quase num sussurro. - E quer saber de uma coisa Justin? Quer? - ele acentiu - Acontece que aquela garota me irritou, ela pensa que você é um objeto? Pois você não é. E sim, eu estou com ciumes. - ele sorriu e eu tentei ignorar - Mas tem noção do porque? - me aproximei e no mesmo instante ele levantou - Porque eu estou perdidamente apaixonada por você. - disse proxima ao seus lábios, um ato perigoso eu sei, mas foi preciso. - E eu não vou desistir até que você seja meu.
Sussurrei mais proxima ainda, em um ato rapido Justin agarrou minha cintura, colando nossos corpos, minhas mãos foram até seu pescoço trazendo-o mais perto do meu para colar nossos lábios. Ele nem pediu passagem e foi começando o beijo. Borboletas, borboletas no estomago, porque não me deixam?
Justin levou uma de suas mãos entre meus cabelos, aprofundando o beijo, o deixando intenso e com luxuria.

Estava tão bom para ser verdade, até ouvir passos apressados no corredor, oque fez nos separar brutalmente.
- Isabella, Justin. Vocês estão ferrados. - Selena entrou no quarto com uma cara de panico.
- Oque foi? - perguntei entrando no desespero dela.
- Maria está ai, veio passar as férias.
- Não me diz que...
- Sim, a ruiva azeda veio.
- Ah meu Deus. - me sentei na cama, enterrando o rosto entre as mãos. - Quer saber de uma coisa? Não vou deixar essa garota me atingir. - me levantei e Justin me encarou com um sorriso nos lábios.
- Isso. - Selena sorriu.

Dia seguinte. 2 de Janeiro de 2013, Buguer king.

Me sentei em uma das cadeiras daquelas cadeiras geladas de metais, enquanto Justin caminhou até o caixa para pedir os lanches. Maria e Ashley sentaram-se nas cadeiras a minha frente, e Selena ao meu lado.
Na boa, acho que o tempo nessa cidade é bipolar, ontem um dia aconchegante pra sair, e hoje esse frio do caralho. Desculpa o palavrão. Fitei o tempo lá fora, o vidro estava embaçado por conta dos pingos da chuva, o céu estava nublado e eu podia jurar que aquela chuva nunca iria acabar. Os trovões me causavam arrepios, deixando meu corpo tenso, senti braços me envolver, mas não, não era os de Justin, eram as duas varetas da Selena. Maria encarava algo no celular e digitava frequentemente, Ashley não tirava os olhos de nós, qual o problema dela?

- Está frio hoje. - Maria comentou colocando seu celular sobre a mesa.
Ninguem disse nada.

- Está bem? - Selena sussurrou no meu ouvido. Apenas acenti com a cabeça e respirei fundo, pronta pra puxar assunto.
- Gostei do seu casaco. - disse me referindo á blusa de frio de Maria. - Combina com seus olhos. Ela sorriu passando a mão sobre o tecido azul e grosso.
- É lindo! - comentou sorrindo. - Então, pelo visto você se acostumou com essa cidade.
- Estou me acostumando!
- É muito legal aqui. - rimos.
- Prontinho garotas. - Justin chegou com duas bandejas na mão, e por segundos eu me perguntei como ele conseguiu trazer.
- Uh, tava morrendo de fome! - Selena comentou pegando seu lanche. Maria sorriu e agradeceu baixo, pegou um dos lanches e preparou-se para comer, Ashley oferecida fez o mesmo. Enquanto eu apenas encarava aquele projeto de gorduras.
- Não vai comer? - Justin perguntou me encarando. Foi ai que percebi que ele tinha seu hamburguer na mão, porém estava esperando que eu pegasse o meu.
- Eu... - fiz careta.
- Come por favor. - ele pediu. - Se você não comer, eu não como. - ele colocou seu lanche sobre a mesa e cruzou os braços. Revirei os olhos com aquela cena e peguei meu lanche, dando uma mordida caprichada.
Justin sorriu largo e descruzou os braços, voltando a pegar seus lanche.
- Que cena linda! - todos desviaram seus olhares á Ashley.
- Calaboca Ash. - Maria sussurrou. Ashley sorriu e voltou a comer. Metida, nojenta!

Depois que terminamos de comer, ficamos jogando conversa fora, falando de coisas banais, do tempo, e até de comida falamos. Voltamos para casa e tia Pattie ainda não havia chegado, subi para meu quarto e tomei um banho, só pra relaxar, eu estava me sentindo estranha, e inchada por conta da menstruação  Coloquei um moletome desci. Maria estava na cozinha comendo, e eu me pergunto como, se acabamos de comer. Selena estava assistindo televisão, e ela ria alto ao assistir bob esponja, é uma garota de 17 anos, ou 7?

Me sentei ao seu lado, tentando assistir, mas meu pensamento voltava para a pessoa que estava sentada na poltrona. Ele estava sério, seu corpo estava tenso e eu podia jurar que ele tava com o pensamento longe. Pigarreei duas vezes, fazendo-o me olhar. Fiz um sinal para que nós subíssemos e ele sorriu torto indo na frente. Sorte a minha que Ashley estava no banho, porque assim não preciso ver ela com piadinhas debochadas.

Justin sentou-se na sua cadeira giratória  onde ficava sua escrivaninha. Fechei a porta e tranquei para não ter perigo daquele ser ruivo entrar aqui.
- Porque trancou? - ele sorriu malicioso, sabe aquele sorriso que tira o folego?
- Não é pra isso. Idiota! - ri me jogando na cama dele, fazendo com que seu cheiro subisse com o impacto do meu corpo. - Não aguento mais Ashley!
- Nossa, não tem nem 24horas que ela chegou. - ele riu fraco.
- Foda-se. Eu quero que ela vá embora. - me sentei encarando-o. Ele riu fraco e arrastou a cadeira até perto de mim.
- E como agente fica? - ele pegou minhas mãos.
- Oi? - me fiz de desentendida.
- Como vai ser agora? Eu e você... nós?
- Eu... não... sei. - abaixei o olhar.
- Se arriscaria com a nossa familia, com as pessoas nos julgando o tempo todo, por mim? - a obrigado pela pergunta. - Lutaria por isso?
- Si...sim. - ele sorriu.
- Então fica comigo?! - ele pediu com os olhos brilhantes.
- Nós somos primos Justin. - ele riu.
- Eu não ligo.
- Mas devia. Não acha errado?
- Não, você acha?!
- Do meu ponto de vista não.
- E qual é seu ponto de vista? - ele perguntou brincalhão.
- Que eu estou apaixonada?! - ele sorriu e colou nossos lábios em um beijo rapido.
- Então isso é um sim?
- Um talvez. - sorri vendo sua careta - Você acabou de sair de um relacionamento. Não tem vergonha na cara?
- Não. - rimos.

Nos olhamos.

- Fica comigo. - ele murmurou.
- É arriscado. - murmurei de volta.
- Eu não me importo, contanto que você me ame, eu posso enfrentar o mundo por você, por nós.
- Eu te amo! - sorri levando minhas mãos até sua nuca.
- Eu também amo você. - ele sorriu e selou-me.
- Que bom! - sorri - Porque eu aceito. - ele riu e beijou-me.

Capitulo 19.



Desci as escadas e percebi que ninguem estava na sala, ouvi risadas vindo da cozinha e caminhei até a mesma, Maria e Ashley continuavam lá e Selena estava preparando um lanche. Me aproximei dela pegando um copo de vidro sobre a pia, fui até a geladeira e enchi de aguá gelada. Voltei ao lado de Selena e me apoiei na pia, no mesmo estante Justin entrou na cozinha, seu cabelo estava molhando, porém bagunçado, oque me fez suspirar por dentro, ele vestia uma camiseta de mangas longas preta e uma calça de moletom cinza.

- Hum, parece bom. - Justin parou ao outro lado de Selena.
- Quer? - ela ofereceu virando-se para frente. Ele sorriu travesseiro, oque me fez rir. Selena pegou uma faca e partiu o sanduíche ao meio, entregou uma parte a ele e sorriu. Terminei de beber a minha aguá e enxaguei o copo.
Maria estava comendo uma fatia de bolo de cenoura e Ashley também. Confesso que aquilo parecia tão bom!
- Quando é o show da One Direction? - Maria perguntou quebrando o silêncio.
- É depois de amanhã. - disse abraçando meu corpo.
- Nós vamos né? - ela perguntou animada.
- Tenho que ligar para o Niall.
- Porque? - Ashley perguntou.
- Porque eu não sabia que vocês iriam vir, por isso ele deu três ingressos.
- Ah.

O silêncio voltou, não disse mas isso anda acontecendo muito quando estamos todos juntos. É estranho, é mais estranho como Ashley me olha, eu sinceramente não sei oque fiz para merecer isso!

- Hum, esse bolo tá bom. - Maria cortou mais um pedaço. - Provem, tá uma delicia.
- Eu provei ontem. Tá bom mesmo. - Selena comentou indo até a geladeira.
- Quem fez? - Ashley perguntou.
- Minha mãe. - Justin respondeu dando um passo para ficar mais perto de mim.
- Parece com o que sua mãe fazia Isa. - Maria disse depois de mastigar.
- Ah, eu... não provei ainda. - ri fraco.
- Porque?
- Seilá. Não quero. - ela deu de ombros.
- Claro, gorda desse jeito, não pode ficar comendo. - Ashley disse na maior cara de pau, fazendo todos a olharem perplexos.
- ASHLEY! - Maria gritou largando o pedaço de bolo no prato.
- Oque, eu só to dizendo oque eu acho.
- Ashley cala a porcaria da sua boca, pelo menos uma vez na vida! - Maria disse indignada - Desculpa Isa! - ela me olhou, e eu acho que ainda estava meio abalada. Eu me abalo fácil e me odeio por isso. Sai dali rapidamente em direção as escadas, e pude ouvir a voz rouca do Justin me chamando.

Justin's P.O.V

- Qual o seu problema? - olhei para Ashley.
- Desculpa.
- Não é pra mim que você deve se desculpar, Isabella sobre com disturbios alimentares, você devia se sentir culpada. - corri até Isa que havia saido dali as pressas. - Bella. - a gritei para mas ela não parou.
Subi as escadas e ouvi a porta do seu quarto de batendo, em seguida tentei abrir mesmo sabendo que ela havia trancado, então resolvi bater.
- Bella, abre essa porta.
- Eu quero ficar sozinha Justin. - ela respondeu baixo. - Por favor.
- Eu não vou deixar você sozinha. Abre aqui. - ouvi um estronho, e posso imaginar que ela havia tacado algo na parede. - Bella, abre...
- Não. - ela gritou - Por favor, não quero ser grossa. Por favor. - sua voz saiu chorosa.
- Tudo bem. Eu vou estar aqui fora se você precisar. - ela ficou quieta, em seguida ouvi barulho da tranca, ela abriu apenas um pouco e pude ver seus olhos vermelhos.
- Não faz isso.
- Isso oque? - me aproximei da porta
- Não precisa ficar ai fora. Só me deixa sozinha, por favor. - ela abriu mais um pouco e me abraçou. - Só um pouco.
- Já entendi. - sussurrei. - Vou estar no meu quarto! - ela acentiu e soltou-me. Beijei sua testa e a vi sorrindo fraco.
Não queria deixa-la sozinha. Não mesmo.

Bella's P.O.V

Me joguei sobre a cama e já podia sentir lagrimas sobre meus olhos, eu nunca pensei que me sentiria ofendida em relação a Ashley, achei que ela só queria acabar oque tem entre mim e Justin, não que pretendia me ofender, por mais que seja apenas um comentario sobre meu peso, mesmo besta que seja, eu me incomodo, sofri durante anos com disturbios alimentares. Talvez eu não devesse me importar, mas acontece que eu já não estava me sentindo bem em relação á meu peso, bastava alguém fazer um comentario desses, por mais baixo que seja a moral dela, eu sou fraca.
Me levantei em direção ao grande espelho que havia no meu quarto, minha cara estava vermelha sem mesmo ter chorado muito, meu rosto estava inxado, e minhas bochechas avermelhadas.

Porque eu me olho no espelho e vejo a Isabella da época do ensino fundamental?
A garotinha gorda, que zombavam do seu tamanho na escola, onde todos podiam fazer comentarios ofensivos, sem piedade. A garota sem cor, sem vida... eu.

Tirei minha blusa e joguei em cima da cama, eu estava tão ...gorda. Eu pelo menos me sentia, eu não conseguia me sentir bem comigo mesma, com minha aparência, e com meu corpo, eu não me dou bem com o espelho, minha auto-estima não é uma das melhores e eu as vezes choro por isso. Eu só não consigo enxergar a Isabella linda e perfeito como todos falam, eu sinceramente não consigo... e talvez Ashley tenha razão, eu sou horrível, sou gorda, enorme.

Deis passos lerdos em direção ao banheiro e fechei a porta, escorreguei meu corpo sobre a mesma sentindo logo o chão gelado, haviam inúmeras lagrimas nos meus olhos e já começava a enxergar tudo embaçado.
Flashback de tudo que eu passei no ensino fundamental vieram em minha mente.

Andei até meu armário  pelos grande corredores daquele colégio que é ao lado do bebedouro da escola. Estava frio, e por isso eu estava usando mais de duas blusas. Abri meu armário e joguei minhas coisas lá dentro, peguei meus livros do primeiro horário e fechei o armário  voltei a caminhar desconfortavelmente até minha sala, eu não gosto de escola, nunca gostei, as pessoas daqui me dão arrepios, elas são cruéis, estão sempre me ofendendo, me humilhando, e eu não me sinto confortável por isso.

- Olha quem chegou. - ouvi a voz irritante de Britty. Levantei meu olhar até seu rosto angelical, porém de angelical, aquela garota não é nada.
- Oque você quer Britty? - perguntei baixo, evitando seu olhar.
- Nada. - ela sorriu sarcástica - Só estava de dando oi.
- Oi. - murmurei.
- Jaqueta legal. Comprou onde? Pera... já sei, naquela loja de tamanhos especias. - ela riu. Enquanto eu apenas soube abaixar meu olhar. - Te vejo na aula gordinha. - ela zombou passando por mim. 

Mas quando imaginei que a onde de ofensas acabaram, senti um peso sobre meu material, em seguida fazendo-o cair.
- Ops, foi sem querer. - Britty disse sorridente e saiu dali rindo. Suspirei fundo e alto, eu não merecia passar por aquilo, não mesmo.

Lembranças como essas estavam me atormentando, eu não queria lembrar, mas é como se elas surgissem na minha cabeça por contra própria. Encarei o armario duas vezes e me levantei toda desengonçada, tirei minha pequena necessaire e voltei a me sentar no chão, limpei as lagrimas do meu rosto e abri o zíper, respirei fundo e procurei por ela, tirei a pequena embalagem que lhe protegia e deixei a necessaire de lado.

Naquele momento senti um aperto no coração, eu sentia falta da minha mãe, do abraço, do cheiro, do carinho dela. Da sua voz doce quando ela se preocupava comigo, de tudo, até dos pequenos detalhes. Mas são os pequenos detalhes, as pequenas coisas que eu não vou esquecer, e são dessas coisas que eu sinto falta.

Eu preciso dela.

Minhas mãos estavam tremulas quando posicionei a lâmina sobre minha pele. Na minha cabeça haviam vozes....faça, será melhor a todos. 
Eu estava atormentada. Eu tremia, soluçava baixo, se eu morresse, quem se importaria?
Precionei mais forte a lâmina sobre meu pulso, em seguida deslizei, fazendo um pequeno corte.

Eu não sei oque houve, mas... foi como se Deus estivesse mandando um sinal que eu não prosseguisse.
Na minha cabeça veio o sorriso do Justin, aquele sorriso sincero, perfeito. Aquele que tira meu folêgo, e a vez em que ele prometeu que sempre estaria comigo, que nunca me deixaria de lado... que ele prometeu me proteger. E tia Pattie, oque ela iria achar de encontrasse a sobrinha morta, com os pulsos cortados no banheiro de casa? Como ela iria se sentir?

Justin, eu não posso quebrar a promessa que fiz a ele. Meu Deus, olha pra mim, sentada no chão do banheiro, com uma lâmina na mão, um pequeno corte que já esta com sangue escorrendo... por causa de uma comentario idiota, de uma garota sem moral? Quem sou eu?

Porque sou assim?

Joguei a lâmina com brutalidade em algum lugar do banheiro, levei minhas duas mãos até meu rosto e chorei. Eu sou uma idiota, egoista. Limpei minhas lagrimas e me levantei, eu precisava dele, precisava dos seus braços, de suas palavras, precisava de carinho.
Abri a porta e sai devagar checando o corredor, olhei em direção a seu quarto e a porta estava entre-aberta. Sai correndo até a mesma entrando e trancando a porta, Justin estava deitado na cama mexendo no celular mas assim que me olhou, soltou o mesmo e tentou levantar seu corpo, ele estava assustado.
Me joguei na cama ao seu lado, e abracei seu corpo aos prantos.

- Me desculpa, por favor me desculpa. - eu supliquei em lagrimas.
- MeuDeus Bella, oque houve? - ele perguntou assustado, me apertando contra seu peitoral.
- Eu sou uma idiota, egoista. Só penso em mim. - soluçei.
- Do que está falando?
- Eu tentei Justin, eu tentei denovo. Por favor, não me julga, só me abraça... só disso que eu preciso. - fechei os olhos, apertando seu corpo. Mais um pouco e eu iria sufoca-lo.

Ele segurou meu braço e deslizou até meu pulso, onde o pequeno corte ainda sangrava.

- Eu não acredito Bella.
- Por favor, não me julgue. Eu só preciso que você me abrace agora. - pedi levantando meu olhar até ele.
- Tudo bem. - ele sussurrou.

Solucei alto mais uma vez, enquanto Justin afagava meu cabelo, me fazendo carinho.

- Você tem que limpar isso. - ele disse baixo, em seguida seu corpo saiu de meus braços e caminhou até o banheiro, ele voltou com um algodão na mão e sentou na cama. Puxou-me para perto, fazendo-me sentar em seu colo, mas era algo sem malicia sabe, ele só estava cuidando de mim.
Ele pegou meu pulso delicadamente e passou o algodão, que estava umido, não molhado, só umido. Ele não dizia nada, e eu já havia parado de chorar, estava apenas observando-o.

- Me desculpa. - murmurei. Ele terminou de limpar e jogou o algodão em cima do criado-mudo.
- Porque não me chamou? - ele me olhou sério.
- Eu não te chamei. Eu vim direto pra cá.
- E porque não terminou, já começou?
- Não fica bravo. - suspirei - Quando eu estava lá no banheiro, com a lâmina na mão... quando eu fiz esse pequeno corte, me veio na cabeça você sorrindo. - ele franziu o cenho, e não sabia se liberava um sorriso - Eu não consegui terminar depois que pensei em você.

Ele sorriu fraco e me deu um longo selinho.

- Não faça denovo, tá? - ele pediu com nossas testas coladas. Acenti dando-lhe um selinho nos lábios.
Ele sorriu e me beijou.

Capitulo 20.

- Mãe, é rapidinho. - Justin disse ao beijar sua bochecha.
- Mas porque não vão todos? - Tia Pattie perguntou desconfiada.
- Elas estão cansadas. - respondi. - E afinal, não passo muito tempo com meu primo.
- Vocês estão juntos 24horas por dia. - nos entreolhamos e rimos. - Não demorem.
- Obrigado tia. - beijei sua bochecha. Justin fez o mesmo e saiu na frente, fechei a porta e sai correndo para alcança-lo, segurei sua mão e ele sorriu.
- Nós vamos de carro. - ele abriu a porta pra mim de sua Rang Rover e fez sinal para que eu entrasse, sorri agradecida e entrei, em seguida ele deu a volta e entrou, já dando partida no carro.
- Onde vamos? - perguntei colocando os cintos.
- Segredo! - ele riu. - Na verdade, é surpresa.

Liguei o rádio e passava a música nova da Cher Lloyd, cantarolei alto e Justin riu, mas acabou cantarolando junto comigo. Era engraçado, enquanto eu estralava o dedo e fazia movimentos leves com a cabeça, Justin fazia variadas poses engraçadas, que me fazia rir.
Laughing so damn hard, crashed your dad's new car, all the scars we share. I promise, I swear... - cantarolei
Wherever you go, just always remember. That you got a home for now and forever, and if you get low, just call me wherever. This is my oath to you... - Justin cantou junto comigo, me fazendo liberar um sorriso grande. Ele parou o carro do nada, depois de subir morros e mais morros, oque me fez assustar levemente, olhei para os lado e não reconheci aquele lugar.
- Onde estamos? - o olhei.
- Vem. - ele desceu do carro e abriu a porta pra mim, com aquele sorriso no canto dos lábios, segurou minha mão e sorriu.
- Onde vamos? - ele riu.
- Você fala demais. - selou-me.

20h23. Observatório Grifftih.

- Ah meu Deus Justin. A vista aqui é linda. - disse admirada com aquela visão que eu tinha do Griffith.
- Lindo né? - ele parou ao meu lado e segurou minha mão.
- Porque me trouxe aqui? - me aproximei.
- Porque queria ficar sozinho com você, e não estamos tendo muita privacidade nos ultimos dias. - suas mãos passearam sobre minha pele gelada, até subir em meu ombro, e se apoiar ali.

Ficamos em silêncio, apenas ouvindo o vento, que batia sobre meus cabelos e os fazia voar, aquilo me causava arrepios, pois o vento estava gelado, porém foram cessados pelos braços de Justin me abraçando.

Ele estava inquieto, isso qualquer um perceberia. Então ele segurou levemente eu meus ombros e me virou de frente pra si, encostando meu corpo sobre as pilastras, e me abraçou, envolvi minhas mãos em volta de seu pescoço, e conseguia sentir suas duas mãos esparramadas sobre minhas costas.

Ele se afastou e olhou-me nos olhos.
- Isso é muito errado. - ri leve
- Oque?
- Agente. - respondi encarando seus par de olhos castanhos claros. Ele riu e beijou rapidamente meus lábios.
- Nada é errado quando se tem amor. - ele sussurrou. - Pelo menos, eu penso assim.
- Você é doido.- ri
- Doidinho por você. - ele sorriu, aquele sorriso que deixa as estrelas sem brilho. E me beijou, seus lábios aveludados encontraram os meus com calma, em um selinho demorado, que por segundos depois virou um beijo da mesma intensidade. Não tinhamos presa, era apenas um beijo de duas pessoas que se amam.

Suas mãos estavam esparramadas sobre minha costa, me apoiando e juntando-me mais para perto dele. Puxei mais seu rosto para mim, intensificando o beijo. Ele mordiscou meu lábio inferior e sorriu ao partir o beijo.
- Acho que seu beijo é o melhor que eu já provei. - ele sorriu.
- Ah, não exagera vai. - ele riu.
- É sério, acho que nunca, ninguem me beijou com tanto carinho. - ele disse olhando fixamente para mim, oque me deixava um pouco sem graça.
- Eu digo o mesmo... eu acho. - ri leve.
- Niall te beijava assim?
- Não vamos falar do passado tá? - ele acentiu. E eu não resisti em beija-lo novamente.
Parei o beijo com três selinhos, em um ato rapido ele me puxou pela mão e me segurou pela cintura,andando comigo pelo local.
Eu ainda estava meio estranha por estarmos juntos, as pessoas nos olham como se soubessem que somos primos, entende? É estranho.

Ele parou do nada e se agachou, em seguida senti meu corpo ser levantando e colocado em seu ombro.
- Justin, me coloca no chão. - gritei rindo. Tentei olhar ao nosso redor e algumas pessoas já estavam nos olhando. Ele começou a correr e o que me fez rir muito, mas já estava sem ar, então comecei a dar leves socos em suas costasm, ambos estavam sem ar de tanto rir. Ele me colocou no chão, e eu aproveitei para dar uns bons tapas no seu braço.
- Porque fez isso? - perguntei me recuperando.
- Eu só queria ver você sorrindo. - ele sorriu e se aproximou selando nossos labios.
- Seu idiota. - ri
- Me ame menos.
- Idiota e iludido. - ele riu.
- Eu sei que você me ama.
- Ainda bem que sabe, porque assim não preciso ficar repetindo pra ver você se achando. - rimos.
- Tá vendo. Não sou iludido. - ele me beijou, mas parei o beijo assustada.

Sabe aquela sensação de que você está sendo observada? Então.
- Oque foi? - Justin perguntou confuso. Olhei para os lados, mas todos pareciam distraidos.
- Nada. Eu só estou paranoica. - sorri fraco.
- Vem, nosso passeio não terminou. Quer pipoca? - ele apontou para um carrinho de pipoca. Acenti e ele segurou minha mão, me puxando até lá, enquanto eu olhava ao nosso redor, eu não estava me sentindo bem, pelo menos meus eu não estava com pressentimento muito bom.
- Pipoca doce ou salgada? - sua voz rouca me tirou do meu transe.
- Ah, doce. - sorri. Justin fez nossos pedidos e segundos depois me entregou.

Ficamos em silêncio, comendo as pipocas.
- Hum, Jus...
- Oi?
- Não se sente estranho? - ele me olhou com cara de lerdo, oque me fez rir.
- Estranho como?
- Seilá, eu to me sentindo observada. Algo ruim vai acontecer.
- Credo Bella. - ele segurou minha cintura. - E se acontecer algo, vamos estar juntos.
Apenas sorri fraco.

[...]

Justin desgrudou nossos labios, e eu ainda podia sentir o gosto do caramelo que comemos.
- Você ama meus lábios né? - ele disse todo convencido.
- Eu vou dizer só uma vez. Sim. - rimos e eu selei os mesmos.
- Eu sei. - ele riu - Eu também amo os seus, são tão... - ele me deu um selinho demorado - Macios.
- Justin... Porque você tinha que ser tão apaixonante? Sério, é incrivel o efeito que você causa em mim. - disse sem pensar.
- É? - ele sorriu - Oque eu causo em você? - ele disse roçando o nariz no meu pescoço. Oque me fez fechar os olhos, sentindo um arrepio percorrer meu corpo.
- Viu só? - ele acentiu sorrindo. Seus lábios encostaram na pele fina e quente do meu pescoço, oque me fez arrepiar novamente, minhas mãos foram até seus cabelos e eu os puxei de leve, liberando um sorriso.
- Não duvido que se estivéssemos sozinhos aqui, você iria me tarar.

Ele riu.
- Desse jeito você me ofende, eu sou um santo. - foi minha vez de rir.
- Justin, só olhando pra você... pra essa sua carinha bonita, percebe-se que você é safado.
- Talvez eu seja mesmo... - ele mordeu os lábios e escorregou suas mãos lentamentes sobre minha cintura, até meu quadril, mas quando ia chegando lá, no meu bumbum, eu o repreendi.
- Epa danadinho, hoje não. - ele riu me abraçando. Segurei seu rosto e selei lentamente nossos lábios. - Quem sabe um dia.

Pisquei pra ele e sai de seus braços.
Foi quando meu olhar avistou ela, de longe. Talvez seja miragem, mas eu acredito, eu tenho a certeza que vi Ashley, com uma câmera na mão. Droga, fodeu.
- Justin, Justin... ali é a ...
- Ashley. - ele completou tão apavorado quando eu. Assim que Ashley percebeu que nos a vimos, ela saiu correndo, não pensei duas vezes em fazer o mesmo. Ouvia passos atrás de mim, e olhei rapidamente vendo Justin.
- Vadia! - disse quando a vi entrar em um carro.
- Ela tava com uma câmera. - ele disse passando a mão no cabelo.
- Será que ela vai fazer oque eu to pensando?
- Droga. Vamos... - ele segurou minha mão e corremos até o carro.

Estava um silêncio horrivel naquele carro, meu coração de apertava cada vez mais que ficassemos proximos de casa, até ele acelerar totalmente ao parar em frente ao nosso portão. Suspirei alto, deixando meu nervosismo aparente.

Sabe aquele desespero de todo aquele sentimento bom virar uma dor terrivel? Minha felicidade estava em um precipício, sendo ameaçado a cair, a ser derrubado. Eu sentia, era facil perceber que talvez tudo aquilo se transformasse em dor, e a utima coisa que eu queria, era isso.Eu cansei de sofrer.
Cansei das pessoas destruindo meu coração.
Cansei, e se for preciso lutar por esse amor, eu vou.
Justin me olhou fundo, como se lê-se meus pensamentos.

- Se algo der errado, eu ... - ele me calou com um selinho rapido.
- Não pensa assim. E se... bem e se der errado, vamos estar juntos. - ele acariciou meu rosto.
- Eu não quero te perder.
- E não vai.
- Se sua mãe nos afastar?
- Até parece que não conhece a dona Pattie, o coração mais mole que eu já vi.-ele riu sem humor.
Ri fraco olhando para baixo.
- Vai dar tudo certo.
- Eu espero.
- Não, você acredita. - ele sorriu.
- Eu te amo. - murmurei. Minha voz estava chorosa, denunciando que eu queria chorar.
- E não chora, vem aqui... Eu te amo, e vamos estar juntos nessa. - ele beijou minha testa.

Descemos do carro e já sentia meus olhos lacrimejando, não sabiamos oque estava acontecendo lá dentro. Talvez ela nem tenha feito nada, ou só estava querendo nos assustar, mas ela vai ter a dela... oh se vai.
Justin me deu um ultimo selinho, antes de caminhar na frente.

Meu coração estava a mil, é como se eu estivesse prevendo toda a situação, eu podia sentir que as coisas não iriam dar certo, só queria ter me preparado para esse dia, e não achei que fosse hoje. Não mesmo.
Eu me apaixonei pelo meu primo, e agora tenho que pagar as conseqüências.

Justin P.O.V


Eu não estava acreditando que tudo aquilo, todo aquele envolvimento poderia acabar a qualquer momento. Oque seria daqui pra frente se Ashley nos entrega-se para minha mãe? Além do fato dela se magoar comigo e com Bella, vamos ter que aguentar a familia toda, e se tudo isso der certo, eu não quero ver, eu poderei ver a cara daquele ruiva azeda.
Eu estava sem chão, nem aconteceu nada ainda e eu já me sentia assim, eu só quero que tudo passe rapido.
Só isso.
As conseqüências de ter o coração roubado por sua prima, são essas.
Mas eu não me arrependo, eu disse, eu enfrento o mundo por ela, por nós. Enfrento todos só para tê-la ao meu lado, vê-la todos os dias, beija-la, senti-la perto de mim.
Eu só queria que as pessoas aceitassem nosso amor, não julgasse.
Eu só quero ser feliz ao lado dela. Apenas isso, sera que é pedir demais?


Capitulo 21.
Bella P.O.V

Meu corpo estava exalando medo, nervosismo  tudo de ruim possível que você imaginar. Sentia minhas mãos suarem como se estivesse um calor de quarenta graus, minhas pernas estavam fracas, que por um descuido eu poderia cair. Meu coração batia em ritmo acelerado, que era possível escuta-lo ao se aproximar de mim, eu estava com medo, e basta um olhar para perceber isso.

- Relaxa. - foi a unica coisa que Justin conseguiu dizer ao nos aproximar da porta. Ele me lançou aquele olhar, tentando dizer que tudo ficara bem, mas foi em vão, porque nem ele mesmo sabia oque iria acontecer assim que colocarmos os pés em casa. Ele me deu um pequeno selinho rápido, estava escuro na porta e acho que ninguém nos veria, o selinho se tornou um beijo, um pequeno beijo, que por arriscado, poderia ser o ultimo. Ele me beijava, enquanto sua mão estava parada na minha bochecha, acariciando com o polegar.
Carinhosamente ele terminou o beijo e me deu um selinho molhado

Justin respirou fundo e rodou a maçaneta da porta, respirei fundo e forcei os olhos, ele entrou primeiro e em seguida entrei, como se nada estivesse acontecendo. Maria estava na sala, junto com tia Pattie, que prestavam atenção em algo na tv. Ashley desceu as escadas e lançou aquele sorriso sarcástico  e se não fosse meu subconsciente falando mais alto, já teria voado em seu pescoço.

- Oi mãe. - Justin gritou.
- Olá meu filho. - ela disse sem tirar os olhos da televisão. - Oi Bella.
- Oi tia. - sorri fraco. Ashley tentou passar para a sala, mas Justin em um ato discreto e rápido a puxou novamente de volta para a escada. Aproveitei que Pattie e Maria estavam distraídas e corri para junto deles nas escadas, Justin a puxou pelo braço, levando-a para seu quarto, assim que passou a jogou na cama, e eu tranquei a porta.
- Nossa Jus, não sabia desse seu lado bad boy. - ela levou suas mãos até seu braço, onde estava ficando vermelho.
- Calaboca. - ele gritou fazendo ela se assustar, e confesso que até eu me assustei. - Você não cansa né? - ele parou na sua frente.
- Do que você tá falando? - ela se fez de desentendida.
- Onde tá as fotos? - perguntei firme. Ela me ignorou e voltou a olhar para Justin.
- Vocês estão morrendo de medo de ser pegos né, que peninha. - ela riu sinica.
- Responde ela. - Justin disse sério.
- Imagina como a mamãe vai ficar Jus, como ela vai ficar triste. - ela dizia tudo sarcasticamente.
- Fala onde tá as fotos. - me aproximei.
- Desculpa, mas eu não vou falar. - ela riu - Eu disse pra você ficar longe dele.
- Acontece que você não manda em mim, a vida é minha não é? Eu fico com quem eu quiser, namoro, faço sexo com quem eu quiser. - ela arregalou os olhos, e Justin também. Qual é ? Eu também tenho esse meu lado.
- Oh, você já liberou pra ele? - ela perguntou pasma.
- É da sua conta? - ela riu. - Quer saber? Eu cansei, cansei de ser a boazinha com todo mundo, a certinha.... minha vida nunca foi certa, então não preciso ser perfeita.
- Ótimo, vamos ver como você se vira nessa vida sozinha. - ela tentou se levantar, mas Justin a segurou.
- Oque vai fazer? - ele perguntou.
- Vou mostrar as fotos pra sua mamãe.
- Você nã...
- Acredite, eu sou capaz. - ela me encarou com os olhos de fúria.
- Ela não vai acreditar. - minha voz saiu tremula, ela riu.
- Ah, sério, para com isso. - ela riu mais. - Agora se me dão licença. - ela puxou seu braço violentamente - Vou separar as melhores fotos.

Então ninguém obteve reação, ela apenas ajeitou suas madeixas vermelhas e saiu do quarto rebolando. Escrota, ridícula, idiota, filha da puta.

Argh!

- Essa garota vai acabar com minha vida. - me sentei enterrando o rosto entre as mãos. Justin sentou do meu lado e ficou me olhando.
- Cadê a Selena? - ele perguntou estranhando.
- Deve tá dormindo. Ela parecia cansada e gripada.
- Oque vamos fazer?
- Não sei, mas se tudo der certo.... nós... ah esquece. - ri comigo mesma.
- Oque? - ele riu.
- Nada Justin, eu nem devia falar isso em uma horas dessas. - ri.
- Ah, fala vai. Precisamos descontrair mesmo, porque você sabe... talvez nada dê certo. - ele disse em um tom triste.
- Se tudo der certo, nós vamos passar a noite toda transando em qualquer motel de Los Angeles. - disse tão naturalmente, tão espontânea, sem medo que até eu mesmo me surpreendi. Eu não estava com vergonha, isso é incrível.

Justin soltou uma gargalhada tão alta e gostosa que foi impossivel não rir.

- Cadê a Isabella santinha? - ele perguntou recuperando o folego.
- Aquela, morreu. - ri fraco.
- Huumm, gostei disso. - ele mordeu minha orelha, droga, não faz isso. - E porque em um motel, se agente pode fazer isso aqui mesmo?! - seus lábios quentes encostaram no meu pescoço, fazendo-me arrepiar por inteira.
- Na casa da sua mãe não. - o afastei, antes que meu corpo falasse mais alto, e voasse em cima dele.
- Agora eu quero que tudo dê certo. - sua voz vacilou, e eu não segurei meu riso.

Aproveitei que a porta estava fechada e decidi provoca-lo. Levei minha mão até sua nunca e encostei meus lábios em seu pescoço, onde exalava seu cheiro, o que o deixava tão mordivel, e seduzente. Levantei-me até parar na sua frente e me sentei em seu colo, agarrando seu pescoço para juntar nossos lábios, suas mãos desesperadas encontraram minha cintura, apertando-a e juntando mais a si. Explorei cada canto, cada lugar de sua boca, sem desgruda-las, puxei seu cabelo, em um ato rapido ele apertou minha cintura, fazendo com que minha intimidade se chocasse com a sua, oque me fez arfar.

- Eca, vão pra um motel. - ouvi a voz sonolenta de Selena entrando no quarto, em seguida o barulho da porta se fechando.

Tá, agora eu estava envergonhada.

Me separei bruscamente de Justin e me sentei ao seu lado, ajeitando minha blusa, que estava um pouco para cima. Passei meu dedo indicador sobre o canto dos lábios, onde eu podia jurar que havia baba pra todo lado. Selena riu daquela cena, oque me fez levar minhas mãos até seu braço, em um tapa dolorido.

- Ai vadia. - ela resmungou, foi só ai que percebi que ela havia acabado de acordar.
- Vou no banheiro. - Justin levantou-se indo em direção ao banheiro, oque me fez segurar o riso.
- Ele vai se aliviar. Tenho certeza... - ela riu assim que escutamos o barulho do chuveiro.
- Meu Deus. - disse envergonhada.
- Se eu não tivesse chegado, você já tinha liberado a xeca. - a olhei e não contive a risada.
- Você não presta. - recuperei meu folego.
- Só porque eu já liberei? - ela riu
- Como foi?
- Foi legal oras. Melhor coisa do mundo.
- Oque?
- Sexo garota, sexo. - ela riu.

Ficamos em silêncio.

- Sel...
- Oi?
- Ashley vai contar.
- Oque? - ela se assuntou.
- Eu disse que ela vai contar tudo, vai falar tudo pra Pattie.
- Como? Sua tia não vai acreditar.
- Ela tem provas. - minha voz saiu falha. Ela estava tão pasma, quanto eu fiquei.
- MeuDeus Isa, e agora? - suspirei alto.
- Eu não sei.
- Agente vai dar um jeito. - ela me abraçou de lado.

No mesmo instante Justin saiu enrolado na toalha, mas pera ele mal tomou banho. Vai ver ele só se aliviou.
- Se alivia rápido eim. - Selena brincou, fazendo ele ficar vermelho. Não contive minha risada, como Selena.
- Então meninas. Será que podem sair?! - ele disse sem nos olhar. Selena se levantou rindo e eu fiquei para trás. Me virei para ele, antes de sair.
- Barriguinha sexy. - pisquei pra ele antes de sair, e pude ouvir seu riso gostoso.

Para, eu to mesmo desejando meu primo? Tipo, o corpo dele é tão... perfeito. Aquele jeito sexy em que ele mexe no cabelo, seu sorriso, para... ele é tipo, não acredito que vou dizer isso, mas meu primo é gostoso. Sim, muito, e eu sei que você concorda.

Vi o vulto de Ashley descer as escadas e me segurei para não descer e acabar com a cara dela, mas as coisas iriam piorar se eu me descontrola-se. Ela tinha seu sorriso nos lábios, e eu sei que a hora estava chegando. Entrei no quarto e Selena já estava deitada na cama, dormindo, ou talvez de olhos fechados. Entrei no banheiro e decidi tomar um banho, seria uma noite longa.

Sai do banho e vesti meu pijama, me joguei na cama ao lado de Selena. Liguei a tv tentando me distrair mas tava difícil  Eu poderia me xingar por estar gostando dele, por estar apaixonada, mas para que se aconteceu? Agora é tarde, e eu ja me entreguei demais.
A porta se abriu aos poucos e eu até me assustei, mas era Justin. Ele fechou a mesma e caminhou até a cama.
- Maria e Ash, estão brigando. - ele sentou ao meu lado.
- Como sabe?
- Eu vi elas discutindo no quarto de hospedes.
- Nossa.
- Acho que Maria não quer que ela conte. Ela está do nosso lado.

Ficamos em silêncio por conta da gritaria que estava vindo do quarto ao lado.

- Escuta. - ele disse.
- Você não vai fazer isso. - ouvi Maria gritar.
- Foda-se, eu vou. - ouvimos a porta se abrindo, então Justin levantou-se correndo assim como eu, ele abriu a porta e Maria tentava segurar Ashley, mas Maria era muita fraca e não conseguiu.
- Para. - ela gritou e Ashley parou por instantes. - Se você fizer isso... - ela disse com a voz tremula. - Nunca mais, nunca mais mesmo.... olhe na minha cara.

Ashley vacilou seu olhar entre nós e Maria.

- Ótimo  Pego o primeiro voo de volta pra casa. - ela desceu correndo as escadas, mas eu tentei ser mais rapida, puxando seu braço para trás.
- Oque tá acontecendo aqui? - ouvi a voz doce, a voz que me fez gelar. Tia Pattie estava parada na porta da cozinha, ouvi passos rápidos descendo as escadas e seu perfume invadiu a sala rapidamente. Justin parou ao meu lado. - Que gritaria é essa? Falem...
- Dona Pattie... - Ashley começou a falar, fazendo meu coração acelerar, o ar não queria passar sobre meus pulmões, e eu já me sentia tonta. Ashley ajeitou-se, arrumando seu cabelo para trás, e caminhou lentamente até Pattie. - Como é ser enganada na sua própria casa?
Olhei rapidamente para Justin, e ele estava tão tenso quanto eu. Seu olhar era fundo e eu podia jurar que ele também queria chorar. Sua mandíbula estava tensa e eu podia sentir sua fúria, exalando até mim.
- Hã? Do que está falando querida? - tia Pattie estava confusa.
- Como te dizer isso... - ele parou pra pensar. - Justin e Isabella tem um caso, você sabia? - ela disse na maior cara de pau.
Gelei. E por um vacilo eu cairia.
- Oque? Não... - Pattie não acreditava.
- Ah é... olhe. - ela tirou duas fotos do bolso, e eu já podia sentir lagrimas sobre meus olhos.
Ela pegou as duas fotos e examinou as duas. Seu olhar era sério, porem incrédulo. Ela não queria acreditar, então levantou seu olhar até nós, entre olhou nos dois e a foto.
- Jus...tin. - sua voz saiu chorosa e ali eu me senti a pior pessoa do mundo.








Capitulo 22.

Sentia que meu mundo poderia acabar a qualquer momento, apenas algumas palavras e tudo acabaria.

- Podem me explicar? - tia Pattie estava se alterando.
- Mãe calma...- Justin tentou dizer.
- Não me pede calma. - ela gritou. - Nos dão licença meninas?

Ashley saiu rebolando com seu melhor sorriso, e se eu não estivesse tão mal, tão a ponto de desabar, voaria no pescoço dela. Maria já estava chorando e nos lançou aquele olhar de piedade, oque me fez sentir-se pior. Pattie caminhou até a sala e mandou agente sentar no sofá.

- Podem começar a falar. - ela disse alto. - Aliás, não precisa. Quanto tempo estão namorando?
- Não estamos namorando. - falei baixo.
- Ah, já sei. Estão ficando?
- Mãe, ninguem manda no coração.
- Mas vocês são primos! - ela gritou. - O mesmo sangue que corre nas suas veias... - ela apontou pra mim - Corre nas suas também Justin!
- Mas mãe...
- Eu não acredito. Eu não quero acreditar. Já imaginaram oque nossa familia vai achar disso, o preconceito que vocês vão sofrer? Droga. - ela estava chorando.
- Tia... - tentei dizer.
- Você vai morar com a sua vó. - ela me olhou, e no mesmo instante eu fiquei estatica. E agora?
- Oque? Não... você não pode. - gritei chorando.
- Pois eu posso e eu vou.
- Mãe, você não pode fazer isso. Está agindo de cabeça quente.
- Eu não vou embora daqui, não vou. - gritei chorando indo em direção as escadas. Abri a porta do meu quarto e corri para o banheiro, só queria ficar sozinha. Eu estava sem chão, ela não pode me mandar de volta pro Canadá, pode? Eu não quero, eu já tenho minha vida aqui e não vou abrir mão. Abafei meus soluços com as mãos e encarei o armario, sabendo oque viria pela frente.

Justin P.O.V

Eu não acredito que minha mãe estava agindo daquela maneira, ela sempre pensa antes de fazer as coisas, mas definitivamente ela não estava pensando, está agindo por impulso. Bella não vai embora daqui, se depender de mim, ela não vai.

- Mãe, por favor. Me desculpa, eu sei que é errado, fui eu... fui eu que insisti. - segurei suas mãos que estavam em seu rosto.
- Vocês não deviam...
- Mas mãe, você já se apaixonou um dia? - ela acentiu - Você sabe como é, sabe que é incontrolável  que agente não manda....E eu, eu insisti por isso, Bella não tem culpa de nada. Por favor não mande ela embora.
- Eu já decidi. Ela vai amanhã.
- NÃO! - gritei me soltando dela. - Você não vai fazer isso, não vai nos separar... - sentia que choraria a qualquer instante.
- Justin, para... para com isso. Esquece isso, vocês são primos, não á chances de terem nada.
- Tem sim. A senhora que está sendo egoista.
- Só estou pensando no melhor pra vocês.
- Você não sabe de nada, não nos conhece. Eu amo ela.
- VOCÊS SÃO PRIMOS... DROGA! - ela gritou.
- JÁ DISSE QUE EU NÃO MANDO NA PORRA DO MEU CORAÇÃO. - gritei e sai dali, antes que eu  fizesse denovo, acho que nunca tinhamos brigado assim.

Subi correndo até o quarto de Bella e a unica coisa que encontrei foi Selena dormindo, mas assim que entrei ela acordou assustada.
- Cadê a Bella? - perguntei afobado.
- Não sei, eu tava... - não deixei que ela terminasse.
- Droga! - corri até a porta do banheiro, batendo na mesma.
- Oque aconteceu? - Selena parou do meu lado, assustada.
- Minha mãe descobriu.... e agora acho que Bella está aqui.

Ela abriu a boca, assustada, em um ato de desespero.

- Isabella, abre essa porta. - ela bateu na porta desesperada, tanto ela quanto eu sabiamos oque estava acontecendo.
- Bella. - bati na porta e não obtive resposta.
- Justin... - Selena gritou apavorada apontando para baixo, oque fez meu coração gelar.
- Não me diz que isso é...
- Sangue! - ela completou já chorando.
- Droga Isabella, droga. - passei a mão nos cabelos, eu estava tão desesperado quanto Selena. - Tomara que ela não está encostada na porta.
Dei um impulso com a perna, chutando a porta, em segundos ela se abriu. Entrei rapidamente encontrando Bella deitada no chão, seus dois pulsos estavam cortados e eu me desesperei mais pela quantidade de sangue, ela estava desacordada, e isso fez com que Selena começasse a chorar alto.
- Ah meu Deus. - ela estava soluçando.
- Eu, eu preciso de toalhas. - disse com a voz falha. Selena correu até o quarto e me trouxe toalhas brancas, ignorei o fato de serem brancas e pressionei sobre os dois cortes. Eu tentava me manter calmo.
- Pega a chave do meu carro. - gritei enquanto pegava Bella no colo, ela não é pesada e isso facilita.

Sai do banheiro com cuidado pra não bater a cabeça dela em algum lugar.

- Oque tá acontecendo? - minha mãe entrou no quarto. - Oque ela tem? Ai meu Deus. - ela se desesperou.
- Vou leva-la ao hospital. - sai as pressas e Selena veio atrás de mim, ela entrou no banco do passageiro e coloquei Bella atras com ela. Dei partido no carro e sai cantando pneu.
Tentava me lembrar do hospital mais próximo que tinha, então virei a esquina e parei o carro.
Desci do carro e peguei Bella novamente no colo, enquanto Selena correu pra chamar um médico.
Então eles vieram correndo e eu coloquei Bella em uma maca, mas eles não deixaram eu passar.
- Droga. - resmunguei me sentando em uma das poltronas.

Selena estava aos prantos e sentou-se ao meu lado, engoli o choro entalado na minha garganta e abracei Selena de lado, as vezes um abraço é tudo oque precisamos.
- Ela vai ficar bem. - murmurei.
- Talvez se eu estivesse acordada, não estaríamos aqui agora.
- Não, não foi culpa sua. - tentei acalma-la.
No mesmo instante minha mãe, junto com Maria e Ashley entraram no hospital. Se eu não estivesse tão mal, provavelmente pularia no pescoço daquela vadia, porque culpa dela, estamos aqui.
- Oque aconteceu? - minha mãe tinha lagrimas nos olhos.
- Ela desmaiou.
- Porque?
- Ela se auto-mutila. - Selena respondeu se separando de mim.
- Como assim?
- Ela se corta, desde os 14 anos de idade. - respondi.
- E dessa vez foi a pior, ela nunca se cortou daquele jeito... - Selena soluçou.
- Ah meu Deus.
- Problemática. - Ashley sussurrou, e eu me segurei pra não bater nela, mas apenas disse:
- Oque você tá fazendo aqui? - ela ficou quieta. - Conseguiu oque queria, já pode embora. - fui seco.
- Porque ela faz isso? - minha mãe sentou-se ao meu lado.
- Quando ela era mais nova, sofria com disturbios alimentares...
- E bullying. - Selena completou.
- Ela já não fazia isso a meses. - deixei que uma lagrima escapasse, mas rapidamente a sequei. - Eu prometi a ela que sempre estaria ao seu lado, para faze-la sorrir, e ela prometeu pra mim que nunca mais faria isso... E isso foi quando agente ainda não estava envolvido. - olhei pra minha mãe que abaixou o olhar. - Eu tratava ela como minha irmã, do jeito que você pediu, mas agente ficou proximo demais, e eu me apaixonei. Não tenho culpa mãe, não mesmo.
Solucei
- Eu só quero que ela fique bem. - disse mais pra mim mesmo, minha mãe rapidamente me abraçou e eu não segurei minhas lagrimas.

40 Minutos depois.

Eu já estava exausto de ficar ali esperando por noticias, eu queria ver a minha Bella, só isso.
O médico surgiu do nada e perguntou por nós.
- São os parentes de Isabella?
- Sim. - me aproximei dele - Como ela tá?
- Ela perdeu muito sangue, e vai precisar de doação.
- O Justin. - minha mãe disse - Eles tem o mesmo sangue.
- Certeza?
- Sim, eu lembro. - ela disse.
- Então venha comigo garoto. - ele saiu caminhando pelos corredores enquanto eu apenas o seguia. - Sente-se ali...
Sentei-me naquela poltrona desconfortavel, e uma enfermeira apareceu, ela me enfiou aquelas agulhas, e tals. Odeio agulhas, mas é pra minha Bella.
Depois de um bom tempo ali, eu já estava me sentindo tonto, mas isso é normal quando está perdendo sangue.
A enfermeira me tirou aquelas agulhas e disse que eu já podia ir.
- Eu posso vê-la?
- Depois que ela receber o sangue, sim. - ela sorriu saindo dali.
Fiquei mais um pouco sentado, até que a tontura passasse.
- Bieber? - o médico aparecer, me fazendo assustar.
- Sim, eu?
- Está fraco, devia comer algo. - filho da puta, veio aqui só pra falar isso?
- Ah sim. - sorri me levantando dali, tentando manter meu equilibrio.
- Ah, quer ver Isabella?

Parei de respirar, não brincadeira.

- Mas é claro. - sorri largo.
- Devia comer primeiro.
- To sem fome. - ele riu e caminhou até outro corredor e me deixou em frente a uma porta, onde tinha o numero 345.
- 30 minutos no maximo. - ele saiu e eu fui logo abrindo a porta.

Bella estava deitada e ainda recebia sangue, achei que ela estivesse dormindo, mas assim que fechei a porta, ela abriu os olhos e me encarou, sabendo que eu brigaria com ela. Mas não agora, só depois. rs.
Caminhei lentamente até a cama, e parei ao seu lado, segurando sua mão livre.
- Me desculpa. - ela murmurou com a voz falhada.
- Você sabe oque eu acho. - ela abaixou a cabeça - Mas não vou brigar com você... pelo menos não agora. - ela riu fraco.
- Sua mãe me odeia.
- Não é verdade. - beijei sua mãe - Ela está preocupada. E você matou agente do coração...
- Me desculpa denovo. - ela sorriu torto. - Eu só não queria ter que ir em...
- Não vamos pensar nisso agora. - beijei seus lábios.
- Eu ...
- Você está fraca, pense nisso depois.
- Mas eu...
- Bella, descanse, agente encontra um meio.
- Meu eu to..
- Por favor.... Você pre...
- Porra deixa eu falar? - ela quase gritou, oque me fez rir.
- Desculpa.
- Eu ia dizer que te amo, mas você não cala a boca. - ela disse baixo, por sua voz estar falhando, oque me fez esboçar um sorriso.
- Pode dizer.

Ela sorriu.

- Eu te amo, e obrigado por tudo, por me aturar mesmo eu sendo teimosa! - ri leve.
- Não acho que precisa agradecer, eu te aturo porque eu te amo. E eu sempre estarei aqui pra você.

Ela sorriu e foi inevitável não beijar seus lábios.


Capitulo 23.
Bella P.O.V
Dois dias depois. 12h13

Eu já estava me sentindo bem melhor, estava mais forte, mais relaxada, tirando o fato que ainda não havia conversado com tia Pattie. Ela me visitou todos os dias que estive aqui, porém não tocamos naquele assunto. Hoje eu recebi alta, e só estou esperando Justin chegar com as minhas coisas para eu poder ir para casa.

- Com linçesa. - bateram na porta, e só percebi quem era pela voz doce.
- Entra Sel. - me sentei na cama para recebe-la com um abraço. Ela sorriu e fechou a porta, se aproximou de mim e me abraçou fortemente.
- Você está bem? - sentou-se ao meu lado.
- Bem melhor. - suspirei.
- Você me assustou, achei que fosse te perder.
- Eu já pedi desculpas... - abracei ela de lado e ficamos em silêncio.
- Você sabe que eu vou embora daqui dois dias né? - sua voz saiu triste.
- Eu não queria que você fosse. - fechei meus olhos segurando as lagrimas.
- Eu prometo que volto quando puder.
- Deixa eu morar com você? - ela se afastou - Não quero morar com a minha vó
- Você não vai morar com sua vó, sua tia vai conversar com você.
- Ah, ela vai pedir que agente se afaste?
- Eu não sei, ela não me disse. - suspirei - Mas olha, pensa assim, você vai entrar na faculdade agora..
- Oque tem?
- Pensa só nisso. Pensa no seu futuro, nos seus sonhos...
- Eu penso neles, mas eu..
- Você ama Justin demais pra não pensar nele. Eu sei. - ela riu.
- E onde estão minhas roupas?
- Com Justin.
- E cadê ele?
- Tá vindo. - ela riu - Calma.

E antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Justin entrou no quarto com aquele sorriso perfeitamente perfeito, o sorriso que me deu forças pra não desistir de tudo. Ele se aproximou da cama e me deu um selinho molhado nos lábios, fazendo-me sorrir.

- Como você está? - ele colocou uma bolsa sobre a cama.
- Bem. - sorri.
- Quer ajuda no banho? - Selena sugeriu.
- Quero... - sorri levantando-me.
- Porque ela fica com a melhor parte? - Justin brincou, fazendo-me rir.
- Idiota, você já sabe oque acontece se as coisas derem certo. - pisquei pra ele.
- Eca. - Selena resmungou entrando no banheiro. Então eu me não aguentaria mais nenhum pouco se não fizesse aquilo, eu precisa. Corri até Justin, levando minhas mãos até sua nuca, para trazer seu rosto mais pra perto, grudei nossos lábios rapidamente e sorri ao ver que ele correspondeu colocando suas mãos sobre minha cintura e colando nossos corpos mais ainda. Minha linguá brincava com a sua, me causando borboletas no estomago ...
- Será que podem ir logo? - Selena gritou da porta do banheiro, oque me fez separar o beijo, rindo.
- Como você é chata. - entrei no banheiro.
- Sou chata nada. - ela riu me ajudando a tirar a roupa, oque me fez rir.
- Eu sei tirar a roupa, tá? - rimos enquanto entrei no banheiro.

Depois de tomar um banho quente, que me fez relaxar, Selena me fez vestir um moletom preto. Amarrei meu cabelo em um coque alto e sai do banheiro, Justin ainda estava sentado sobre a cama e assim que sai do banheiro, ele sorriu.
- Vamos? - ele levantou-se ao meu encontro.

Selena me ajudou a arrumar as coisas e finalmente saímos daquele hospital.
Eu estava aflita, não sei oque vai acontecer quando chegar em casa. Ninguem falava nada e aquilo já estava me deixando agoniada, minhas mãos estavam soando mais que o normal, e meu pé batia frequentemente sobre o chão do carro, fazendo um pequeno barulho irritante.
Justin foi parando o carro de frente a nossa casa, oque fez meu coração acelerar mais ainda.
Desci do carro com a ajuda de Selena, e eu realmente não sei o porque se eu me sinto bem, caminhei devagar até a entrada logo atrás de Justin.
Tia Pattie estava sentada no sofá e assim que percebeu nossa presença se levantou, caminhou até mim e não que eu não esperasse, mas ela me abraçou, abraçou fortemente e sussurrou:

- Me desculpa, eu não imaginava que você era tão fragil. - não evitei em soltar um soluço.
- Sou mais fragil do que você pensa tia, a vida já me mostrou varios lados ruim dela. - ela se afastou olhando-me nos olhos, limpou minhas poucas lagrimas com a palma da mão e disse:
- Você deve estar cansada, durma um pouco.
- Tá, eu vou. - respirei fundo, limpando o pulmão. Ela sorriu fraco e deu-me um beijo na testa, apenas acenti e subi para meu quarto, Selena e Justin estavam atrás de mim e eu já estava ficando irritada com aquela situação. O clima naquela casa ainda estava estranho, apesar de finalmente Ashley ter ido embora, tanto eu quanto qualquer um ali sabiamos que as coisas não estavam resolvidas. Entrei no meu quarto e aqueles dois seres chatos ainda estavam me seguindo. Me joguei na cama e respirei fundo, sentindo o aconchego e o macio do colchão que eu tanto senti falta, nem se compara essa coisa macia com aquela tabuas que eles chamam de cama, naquele hospital.

- Vou deixar você dormir. - Selena colocou sua bolsa sobre a poltrona no canto do quarto e saiu, fechei meus olhos enterrando mais meu corpo sobre os travesseiros, até ouvir passos lentos vindos até a cama, oque me fez levantar a cabeça para ver quem era.
- Você parece cansado. - me virei de barriga pra cima. Justin sorriu fraco e sentou-se ao meu lado.
- Não durmo direito a três dias. - ele foi relaxando aos poucos seu corpo sobre a cama.
- Então durma. - murmurei sentindo meus olhos pesados, e pude ver ele tirando o tênis e virando para mim, até meus olhos pesarem o suficiente.

18h34

Acordei sentindo uma grande sobre sobre meu quadril, pisquei os olhos varias vezes tentando me acostumar com os olhos abertos, tatei o quarto até parar onde vinha a dor, as pernas de Justin estavam por cima de mim, fazendo com que meu quadril latejasse de dor. Me remexi virando-me de frente para ele, fazendo com que suas pernas caissem de cima de mim, ficando normais. Sorri em meio á isso e abracei seu corpo, me enfiando por debaixo de seus braços, delicadamente para não acorda-lo, encaixei meu rosto sobre a curva de seu pescoço e suspirei, sentindo seu perfume mais forte sobre aquela região. Sorri mais uma vez ao sentir que ele havia se abraçado com meu corpo. E ficamos assim, abraçadinhos mesmo ele dormindo, enquanto eu só pensava na vida. Na verdade o quanto seu perfume é bom.

- Seu cabelo tem o melhor cheiro que eu já senti. - sua voz rouca e falhada fez com que eu me afastesse assustada, fazendo ele liberar um sorriso. Dei um pequeno beijinho estalado em seu queixo, fazendo ambos sorrirem, Justin desfez seu sorriso rapidamente, olhando por cima de meus ombros.  Me virei para ver oque ele ele via, e dei de cara com tia Pattie parada na porta, encostada no patente, nos observando. Aquilo me fez gelar, eu estava imóvel  então me afastei do Justin aos poucos, me sentando na cama, encostada sobre a cabeceira.

Tia Pattie balançou a cabeça, como se estivesse se libertando de seus pensamentos. Ela caminhou até a cama, e sentou-se na beirada que eu estava.

- Me desculpem. - ela murmurou baixo.
- Pelo oque? - Justin murmurou de volta.
- Por não enxergar o amor de vocês. - eu e Justin nos entreolhamos - Eu fiz errado em querer separar vocês, justo eu, uma pessoa que nunca foi contra á qualquer tipo de amor. - ela suspirou - Eu sei que são primos, que vocês tem o mesmo sangue correndo nas veias, porém oque sentem pelo outro é mais forte, e eu ainda não acredito que não percebi nada.
- Tá tudo bem. - tentei conforta-la.
- Não Isa, olha oque eu fiz... - ela apontou para meus curativos nos pulsos.
- Tia, para, não foi culpa sua. Eu que sou fraca demais.
- Mas eu já sabia disso, quer dizer, que você é fragil, é uma garotinha que sempre foi fragil, mas eu provoquei tudo. - ela passou as mãos nos cabelos. - Eu só não quero que vocês sofram. Vocês já são grandes pra saber que é um mundo cruel, onde as pessoas te julgam por qualquer coisa, e vão julgar esse namoro de vocês.
- Não estamos namorado. - ela riu.
- Jura? Coisa feia Justin, foi assim que eu te criei? Pra ficar? Não não. - ela disse nós fazendo rir. - Eu só to tentando dizer que eu quero ver você, e você feliz. Entende? Mas não pense que toda a parte ruim acabou, essa foi a minha opnião, não sabemos como o resto da familia vai aceitar. - ela sorriu. - Vocês usam camisinha né?
- MÃE! - Justin gritou, oque me fez rir muito, tipo muito mesmo. Eu podia jurar que mesmo rindo, eu estava parecendo um pimentão, tapei meu rosto com um travesseiro ainda rindo.
- Oh meu Deus, vocês não usam? - tia Pattie já estava em pé, na porta.
- Mãe, sai daqui. - Justin tacou um travesseiro nela, ele me olhou e gargalhou. Sorri sapeca para ele que ainda estava rindo, mas assim que percebeu meu sorriso parou de rir. - No que tá pensando? - ele perguntou desconfiado.
- Não percebeu nada?
- Não. Oque?
- Deu tudo certo. - ele sorriu malicioso e levantou-se da cama. Calçou seus tênis e me puxou pela mão.
- Onde vamos?
- Qualquer lugar. - ele estava euforico, então desceu as escadas praticamente caindo. - Mãe, vou no McDonald. - ele gritou e saiu de casa antes de qualquer pessoa pudesse pensar. Entrei no carro e comecei a rir do desespero dele.
- Onde vamos? - repeti a pergunta.
- Lembra oque você disse se tudo desse certo? - ele me olhou rapidamente.
- Vamos á um motel? - ri.
- Ou prefere no carro? - ele me fez rir.
- Você é doido.
- E to querendo sexo.

Gargalhei.

- Necessitado. - ele me olhou pasmo.
- Bella, eu to sem sexo á mais de um mês.
- E eu nunca fiz. - ele me olhou e soltou um sorriso perfeito.
- Então, tem certeza disso? - ele pousou sua mão sobre minha coxa, que apesar de estar de calça, senti um arrepio ali.
- Claro que eu tenho. - respondi com um sorriso no rosto, olhando para o trânsito.
- É que você sabe, primeira fez tem que ser especial. - ele me fez rir.
- Eu sei. - ele sorriu - Eu te amo o bastante pra fazer isso, sei que não vou me arrepender. - finalmente criei coragem pra olha-lo. Ele parou no semaforo que estava fechado e me puxou para um beijo rapido.
- E eu vou fazer ser especial. - ele me selou antes de voltar a dirigir.

Capitulo 24.

Justin abriu a porta e fez sinal para que eu entrasse. Passei meu olhar sobre aquele quarto. Soltei um leve sorriso, por estar ali com ele...

- Nossa, aqui é tipo... Faço sexo olhando pro espelho. Não pera, para ai amor, vou tirar uma foto nossa, assim... isso, não, nessa posição não...
Justin parou ao meu lado e não conteve o riso, não me segurei e acabei rindo também.
- Bobona. - ele segurou meus ombros e me arrastou até a cama, me empurrando até a cama.
Meu corpo bateu sobre o colchão extremamente macio, oque me fez boçar um sorriso. Justin sorriu junto á mim e gatinhou por cima de mim, até deixar seu corpo sobre o meu.
- Eu mal sai do hospital e já estamos aqui. - ele riu dando-me um selinho.
- Você nem com dores está. - ele beijou meu pescoço.
- Eu sei. - puxei seu rosto, procurando rapidamente por seus lábios.
- Tem certeza que quer isso? Talvez eu não seja o garoto ce...- o calei com um beijo.
- Vocês as vezes fala demais. - ele riu. - Agora, não querendo ser indelicada, mas eu to querendo sexo e não ficar conversando... - ele riu - Tenho cara de palhaça? - ele acentiu - Foda-se, tira a minha roupa logo.
- Nossa, desse jeito eu não resisto. - ele riu abaixando o zíper da minha blusa de frio. - Achei que você fosse romântica. - ele jogou minha blusa no chão. Revirei os olhos rindo.
- Calaboca. -  me virei ficando por cima dele. Soltei meu cabelo, deixando o mesmo cair de lado sobre meus ombros, me abaixei para encontrar seus lábios , em um beijo com muita luxuria. Justin apertou minha cintura, virando nossos corpos para ficar por cima novamente. Seus beijos quentes desceram sobre minha pele fina do pescoço, me causando arrepios dos pés a cabeça, suas mãos deslizaram sobre a lateral do meu corpo, parando imediatamente sobre a barra da minha camiseta, suspendeu a mesma e aproveitei para dar um impulso, ajudando-o. Em um ato de desespero, puxei também sua camisa e ele voltou a me beijar.

Seus lábios estavam vermelhos e chamativos, oque me deixava com mais vontade de beija-los. Justin tirou o resto da minha, deixando-me apenas de roupa intima, que no caso era azul marinho, Justin mordeu os lábios, e eu podia acreditar que aquela cor estava deixando meu corpo mais chamativo, por minha pele ser extremamente branca. Ajudei Justin a descer suas calças e ele voltou a se deitar por cima de mim, beijando-me calmamente dessa. Seu membro estava tão ereto que era possivel rasgar a boxer dele a qualquer momento, sentia ele encostar sobre minha coxa, deixando-me mais excitada.

Senti as mãos grandes de Justin segurar minhas costas e me levantar delicadamente, me colocando mais para cima da cama. Ele parou por dois segundos e encarou meus olhos, um belo sorriso brotou em seus lábios levemente inchados, fazendo-me automaticamente sorrir de volta.

- Eu não ligo para oque as pessoas vão dizer, eu só quero te amar, te fazer feliz. E se for preciso, eu lutarei com todos, por nós. - ele separou uma mecha do meu cabelo, colocando-a atrás de minha orelha. - Eu te amo. - selou-me.
- Eu te amo, muito mais que isso. - ele sorriu e voltou a me beijar, dessa vez mais rapido.

Então Justin desceu suas mãos até o feixo do meu sutiã e se sacrificou para abrir, mas logo senti ele ser tirado e tacado para algum lugar. Ele partiu o beijo e encarou meu corpo, oque me fez corar levemente, por nunca ter ficado nua na frente de um garoto. Ele voltou a me beijar e suas mãos estavam inquietas sobre a minha cintura, ele subiu até meus seios e apertou os mesmos, me fazendo arfar entre o beijo. Deslizei minha mão até sua cueca e apertei seu membro, oque me fez sorrir. Justin trabalhava seus beijos entre meu pescoço e meus seios, desci uma pouco sua boxer e segurei novamente seu membro, fazendo agora movimentos de vai e vem.

Justin partiu o beijo e desceu minha calcinha rapidamente. Ele penetrou apenas a cabeçinha, e se liga, não é legal, é torturante e ele estava se divertindo por isso.
- Pa..aara com iss..o. - falei entre gemidos. Justin riu sapeca e finalmente me penetrou. Mordi os lábios segurando os gemidos, ele se movimentou dentro de mim lentamente, se encaixando aos poucos. Senti uma leve dor, mas nada que eu não aguentasse.
Senti minhas pernas ficarem bambas, e eu uma sensação de prazer percorreu meu corpo quando cheguei ao meu ápice. Não tão diferente de Justin, que me invadiu com seu liquido quente. Tá deixa a delicadeza de lado, ele gozou dentro de mim, oque me fez gemer.

Justin se jogou do meu lado na cama e me abraçou.


04h42.



Acordei assustada olhando pelos lado, tentando lembrar onde estava, olhei para lado e Justin dormia profundamente, brotou um sorriso em meus lábios, lembrando oque havia acontecido ali á algumas horas atrás. Me virei de frente pra ele, pousando minha mão em seu rosto e colando nossos lábios.

- Justin... - minha voz saiu baixa e falha. - Jus... Justin. - ele se remexeu na cama e sorriu. Ok, sonambulo.
- Oi? - sua voz saiu rouca. Ele apertou minha cintura e enterrou o rosto entre meu pescoço.
- Temos que voltar pra casa antes da sua mãe acordar. - ele levantou rapidamente, me fazendo rir. - Nossa... - levantei enrolada no lençol, pegando minhas roupas pelo chão. Senti braços envolver minha cintura, e seus lábios tocaram meu pescoço.
- Foi a melhor noite da minha vida. - me virei para encara-lo.
- E você fez com que tudo fosse especial pra mim. - sorri ao encontro de seus lábios.

Vesti rapidamente minha roupa e Justin já estava me esperando na porta, tipo rapido ele, né? Sorri ao seu encontro, e ele segurou minha mão, depositou um beijo na minha testa e caminhou para fora do quarto.

Trinta minutos depois Justin parou o carro em frente a nossa casa, nos entreolhamos e sorrismos tortos. Desci do carro de fininho, não queria acordar ninguem, as luzes estavam apagadas e o sol ainda não havia acordado. Justin segurou minha mão e eu sei que ele estava querendo rir, rodei a maçaneta lentamente, mordendo os lábios, fechei um dos olhos ao abrir a porta lentamente, que fez um barulho estredidente da madeira envelhecida. Justin começou a rir, mas parou quando dei um pisão no pé dele. Ele passou em seguida e fechou a porta, não havia ninguem na sala e ainda estava tudo escuro. Praticamente arrastei ele até a escada, já que não parava de resmungar.

- Caralho, eu não vejo nada. - ele sussurrou.
- Claro, você não é morcego pra enxergar no escuro. - segurei meu riso.
- Bobona. - ele riu
- Shiu, ouviu isso? - parei no meio da escada.
- Não. Oque? - tentei exerga-lo.
- Quem tá ai? - uma voz familiar soou pela casa, empurrei Justin pra parede e me agachei com ele.
- Shiu, tá escuro e ela não vai ver ninguem. - sussurrei.
- E se ela acender a luz? - ele riu pelo nariz.

Tia Pattie caminhou até as escadas e eu pude sentir o vento do seu corpo ao passar por nós, oque me fez querer rir muito, assim que vi seu vulto passar para cozinha, levantei-me apressadamente e corremos os ultimos degrais. Então eu parei no corredor e pensei, Selena deve estar dormindo no meu quarto e se me ver chegando agora, vai me fazer um questionario, então corri para o quarto do Justin, fechei a porta e tranquei.
Ele se tacou na cama e interrou a cabeça no travesseiro.
- Do que está rindo? - comecei a rir junto.
- De nós. - ele virou-se de barriga para cima, e eu caminhei até a cama, deitando-me ao seu lado.
- Somos idiotas né?
- Somos. - ele riu.
- Agora shiu, se não sua mãe escuta. - ele riu.

Silêncio.

- Jus...
- Oi?
- Promete me ajudar se eu virar uma viciada em sexo? - ele começou a rir e me encarou.
- Porque?
- Porque eu quero mais. - mordi os lábios.
- Meu Deus. - ele riu beijando-me - De uma coisa você pode ter certeza.... você nunca vai pssar vontade. - ele mordeu meus lábios.
- Ai.... não provoca. - me virei sentando em sua barriga. Ele puxou meu rosto e enterrou as mãos entre meus cabelos, puxando levemente meu rosto para encontrar seus lábios.

Ah aquele beijo, eu poderia passar minha vida toda beijando seus lábios macios, aveludados.

Que beijo, que pegada, que amaço, que primo, que garoto.... Que... Justin. Ele é bom em tudo, tudo mesmo, nada é ruim quando se está ao seu lado, nada fica sem cor. Eu me sinto a garota mais sortuda do mundo, por ter alguém como ele, mesmo que um dia tudo acabe, eu sei que posso contar com ele para minha vida toda.

Sua mão passou por minha coxa, até subir pro meu quadril, seus lábios ainda grudados nos meus, com luxuria, com amor, ele mordeu meu lábio, oque me fez arrepiar.

- Amor, eu ainda to com sono. - me deitei ao seu lado.
- Então dor... pera, você me chamou de que? - ele sorriu.
- De amor. - corei violentamente.
- Repete... - ele sorriu de olhos fechados. Já disse que amo aquele sorriso? Pois é, eu amo.
- Amor, amorzinho, mozão. - ele riu, enquanto eu distribuía beijos pelo seu rosto.
- Deita aqui princesa. - ele me acomodou em seus braços.
- Vamos dormir? - sorri
- Pode dormir.
- Você não vai?
- Vou, mas pode dormir primeiro. - ele beijou minha testa em seguida me roubou um selinho.
- Tá bom principe. - ele riu. - Boa noite.
- Boa noite. - ele beijou-me nos lábios novamente.
- Eu te amo.
- Eu... eu amo você. - ele respondeu sorrindo.

Capitulo 25.

5 anos depois. 
Justin P.O.V

Vocês devem estar pensando... Nossa, cinco anos se passaram, Bella e Justin devem já estar casados e com dois filhos. Acontece que não, nem tudo foi perfeitamente como imaginamos, nem tudo deu certo. Tem 5 anos que eu não vejo Isabella, acontece que depois daqueles dias, nós voltamos para a faculdade, Isabella começou a ficar estranha, digamos que distante, ela mudou seu comportamento e no meio do ano nossa familia descobriu tudo, ninguem apoiou, quero dizer, as mulheres ficaram do nosso lado.

Então Bella se revoltou, fez suas malas e foi morar com Selena, isso, ela deixou tudo, deixou todo nosso amor para trás, esqueceu das poucas coisas, dos pequenos detalhes que vivemos, e foi embora. Não me ligou, não me procurou, e me escondeu algo, eu sei que ela esconde algo.

E agora, bem, agora ela é uma das cantoras mais famosas do mundo, eu me orgulho disso, porque era o sonho dela e sei que no fundo eu ajudei ela a prosseguir, eu sei que ela ainda me ama, porque eu também amo ela. Seus dois albuns são os mais vendidos na América do norte, sul, Europa, onde você imaginar as pessoas escutam sua música, eu mesmo escuto.

Você deve estar pensando também, porque não corri atrás? Bem, eu tentei, tentei inumeras vezes procurar por ela, insistir que voltasse, que lutassemos por oque queriamos, mas foi tudo em vão. Bella atualmente namora com Niall, sim eles estão juntos a anos e eu me pergunto se ela realmente me amou, ela tem um filho de 4 anos, sim, um filho, como eu sei? Midia ajuda muito, já que ela não me liga, quer dizer pra mim, porque minha mãe sempre me diz que falou com ela, que ela ligou, daora.

Estou cursando o ultimo ano da minha faculdade, é eu ainda não terminei, você acha que é fácil? Pois não é, eu decidi não desistir de tudo.

- Mãe? - caminhei até o quarto de hospedes, onde minha mãe arrumava algumas coisas. - Oque está fazendo?
- Arrumando.
- Hum... Pra que? - me sentei na cama.
- Você não deveria estar trabalhando?
- Mãe, hoje é sabado.
- Ah, então deveria arrumar seu apartamento. - soltei um riso leve.
- Tá me expulsando dona Pattie? - me levantei ao seu encontro.
- Você sabe oque eu acho de você morar sozinho, enquanto tem essa casa enorme.
- Mãe, eu tenho 23 anos, não dá pra morar sempre com você, tenho que ter privacidade.
- Poxa, e deixa a mamãe sozinha. - ela disse fazendo biquinho.
- ai meu Deus Pattie. - ri dando um abraço nela. - Nem é tão longe.
- Mas podia morar comigo. - ela saiu caminhando até o carredor.
- Mãe, você sabe que eu te amo, né? - ela riu já nas escadas.
- É eu sei, e você podia morar comigo.
- Para dona Pattie. - rimos
- Onde você vai? Eu tava brincando... volta aqui. - ela me chamou, ao me ver na porta.
- Eu sei, mas marquei de sair com o Chris.
- Ele tá na cidade?
- Sim. - caminhei até ela rapidamente e depositei um beijo em sua testa. - Eu venho amanhã pra almoçar aqui.
- Vai ter espaguete. - ela sorriu, antes de eu fechar a porta e caminhar até a porta. Mesmo com 23 anos minha mãe consegue me mimar.

Dirigi rapidamente até o apartamento do Ryan, que era um pouco longe, mas eu acabei chegando rapidamente pela alta velocidade. Estacionei meu carro em qualquer esquina e desci, travei o alarme e rapidamente entrei no edifício. Eu até iria de escadas, se o Christian não estivesse hospedado na casa do Ryan, que mora na cobertura do prédio. Ignorei os barulhos estranhos que o elevador fazia e rapidamente já estava na casa deles.

- Não sabe bater não? - Chris resmungou.
- Eai. - me joguei no sofá, de frente pra ele. - Ainda vamos sair?
- Não, vamos fazer um social aqui mesmo. - Ryan entrou na sala, com um copo de cerveja na mão.
- Uma social? - me animei, ajeitando-me no sofá. - Vocês são loucos. - eles riram.
- Qual é Bieber, sexo e bebidas de vez em quando é bom, sabia? - Chris disse bebendo um gole da cerveja.
- Não to reclamando. - ri voltando a me sentar.
- Então...
- Tá, que horas, porque já são... - antes que eu pudesse falar, uma turma de garotas, que pra mim eram desconhecidas, entrou no apartamento.
- Agora. - Chris andou até elas. Até que um rosto familiar ali, me vez coçar a cabeça.


O apê já estava cheio, música alta, pessoas na piscina, casais se comendo no sofá, nos quartos. Já eu bebia um pouco, em um canto da casa, até criar coragem pra falar com aquela garota, a do rosto familiar. Ela estava de costas, então cheguei por trás.

- Olá. - sussurrei no pé do seu ouvido, fazendo a mesma virar assustada, mas esboçar um sorriso ao me ver
- Bieber. - ela sorriu passando a lingua nos lábios.
- Villegas. - sorri.
- Quanto tempo.
- Poisé, achei que nunca mais nos veriamos... - ela sorriu, ao levar a bebida até a boca, dando um gole e em seguida passando a lingua nos labios carnudos.
- Porque agente não vai lá pra dentro? - ela deixou o copo na mesa que estava ao seu lado, e segurou minha mão, me arrastando até a sala.
- Você sumiu...
- Faculdade. - me sentei no sofá, ela fez o mesmo, deixando que suas pernas morenas torneadas ficassem mais chamativas doque o normal, seu vestido branco subiu um pouco, deixando aparecer suas coxas.
- Huuum, Bieber vai ser advogado, né? - acenti - Cara, não combina com você...
- Oque combina comigo então?
- Seilá. - ela riu.

Papo vai, papo vem, musicas e mais musicas, quer dizer, se a policia não tivesse aparecido e feito agente abaixar a musica, estariamos com ela alta agora. Jasmine não perdeu tempo de me arrancar um beijo, mas qual é, to na seca e querendo pegar, que se foda.

- Tenho que ir embora. - ela desgrudou seus lábios dos meus.
- Sério? - agora que eu tava me animando.
- Se minha mãe descobre que eu sai escondido, quando eu deveria estar dormindo de castigo, ela me mata.
- Villegas obedecendo as regras? - ela me deu um tapa.
- Calaboca. - ela pegou uma pequena bolsa e ajeitou o vestido - Foi bom te ver Bieber, qualquer coisa, sabe meu telefone. - ela jogou um beijo no ar e saiu rebolando. Ri comigo mesmo e olhei o relogio, meus olhos estavam pesados e eu os forcei para ver os numero no relogio. 04h23 da manhã, Andei até a varanda, e ainda havia pessoas, muitas, e metade ali desconhecia. Ryan estava jogado em uma das cadeiras da piscina, enquanto uma menina estava sentada no seu colo, Chris estava la dentro comendo alguém, então decidi ir embora sem avisar ninguem.

Cheguei em casa morto, parecia aqueles zumbis de filme de terror. Tirei minha roupa e sai tacando pela casa, andando até o quarto e me jogando na cama em seguida.

08h33

Meu celular apitava escandalosamente, e eu me pergunto o porque se hoje é domingo? Passei minha mão sobre a cama, até encontra-lo, em seguida apertando qualquer tecla e colocando no ouvido.

-Alô? - minha voz saiu rouca.
- Justin? Isso é hora de estar dormindo? - afastei o telefone para ver as horas.
- Porra mãe, ainda não oito da manhã. - resmunguei.
- Olha como fala garoto....
- Ta, ta... oque a senhora quer?
- Eu preciso que passe no mercado pra mim.
- Ah mãe, a senh...
- Eu to mandando.
- O caralho - resmunguei me levantando.
- Oque disse? 
- Oh cai no alho mãe, nossa doeu... - oque?
- Ahn?
- Nada mãe, nada... ja vou. Oque é pra comprar?
- Compra queijo fresco, espaguete, almondegas, traz também sal, porque acabou...
- Ta, vou levar o mercado pra senhora. Ai - levei minha mão até a cabeça, que latejava de dor.
- Engraçadinho. - ela riu - Bom dia ...
- Mãe, quem ta ae?
- Ah, já ia te falar, temos visita.... vai logo, que eu quero esse almoço ainda hoje. Escutou?
- Escutei. - ela desligou, mal educada. Levantei até o banheiro, e minha cabeça ainda estava doendo muito, tomei um banho gelado e me fui me vestir, vesti uma bermuda jeans, uma camisa lisa preta e um moletom preto. Peguei meus oculos e as chaves do carro e sai, dirigi até o mercado que estava cheio pro meu bom humor, peguei tudo pra dona Pattie, e me perguntei porque tanta coisa.

Bati e porta do carro, fazendo minha cabeça latejar de dor, peguei as sacolas do chão e travei o carro, não bati na porta e fui logo entrando, até a cozinha.

- Dona Pattie? - gritei colocando as coisas sobre o balcão da cozinha. Já eram quase dez horas e eu não tinha comido nada, abri a geladeira e peguei a jarra de suco, colocando em seguida em um copo.
- Cadê a dona dessa casa? - deixei o copo no balcão e fui até a sala. - Mãe? Maaaaãããee - comecei a gritar e ela apareceu na minha frente do nada, surgindo do inferno com a mão estendida pra me dar um tapa.
- Ai, ta doidona? - resmunguei
- Para de gritar moleque. - ela andou até a cozinha - Porque tá de oculos? Passou a noite onde?
- Vish.
- Eim?
- Tava em uma social na casa do Ryan.
- SOCIAL? - ela gritou.
- Vish mãe, fala baixo... por favor.
- Você sabe oque rola em sociais?
- Sei, sexo, bebidas, drogas, todas essas paradas ae...
- MeuDeus.
- Porque me chamou tão cedo?
- Precisamos de ajuda....
- Precisamos?
- É, preciso.
- Você disse no plural, tipo, você e mais alguém.
- Ai menino, shiu...
- Porque tem carros pretos pelo quarterão todo?
- É exatamente isso que eu queria falar...- ela desembalou as comidas.
- Ta, diga...
- Preciso que saia pra comprar umas coisas pra mim
- Mais coisas? - ajeitei meus oculos.
- Na verdade não é pra mim... é...
- São pra mim...

Capitulo 26.

- É. eu... eu esqueci de falar que Isa estava na cidade. - minha mãe quebrou aquele gelo.

É como se todos aqueles dias estivessem voltando, como se eu estivesse vivendo um dejavu. Eu poderia estar feliz, talvez eu esteja por ver Isabella depois de tanto tempo, mas ... eu não consigo esquecer o fato de que ela praticamente me abandonou, desistiu de tudo, nem se quer me deu explicações. E porque ela decidiu voltar depois de tanto tempo?

- Na verdade, eu estou de férias. - ela tentou sorrir. Tenho que reagir, falar algo... seja frio. Frio? Mas eu nunca fui frio na vida, será que devo? Meus olhos estavam lacrimejados, mas por sorte eu estava de oculos e ninguem saberia de nada, meu corpo estava tenso, exalava nervoso.
- Oque é pra comprar? - me levantei na banqueta passando por elas, e parando na porta da cozinha.
- An, é... tudo que tá nessa lista. - minha mãe me entregou um pequeno papel, que tinha algumas coisas escritas, guardei o mesmo no bolso e levantei meu olhar. Isabella tinha seu olhar baixo, e parecia pensativa.
- Volto logo. - dei as costas.
- Justin, você vem pro almoço né? - minha mãe perguntou vacilando na voz.
- Desculpa. - murmurei mais pra mim e sai dali.

Bella P.O.V

- Ele me odeia. - me sentei na banqueta.
- Ele vai entender. - tia Pattie tentou me confortar.
- Não tia, ele não vai. Eu desisti de tudo, desisti de nós, é obvio que ele me culpa. - suspirei.
- Se você não tivese escondido a verdade...
- Eu sei, eu me arrependo, eu só não queria estragar a vida dele.
- Você sabe oque eu acho...
- É, mas... ele tava praticamente entrando na faculdade, se eu estragasse tudo...
- Conversa com ele.
- Como? Ele nem se quer olhou na minha cara, viu como ele foi frio? - ela ficou calada. - Vou ver oque o Chris tá fazendo. - me levantei dali e subi para o meu antigo quarto, onde Christian, meu filho dormia.

Você deve tá se fazendo um tanto de perguntas, né? Se você pensa que eu sou fraca e desisti de tudo, não foi, eu apenas fiz oque eu achei que fosse certo, oque hoje eu me arrependo muito. Eu não deveria ter desistido do nosso amor, de lutar por nós.

E me sinto tão culpada, quando a minutos atrás ele nem ligou pra minha existencia. Sera que ele ainda me ama? Ou só sente odio de mim?

Sentei-me na cama, ao lado do meu pequeno loirinho, que dormia seu melhor sono, agarrado a um travesseiro, mania do pai. Joguei a coberta mais para cima de seu corpinho.
Enconstei a cabeça em um dos travesseiros e fiquei a observar o teto. Mas por um som estridente eu teria dormido, meu telefone tocava alto e eu corri para não correr o risco de acordar Chris.

- Alô? - disse baixo, entrando no banheiro.
- Eai, se resolveram? 
- Ele nem olhou pra minha cara.
- Relaxa Isa, não deixe que seu trabalho te impeça de ser feliz, pense no seu filho, ok?
- Obrigado - suspirei - Eu te amo.
- Também te amo pequena, se cuida. 

Sorri e deixei o celular sobre a escrivaninha.

- Mamãe? - me virei e Chris estava sentado na cama.
- Oi meu amor. - caminhei até ele, o pegando no colo.
- Ode agente tá?
- Na casa da vovó. - ele sorriu - Quer tomar um banho pra dar oi pra ela?
- Quelo. - caminhei com ele até o banheiro e o coloquei no chão. Coloquei pra enxer a banheira e voltei até Chris, tirei seu pijama com cuidado e joguei no canto do banheiro, chquei a temperatura da aguá e coloquei ele lá dentro.
- Não sai dai, vou arrumar uma roupa pra você vestir. - sai do banheiro e separei uma roupa confortavel para ele e deixei sobre a cama. Voltei para o banheiro e peguei sobre a pia o shampoo de bebê, fui até Chris e terminei de dar banho nele. Puxei a toalha para perto de mim e o tirei da banheira, o arrolei e levei ele para o quarto, deitando-o sobre a cama.
- No quelo essa caça. - ele resmungou.
- Agora deu pra pra escolher roupa? - comecei a rir tirando a calça de moletom que ue havia escolhido. - Ta, qual você quer? - mostrei outra de moletom e uma calça jeans que ele ganhou do Niall, sabe aquelas folgadinhas que fica caindo? Isso.
- Essa. - ele apontou pra jeans '-'
- Mas você não vai sair.
- Mas eu quelo essa - ele ameaçou chorar.
- Tá bom, ta bom. - vesti a calça jeans nele e depois a blusa de moletom azul. - Você puxou seu pai. - sorri.

Terminei de arruma-lo e segurei sua mão. - Tia. - gritei descendo as escadas devagar para acompanhar Chris. - Tia olha quem acord... - parei de falar quando vi Justin entrando dentro de casa, assim como eu, ele também havia paralisado.
- Mamãe, esse é o ... - antes que Chris terminasse de falar, o peguei no colo.
- Oi Justin.  - ele não conseguiu dizer nada, apenas sorriu, alias forçou um sorriso.

Justin P.O.V

Eu só posso estar pirando ou aquele menino se parece comigo? Ter acordado cedo me fez ficar doido, não é possivel.  Deixei as compras sobre o balcão da mesa e voltei para sala.

- Filho, fica pro almoço, por favor.
- Eu perdi a vontade mãe. - me ajeitei no sofá.
- Fica por mim, por favor. - seus olhos estavam brilhando, e eu não resisti.
- Tá bom dona Pattie. - foi só dizer isso pra ela praticamente se jogar em cima de mim.
- Ta che...chega mãe. - acabei rindo muito alto.
- Eu amo você, peste encapetada. - ela disse rindo, me fazendo olhar feio pra ela.
- Tá doida mãe? - ela riu - Também te amo. - dei um longo abraço nela.
- Cadê a Isa?
- Na cozinha. voltei ao meu lugar.
- Perdoa ela. -  a olhei.
- Mãe...
- Ela teve motivos Justin.
- E me escondeu.
- Para com isso, conversem.
- Mãe, ela tem namorado.
- Quem tem namorado? - Bella apareceu sorridente sentando-se na poltrona.
- Agent..
- Ninguem. - disse seco, em seguida senti minha mãe beslicar meu braço. - Ai mãe, fumou maconha? - praticamente gritei.
- Justin. - ela me deu um tapa e podia ouvir a risada de Isabella. - Como vai sua carreira Isa?
- Bem. - ela sorriu.
- Que orgulho de você. - minha mãe disse sorridente. Isa soltou um sorriso e olhou pra baixo, em seguida jogou seus cabelos, que agora estavam pretos e longos, para trás. Já disse que ela mudou bastante? Seus cabelos estão quase batendo na bunda, pretos, seu corpo está tão... não vamos ser discretos, ela tá gostosa pra caralho.
- Mãe... cad... - o garotinho entrou na sala - Vovó. - ele correu até minha mãe... ele...ele disse vovó?
- Vovó? - questionei com o cenho franzido, olhando para Isa e para minha mãe, que apertava o garoto.


Capitulo 27.

E pela primeira vez no dia eu tirei meus oculos, para poder encarar melhor o olhar desesperado de Isabella. Tá, vamos lá, seja inteligente Justin... Tem 5 anos que ela foi embora, o garotinho tem 4 anos, e pelo oque eu sei brevemente vai fazer 5, ela foi embora meses depois daquela noite que tivemos no motel, lembro-me dela dizendo que seria o melhor, agora ela volta, minha mãe diz que ela teve motivos, esse garoto é idêntico a mim, ou eu to pirando... ou.

- Quem vai falar primeiro? - já estava me estressando, me levantei andando de um lado pro outro.
- Justin, se acalma. - ouvi Bella dizer.
- Como você me pede pra ter calma? - coisa de segundos eu já estava de frente para ela.
- Tia, tira o Chris daqui, por favor. - ela pediu sem tirar os olhos dos meus, minha mãe como boa pessoa, não pensou duas vezes e saiu.
- Como você me pede calma, se eu descubro que tenho um filho?
- Você não sabe de nada.
- É, mas eu não sou burro. - ela não disse nada. - Foi por isso que foi embora?
- Justin... - ela virou-se caminhando até a janela.
- Para de fugir, foram cinco anos, eu acho que mereço explicações.

Ela relaxou o corpo, soltando um suspiro alto em seguida, caminhou até o sofá e sentou-se de modo relaxado, passou uma de suas mãos no lugar desocupado ao seu lado. Mesmo não querendo, sentei-me ao seu lado. Bella suspirou novamente e parecia tentar encontrar as palavras, seus olhos encaram o nada e eu já estava ficando impaciente.

- Quando eu fui embora, eu estava de 4 meses. - ela começou a falar. - Eu achei que tudo fosse melhor, você tava praticamente entrando na faculdade, com um futuro planejado, e...e quando nossa familia disse que não queria nos ver juntos, eu , eu... só precisava de um motivo.
- Quer dizer que... - me levantei - Todo esse tempo você escondeu de mim, meu filho? - ela ficou calada - Eu tenho um filho de 4 anos, e você ... - eu queria socar a cara dela, mas não, eu apenas chutei com força so sofá.
- Justin, para. - ela me empurrou, fazendo-me bater na parede. - Eu só fiz oque achei que fosse melhor.
- Então você acha que o melhor era desistir de tudo, de esconder um filho... acha mesmo? - ela se afastou vendo meu estado de nervos.
- Eu achava. Mas eu me arrependo.
- Agora você se arrepende? - ela já estava chorando. - Depois de tanto tempo você se arrepende? Pelo amor de Deus Isabella. - ela caiu sentada no sofá,segurando o choro.
- Você nunca me chamou de Isabella.
- E você foi embora, desistiu, não me ligou, não me deu explicações, conseguiu realizar seu sonho... mas eu fico feliz por isso, era seu maior sonho, mas nem um e-mail se quer você me mandou. - me aproximei. - Você me apagou da sua vida, como se eu nunca tivesse feito parte dela...
- Não é verdade! - ela soluçou - Eu lembrava de você todos os dias da minha vida, tenho inúmeras musicas escritas que eu compus pensando em você. - me agachei na sua frente, agora encarando seus olhos molhados pelas lagrimas.
- Você ainda me ama? - perguntei arriscando-me na proximidade. Ela umedeceu os lábios, deixando algumas lagrimas cair.
- Amo. - ela murmurou.
- Então porque namora Niall?
- Somos obrigados, por marketing.
- Vocês são pagos pra enganar as pessoas? - perguntei incrédulo.
- Desse jeito você me ofende, não é isso.
- Então é como? Porque eu ainda não entendi... primeiro você vai embora, depois de 5 anos aparece na casa da minha mãe, com um garoto que é meu filho, que me escondeu por tanto tempo, ainda diz que namora por marketing? É muito pra mim, só em um dia
- Justin, onde você vai? - ela segurou meu braço, impedindo-me de sair.
- Vou esfriar a cabeça pra não fazer besteira. - me soltei com força dela e sai correndo até meu carro.
- Justin, volta aqui... você não tem condições de sair assim.

Ignorei ela e sai cantando pneu.

Bella P.O.V

Droga Justin porque você tem que ser tão cabeça dura?

- Oque houve? - Pattie surgiu na sala, vendo meu estado de nervos.
- Ele ... ele saiu daqui sem a minima condição de dirigir. - passei a mão no rosto, enxugando as lagrimas.
- Meu Deus. - respirei fundo, limpando a garganta.
- Cadê o Chris?
- Deixei ele no quarto jogando video-game.
- Obrigado. - me sentei. - Se acontecer algo com ele, eu ...eu..
- Não diga isso. - ela sentou-se ao meu lado - Justin só está de cabeça quente...
- Ele tá diferente.
- Como? - ela questionou-me curiosa.
- Tá mais frio.
- Ele tá assim desde que você se foi.
- Me sinto culpada. - suspirei.
- Não se culpe, você fez oque achou melhor.
- Mas ele pareceu não entender.
- Eu já disse, só de cabeça quente, ele logo logo para pra pensar que o melhor é o perdão. Pelo menos eu criei ele assim...
Soltei um longo suspiro.

- Quer ajuda com o almoço? - perguntei.
- Vem, vamos fazer.

12h43.

- Será que ele vem pro almoço? - Pattie perguntou terminando de fazer o macarrão.
- Não sei.
- Chame o Chris pra comer, ele deve estar com fome.
- É, mesmo...

Sai da cozinha em direção as escadas e acabei tropeçando no primeiro degrau.
- Ai que legal, que dia bacana. - ironia sempre comigo. Tirei meu salto e voltei a subir as escadas.- Chris? Chris meu filho, vem comer.
- Oi mãe? - ele largou o video-game e veio para meu lado.
- Vamos comer?
- Uhum. - ele sorriu e segurou minha mão.
Descemos até a cozinha e Chris foi logo sentando em seu lugar, separei um prato pra ele e o entreguei.

- Está gostoso? - perguntei admirando-o. Ele apenas acentiu pra não falar de boca cheia, fazendo-me rir.
- Quem fez? - ele perguntou.
- Eu. - Pattie respondeu sorridente.
- Tá gotoso vovó. - ele a fez sorrir.

Ouvi meu celular tocando na sala
- Licença. - sai correndo para atender. - Alô?
- Você tem uma seção de fotos amanhã. - minha empresaria disse séria do outro lado.
- Oque? Mas eu estou de férias. - tentei não gritar.
- Desculpa, mas você vai ter que ir.
- Como você consegue ser tão fria? Não pensa em mim não, estou cansada, de férias, em descanso e acho que você deveria fazer o mesmo, eu vou nessa seção, mas porque não gosto de dar furo em ninguem, agora vê se não marca mais nada, ok? Tchau.

Desliguei na cara dela e taquei o celular em cima do sofá, pra não tacar na parede. Aproveite que estava na sala e peguei meu celular denovo, discando o numero novo do Justin que Pattie havia me passado.
Tentei inumeras vezes e nada, droga, onde você se meteu?

Voltei para cozinha e Chris ainda estava comendo, ele come devagar então não me preocupei.
- E Niall, como ele está?
- Está bem, foi pra Irlanda.
- Ah, ele foi um bom pai
- Ele tava mais para amigo, ele sabe disso... Niall é muito brincalhão, adora crianças e é apaixonado por Chris. Eles se dão muito bem, até que as pessoas desconfiam que ele é o pai.
- Mas eles sabem que não?
- Sabem, são piores que o FBI, mas não sabem quem exatamente é o pai, nem mesmo minha empresaria.
- Nossa. - ela riu.
- Sou muito fechada pra minha vida pessoal, e tento ao maximo deixar Chris fora desse mundo.
- É, assim é melhor.
- Eles sempre tentam, mas eu nunca falo da minha vida pessoal, só sabem que eu namoro Niall, mas não desconfiam que seja por marketing.
- Porque eles fizeram isso? Digo, porque namorar por midia?
- Eu tento entender, mas na verdade eu sempre questionei isso.
- E você e Niall se dão tão bem, que eles nem desconfiam...
- Verdade. - ri leve - Eu amo Niall, ele é meu melhor amigo, o verdadeiro, porque os outros estão ao meu lado por causa da fama.
- Em pleno seculo 21, existem pessoas assim? - ela questionou incredula
- Muitas. - sorri fraco - Cuidado meu amor, vai se sujar... - chamei atenção de Chris, que havia derrubado um pouco do macarrão. Pattie ia dizer algo, mas o telefone de casa começou a tocar e ela levantou-se pra atender.
- Quer mais? - perguntei á Chris, ele apenas acentiu negativamente e bebeu o suco. Peguei o prato e coloquei na pia.
- OQUE? - Pattie gritou, ela estava palida e aquilo me assustou. - AhMeuDeus, eu estou indo prae...
- Oque, oque foi? - perguntei preocupada, por ela estar chorando.
- Justin está no hospital. - meu coração gelou.
- Ahn? Porque? Oque houve?
- Ele bateu o carro. - ela saiu correndo até a sala.
- Ai meu Deus. - lagrimas sairam sem forças. - Eu, eu vou com você.
- Mas e Chris.
- Droga. - passei a mão nos cabelos. - Eu levo ele e lá eu ligo pra alguém busca-lo.
- Então vamos logo.
- Chris, meu amor. - tentei sorrir - Agente vai sair um pouquinho, tá? - ele concordou.
- Putê cê tá choranu?
- Não é nada meu amor, não se preocupa. Vem. - segurei sua mãozinha e andamos até o carro, peguei apenas meu celular e só.
Droga Justin, meu amor, aguenta firme, por nós... pela nossa familia. - pensei.

Capitulo 28.

Sabe aquela sensação de que toda sua vida pode acabar a qualquer minuto? Aquele aperto do peito, aquela angustia horrível a agonia de saber que uma das pessoas mais importantes da sua vida está em risco de vida, eu poderia me matar e dar minha vida a ele, mas como ele reagiria ao acordar? Eu só queria que suas dores agora, passassem para mim, porque eu causei tudo aquilo. Talvez se eu não estivesse feito as escolhas erradas, não teria a necessidade de passar por um ocorrido desses.

Lembro-me das inúmeras vezes que Justin passou a noite acordado, tentando me acalmar daquelas crises que eu tinha após um pesadelo, ou quando eu era teimosa e me trancava no banheiro... ele me mostrou que a vida é cheia de obstáculos  que devemos enfrenta-los de cabeça erguida, mesmo que ele tente te derrubar inúmeras vezes, porque no final, se você for forte, você vence. E eu me odeio, me odeio pelo fato de ter tentado tirar a minha vida inúmeras vezes, enquanto á pessoas lutando pelas suas vidas.

E agora estou aqui na recepção de um hospital, orando sem parar por uma vida, que mudou a minha. Uma vida onde qual eu sou dependente, mesmo estando longe por anos, ver o sorriso dele por fotos, ou em videos que guardei... foi o suficiente para me manter forte, para não cometer mais besteiras como já cometi na vida.

Justin me fez a garota mais feliz do mundo, me mostrou que vida você só tem uma, então viva como se não houvesse amanhã. Eu poderia dizer que ele foi o único garoto que amei na vida, porque não foi, mas foi o verdadeiro, oque me tem, cada detalhe, cada sorriso meu pertence á ele, o motivo é ele. Meu coração não batia mais em ritmo normal, qualquer poderia escuta-lo se aproximasse-se de mim, minhas mãos estavam tremulas e minha respiração acelerada, tentava controlar minhas lagrimas porque não queria deixar Chris assustado com toda aquela situação, ele é muito novo para isso.

Chris...

É meio clichê dizer que ele é o fruto do nosso amor, mas a verdade é que ele é. Posso dizer que amo Justin mais que minha propria vida, ou não, porque preciso me amar antes, Christian foi o melhor presente de toda a minha vida, e eu não o teria sem Justin, eu só quero que esse pesadelo acabe para que possamos viver juntos.

Uma das enfermeiras que estavam de plantão veio nos informar a alguns minutos atrás, ela disse que Justin estava na sala de cirurgia, ele não se feriu muito, apenas quebrou o braço direito e teve hemorragia interna e acabou perdendo muito sangue e isso deixou o estado dele um pouco grave.

- Mamãe, oque você tem? - Chris enroscou-se em meus braços.
- Não se preocupa meu amor, vai ficar tudo bem. - o apertei contra meu peito, mordendo os lábios para segurar um possível soluço.
- Tia, segura ele aqui rapido, eu preciso ligar pra alguém tirar ele daqui. - Pattie acentiu e pegou Chris no colo. Me levantei saindo da recepção para um lugar mais calmo, não poderia sair lá fora, já que descobriram onde eu estava e está cercado de paparazzis.
- Alô, Isa é você? - Selena atendeu rapidamente.
- Sel, você está na cidade ainda? - minha voz saiu tremula.
- Sim, estou... Isa, oque aconteceu? Porque está no hospital? Eu acabei de ver na internet e...
- Justin sofreu um acidente, e eu precisava que você pegasse Chris. Isso não é lugar pra ele, se ...
- Claro, claro que eu vou ai, aproveito e levo seus seguranças, porque você vai precisar.
- Obrigado. -murmurei.
- Não me agradeça, faria qualquer coisa por você. E Justin, ele está bem?
- Ele tá sendo operado.
- Ele é forte, vai ficar tudo bem. Chego ai em 20 minutos. 
- Tá. Tchau.

Desliguei o telefone e engoli o turbilhão de lagrimas que estavam por vir, sequei meu rosto com a palma da mão e arrisquei-me olhar para fora do prédio, pelo vidro, onde vários paparazzis enlouquecidos dispararam uma chuva de flashes, fazendo-me esquivar rapidamente. Voltei para recepção e Chris tinha dormido, me sentei ao lado de Pattie, que já havia parado de chorar, não existia mais lagrimas e chorar não vai adiantar muito.

- Se ele precisar de sangue, eu posso doar. - praticamente sussurrei.
- Você é a unica que pode. - Pattie respondeu-me com a voz falha.
- É tudo culpa minha. - disparei-me a chorar novamente.
- Não é verdade. - ela me abraçou de lado, com o braço que estava desocupado.
- É sim, se eu não tivesse feito tudo errado, nada disso estaria acontecendo.
- Shhhhh, não fala isso. - ela me apertou - Assim como eu, você também sabe que aquele moleque é forte, que ele nunca desiste.
- É eu sei. - limpei meu rosto novamente, fungando o nariz. - Você sabe o tanto que eu sou insegura... - ela riu fraco.
- Pra que ser insegura quando se é Isabella Mallette? - rimos.
- Eu te amo tia. - a abracei.
- Eu também amo muito você, e tudo vai ficar bem.

20 minutos depois.

- Isa. - Selena veio apressadamente até mim, me envolvendo em abraço forte e acolhedor, que me fez chorar por estar tão mole hoje. - Oh Isa, não chora. - ela afagou meus cabelos.
- Obrigado por ter vindo. - me afastei limpando o rosto.
- Eu faria tudo por você. - ela sorriu torto. - Como ele tá?
- Ainda ninguém disse nada. - suspirei.
- É agoniante, eu imagino. - ela me deu um beijo estalado na testa. - Se cuida.
- Chris tá dormindo, vocês vão ter que sair com a ajuda dos seguranças, ou pelos fundos.
- Vou pegar ele.
- Ah, oi paul, ou Phil. - Paul e Phil são meus dois seguranças, que mais parecem dois armarios. Eles fizeram um gesto com a cabeça, fazendo-me sorrir leve. - Um de vocês vão com a Selena e um fica aqui comigo. Mas ajudem ela a sair e protejam meu filho. - tentei fazer cara de mal, sem sucesso oque fez eles rirem.
- Vou leva-lo para casa da sua tia, e fica com ele lá.
- Tá. - dei um breve abraço nela e um beijo no Chris.
- Me mande noticias, se cuida. - ela me mandou um beijo no ar e saiu.

Pensei em me sentar novamente, mas fui surpreendia pelo médico que veio até nós, oque fez meu coração disparar novamente.
- São os familiares de Justin Bieber?
- Sim, somos nós. - Pattie disse.
- Ele tá bem? - perguntei.
- Como sabem ele perdeu muito sangue e vai precisar de mais. Fora isso está tudo bem, o braço já foi enfaixado. - respirei aliviada. - Alguma das duas tem o sangue compatível com o dele?
- Eu, eu tenho. - respondi rapidamente.
- Vai querer doar?
- Claro, claro que vou.
- Então me acompanhe e lá você preenche uns papéis. - Pattie voltou ao seu lugar mais calma e eu segui o médico por aqueles corredores enormes, as pessoas me olhavam já sabendo quem eu era, mas ninguem tentava falar comigo ou algo assim. Menos mal.
- Sente-se aqui que eu vou buscar os papéis. - ele me deixou em uma sala e segundos depois entrou uma enfermeira que aparentava ser jovem, seus cabelos pretos estavam presos em um coque alto, escondidos por um pequena rede branca, seus lábios eram pálidos e sua pele branca, deixando que seus olhos grandes e azuis fossem destacados.
- Olá. - ela sorriu entrando.
- Oi. - tentei sorrir.
- Vai doar sangue, certo? - acenti. Ela mexeu em algumas coisas que eu não fiquei prestando atenção, logo em seguida ela se aproximou e pediu que eu fechasse a mão fortemente, amarrou um elastico no meu braço e perfurou minha pele, me causando um formigamento leve.
- Acho que eu nunca vi uma enfermeira tão bonita. - ela riu.
- Obrigado.
- Sempre são aquelas rabugentas e velhas, sem querer ofender as velinhas, elas são legais, mas seilá. - rimos.
- Você é aquela cantora famosa.... - ela pareceu pensar.
- Isabella Mallette. - sorri.
- Nossa, minha filha te ama. - sorri novamente.
- Quantos anos ela tem?
- Ela fez 5 anos.
- Awn, eu poderia te dar ingressos pro meu show, mas estou de férias. - ri leve.
- Não tem problema.
- Mas ai... - senti uma pequena dor no braço - Mas eu posso dar algo a ela, tá... só não sei oque... - ri de mim mesma. Olhei para meu outro pulso e tirei uma pequena pulseira que havia comprado em Paris alguns meses atrás, onde havia um pingente com a torre Eiffel. - Toma essa pulseira.
- Não, não precisa.
- Ah toma aqui logo. - ela riu e tirou a pulseira.
- Depois agente tira uma foto pra ela não duvidar. - ri fraco.
- Obrigado. - disse timida.
- Magina, agora vem cá.... Isso vai demorar?
- Só um pouco.

Depois de alguns minutos, já sentia uma certa tontura, normal por estar 'perdendo' sangue, Rute, a enfermeira tirou aquelas coisas de mim, já com a quantidade certa de sangue que Justin iria precisar. Me levantei e mesmo tonta tirei a foto como prometido.

- Obrigado. - Rute agradeuceu.
- Magina. Vou poder ver Justin quando? - parei na porta esperando-a.
- Ele agora vai receber seu sangue, caso ele fique bem depois disso, dae eles liberam você.
- Ah, obrigado. - sorri - Até depois. - acenei indo em direção a recepção.

Sentei-me ao lado de tia Pattie e a abracei.
- Não quer ir pra casa descançar? - perguntei.
- Claro que não.
- Sabia. - rimos.

2 horas depois.

Duas horas se passaram e eles só sabiam falar que Justin estava se recuperando. Liguei de meia em meia hora pra Selena, eu estava preocupada com Chris, ele nunca fica tanto tempo longe de mim.

- Não aguento mais esperar. - resmunguei me levantando.
- Relaxa. - Pattie disse, ela estava nervosa mas não queria que eu percebesse.

Meu celular começou a tocar e eu rapidamente atendi.
- Isa, está tudo bem? - Niall parecia preocupado.
- Sim, estou. - respondi chorosa.
- Porque está no hospital? Está em todos os sites.
- Justin bateu o carro. -
- Meu Deus. - disse perplexo. - Como ele está?
- Se recuperando, já doei meu sangue e ele vai ficar bem.
- Menos mal. E você... como você tá?
- Eu to bem. - menti.
- Mentira dona Isabella, eu te conheço. - ele me fez rir leve. 
- É...- concordei. - Foi um susto enorme, to preocupada.
- Vocês brigaram?
- E ele saiu de casa descontrolado e deu no que deu...
- Eu estou torcendo por você Isa, conversei com meu impresario e ele vai dar um jeito de desfazer isso de sermos obrigados a namorar, não é certo.
- Ele vai fazer oque?
- Não sei, mas Isa, somos amigos... não dá pra enganar as pessoas pra sempre. Provavelmente eles vão armar algo, pra fingirmos que brigamos e terminamos, pode mudar algo em nossa carreira, mas é preciso.
- Também acho.
- Mas enfim, eu fiquei preocupado contigo. Se cuida, tá? Me dê noticias.
- Obrigado Nini, eu amo você e estou morrendo de saudades. - ele riu timidamente.
- Também estou. Beijos, amo você pequena.

Desliguei o celular e o médico apareceu.
- Eai doutor...
- Bem...
- Bem...?
- Ele está se recuperando...
- E...?
- Diz logo. - Pattie estressou-se.
- Ele acordou tem alguns minutos e está sendo medicado para não sentir tanta dor no braço. - aquilo me fez esbolar um mega sorriso. - Poderão vê-lo...
- Ah Meu Deus. - praticamente gritei pulando na Pattie.
- Eu sabia. - ela disse.
- Então... Quem vai primeiro?
- Ahn, aah, não sei...
- Você é a Bella? - acenti - Então acho que ele quer vê-la. - meu corpo estremeceu.
- Vai lá querida. - Pattie disse sorrindo, acenti ainda meio desnorteada e segui o médico.

A cada passo que eu dava meu corpo demonstrava sinais de nervosismo  meu coração estava prestes a saltar para fora do corpo, junto com o pouco que comi pela manhã. O médico parou de frente ao quarto 1234 e aquilo me fez rir, ele murmurou um breve 30 minutos e saiu, deixando ali sem saber oque fazer.

Levei minha mão tremula até a maçaneta e fechei os olhos antes de abrir, rodei a mesma e abri devagar, fazendo com que a porta rangesse em um barulho chato, tipico de portas. Mordi o lábio segurando o sorriso que provavelmente explodiria meu rosto, ao ver Justin de olhos abertos, fitando o teto sem parar... assim que sentiu minha presença desviou o olhar e sorriu leve. Encostei a porta e caminhei sem jeito até ele. Seus olhos grudaram nos meus, fazendo todo meu corpo estremecer, olhei rapidamente para baixo procurando por suas mãos e a peguei.
Ele passou seu olhar pelo pouco que via do meu corpo e fez uma cara estranha, que me fez olhar rapidamente.
- Porque está toda de preto? - sua voz saiu falha. - Eu não morri. - ele juntou as sobrancelhas e fez uma cara engraçada que foi impossivel não rir.

Capitulo 29.


- Você me matou do coração. - disse parando de rir.
- Me desculpa. - ele sussurrou.
- Eu deveria pedir desculpa. 
- Não devia ter saido daquele jeito.
- Aqui não é lugar pra conversar sobre isso, e ... você tem que ficar melhor, dae conversamos. 
- Sem brigas?
- Sem brigas. - sorri. 
- Obrigado. - ele disse com dificuldade.
- Obrigado porque? - franzi o cenho.
- Por me doar sangue.
- Você não tem que agradecer, e como sabe? 
- A enfermeira me contou... 
- Hum. - me esquivei, debruçando-me sobre a barriga de Justin, onde apoiei minha testa levemente fazendo meus cabelos caírem sobre ele. Fechei os olhos e suspirei.
- Obrigado meu Deus. - agradeci mentalmente.
- Oque foi? - Justin se pronunciou, fazendo-me levantar a cabeça.
- Nada, eu só tava...agradecendo. - me virei de costas e dei um impulso para me sentar ao seu lado na cama.
- Agradecendo pelo oque? - o olhei.
- Por você estar bem. - ele sorriu fraco e ficamos em um silêncio.
- Senti sua falta. - ele murmurou com a voz falha.
- Ainda sinto a sua.
- Agente tem muito oque conversar... ca...cadê meu filho? - e pela primeira vez no dia eu consegui sorrir verdadeiramente.
- Ele foi pra casa com a Selena.
- Ainda não entendo porque me escondeu esse tempo todo.
- Não vamos falar disso aqui, por favor...
- Tá. - ele concordou, mesmo não querendo.
- Você está fraco, precisa descansar.
- Que nada, posso sair dançando feito um Michael Jackson daqui. - ele tentou rir, assim como eu.
- Ah não pode não...
- Posso sim, quer ver... - ele tentou levantar-se mas eu o impedi
- Nananão. - ri, ele parou de rir e soltou minha mão - Que foi?
- E o Niall? - ele virou o rosto, fazendo-me rir. - Porque está rindo?
- Está com ciumes?
- Não.
- Uhum, sei. - ele me olhou torto, enquanto eu ria - Niall é meu melhor amigo.
- Não é o que parece. - ri novamente.
- Niall e eu namorados por marketing. - ele me olhou perplexo. - Isso mesmo, somos obrigados a namorar.
- Ma...mas porque?
- Marketing? - ele me olhou estranho - É complicado, mas o empresario de Niall está cuidando de tudo, Niall tem uma namorada e não aguenta mais esconder dos fãs isso.
- E você?
- Eu não aguento mais enganar os meus fãs. Eles acham que somos o casal mais feliz do mundo, enquanto meu filho é de um pai desconhecido.
- Eles não sabem de .... nós? - acenti negativamente - Porque?
- Minha vida pessoal fica só pra mim e pros intimos. - sorri.
- Nossa.
- Principalmente Christian, te fotos dele na internet, tem... mas evito deixar ele dentro desse mundo.
- Porque Christian? Você podia ter me ligado e perguntado um nome...
- Ah claro... eu iria pegar o telefone e falar ''Alô Justin, oi tudo bem? Quanto tempo né? Então, to aqui no hospital pra dar a luz e não sei que nome colocar no nosso filho, tem palpites?'' - ele riu.
- Poderia ter feito isso. - revirei os olhos rindo. - Ele sabe que sou pai dele?
- Claro que sabe, eu fiz de tudo pra ele saber quem é seu pai de verdade, mostrei fotos... videos. - ele sorriu - Mas não gosta de Christian? - me sentei na poltrona que havia do lado da cama
- Eu gosto, mas porque?
- Seilá, só gosto desse nome, é bonito. - ficamos em silencio - Ele se parece tanto com você... -ele sorriu - Ele tem seu jeito. - me levantei andando pelo quarto, até a janela.
- Como?
- Ele ta com uma mania de querer escolher a roupa que veste, mas ele troca umas trinta vezes até achar a perfeita. - Justin riu.
- Sério?
- Uhum. Uma vez aconteceu uma coisa, que eu me lembrei de você.
- Oque? - ele parecia interessado nas coisas que eu falava sobre Chris.
- Teve um dia em que estavamos em um hotel... - caminhei pelo quarto, fuçando nas coisas -  E no quarto tinha aquelas portas enormes de vidro...
- Pera, não vai me dizer que ele...
- Sim, ele foi correndo e POW... - gritei rindo - Foi de cabeça. - Justin tentou rir alto, mas ele estava com dor, fazendo com que eu caminhasse até ele, para acalma-lo. - A unica coisa minha naquele molequinho, são minhas mãos gordas . - ri fraco - E o nariz empinado.
- Ele é lindo.
- Também é nosso filho. - ri deitando-me ao seu lado.


19h23


Passei a maior parte do tempo que pude com Justin, agente conversou de coisas aleias, nada demais. Ainda não nos resolvemos, até porque eu não iria falar com ele sobre isso em um hospital, enquanto ele esta com dores e em observação. Pattie disse que ficaria lá mais um pouco e eu precisei ir pra casa porque precisava de um banho, e estava louca pra ver meu anjinho.

- Cadê meu bebê? - entrei em casa gritando, fazendo Selena se assustar e Chris pular do sofá.
- Mamãe... - ele gritou pulando em mim para um abraço.
- Awn meu amor, que saudade de você. - o apertei contra meu corpo, levantando-me com ele.
- Mãe, a titia fez miojo pa mim. - ele disse ao me sentar-se e coloca-lo em meu colo.
- Titia?
- Agora ele tá me chamando de titia, meu Deus... to me sentindo velha. - Selena saiu até a cozinha lamentando, oque me fez rir.
- Você gostou? - ele olhou para o lado e balançou a cabeça negativamente.
- Tava ruim. - rimos. - Cadê a vovó?
- Ta no hospital.
- Cum papai?
- Como sabe?
- Titia que disse...- Selena é uma vadia.
- Papai logo logo vai estar aqui pra brincar com você. - apertei ele novamente.
- Vai memo?
- Uhum... Agora, que tal agente tomar um banho e dormir? - ele sorriu. - Topa?
- Topo. - peguei ele em meu colo e cambalhei até as escadas, com dificuldade para subi-las.

Deixei Chris no chão e tirei meus saltos para poder relaxar meus pés, tirei meu casaco e os deixei em cima da cama mesmo, peguei Chris e o levei comigo para o banheiro, deixei que a banheira ficasse enxendo e coloquei ele lá dentro enquanto isso, tirei minha roupa e coloquei no sesto para lavar, prendi meu cabelo em um coque alto e tirei a maquiagem. Andei até a banheira e entrei, ficando de frente para Chris. Me encostei sobre a borda e fechei os olhos.

Estava relaxada até levar um susto de um ser me olhando pela porta do banheiro, Selena estava me encarando e aquilo fez a rir.

- Você é doida. - disse me ajeitando e olhando rapidamente para Chris, que brincava com uns patinhos de borracha.
- Então, como Justin tá? - ela entrou e ficou se olhando no espelho.
- Se recuperando. Ele quebrou o braço e teve hemorragia, mas tá melhor depois que fiz a doação.
- Conversaram?
- Como queríamos, não.
- Eu rezo por vocês. - ri leve.
- Obrigado. - rimos. - Sabe, cansei de seguir regras... - ela parou de olhar o espelho e me olhou,
- Oque quer dizer?
- Amanhã vou dar meu primeiro furo em uma revista.
- Como assim?
- Vou faltar no ensaio de fotos. - ri de mim, pegando Chris e colocando na minha frente para ensaboar ele.
- Sério? Sua empresaria vai te matar.
- Cansei dela. - ela riu.
- E vai fazer oque? Dispensa-la?
- Vou. - ela me olhou perplexa. Passei a bucha sobre as costas de Chris, enquanto falava.
- Tem um cara de olho em mim, ele disse que tem planos melhores para mim, ele quer ser meu empresario... na verdade ele sempre quis.
- Quem é esse cara?
- Scotter Braun. Eu conversei com ele durante horas, o cara é bom.
- Vai aceitar.
- Vou. - sorri
- Você é doida. - dei de ombros.
- Gosto de correr riscos. - ela riu saindo do banheiro. - Ei gatinho, vamos sair?

Me levantei pegando meu roupão, em seguida tirei Chris e o enrolei na toalha.
- Oque quer vestir? - o deitei na cama.
- Pizama
- Tá. - fui até nossas coisas e peguei um pijama que era um macacão, dos bananas de pijama e voltei até ele, terminei de enxuga-lo, vesti uma cueca que pra variar era box e depois coloquei o pijama. - Agora a mamãe vai vestir o dela, espera ai...

Fui até nossas coisas e peguei minha camisola, que mais parecia um vestido de projeto de puta. Penteei meus cabelos e os deixei solto, voltei para cama e liguei o ar e deitei com meu nenémzinho.
- Mamãe, canta pa mim? - sorri
- Oque você quer que eu cante?
- Aquela musca.
- I know, I know it's been a while, I wonder where you are, and if you think of me, sometimes, 'cause you're always on my mind, you know I had it rough, trying to forget you but, the more that I look around, the more I realize, you're all I'm looking for - o deitei sobre meu peito, fazendo-lhe carinho nos cabelos. What makes you so beautiful, is you don't know how beautiful you are to me, you're not trying to be perfect, nobody's perfect, but you are, to me, it's how you take my breath away, feel the words that I don't say, I wish somehow, I could say them now, Oh, oh, I could say them now, yeah
Terminaria de cantar, mas percebi que ele já estava dormindo, aquilo me fez sorrir. Depocitei um pequeno beijo em sua cabeça e fechei os olhos. 

Capitulo 30.


5 dias depois.

Á 4 dias atrás eu dispensei a minha empresaria que me acompanhou a três anos, acredita? E claro, quando se é uma celebridade, sua vida é 24horas vigiadas, agora não me pergunte como, mas as pessoas já sabem, descobriram tudo e eu estou em todos os sites. Mas pensa pelo lado bom, eu mudei de empresario, e esse Scotter agora vai tomar conta de mim e da minha carreira, que ainda digamos não acabou, está apenas começando. 

Mas como prometido  ainda continuarei com as minhas benditas férias que mal começaram, vou ficar mais de um mês, podendo fazer oque eu quiser, sem ter ninguém para encher meu saco, dizendo oque tenho que fazer. Vida normal, como alguns anos atrás, não totalmente, mas entenderam. 

Ontem pela noite, Justin acabou recebendo alta para a nossa felicidade, mas só vai chegar hoje pela manhã. Agora é rezar para uma recuperação completa dele, já que ele ainda esta meio fraco por ter ficado em um hospital por seis dias, sem fazer nada, ainda mais ele, que é imperativo ao extremo. 

Me levantei cambaleando até o banheiro, e parei de frente a pia. Prendi os meus cabelos em um coque alto, e lavei meu rosto, escovei meus dentes e fiz minhas higienes matinais, aproveitei pra tomar um banho relaxante, antes que Chris acordasse. Sai do banheiro e vesti uma roupa, soltei meus cabelos e os penteei, em seguida os ergui e os prendi em um coque alto. Não quis passar maquiagem, então apenas passei um hidratante no rosto e olhei Chris, que ainda dormia, antes de eu descer.

Desci a cozinha, porque eu estava morrendo de fome, abri a geladeira e peguei uma caixinha pequena de suco de laranja, abri o armário e peguei umas torradas, passei requeijão sobre elas e mordi. Escutei vozes vindas do lado de fora, e corri até a janela para ver melhor, Justin e Pattie estavam chegando, praticamente me engasguei com a torrada e tive que beber um pouco de suco, peguei qualquer pano e limpei a boca, em seguida sai correndo até a sala, onde já estavam abrindo a porta e eu não contive o meu sorriso.

- Oi. - ele disse sorridente. Não me aguentei e praticamente corri até ele, em abraço que foi quase retribuído  se ele não estivesse com o braço quebrado. - Bella Bella, meu braço... - ele resmungou e riu.
- Ah, desculpa. - ri sem graça, olhando para ele. Ouvi uma tosse falsa e me toquei que tia Pattie estava ali. - Ah... Oi tia, tá bem? - dei um abraço nela.
- Estou otima, mas preciso dormir. - rimos. - Bella, cuida desse moleque porque eu já cuidei demais. - ela tentou beija-lo na bochecha e acabou conseguindo, arrancando uma careta dele, em seguida subiu para seu quarto. 
- Está com fome? - perguntei.
- Fala sério, to morrendo de fome. - rimos.
- Então vem, eu tava tomando café... - andei até a cozinha e ele me seguiu, sentando-se em uma banqueta. Peguei mais torradas no armário e a geleia de amendoim que eu sei que ele gosta. Peguei um dos sucos de laranja e abri pra ele. 
- Como se sente? - perguntei bebendo o meu suco.
- Fora o braço, me sinto bem. 
- Ainda me odeia? - perguntei sem querer. Ele apenas sorriu e balançou a cabeça negativamente.
- Oque vai fazer hoje? - ele perguntou.
- Pensei em ficar aqui, só. 
- Hum. 
- Porque?
- Nada. - ele sorriu bebendo seu suco.
- Sei. - sorri jogando a caixinha do suco no lixo.

 Ia dizer algo, mas uma coisa me interrompeu.
- Mamããããe... - Chris gritou lá de cima, oque me fez sair correndo. 
- Oi, meu amor? - entrei no quarto e ele estava sentado na cama. 
- Mamaãe.. - ele fez manha, e levantou-se, parei na ponta da cama e o peguei no colo, apesar dele ser pesado eu consigo aguentar. 
- Mamãe ta aqui. - me sentei com ele, já que não é possivel ficar com ele muito tempo no colo. O deitei novamente sobre a cama, enquanto afastava seu cabelo do rosto, observando seus traços angelicais, que me deixavam apaixonadas. - Ainda tá com sono, eim? - ele acentiu, colocando o rosto entre meus peito. - Quer dormir mais, ou quer tomar um banho e comer? - ele voltou a me olhar e parou para pensar.
- Os dois. - ele riu.
- Oxente, mas não dá pra fazer os dois. - ele riu, porque eu estava mudando a voz.
- Mas eu telo. 
- Que tal assim, você toma um banho, dae agente desce, você come e depois você dorme? - ele olhou para o nada.
- Ta. - ri da cara engraçadinha que ele fez. - 
- E ... - parei meu olhar na porta, onde Justin estava escorado na mesma, fazendo-me sorrir - E.. oque você quer comer?
- Jujubas... - ele sorriu brincando com a minha blusa.
- Doce de manhã? - fiz cocegas neles, e sorri ao ouvir aquela risada gostosa. Parei de fazer e sussurrei em seu ouvido - Olha quem tá na porta. 

Chris parou de rir aos poucos e virou seu rosto até lá. Eu não sabia como ele iria reagir, mas então ele sentou-se, olhou para mim e para Justin algumas vezes e disse:
- Papai? - caralho, meu coração foi no céu e voltou. Imagina Justin nesse momento? 

Me levantei da cama e andei até Justin, que tinha um sorriso enorme no rosto. O puxei pela mão, fazendo-o sentar na cama.

Justin P.O.V

CARALHO, TEM SENSAÇÃO MELHOR DO QUE OUVIR SEU FILHO TE CHAMAR DE PAI? NÃO, não tem, cara já posso morrer, porque vou morrer feliz. Bella estava quase chorando de emoção, ela me levou até a cama onde Chris me olhava atento, e eu sem saber muito oque fazer. 

- Você ... Você sabe quem eu sou? - nossa palmas pra sua pergunta Justin, palmas. Ele balançou a cabeça acentindo positivamente, me fazendo sorrir. 
- É o meu papai, né? - ele me fez sorrir.
- Sim. - respondi querendo gritar de emoção. Ele se ajoelhou e caminhou até mim, colocando uma mão em meu rosto, e olhando-me com aqueles olhinhos inocentes, da cor dos meus olhos. Então ele me abraçou, e eu só pude retribuir com um braço, mas valeu tudo, valeu a emoção que eu senti, meu coração estava completo novamente. Enterrei meu rosto sobre a curvatura de seu ombro, fechando os olhos e aspirando o cheiro de bebê que ele tinha. 
- Você namola minha mamãe? - ele perguntou ao se afastar, oque me fez rir. Olhei rapidamente para Bella que tinha virado um pimentão.
- Não, mas... - a olhei rapidamente, enquanto ela aguardava oque eu iria falar. - Pretendo pedi-la em casamento. - ela sorriu largo virando o rosto, porque eu sei que ela estava envergonhada, mas não a nada mais lindo que sua cara quando está com vergonha.
- É, vamos tomar banho Chris? - Bella levantou-se ainda com seu sorriso bobo no rosto, que me fez rir. Ela pegou Chris no colo e cambaleou um pouco. - Diz tchau pro papai, que daqui a pouco você volta. Dá um beijinho nele... - ela se aproximou e Chris me deu um beijo melado no rosto. 

Bella levou ele para o banheiro, enquanto eu tentava processar aqueles pequenos minutos ali, oque havia acontecido. Cara, ser pai, é, a, melhor, sensação, do, mundo, sem mais. Aquele acidente me fez pensar, que por mais que Bella tenha cometido erros no passado, agora no presente ela está arrependida, está aqui por mim e com o melhor presente que eu poderia ganhar na vida. 
Vida só temos uma, não dá pra dispersar por magoas do passado.

Bella saiu em direção as malas que estavam no chão, e eu aproveitei esse momento, fui rapido e a puxei pelo braço, encostando-a na parede. 

- Não tava brincando, quando disse que te pediria em casamento.
- Então pede... 
- Não agora...
- Porque?
- Porque eu gosto de surpreender. - ela sorriu. Me aproximei de seu rosto, arriscando-me por estar perto dos seus lábios que estavam vermelhos naturalmente, seu halito fresco, levemente de menta bateu contra meu rosto, fazendo-me sentir saudade de um beijo que eu não sentia a cinco anos, eu estava mais que precisando, eu estava necessitando, e eu sei que ela também.

- Mãe? - Chris chamou e eu quis me matar mentalmente. Bella sorriu vendo minha cara e me deu um selinho leve e saiu. Que droga.

Voltei pra cama e acho que eu estava tão cansado que apaguei ali mesmo.

Bella P.O.V

Não sei identificar oque eu to sentindo agora, to tão feliz que deveriam criar um nome para quem tá mais do que feliz. Tirei Chris do banho e me deparei com Justin dormindo na minha cama, apenas sorri e fiz o minimo de barulho possivel. Levei ele para comer algo e depois ficamos vendo televisão a tarde toda. E foi dito e feito, Chris dormiiu vendo tv e eu tive que subir com ele até o quarto, o deitei ao lado de Justin e aquela cena fez meu coração transbordar amor, carinho, alegria, eu estava completa, feliz... renovada. 

Coloquei Chris mais para o meio, tirei minhas botas e deitei na cama, aproveitando aquele momento, onde nossa familia estava completa. Cara, acho que nunca estivesse mais feliz. Justin é meu, Chris é meu, meus dois homens, minha familia, ali juntos comigo. Como eu sempre quis.

Capitulo 31.
Acordei ouvindo risadas ao meu lado, que me fizeram virar o rosto para ver quem estava ali. Justin e Chris estavam rindo de algo que eu não pude saber, já que eles assim que perberam que havia acordado, pararam de falar e me observaram.

- Mamãe. - Chris engatinhou na cama, até mim e depositou um beijo molhado na minha bochecha.
- Que horas são? - minha voz saiu falhada. Justin olhou no relogio que estava no seu pulso e voltou a olhar para mim.
- Hora do jantar. - ele disse e riu, com meu desespero em sentar.
- Dormimos a tarde toda?
- Sim. - ele sorriu.
- Nossa. - me apreguiçei e arrumei o coque do meu cabelo que estava frouxo, por eu ter dormido. - Do que estavam rindo? - perguntei desconfiada.
- Nada. - Justin sorriu maroto, fazendo Chris rir.
- Nossa, já se juntaram contra mim? Oque estão armando?
- Nada. - Chris repetiu rindo.
- É assim? - cruzei os braços, emburrada.
- Fica tisti não mamãe. - Chris veio pro meu lado.
- Só se você me der um beijinho... - fiz voz de criança. Ele sorriu e me deu um selinho, que me fez sorrir.
- Ah, eu também quero... - Justin resmungou com um sorriso sapeca nos lábios. Mostrei a linguá pra ele e voltei a apertar meu filhote, que estava tão gostosinho hoje, distribui beijinhos sobre seu rosto, fazendo ele rir.

Justin levantou-se e saiu do quarto, me deixando sem entender nada. Segundos depois ele voltou com um sorriso sapeca e sentou-se novamente onde estava.

- Onde foi? - perguntei curiosa.
- No banheiro. - ele respondeu sem me olhar, ele está mentindo, tenho certeza.
- Sei... - respondi desconfiada.
- Chris... - Pattie cantarolou entrando no quarto. Saquei tudo a partir dali.
- Oi vovó? - Chris respondeu levantando na cama.
- Adivinha quem tem fez bolo de chocolate? - ela disse sorridente.
- Você? - ele perguntou animado pulando no colo dela.
- Você quer? - ele acentiu e eles sairam do quarto.

Não me segurei e comecei a rir.
- Porque está rindo? - Justin perguntou rindo junto.
- Isso tudo foi pra ficar sozinho comigo? - ele riu timido.
- Talvez.
- Pra que?
- Pra conversamos. - ele levantou-se e caminhou até a porta, fechando a mesma.
- Sobre...? - ele sentou-se novamente.
- Sobre nós. - ele me encarou.
- Justin... posso te perguntar uma coisa? - me ajoelhei ao seu lado.
- Claro.. - ele sorriu torto.
- Sente raiva de mim?
- Não. Eu só queria entender você, o porque de tudo.
- Justin, meu amor... - me posicionei mais perto dele, segurando sua mão livre. - Eu vou falar tudo que tá preso aqui dentro. - molhei os lábios - Me desculpa por tudo que eu causei, eu sei que fiz muita coisa que te maugou, que maguou a mim, a nós, mas eu só fiz tudo aquilo que fiz, porque eu achei que fosse certo, achei que fugir e esconder tudo fosse a melhor coisa a se fazer, você sabe que eu era fraca e insegura, mas eu mudei e eu me arrependo muito de ter te deixado, de ter escondido nosso filho, porque eu sei que você iria ficar feliz, mas eu não aguentei a pressão da nossa familia contra nós e achei que com um filho eu acabaria te atrapalhando nos estudos, prejudicando você. - suspirei - Justin, todos esses anos eu nunca, nem por um segundo pensei em desistir de você, porque você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, eu te amo como nunca amei aguém na vida, você mudou minha vida de um jeito surreal e eu tenho que ser grata á você por essa pessoa que eu sou hoje, eu nunca deixei de te amar, eu pensava em você casa segundo da minha vida, imaginando como voce deveria estar sem mim, como estava vivendo. Eu sei que esse relacionamente é julgado 24 horas por dia, que sofremos preconceito com isso, mas eu não quero mais ter você longe de mim, eu estou disposta a passar por tudo por você, eu te amo mais que qualquer coisa, eu te amo agora, e acho acho que amo mais do que amava a dois segundos atrás, você me tem, eu pertenco a você desde o segundo que me fez sua, você foi o unico na minha vida, e sempre será, porque cada fibra da minha pele, cada batimento do meu coração é por você e pra você.... por favor Justin, me perdooa por tudo. - terminei de falar e Justin me olhava com um certo sorriso de canto nos labios.

Ele jogou a cabeça para trás e observou o teto, deixando-me aflita querendo saber oque se passava naquela cabeça, então ele me olhou com um olhar misterioso, e indecifravel, oque me fez gelar, naquele momento meu corpo já estava preparando para ouvir as palavras mais frias e crueis que eu não queria ouvir, mas fui surpreendida por seus lábios quentes que rapidamente tocaram os meus, fazendo com que todo o meu corpo estremessesse.

Ele passou sua linguá por meus lábios, pedindo passagem e eu rapidamente cedi, não aguentando mais, eu precisava daquele beijo mais do que qualquer coisa, eu sentia falta dele e daqueles lábios quentes sobre os meus. Minhas mãos seguraram seu rosto, itensificando o beijo, que estava repleto de saudades, luxuria e amor. Justin levou sua mão livre ate meu rosto e fez um pequeno carinho, que me fez sorrir entre o beijo.

- Me dê um motivo pra não te perdoar?
- Eu ser tola e só fazer coisa errada? - ele riu de mim e voltou a me beijar
- Não sei como fui capaz de te deixar...
- Esquece do passado, vamos viver o presente...
- Eu senti tanto a sua falta. - me abracei ao seu corpo, sentando-me em seu colo.
- Eu senti muito mais a sua, falta da sua pele em contato com a minha, seus lábios... - ele sussurrou no meu ouvido, causando-me arrepios.
- Justin, pensando bem... agente nunca namorou. - comentei afastando-me para olha-lo. - Você nunca pediu..
- E nem vou pedir.
- Nossa, é assim? Beleza. - virei meu rosto emburrada.
- Não adianta fazer essa cara, porque eu nao vou mesmo...
- Ta.
- Bella, eu não vou pedir você em namoro...
- Ja entendi Justin. - gritei apelando e saindo do colo dele, mas ele acabou sendo mais rapido e me puxou de volta.
- Não pera, deixa eu terminar de falar?
- Fala... - dei de ombros.
- Eu não vou te pedir em namoro, porque eu pretendo te pedir em casamento. - meu coração saltou, toda vez que escuto isso, eu fico inqueta. - Mas se você quiser, eu peço em namoro mesm...
- Não. - ri do meu desespero e colei nossos lábios rapidamente, para um beijo com muito fogo e luxuria. Sua mão livre passeou pelo meu corpo, fazendo-me arrepiar com seu toque.

Passei minhas mãos sobre seu pescoço, deixando o beijo mais quente.
- Justin, sussega o faxo. - ele riu.
- Eu to necessitando você.
- Porque?
- Porque eu to na seca... Droga de braço quebrado. - ele me fez rir
- Calma, são apenas 15 dias. - ele arregalou os olhos
- Caralho, me chupa então...
- JUSTIN! - gargalhei.
- É sério... - ele se remexeu, fazendo com que meu quadril mexesse e acabasse sentindo o provavel amiguinho dele.
- Isso... mexe mais porra. - me estressei.
- Quando eu tirar esse gesso, você tá fodida. - ele me desafiou.
- Ui, pode vir que eu aguento. - ele riu.
- Quero ver mesmo. - seus lábios tocaram meu pescoço.
- Droga, não provoca agora. - ri levantando-me.


Meia hora depois.


Justin e eu conversamos mais um pouco e estava tudo mais que resolvido. Resolvemos descer um pouco pra ficar com Chris e Pattie. Eles estavam na sala, assistindo tv, e assim que chegamos abraçados na sala, Pattie sorriu e entendeu tudo.

- Se resolveram? - ela perguntou sorridente.
- Sim. - sorri abraçando Justin de lado.
- Ah meu Deus. - ela levantou - Eu orei tanto por isso. - ela nos abraçou. - Eu quero que vocês sejam felizes.
- Obrigado mãe... - Justin disse.
- E sobre a nossa familia, eu vou conversar de novo pra não acontecer tudo de novo.
- E não vai, eu mudei. - sorri. - Não vou mais cometer besteiras na minha vida. Eu quero agora ser feliz ao lado da minha familia. - Chris correu até mim, e peguei ele no colo.
- Vocês vão se casar? - Chris perguntou arrancando risadas nossas.
- Se o me pedirem... - caminhei com ele até o sofa. Seguido por Justin que sentou-se ao meu lado e Pattie no outro sofá.
- Isso foi uma indireta? - ele perguntou.
- Não, uma direta mesmo. - Pattie riu e acabei rindo junto.
- Na hora certa você vai perceber, e tudo que vai precisar fazer é dizer sim ou não. - Justin disse, fazendo não só a mim sorrir.
- Eu esqueci de falar uma coisa...
- Oque? - Justin perguntou, enquanto Chris brincava com meu celular.
- Eu tenho uma apresentação semana que vem, em uma premiação. E eu queria que vocês fossem...
- Eu vou. - Chris respondeu.
- Você sempre vai. - dei um beijo em seu rosto.
- Eu também vou. - Pattie disse.
- Quer ser vista comigo?
- Eu não me importo mais oque as pessoas vão achar de nós, eu só quero estar ao seu lado...
- Mesmo eles julgando?
- Vão nos julgar sempre, por sermos primos, mas... eu não ligo, não me importo, eu te amo e quero que as pessoas saibam da verdade, só isso.
- Awn. - Pattie levantou-se até a cozinha.
- Sabe de uma coisa? - Justin perguntou.
- Oque?
- Eu também amo você, muito mais do que eu amava a anos atrás, ou segundos. - ele me deu um selinho demorado
- Eca - Chris resmungou saindo do meu colo, fazendo com que eu risse e Justin também.
- Agente te ama também - Justin e eu acabamos falando juntos oque me fez rir leve, em seguida eu beijei Chris e Justin tentou arranca-lo de mim.
Familia completa.
Eu.
Justin.
Chris.

Eu posso ficar mais feliz?

Capitulo 32.

Um semana depois...

Passamos praticamente uma semana dentro de casa, apenas matando a saudade e engordando de tanto comer doces e comidas gordurosas que me vinha a cabeça. Saimos ontem apenas para ir ao hospital, onde Justin tirou o gesso do braço, finalmente pra alegria dele... e posso dizer que para a minha também.

Pena que não fizemos nada demais, porque hoje o dia é corrido e teriamos que acordar cedo. Se eu estou nervosa por levar Justin e Chris juntos á uma premiação, com aqueles milhoes de programas de tv com a mira em nós? Sim, eu estou, mas como eu disse, não ligo mais pra opniões das pessoas, principalmente de pessoas insiginificantes que nã sabem nem metade da historia.

Justin estava sentando em uma das poltronas da casa, com Chris no colo, enquanto meu cabelereiro dava um jeito no meu novo visual, e uma manicure que eu tive que chamar de ultima hora, fazia minhas unhas. Pattie estava na sala ao lado, a sala de jantar, arrumando também seu cabelo com outra pessoa.

- Justin, você vai ter que sair da sala. - ri da cara dele.
- Porque? - ele perguntou com sua expressão confusa.
- Porque é tipo uma surpresa sabe...
- Ela ta mudando a cor do cabelo. - Dimmy, meu cabelereiro disse.
- De novo? - Justin riu - Uns dias atrás, antes de você voltar, seu cabelo tava loiro... e agora, vai ser que cor?
- Segredo. - ri e ele fechou a cara. - E não fica com essa carinha de quem caiu da cama, tá? Daqui a pouco estamos prontos e você vai me ver, por um milagre, linda.
- Você tá sempre linda. - ele levantou-se com Chris, que estava distraido com o celular de Justin.
- Obrigado. - sorri, fazendo ele rir. - Agora suba e já vai se arrumar, e arrume Chris também.
- Tá bom mãe. - Justin disse, zombando.
- Idiota. - retruquei.
- Linda. - ele ajeitou-se - Chris meu filho, diz adeus a sua mãe morena, seja lá qual for a cor do proximo cabelo dela... - ele parou de falar e sussurou algo no ouvido de Chris.
- Mamãe, papai disse que você ficaria linda até com o cabelo verde, e eu tamém acho. - ele sorriu timido, escondendo o rosto no pescoço de Justin.

Não consegui dizer nada, apenas esbocei um grande sorriso em meu rosto, vendo os dois caminharem até as escadas sussurrando algo entre eles.

- Você finalmente parece feliz. - Dimmy comentou.
- É, eu estou. - respondi sorrindo.
- Nunca vi você tão radiante, olha, até seu cabelo tá colaborando hoje... - ri, não sei bem o porque, mas eu ri.
- Que bom, né... - ele riu.
- Vai ficar linda, mais do que já é... - sorri.


Depois de tanto esperar a tinta pegar no meu cabelo, terminei de fazer a unha e fui tomar um banho, aproveitando para tirar a tinta. Tive que tomar banho no banheiro de baixo, porque sim, queria que fosse surpresa para o Justin, porque eu sei que ele gosta da cor. Vesti uma roupa basica, só até eu terminar meu cabelo.

Dimmy comemorou que meu cabelo ficou do jeitinho que planejamos e começou a seca-lo, não iria demorar, meu cabelo é facil de fazer e pouco. Depois de secar, ele começou a enrolar as pontas com o babyliss, e eu ja me sentia cansada sem mesmo ter feito nada, odeio ter que ficar horas arrumando a mesma coisa, ele terminou os cachos e começou a fazer o penteado, pegou fio dali e daqui, e já tava com dor de cabeça.

Com o penteado terminado subi discretamente para o quarto da Pattie, junto com a mesma para vestir minha roupa.


Justin P.O.V

Terminei de arrumar Christian, que estava parecendo uma miniatura de Justin Bieber, sim eu. Estava tão lindinho, puxou o pai, eu sei. Deixei de me gabar me pensamente e terminei de me vestir, passei meu perfume e done, estava pronto.

- Será que já podemos descer? - parei de frente a Chris, que estava sentado na cama.
- Num sei. - ele respondeu mesmo sem saber, ri fraco e me olhei novamente no espelho.
- Vamos desobecer a mamãe? - ele acentiu rindo sapeca. - Mas lembrando, só hoje, porque você tem que obedecer ela sempre.

Ele saltou na cama e me acompanhou, segurando minha mão, abri a porta do quarto e vi alguns vultos passarem, em seguida seu perfume doce, mas nem tão enjuativo, invadiu minhas narinas, fazendo meu coração bater mais rapido. Bella estava saindo do quarto de minha mãe, e eu não pude deixar de sorrir com sua cara de panico ao me ver, e na verdade não sei o porque, se ela já estava pronta. E incrivelmente linda, seus olhos estavam sendo destacados pela maquiagem que não era muito forte, por conta do batom vermelho que deixava seus lábios chamativos, seu cabelo, agora em um tom vermelho, basicamente chamativo e simplesmente lindo, que realçou sua pele branca, estava ondulado com um penteado, seilá. Posso dizer que o vestido estava perfeitamente perfeito, não só porque ela estava vestindo, mas porque era do tamanho certo. Que? Sou ciumento.

- Mamãe... - Chris soltou minha mãe e correu até ela - Você tá linda. - ele disse, fazendo-a sorrir.
- Obrigado meu amor, e você está um gatinho. - ele o abraçou, fazendo-o rir pelo elogio.

Me aproximei, fazendo ela voltar sua atenção para mim.
- Você está incrivelmente perfeita. - selei nossos lábios rapidamente.
- Eu digo o mesmo pra você. - ela sorriu.
- Por falar nisso... Seu cabelo está incrivel. - ela sorriu passando a mão pelos fios avermelhados.
- Você gostou? Não achou exagerado?
- Nem um pouco. - sorri, fazendo a mesma me olhar com um sorriso inexplicavel.

E de repente minha mãe (ignorem o Justin) saiu do quarto, quase me matando do coração por eu estar quase beijando Bella.
- QUE GATA! - gritei para provoca-la, arracando risadas de Bella e Chris.
- Shiu menino. - ela riu sem graça.
- QUE GATAS! - Chris gritou, fazendo agora todos rirem.


Quarenta minutos depois. 18h09

Depois de um tempo no transito, e mais um tempo dentro do local esperando Bella voltar do tapete vermelho, vi ela dar varias entrevistas e quis ficar longe, assim ela também achou melhor. Entrei com Chris e minha mãe e fomos para nossos lugares, onde ja estavam reservados para nós, as pessoas estavam me olhando, tentando descobrir quem eu era, ou talvez ja sabendo por eu ter estado em algumas revistas como o membro da familia Mallette que sofreu um acidente e blah. deixando-me sem graça por tantos olhares, principalmente quando Bella chegou e me deu um selinh rapido.

Alguns minutos de premiação, Bella saiu de perto de nós para preparar-se para entrar no palco. Você estar achando estranho eu não estar nervoso nem nada, em um evento desses, principalmente quando se tem Usher, Chris Brown, entre outros cantores que admiro, magina... tá, agora fiquei nervoso. Quando anunciaram a Bella, peguei Chris no colo para que ele conseguisse ver melhor.




Caralho to arrepiado. Quando ela terminou de cantar, bati palmas mesmo com Chris no colo, que também estava sorrindo e batendo palmas. Ela sorriu radiante e as luzes se apagaram, meu coração estava acelerado, acontece as vezes quando eu escuta sua voz.

Sentei Chris novamente.
- Ela é sempre incrivel assim? - perguntei a ele que riu e assentiu.


01h23. Casa.
Bella P.O.V


Eu estava exausta, meus pés estavam doendos por conta do salto e minhas costas estavam doloridas, apesar disso eu estava feliz, minha voz falhou um pouco hoje, mas eu acabei ganhando um premio por musica do ano. Entrei em casa e Justin levou Chris para o quarto de Pattie, porque já que Justin resolveu dormir aqui, coloquei Chris pra dormir com Pattie.

- Ai eu vou lá dormir com ele. - Pattie tirou os saltos e os segurou. - To morta de cansada...
- Eu também. - tirei os saltos e fiz o mesmo. - Boa noite tia. - beijei seu rosto e nos separamos, fui para meu quarto e me joguei na cama, tirando os brincos, colar e pulseiras, tacando-os no criado mudo. Segundos depois Justin entrou no quarto, ja fechando a porta e trancando, seu corpo subiu em cima do meu fazendo-me assustar.

- De hoje você não me escapa. - ele disse com um sorriso sapeca nos lábios.
- Não vou fazer nada com você na casa da sua mãe, imagina se ela escuta eu...- parei de falar já ficando vermelha.
- Você gemendo? - ele completou a frase, me deixando roxa. Nã evitei em rir alto. - Porque agente nunca faz sexo aqui?
- Porque é a casa da sua mãe, o quarto dela é esse ao lado. - ele riu.
- Então vem comigo pro meu apartamento? - ele pediu.
- Mas tá tarde pra gente sair...
- Eu to te implorando... - sua voz saiu tremula, oque me fez rir.
- Tá. - ele sorriu e saiu de cima de mim. - Mas temos que voltar pela manhã...
- Ta bom, ta bom. Agora não faz barulho pra Pattie não perceber nada. - me levantei e calcei um chinelo mesmo. Saimos do quarto de fininho, descendo as escadas pé por pé, e do mesmo jeito saimos até a rua correndo até o carro e saindo rapidamente dali.

(Atenção, contem cenas fortes, se não gosta, nem lê)


Justin me prenssou contra a parede gelada do corredor, enquanto tentava abrir a porta sem olhar, beijando-me. Me afastei para que ele abrisse aquela coisa logo e assim fez, suas mãos puxaram minha cintura para dentro do apartamento, em seguida batendo a porta e trancando de qualquer jeito, a uma altura dessa meu batom vermelho havia saido completamente, Justin sugou meus lábios de uma forma que me fez arfar.
- Senti sua falta. - ele falou encostando nossos lábios, não disse nada, apenas correspondi ao seu beijo.

Suas mãos rapidas desceram até minhas coxas, passando por trás das mesmas e erguendo-as para que eu pudesse subir em seu colo, abracei sua cintura com as pernas e ele cambaleou até algum lugar, que eu não quis ver por estar grudada em seus lábios suavemente doces, ele apertou minha bunda fortemento ainda por cima do tecido crespo do vestido que usei pela noite toda. Parti o beijo pela falta de ar e comecei a trabalhar em seu pescoço, dando-lhe varios beijinhos e chupões, fazendo Justin se arrepiar, levei minhas mãos até sua nunca, enfiando os dedos entre seus cabelos e os puxando levemente, oque fez ele sorrir entre o beijo e partir o mesmo, ao me colocar sobre um superficie gelada, olhei para baixo após ouvir um barulho de vidro se quebrando e só da percebi que estava na mesa de jantar, onde um copo havia sofrid com as concequencias daquela saudade.

Justin voltou a me beijar e andou ao mesmo tempo, me jogando no sofá macio e ao mesmo tempo gelado por estar meio que abandonado ali a algum tempo. Senti Justin descer as mãos até minhas pernas e aperta-las novamente, é, pelo visto ele gosta de fazer isso. Aproveitei que ele estava distraido com isso e coloquei minhas mãos por debaixo de sua blusa, segurando a barra da mesma e suspendendo.

Ah como eu sentia falta daquele corpo incrivelmente perfeito, que agora é definitivamente meu, para sempre, pelo menos farei ser para sempre.

Justin me deitou delicadamente e subiu por cima de mim, beijando-me, tirando meu folego cada vez mais. Suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo, tentando encontrar o ziper que impedia-o de tirar aquele pedaço de pano, que no momento estava sendo desnecessario, então ele com pouca vontade partiu o beijo e tentou enxergar o ziper

- Odeio roupas. - resmungou descendo meu vestido, com minha ajuda. - Elas são inutes nessa hora. - ele me fez rir.

Ele jogou meu vestido sobre o tapete e voltou a me beijar, mas parou rapidamente e desceu para meu pescoço, trabalhando com as mãos em meus seios. Eu queria acabar logo com aquilo, mal começamos com as preliminares e eu já queria senti-lo. Ele desceu os beijos por todo meu corpo e não perdeu tempo em tirar os unicos panos que atrapalhava seu trabalho, digamos assim.

Enquanto Justin me beijava, controlando a batalha que nossas linguas faziam, meus dedos estavam em sua calça, tentando desesperadamente desabotoa-las, ele levou uma de suas mãos até lá e me ajudou, em seguida voltou a apertar minha cintura, fiz um pequeno carinho lá, oque fez ele gemer parando o beijo, ele queria acabar logo com aquilo, assim como eu.

Parti o beijo para que o pudesse tirar a boxer dele, que apesar de deixa-lo lindo, agora não precisavamos dela. Justin se posicionou entre as minhas pernas e me deu um selinho rapido, antes de me penetrar, senti que apenas a cabecinha havia entrado, como ele sempre fez.... tortura pra ser mais exata.

- O caralho Justin, porque sempre faz isso? - resmunguei fazendo ele rir e se movimentar sem me penetrar completamente. - Enfia essa porra logo...- ele riu e enfiou de uma vez, fazendo-me gemer alto.

Justin se movimentava rapido dentro de mim, causando-me uma onde enorme de prazer, enquanto me contorcia e tentanva não gemer muito, ele abafava com beijos. Troquei as posições as possições, deixando Justin sentado, enquanto eu fiquei por cima, fazendo grande parte do trabalho ali, ele segurou minha cintura com as mãos, enquanto eu cavalgava em cima dele, me controlando pra não chegar ao orgasmo agora. Cravei minhas unhas em seus ombros desnudos, após sentir que não aguentaria por muito tempó, assim como Justin também não aguentou e acabou gozando junto comigo.

Espremi os olhos. Justin abraçou meu corpo com a respiração ofegando, tirei seus cabelos da testa e depois abracei seu pescoço com os braços, esperando o folego voltar. Ele afastou os meus cabelos que estavam grudados pelo meu corpo, por ser grande demais e me deu um selinho molhado. Enterrei meu rosto entre o pescoço, que mesm ele tendo suado ainda tinha um cheiro forte de seu perfume.
- Achei que estaria enferrujada. - ele comentou ofegando, ainda abraçado a mim.
- Querido, meu nome é Isabella Mallete. - o olhei, fazendo-o rir.
- Brevemente Isabella Bieber. - ele sorriu, fazendo rir daquilo.

Capitulo 33.
- Anda Justin, nós vamos nos atrasar. - gritei do andar debaixo, já pronta,  na espera de que Justin terminasse de se arrumar logo, afinal foi ele quem me convidou pra jantar fora.
- Já estou indo. - gritou.
- Você disse isso as ultimas duas vezes que eu mandei você vir. - ouvi sua risada, fazendo-me revirar os olhos e dar as costas da escada.
Caminhei até a sala, onde Pattie e Chris estavam assistindo televisão. Pattie se ofereceu para cuidar dele, enquanto estivessemos fora pela noite, e já que eu não teria outra opção aceitei que ela ficasse com ele.
Abri a boca pra falar, mas Pattie não deixou.

- Eu já sei de tudo. - ela disse cansada de me ouvir dizer que Chris gosta de comer perto de meia noite e tem que cantar pra ele dormir, e caso ele chore coloque minha música, resolve sempre. Ri me divertindo com aquilo e me encostei na parede.
- To esperando a noiva que não desce logo. - gritei para Pattie, mas queria que Justin escutasse, tanto que segundos depois ouvi seus passos apressados, descendo ao meu encontro. Ele estava vestindo uma calça jeans escura e caidas como sempre, uma blusa branca que estava por baixo de uma jaqueta de couro azul escura, completado por um supras branco, mas tão branco que meus olhos doiam ao olhar.
- Aleluia. - retruquei quando ele parou ao meu lado, com uma das mãos apoiada em minhas costas. Ele sorriu pra mim, e digamos que praticamente me comeu com os olhos, fazendo-me ficar roxa de vergonha.
- Vocês estão arrumados demais. - Pattie comentou.
- Mamãe tá linda. - Chris disse, arrancando-me um sorriso.
- E o papai? - Justin perguntou.
- Tá suégi. - não me aguentei e tive que rir caminhando até ele.
- Que coisa linda. - segurei seu rosto com minhas duas mãos e lhe dei um beijo, querendo-o morder. - A mamãe não demora, quer dizer talvez. - dei mais uns beijinhos em seu rosto - Eu amo você.
- Tamém amo você. - ah que coisa linda, meu Deus, não resisti e mordi, fazendo ele resmungar.
- Tchau tia. - dei um beijo nela.
- Tchau meu amor, bom jantar pra vocês. -
- Obrigado mãe, se cuida. - Justin se aproximou dela e beijou sua testa, em seguida se agachou ao lado de Chris, dando-lhe um beijo no rosto e um abraço.
- Como que fala pro papai....- falei sorrindo.
- Papai, te amo. - Chris disse se encolhendo.

Justin olhou pra mim sorrindo e voltou a olhar para ele, no mesmo tempo o pegou no colo, para um abraço apertado.
- Eu também amo você. - ouvi ele sussurrar. Eu estava quase chorando de emoção, meu coração estava todo derretido com aquela cena.
- O segurança que vai nos levar já ta la fora. Vamos antes que essa cena me faça chorar... - disse limpando o pouco que meus olhos estavam lacrimejando.
- Vamos. - Justin levantou-se.
- Tchau. Boa noite. - eu e ele falamos juntos, rindo logo em seguida.
- Tchau. - Pattie disse e Chris estava com os olhos fixos na tv.

Justin se aproximou de mim, fazendo com que o seu perfume entrasse pelas minhas narinas e fizesse meu coração bater mais rapido, como todas as vezes que isso acontece. Minhas mãos tocaram as suas, sentindo logo rapidamente o tipico calorsinho que sinto perto dele, mas rapidamente ele as soltou e levou uma delas até minha cintura, enquanto caminhavamos para o carro que nos esperava.

- Você está tão... linda. - ele sussurrou as palavras no meu pé do ouvido, assim que nos ajeitamos no carro. Seu halito quente que havia batido sobre a pele fina do meu pescoço, fez com que eu me arrepiasse por completo, liberando um sorriso timido como resposta. Ele riu e levantou o braço, passando o mesmo sobre meus ombros, de um jeito desconcertado e me abraçou de lado. Passei meu braço por sua cintura, e me aconcheguei nele.
- Justin, você me ama? - perguntei levantando meu rosto para olha-lo.
- Porque você ainda pergunta? - ele riu dando-me um beijo na testa.
- Responde... - insisti.
- Eu amo você mais do que eu amo nutella.
- Idiota. - ri dando um tapa em seu braço.
- Mas porque a pergunta? Tem duvidas quanto a isso?
- Não. - ri fraco. - Só estou carente...
- Nossa.
- Oque? - ri da sua cara.
- Mesmo você me tendo 24 horas por dia, grudada feito chiclete em mim, ainda se sente carente? - ele riu.
- Ai me deixa. - ri virando-me para a janela, cruzando os braços. Ouvi sua risada ecoar no carro, e seus dedos quentes tocaram minha pele, me puxando, levando-me novamente para perto dele.
- Sua boba. - ele me beijou delicadamente, e era quase, alias, impossivel não corresponder.

Estavamos tão distraidos que nem percebemos quando o carro parou de frente ao restaurante que Justin havia reservado. Separei nossos lábios do milésimo beijo que ele me dava, e observei aquele bando de paparazzis na porta.
- Como eles descobriram? - resmunguei nervosa.
- Ei, se acalma. Ninguem, muito menos ele vai nos atrapalhar. - ele tentou me deixar calma, mas eu sei que ele também havia ficado irritado com aquele.

Meu segurança, mais alguns do restaurante se juntaram para nos ajudar a entrar. Justin foi na frente me guiando, enquanto eu apenas observava o chão, para não cair com aquele meu salto enorme e com mil flashes na minha cara.
- Odeio eles. - resmuguei quando passamos pela entrada, onde as pessoas do lado de dentro já começara a me encarar. Daora a porra da vida.
- Relaxa meu amor. - ele sorriu enquanto caminhavamos até a recepção. - Reserva...
- Bieber? - a moça sorriu completando a frase do Justin, sorridente, oque não me agradou nada.
- Isso. - confirmei sorrindo falsamente, fazendo com que Justin apertasse minha cintura.
- Ahn, já esta pronta. Venham comigo... - vadia, piriguete, puta... tá, talvez eu esteja exagerando, como pode ficar olhando assim pro meu homem?
- Se controla. - Justin disse risonho no meu ouvido.
- Controlada vai ser a marca da minha mão na c...- ele me calou com um selinho rapido.

A garota nos deixou em nossa mesa, que era bem reservada como queriamos e rapidamente um dos garçons veio nos atender. Eu bem que preferia um hamburgue enorme do Buguer king, mas fazer oque se já estamos aqui, Justin fez os pedidos e me encarou.
- Esqueci de como você era ciumenta. - ele brincou.
- Eu não sou ciumenta. - cruzei os braços.
- Ah, não magina. - ele riu num tom ironico.
- Eu não sou ciumenta Justin, eu só cuido do que é meu. - disse séria, não consigo por muito tempo ao vê-lo sorrir. - Droga, quando eu tento ser brava, você não pode sorrir.
- Ah, é? - ele segurou minha mão, que estava apoiada sobre a mesa - Porque?
- Porque não, você sorrindo ai com esse sorriso bonito e besta na cara, não quer que eu sorria de volta?
- Sorriso mais lindo que o seu, não existe. - ele sorriu olhando nos meus olhos.
- Existe sim.
- De quem?
- O seu. - ele sorriu, rindo leve.


40 minutos depois.

Sentia que minha barriga explodiria, não que eu não tenha comido muito, mas é que eu com apenas um copo d'aguá consigo ficar cheia. Justin pediu vinho branco para nós, sabendo que eu amava enquanto conversavamos.
- Comi demais, ble, vou vomitar. - fiz careta.
- Você mal tocou na comida. - ele riu.
- É, mas eu não como muito. - retruquei pegando a taça de vinho branco e dando uma pegada colada, vendo que Justin estremeceu. - Que foi? - me ajeitei rindo dele.
- Oque?
- Você.
- Eu oque? - ele riu.
- Nada, esquece. - ri.

Ficamos em silêncio enquanto eu apenas encarava aquele vinho que estava muito doce, porém eu gosto, mas algo dentro da taça estava me intrigando, um objeto no fundo da taça, brilhava mais que o normal e eu não pude evitar de sorrir ao perceber oque era. Justin percebeu que eu estava sorrindo e franziu a testa, peguei um talher que estava sobre a mesa, peguei a taça e com a ponta do garfo trouxe aquilo para mim, sorrindo de orelha a orelha.

Ao perceber Justin se ajeitou na cadeira, conseguindo apenas me observar, limpei com a tolha da mesa mesmo a aliança dourada que agora estava brilhando mais que o normal e segurei ela na minha mãe tremula. Levantei meu olhar até encontrar o olhar de panico e medo dele, fazendo-me morder os lábios para segurar um sorriso maior, que seria impossivel ou explodiria meu rosto. Ele riu e trocou de lugar, ficando ao meu lado.
- Então... Casa comigo? - ele segurou minha mão.
- Mas claro que sim. - ri envolvendo meu braço em seu pescoço, puxando-o para um beijo.

Capitulo 34.

3 meses depois.

- Justin, precisamos conversar. - disse do outro lado da linha do telefone, havia voltado das férias e estava em nova Iorque, para uma pilha de entrevistas.
- Oque foi meu amor? - senti sua voz vacilar, aposto que ele estava com medo, mas precisavamos conversar sério.
- É que bem... não sei como te falar isso. - ele suspirou do outro lado.
- Vai direto ao ponto Bella, Chris quer dormir. - esqueci de falar que Chris acabou ficando na casa de Pattie, já que eu volto amanhã pela noite.
- É sobre o nosso casamento...
- Isabella, você tá me assustando, fala logo...
- Bem, acho que... - ele suspirou. - Acho que vamos ter que...
- Ter oque Bella? - ele quase gritou.
- Calma. - ri.
- Você quer que eu fique calmo como? Você tá ai toda nervosa querendo falar de algo sério, to agoniado, não quer mais casar, é isso?
- Calma Justin... - ri alto - Eu só queria dizer que vamos ter que adiantar tudo. - ouvi ele respirar aliviado.
- Porque?
- Você vai saber amanhã quando eu voltar pra casa.
- Ah, qual é... fala agora.
- Não. - ri - Mas pensei em nos casarmos em agosto.
- Agosto?
- Sim, o mes que minha mãe nasceu, você se importa?
- Claro que não meu amor, vamos sim.
- Obrigado. - sorri. - E cadê meu filhote? - senti meu coração apertar de saudades.
- Ele tá deitado, pera vou ver se ele dormiu...- ouvi uma movimentação. - Ele dormiu
- Ah, da um beijo nele por mim. - me revirei na cama, imaginando Chris deitado com os olhos fechados e as mãos por baixo do rosto, dormindo como um anjo. - Eu estou morrendo de saudades, prefiria mil vezes estar dormindo com vocês, em uma cama apertada, doque estar nessa cama enorme, sozinha em um quarto de hotel. - ouvi Justin rir abafado.
- É bom dormir com meu filho, mas eu queria nesse momento estar em um quarto com você, sentindo seu corpo sobre o meu, enquanto seu suor...
- Ta, ta, tá... já entendi. - ele riu. - Nada legal essas provocações pelo telefone...
- Legal seria se eu estivesse te beijando.
- Justin, para. - ele riu. - Nao tem graça...
- Tem sim.
- Não tem amor, amor... eu vou dormir, eu tenho entrevistas amanhã.
- Tudo bem... Se cuida...
- Meu amor...
- Oi?
- Eu amo muito você. - sorri em meio aos lençois.
- Eu também amo muito, muito você meu amor. - senti ele sorriu. - Boa noite.
- Tchau. - desliguei o telefone com o maior sorriso do mundo.


No dia seguinte. 01h34, aeroporto de Los Angeles.

Meu pés estavam pedindo socorro dentro daqueles saltos enormes que insistir em usar o dia todo, havia pegado um jato particular pela tarde, para poder passar a noite com minha familia, em paz para semana que vem começar a preparar tudo pro casamento. Desci do avião, já podendo ver uma bela multidão do lado de dentro e fora do aeroporto.

- Minhas fãs. - comentei com Scotter.
- Elas estão sempre em todos s lugares. - ele riu - E são em muitas...
- Graças a Deus. - rimos.
- Parece que tem um carro esperando por você na saida, os seguranças irão nos ajudar. - já podia ouvir os gritos, que faziam minha cabeça doer, mas não só por isso, mas porque passei o dia sem comer, apenas almocei.

Entramos em uma sala, enquanto a equipe de seguranças encontrava um meio de me tirar dali sem causar muita euforia, me sentei em uma cadeira que estava no canto da sala, sentindo meus pés latejarem, fazendo-me resmungar.

Eu só quero chegar em casa e dormir com meus amores...

Ouvi uma gritaria mais alta que o normal, fazendo com que todos se assustassem, inclusive eu.
- Desculpa meu amor, não sabia que elas iriam gritar até por nós. - ouvi aquela voz rouca entrar na sala, encoando pelos cantos e automaticamente fez com que eu levantasse.
- Mamãe... - Chris desceu rapidamente do colo de Justin e veio correndo até mim.
-  Meu amor. - apertei ele em meus braços. - Que saudades de você.
- Eu tamém mamãe. - ajeitei ele me meus braços e caminhei até Justin, parando na sua frente para lhe dar um selinho demorado.
- Fico feliz que vieram. - disse entregando Chris á ele, já que não posso pegar peso.
- Chris insistiu, eu não queria vir porque estava tarde, imaginei que você fosse brigar. - ele me fez rir.
- Estou com tanta saudades, não brigaria. - o abracei.
- Isa, já podemos ir. - ouvi alguém dizer e estava tão perdida com o perfume do Justin que nem percebi quem era, apenas segui os seguranças, já ouvindo a gritaria quando sai da porta, segurando nas mãos de Justin.
Sorri para algumas pessoas e não pude parar para falar com meus fãs, já que estava com meu filho e eu não gosto que ele fique no meio disso.
**

Longos minutos depois, acho que uma hora e meia depois eu já estava pronta para dormir. Estavamos no apartamento de Justin, onde Chris estava dormindo no quarto ao lado, que foi adaptado para ele, e já que ele tinha dormido no caminho. Me joguei na cama, já indo para o lado, na intenção de me alinhar aos braços dele.
- Nada melhor do que estar em seus braços. - disse abraçando-o.
- Eu to intrigado. - ele disse, fazendo-me abrir os olhos e olha-lo.
- Com oque?
- Oque você tem pra me contar? - sorri me sentando na cama.
- Quer que eu seja direta, ou enrole?
- Direta é claro.
- Vou enrolar. - ele me olhou cara de tédio e eu ri. - Bem, ontem eu amanheci muito mal.
- Cê tá melhor? - assenti.
- Eu tava vomitando, pra falar a verdade eu não comi nada direito, então eu pensei assim... alias, pensa comigo... Tem três meses ou mais que eu voltei.
- Continua... - ele estava impaciente, oque era engraçado.
- Eu engordei 6 kilos. - ele me olhou assustado - Eu sei, não dá pra notar porque eu só visto preto...
- É um problema sério, vou te dar roupas coloridas. - rimos.
- Eu to enjuada.
- E?
- Você é muito burro e lerdo sabia?
- Eu não entendi bosta nenhuma que tu disse. - ele riu relaxando o corpo e olhando para o teto.
- Ai meuDeus Justin seu lerdo, eu to gravida. - acho que ele é tão lerdo que demorou pra processar aquela informação, mas quando caiu a ficha, ele faltou pular da cama, mas apenas sentou-se olhando pra mim com os olhos arregalados.
- É sério? Vo-você tem certeza?
- Absoluta, digamos que eu paguei pra fazer um exame de sangue que saisse na hora sabe...
- AHMEUDEUS, eu serei pai denovo? - ele gritou me agarrando pela cintura, e me deitando sobre a cama.
- Não grita, vai acordar o outro filho. - ri segurando seu rosto em minhas mãos.
- Quando eu achei que estivesse feliz, você consegue me deixar mais feliz ainda... na boa, eu te amo pra caralho. - ele me encheu de beijos, por todo o rosto, bochechas, queixo, testa, boca, nariz.
- Você está feliz? - puxei seus cabelos, para que ele pudesse me olhar.
- Oque eu to sentindo não chega nem perto de feliz. - ele selou-me.
- E foi por isso que eu pedi para que adiantasse as coisas, assim eu não me caso tão gorda. - ele riu.
- Você vai ser a noiva mais perfeita do mundo, e a gravida também. - ele sorriu e me beijou.


Uma semana depois.

Entrei correndo na casa da Pattie, acompanhada por Justin e Chris, que estavam euforicos com a nova noticia.
- Tia... - gritei subindo as escadas mas não encontrei ninguem na parte de cima.
- Ela tá nos fundos. - desci correndo e Justin me olhou de cara feia, ele queria que eu não me estrapolasse muito, e tomasse cuidado nessa gravides, porque mesmo sendo a segunda, eu ainda sou nova e corro riscos.
- Tia... - gritei - Pattie...  - gritei novamente, achando-a nos fundos da casa, na beira da piscina.
- Olá, oque foi? - ela levantou-se assustada.
- Temos uma coisa pra te contar... - Justin gritou atrás de mim.

Meu coração estava acelerado, e as imagens daquela cena no hospital não saiam de minha cabeça. Fui ao meu terceiro ultrassom hoje, onde saberiamos o sexo do bebê e eu estava quase explodindo de felicidade, perdi a conta de quantas vezes abracei Justin e Chris, quantos beijos já dei neles e quantos gritos felizes eu dei, então corremos até aqui, a casa de Pattie, para contar...

- É uma menina tia, uma garotinha, você vai ter uma neta. - gritei empolgada, vendo ela arregalar os olhos.


Capitulo 34.
3 meses depois.

- Justin, precisamos conversar. - disse do outro lado da linha do telefone, havia voltado das férias e estava em nova Iorque, para uma pilha de entrevistas.
- Oque foi meu amor? - senti sua voz vacilar, aposto que ele estava com medo, mas precisavamos conversar sério.
- É que bem... não sei como te falar isso. - ele suspirou do outro lado.
- Vai direto ao ponto Bella, Chris quer dormir. - esqueci de falar que Chris acabou ficando na casa de Pattie, já que eu volto amanhã pela noite.
- É sobre o nosso casamento...
- Isabella, você tá me assustando, fala logo...
- Bem, acho que... - ele suspirou. - Acho que vamos ter que...
- Ter oque Bella? - ele quase gritou.
- Calma. - ri.
- Você quer que eu fique calmo como? Você tá ai toda nervosa querendo falar de algo sério, to agoniado, não quer mais casar, é isso?
- Calma Justin... - ri alto - Eu só queria dizer que vamos ter que adiantar tudo. - ouvi ele respirar aliviado.
- Porque?
- Você vai saber amanhã quando eu voltar pra casa.
- Ah, qual é... fala agora.
- Não. - ri - Mas pensei em nos casarmos em agosto.
- Agosto?
- Sim, o mes que minha mãe nasceu, você se importa?
- Claro que não meu amor, vamos sim.
- Obrigado. - sorri. - E cadê meu filhote? - senti meu coração apertar de saudades.
- Ele tá deitado, pera vou ver se ele dormiu...- ouvi uma movimentação. - Ele dormiu
- Ah, da um beijo nele por mim. - me revirei na cama, imaginando Chris deitado com os olhos fechados e as mãos por baixo do rosto, dormindo como um anjo. - Eu estou morrendo de saudades, prefiria mil vezes estar dormindo com vocês, em uma cama apertada, doque estar nessa cama enorme, sozinha em um quarto de hotel. - ouvi Justin rir abafado.
- É bom dormir com meu filho, mas eu queria nesse momento estar em um quarto com você, sentindo seu corpo sobre o meu, enquanto seu suor...
- Ta, ta, tá... já entendi. - ele riu. - Nada legal essas provocações pelo telefone...
- Legal seria se eu estivesse te beijando.
- Justin, para. - ele riu. - Nao tem graça...
- Tem sim.
- Não tem amor, amor... eu vou dormir, eu tenho entrevistas amanhã.
- Tudo bem... Se cuida...
- Meu amor...
- Oi?
- Eu amo muito você. - sorri em meio aos lençois.
- Eu também amo muito, muito você meu amor. - senti ele sorriu. - Boa noite.
- Tchau. - desliguei o telefone com o maior sorriso do mundo.


No dia seguinte. 01h34, aeroporto de Los Angeles.

Meu pés estavam pedindo socorro dentro daqueles saltos enormes que insistir em usar o dia todo, havia pegado um jato particular pela tarde, para poder passar a noite com minha familia, em paz para semana que vem começar a preparar tudo pro casamento. Desci do avião, já podendo ver uma bela multidão do lado de dentro e fora do aeroporto.

- Minhas fãs. - comentei com Scotter.
- Elas estão sempre em todos s lugares. - ele riu - E são em muitas...
- Graças a Deus. - rimos.
- Parece que tem um carro esperando por você na saida, os seguranças irão nos ajudar. - já podia ouvir os gritos, que faziam minha cabeça doer, mas não só por isso, mas porque passei o dia sem comer, apenas almocei.

Entramos em uma sala, enquanto a equipe de seguranças encontrava um meio de me tirar dali sem causar muita euforia, me sentei em uma cadeira que estava no canto da sala, sentindo meus pés latejarem, fazendo-me resmungar.

Eu só quero chegar em casa e dormir com meus amores...

Ouvi uma gritaria mais alta que o normal, fazendo com que todos se assustassem, inclusive eu.
- Desculpa meu amor, não sabia que elas iriam gritar até por nós. - ouvi aquela voz rouca entrar na sala, encoando pelos cantos e automaticamente fez com que eu levantasse.
- Mamãe... - Chris desceu rapidamente do colo de Justin e veio correndo até mim.
-  Meu amor. - apertei ele em meus braços. - Que saudades de você.
- Eu tamém mamãe. - ajeitei ele me meus braços e caminhei até Justin, parando na sua frente para lhe dar um selinho demorado.
- Fico feliz que vieram. - disse entregando Chris á ele, já que não posso pegar peso.
- Chris insistiu, eu não queria vir porque estava tarde, imaginei que você fosse brigar. - ele me fez rir.
- Estou com tanta saudades, não brigaria. - o abracei.
- Isa, já podemos ir. - ouvi alguém dizer e estava tão perdida com o perfume do Justin que nem percebi quem era, apenas segui os seguranças, já ouvindo a gritaria quando sai da porta, segurando nas mãos de Justin.
Sorri para algumas pessoas e não pude parar para falar com meus fãs, já que estava com meu filho e eu não gosto que ele fique no meio disso.
**

Longos minutos depois, acho que uma hora e meia depois eu já estava pronta para dormir. Estavamos no apartamento de Justin, onde Chris estava dormindo no quarto ao lado, que foi adaptado para ele, e já que ele tinha dormido no caminho. Me joguei na cama, já indo para o lado, na intenção de me alinhar aos braços dele.
- Nada melhor do que estar em seus braços. - disse abraçando-o.
- Eu to intrigado. - ele disse, fazendo-me abrir os olhos e olha-lo.
- Com oque?
- Oque você tem pra me contar? - sorri me sentando na cama.
- Quer que eu seja direta, ou enrole?
- Direta é claro.
- Vou enrolar. - ele me olhou cara de tédio e eu ri. - Bem, ontem eu amanheci muito mal.
- Cê tá melhor? - assenti.
- Eu tava vomitando, pra falar a verdade eu não comi nada direito, então eu pensei assim... alias, pensa comigo... Tem três meses ou mais que eu voltei.
- Continua... - ele estava impaciente, oque era engraçado.
- Eu engordei 6 kilos. - ele me olhou assustado - Eu sei, não dá pra notar porque eu só visto preto...
- É um problema sério, vou te dar roupas coloridas. - rimos.
- Eu to enjuada.
- E?
- Você é muito burro e lerdo sabia?
- Eu não entendi bosta nenhuma que tu disse. - ele riu relaxando o corpo e olhando para o teto.
- Ai meuDeus Justin seu lerdo, eu to gravida. - acho que ele é tão lerdo que demorou pra processar aquela informação, mas quando caiu a ficha, ele faltou pular da cama, mas apenas sentou-se olhando pra mim com os olhos arregalados.
- É sério? Vo-você tem certeza?
- Absoluta, digamos que eu paguei pra fazer um exame de sangue que saisse na hora sabe...
- AHMEUDEUS, eu serei pai denovo? - ele gritou me agarrando pela cintura, e me deitando sobre a cama.
- Não grita, vai acordar o outro filho. - ri segurando seu rosto em minhas mãos.
- Quando eu achei que estivesse feliz, você consegue me deixar mais feliz ainda... na boa, eu te amo pra caralho. - ele me encheu de beijos, por todo o rosto, bochechas, queixo, testa, boca, nariz.
- Você está feliz? - puxei seus cabelos, para que ele pudesse me olhar.
- Oque eu to sentindo não chega nem perto de feliz. - ele selou-me.
- E foi por isso que eu pedi para que adiantasse as coisas, assim eu não me caso tão gorda. - ele riu.
- Você vai ser a noiva mais perfeita do mundo, e a gravida também. - ele sorriu e me beijou.


Uma semana depois.

Entrei correndo na casa da Pattie, acompanhada por Justin e Chris, que estavam euforicos com a nova noticia.
- Tia... - gritei subindo as escadas mas não encontrei ninguem na parte de cima.
- Ela tá nos fundos. - desci correndo e Justin me olhou de cara feia, ele queria que eu não me estrapolasse muito, e tomasse cuidado nessa gravides, porque mesmo sendo a segunda, eu ainda sou nova e corro riscos.
- Tia... - gritei - Pattie...  - gritei novamente, achando-a nos fundos da casa, na beira da piscina.
- Olá, oque foi? - ela levantou-se assustada.
- Temos uma coisa pra te contar... - Justin gritou atrás de mim.

Meu coração estava acelerado, e as imagens daquela cena no hospital não saiam de minha cabeça. Fui ao meu terceiro ultrassom hoje, onde saberiamos o sexo do bebê e eu estava quase explodindo de felicidade, perdi a conta de quantas vezes abracei Justin e Chris, quantos beijos já dei neles e quantos gritos felizes eu dei, então corremos até aqui, a casa de Pattie, para contar...

- É uma menina tia, uma garotinha, você vai ter uma neta. - gritei empolgada, vendo ela arregalar os olhos.

Capitulo final.



Isabella com 5 meses.

Eu estava cada vez maior, meus pés estavam inxados assim como o resto do meu corpo, meu cabelo tinha crescido de uma forma sobrenatural de se assustar, mas pelo menos dizem que é normal quando se está gravida, porém infelizmente não posso pintar ou algo do tipo, apenas cortar e olhe lá. Chris está cada vez maior, e eu me pergunto como o tempo passa rápido, posso jurar que ele cresceu uns 10 centimetros de uns meses para cá, ou seja exagero meu.

Por estar cada vez maior, decidi dar um tempinho no trabalho, já que Justin agora havia recebido uma oportunidade que eu sinceramente acho merecido. Scotter, sim, meu empresario estava em minha casa á algumas semanas atrás e digamos enquanto estavamos em uma reunião, Justin estava distraido em seu violão na sala, cantando canções que ele costuma compor quando esta de tempo livre, então Scotter ouvir e ficou tão admirado que decidiu apresentar Justin á algumas pessoas, mas claro se ele topasse. Justin, teimoso do jeito que é não quis aceitar, mas eu insisti e conversei por horas com ele, precisava convece-lo, porque ele tem talento que merece ser mostrado ao mundo.

E adivinhem só? Justin com uma bela ajuda minha e de Usher, que é pouco amigo meu e da gravadora em que tenho contrato, conseguiu assinar com a mesma e já começou nas gravações do seu cd, eles estão no estudio já tem um mês e já gravaram umas seis musicas, é muito orgulho pra mim.

Isabella com 6 meses.

Estava cada vez mais dificil fazer as coisas com essa barrigona enorme e escolher o vestido de noiva, para um casamento que seria amanhã, foi a fustração do dia.
- Cara, eu to obesa. - disse me olhando no espelho.
- Tá perfeita Isa. - Selena disse emocionada.
- Esse é lindo Isa.
- Cêis acharam? - me virei para elas, que estavam emocionadas. Apesar da barrigona e os 30 vestidos que eu havia esperimentado, oque eu estava vestindo era o mais bonito e que não havia me deixado muito gorda. - Vai ser esse. - sorri me olhando novamente no espelho.

Três dias depois.

- Bella você está pron... - Selena parou de falar, ao me ver pronta. Mesmo com um barrigão, onde Justin me chamava de gordinha todos os dias, eu consegui me achar bonita, meu vestido, meu cabelo, minha maquiajem, tudo estava perfeito, para um dia perfeito.
- To bonita? - perguntei dando um passo a frente.
-  Você tá perfeita. - ela correu até mim, impedindo-me de chorar.
- Acho que eu vou cair, to tão nervosa. - ela riu. - Você tá muito gata eim... Se eu não estivesse me casando, eu até poderia te beijar. - gargalhei de mim mesma, sentindo logo em seguida Susy dar belos chutes, que me fizeram gritar.
- Que foi? - Selena colocou a mão sobre mim.
- Susy chutou. - comecei a rir.

Eu e Justin decidimos dar o nome á nossa garotinha de Susy, em homenagem a minha mãe, que estaria tão orgulhosa de mim se estivesse aqui.
- Vamos, Jeremy está te esperando, e você vai sair pelos fundos, porque hoje a cidade tá quase parada tentando achar onde é seu casamento. - rimos.

Descemos as escadas da casa da tia Pattie direto para o carro que nos esperava do lado de fora.
- Oi Jeremy. - sorri entrando do carro, ele virou-se para trás e quase babou ao me ver.
- Acho que você é a noiva gravida mais linda que eu já vi. - ele disse sorridente, conseguindo me fazer sorrir.
- Obrigado. - sorri timida.

Jeremy, mesmo apoiando de um modo torto o meu relacionamento com Justin, se ofereceu a me levar no altar, já que meu pai não pode estar aqui para fazer isso, enfim, não quero chorar. Eu sou grata a familia que tenho, mesmo sendo pequena, eu os amo e faria tudo por eles.

As ruas estavam movimentas, e eu aposto que varios paparazzis queriam encontrar o lugar que eu me casaria, talvez eles encontrassem, mas acho que seria tarde demais até lá. Não que seja secreto o lugar, tá é secreto e eu evitei contar para muitas pessoas, porque sei que seria arriscado.

O carro foi parando aos poucos em frente ao local, que não seria em uma igreja porque não teriamos privacidade assim, então Miley, isso mesmo, Miley Cyrus quis emprestar a casa dela, para que fizessemos a cerimonia, tenho melhor pessoa que ela?

- Tem muita gente? - Selena perguntou.
- Só quem realmente importa. - disse antes de prender a respiração, ao ver a casa de longe, com pessoas ainda sentando-se em seus lugares.

Era possivel reconhecer de longe algumas dela, como meu tios, dona Diana e Bruce estavam sentados logo a frente, fazendo-me sorrir, segurando as lagrimas. O Jardim estava lindo, causando ansiedade, aflição por querer sair dali correndo e agarrar o homem que possivelmente estava me esperando no altar. Ao perceberam que meu carro havia chegado, as pessoas começaram a correr oque foi muito engraçado, fazendo-me rir muito.

(bota pra tocar essa musica, só não chorem rçrç)

Jeremy desceu do carro junto a Selena que seguiu para seu lugar, minhas mãos estavam tremulas e conseguia sentir minhas pernas fraquejarem quando pisei em chão firme, Jeremy segurou minha mão, então pude respirar fundo, pelo menos tentando manter a calma. Ajeitei alguns fios do meu cabelo que caiam sobre meu olho e sorri para uma das minhas tias que entrou correndo do jardim. Segurei firme em Jeremy quando vi que teria que andar, quando tudo estava acontecendo.

Meu coração estava em um ritmo desconhecido, eu podia jurar que Jeremy o escutava ao meu lado, só não dava importancia, meu corpo estremeceu ao parar meus olhos nos dele, olhando-o fixamente para mim, com aquele sorriso nos lábios, aquele em que eu sempre busquei forças quando precisei.
Ele estava tão lindo.
Tão radiante, tão meu ali, pronto pra ser meu para sempre, ou então o tempo que durasse.
Seus olhos estavam fixos em mim, e a cada passo que eu dava, era como se milhões de borboletas nascessem dentro de mim e fizessem festas, batendo suas assas descontroladamente.

Então quando percebi, quando sai do meu pequeno transe já estava perto dele, segurando sua mão enquanto Jeremy me entrega finalmente para ele. Em seus labios o seu fiel sorriso estava lá, fazendo automaticamente que eu sorrisse, porque sempre era assim, ele sorri e eu sorrio.

Quando dei por mim o padre a nossa frente já estava falando, mas é como se estivesse apenas eu e Justin naquele lugar, eu só conseguia enxergar Justin ali, sua respiração, tudo, apenas nós. Olhei para o lado, e Chris estava ao lado de Pattie, ele estava de terno e aquilo me fez sorrir de um modo que eu não conseguia explicar, estava tudo perfeito, tudo como eu sempre sonhei.

- Justin Drew Bieber, aceita se casar com Isabella Mallette? - estava tão perdida em meus pensamentos vagos pensando nele, naquele momento que fui me tocar agora. Justin olhou para mim rapidamente, e sorriu.
- Sim. - meu coração ameaçou sair pela boca, palpitando rapidamente e fazendo-me ter uma leve vertigem que foi controlada por minha respiração.
- Isabella Mallette, aceita se casar com Justin Drew Bieber? - parei de respirar por três segundos, como se fala mesmo?
- Aceito. - minha voz saiu falha, por tanta emoção estar ocupando meu coração.
- Bem, eu os declaro marido e mulher...
- Nem precisa dizer padre, eu vou beijar ela. - disse interrompeu o Padre, fazendo com que muitos ali rissem daquele palhaço.

Justin virou-se para mim, levando suas mãos até o meu rosto e segurando firme para que eu olha-se par ele, apesar que não seria problema, venho feito isso desde que cheguei nessa casa. Ele olhou fixamente para meus olhos, fazendo com que eu me perdesse naquele mel, naquele olhar que eu sempre fui derretida, então ele tocou meus lábios suavemente e um arrepio percorreu, como um coque, um calor, um formigamento sobre o meu corpo.

Agora era oficial, Justin é oficialmente meu, meu homem, meu marido, a pessoa que sempre me apoiou, que sempre vai estar aqui para me apoiar, porque apesar de tudo, de qualquer coisa que possa acontecer, eu sei que ele nunca vai me deixar. Eu o amo, eu o tenho para mim, e assim será o tempo que durar.


Isabella com 8 meses.

Quanto mais o tempo passa mais está ficando dificil andar, Susy está acabando comigo, digo porque a barriga está grande e me causando dores nas costas assim como meus peitos, que estão enormes e o meu estresse só aumenta, digamos que eu preciso de sexo e com essa barriga enorme não dá pra fazer, tenho agradecer por ter um marido não paciente, que mesmo estando com falta de sexo consegue me manter calma e me acalmar quando fico estressada.
Tirei minha roupa e entrei rapidamente no banheiro, estava exausta e precisava de um banho. Estamos morando em uma casa, em um condomino fechado de Los Angeles.


Justin P.O.V

- Chris, você esta roubando. - resmunguei enquanto jogava video-game com ele.
- Eu vou ganhar papai. - ele riu da minha cara.
- Mas não vale...
- Vai perder, vai perder... - ele cantarolou.
- JUSTIN. - ouvi alguém gritar.
- Ouviu isso? - ele disse.
- Oque? - dei palsa.
- JUSTIN SEU ... - ouvi Bella gritar do andar de cima, parando para um grito agudo. Larguei rapidamente o controle do X box, para que eu pudesse correr o mais rapido possivel até lá em cima.
- Bella? Oque meu amo... - parei na porta do banheiro, enquanto ela saia do box com as mãos na barriga.
- A bolsa...- ela disse abafado.
- Que bolsa? - peguei um roupão e a envolvi.
- A bolsa caralho, estourou...
- Depois agente compra outra. - ela bufou estressada.
- CARALHO A BOLSA, O BEBÊ VAI NASCER... - ela gritou enquanto deitava na cama.

Paralisei.

- Vai ficar ai só olhando que nem um bocó? ME LEVA PRO HOSPITAL.
- Ah meu Deus... é... - eu estava em desespero, não sabia se pegava as coisas, se vestia ela ou se caia no chão. Corri até seu armario e peguei o primeiro vestido que eu vi, voltando para o quarto e vestindo nela o mais rapido possivel.

Ajudei com que ela se levantasse e descemos as escadas devagar.
- Chris, Chris, entra no carro. - gritei e o mesmo entrou no carro junto com Bella, voltei correndo para casa e peguei o celular, já discando o numero da minha mãe.
- Alô? - ela atendeu calmamente.
- Mãe, mãe vai pro hospital. Susy vai nascer, passa aqui em casa e pega as coisas da Bella e do bebê.

Não dei tempo nem dela poder falar e desliguei, acelerando rapidamente o carro.

Minutos depois já estavamos descendo no hospital e foi questão de segundos para que uma turma de enfermeiros chegassem ao nosso encontro, colocando Isabella sentada em uma cadeira de rodas, avistei minha mão junto com Selena, na recepção e deixei Chris com elas.
**

Acho que eu nunca fiquei em uma situação tão agoniante, enquanto sua Bella dava gritos de dor e suava sem parar, a unica coisa que eu conseguia fazer era segurar sua mão e sofrer junto á ela, pois sua força quando apertava a mesma era tipo, quebrando meus ossos, mas eu aguentei, aguentei e tudo valeu a pena quando eu pude escutar o choro alto de Susy.

Meu coração estava batendo rapidamente, mais do que eu podia imaginar, então meus olhos liberaram lagrimas de felicidade, porque era assim que eu estava ao ver minha princesinha ali, tão pequena sendo intregue a mim, com cuidado a peguei em meus braços com receio de quebrar algum pequeno ossinho dela, porque ela era tão... frágil.

Me aproximei de Bella, tentando não tirar os olhos de Susy por ser tão pequena, acho que já mencionei isso, ela é muito pequena. Bella sorriu entre as lagrimas que insistiam em cair e eu entreguei Susy nos braços de Bella e seu choro foi parando aos poucos, é como se ela reconhecesse sabe...


Duas horas depois.

- Ela é tão pequena. - comentei me sentando ao lado de Bella na cama.
- Tão linda.  - Bella sorriu ao observa-la.
- Eu diria que ela se parece com você...
- Não acho. Ela tem seus olhos.
- Mel?
- Isso. - sorriu.
- Mas não podemos dizer com quem ela se parece, nasceu agora. - rimos. - E cadê o meu neném?
- Ta vindo com a minha mãe... - respondi envolvendo-a para um abraço de lado. - Foi assim que você sonhou?
- Exatamente desse jeito. - ela sorriu me olhando.
- Se sente como agora?
- Feliz, completa. - esboçei um sorriso, selando seus lábios rapidamente.


3 anos depois, casa do lago.

Dois anos se passaram desde aqueles dias, eu, Justin, Chris e Susy estamos passando alguns dias de férias, na casa lago em que compramos. Susy está com 3 anos e meio e eu me pergunto porque se parecer tanto com o pai? Digo, são pequenos detalhes que me fazem lembrar ele, o cabelo, a pele, mas os olhos, os olhos azuis são os de Pattie e os de minha mãe. Chris está cada vez maior, está com quase 9 anos e cada vez que passa me sinto mais velha em relação á isso, ele se parece tanto com Justin aparentemente, porque sua personalidade é indentica a mim.

Meus amores, minha vida. Eu os amo, mais do que posso imaginar ou até mesmo demonstrar.

- Porque está aqui fora sozinha? - ouvi sua voz rouca sussurrar atrás de mim.
- Nada, só estava pensando na vida enquanto observava o lado. - Justin passou por mim e sentou-se ao meu lado, com um violão na mão.
- Pensando em que?
- Em como as coisas são... - ri comigo mesma - A uns 11 anos atrás um nunca havia imaginado na minha vida que perderia meus pais tão cedo e me casasse com meu primo...
- Ninguem mandou você roubar meu coração apenas com o primeiro olhar. - ele disse sorridente encarando o nada, sorri abaixando meu rosto envergonhada. Mesmo depois de tanto tempo ao seu lado, é possivel ainda sentir-se vergonha com coisas bobas e clichês.
- Pra que o violão? - perguntei arrancando algumas gramas com as mãos.
- Não é obvio? - ele riu.
- Bobo. - ri mas parei quando ele começou a dedilhar o violão, já começando a cantar.

It's a big big world

Is easy to get lost in it

You've always been my girl

And I'm not ready to call it quits

We can make the sun shine in the moonlight

We can make the greay clouds to the blue skies

I know it's hard

But baby believe me

That we can't go

Nowhere but up

From here

My dear

Baby we can't go nowhere but up

Tell me what we got to fear

We'll take it to the sky

Pass the moon to the the galaxy

As long as you're with me baby

Honestly with the strenght of our love

We can't go nowhere but up

It's a big (big) world

And I'm gonna show you all of it

I'm gonna lace you with pearls

From every ocean

That we've swim in

We can make the sun shine in the moonlight

We can make the grey clouds to the blue skies

Yeah I know it's hard

But baby believe me

That we can't go

Nowhere but up

From here

My dear

Baby we can't go nowhere but up

Tell me what we got to fear

We are taking to the sky pass the moon to the galaxy

As long as you're with me baby

Honestly with the strenght of our love

We can go nowhere but up

Baby we were underground

We are on the surface now

We are gonna make it girl

I promise

If you believe in love

And you believe in us

We can't go nowhere but up

Baby we can go

Nowhere but up

From here

My dear

Baby we can't go nowhere but up

Tell me what we got to fear

We are taking to the sky pass the moon to the galaxy

As long as you are with me baby

Honestly with the strenght of our love

We can't go nowhere but up

Nowhere but up

Nowhere but up

Yeah

Nowhere but up

- Contanto que você me ame, e esteja comigo, eu poderia enfrentar o mundo todo por você. - ele sussurou, me puxando para um beijo.
- Eca...- paramos ao ouvir passos se aproximar, Chris e Susy estavam correndo até nós.
- Eca, mas eu vi você beijando aquela garota. - Justin disse, fazendo entrar em alerta.
- Ahn? Que garota?
- Vish.
- Ninguem mamãe, papai fala demais. - Chris sentou-se nervoso a meu lado.
- Que historia é essa? - o abracei de lado. - Não quero meu garotinho beijando por ai tão cedo.
- É mentira mamãe, foi só um beijo na bochecha. - ele se explicou.
- Vocês vão ficar ai, ou agente vai comer? - Susy gritou, fazendo nós rir.
- Você é muit gulosa sabia? - Justin disse fazendo cocégas nela.
- Puxei você - ela retrucou.
- Mentira, eu nem como tanto... - Justin fez bico e cruzando os braços.
- Chris, liga a mangueira e chega molhando o papai. - sussurrei em seu ouvido, rindo logo em seguida. Ele riu e saiu correndo.
- Ah vamos lá comer, eu fiz bolo pela manhã... - levantei-me os ajudando.
- Então deve tá ruim. - ele retrucou.
- Nossa que engraçado. - ri falso.
- Você sabe que eu to brincando né... eu amo sua comida. - ele me abraçou e eu me desesperei por ver Chris chegando com a mangueira. - Amor você é muito lerda sabia? Acha que eu não ouvi oque disse á Chris? - ele riu.

Não deu tempo nem de eu falar nada, apenas senti a aguá gelada bater sobre nossos corpos e um grito fino de Susy correndo de Chris.
- Eu vou pegar vocês. - gritei correndo até a lateral da casa e pegando a outra mangueira que estava livre. Quando voltei Justin estava parado com Chris nos braços e Susy corria descontroladamente pelo jardim, quando pensei em tacar a aguá neles, um jato acertou-me fazendo-me rir e ligar para qualquer lado a mangueira.

Perdi a conta de quantos minutos passamos assim, nos divertindo e fazendo farra.
- Chris e Susy vão tomar banho, já vou trocar vocês. - gritei quando Justin caiu em cima de mim. - E você papacito, poderia sair de cima de mim? - ele riu.
- Tá confortavel aqui, você é fofinha.
- Tá me chamando de gorda? - dei um tapa nele.
- Não, de gostosa mesmo. - em seus lábios brotou o sorriso mais pervetido, sabe aquele em que você perde o folego? Pois é.
- Uie. - cantarolei passando os braços por seu pescoço e então ele selou nossos lábios para um beijo calmo, sua linguá preguiçosamente encontrou a minha, causando-me arrepios pelo corpo.
- Sabe de uma coisa? - ele negou - Eu amo você, mais do que eu amo música, sexo e comida. - ele riu.
- Me ama mais que sexo? Nossa. - ele me beijou novamente - Eu amo, amo, amo, muito, muito, muito, tem noção do quanto eu te amo?
- Muito?
- Mais que muito. - ele riu.
- Eu sei que vocês tão querendo ficar sozinhos, mas Susy precisa de ajuda no banho. - Chris apareceu tampando os olhos, oque me fez rir.
- Vamos lá vai. - Justin me ajudou a levantar
- Aproposito, aquela musica é pra você
- Eu sei, vi quando você tava compondo ontem a noite... - sorri - Obrigado.
- Não em agradeça.
- Você e essa mania de eu nunca poder te agradecer.
- E você nunca se acostumou. - ele me agarrou pela cintura, mas logo senti seus braços fortes me suspenderem no ar. - Under the lights tonight, turned around, and you stole my heart with just one look yeaahh... - ele cantarolou alto.- Já disse que essa musica é nossa?
- Você repete isso pelo menos umas trinta vezes no dia. - ele riu.
- Seila, só combina com nós, a historia.
- Já sei, que eu roubei seu coração desde a primeira vez que você me viu naquela cozinha e eu me virei pra você e você ficou besta e tals, to sabendo amor.
- Não é lindo?
- Lindo é o jeito em que você me olhou. - ri - E lindo também vai ser, o tombo em que você vai levar se entrar em casa assim...
- Se eu cair, você cai junto.
- Como sempre né? - rimos.
- Mas sempre que você cai, quem tá lá pra te ajudar?
- Você. - ri
- E sempre vou estar.
- Amor... - ele me olhou.
- Sim?
- Quero sexo, bora deixar as crianças com sua mãe e passar a noite fazendo sexo feito dois selvagens? - ele gargalhou me colocando no chão.
- Tá zuando né? - ele riu.
- Não. - respondi séria e então ele parou de rir
- Crianças, querem ver a vovó? - ele saiu correndo até o banheiro, deixando-me ali coom cara de tacho e rindo muito.

Sabe de uma coisa? Apesar de todos os erros e as escolhas erradas, no final, quando você pensa que tudo está ruim, tem sempre uma e opções na vida, é só você escolher as certas e ser feliz, porque eu não me arrependo de nada que fiz, tudo valeu a pena e ainda vale.

Só digo isso, não desista tão facil das coisas, tudo é possivel.
Basta acreditar.


THE END. 

Obrigado a todas as leitoras que acompanharam essa historia. 
mari - @warstratford

7 comentários:

  1. gosteii mais de stole my heart. romance de primos???? hmmmmmmm se eles tiverem filhos vao nascer deficientes :(( eu sei q qualquer uma que vc escrever vai ser perfeita, mas tinha que escolher uma só, né? :// entao escolho a da isabela, tb pq meu nome é isadora e vao ficar chamando ela de isa <33 ushahusahusa bjbjj @owwbiebs

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  2. MAKE ME WANNA DIE CEEEERTEEEZAAA!! VAII SEEER FOOOOODA J-U-R-O!!! MAL POSSO ESPERAR AHHAHAHAHAHAAHAHHAHHHAHAHAHA

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  3. Posta Make Me Wanna Die vai ser foda

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  4. STOLE MY HEARTS PQ É COM MEU NOME ISABELLA <3 <3 <3 HAQHAHAHHAHAHA

    Bjss Isa: Two Beliebers Forever www.apenasimaginebeliebernsn.blogspot.com <3

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Eya gatinha, comente e deixe uma baixinha feliz (: